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História Trying Not to Love You - Capítulo 30: Chega de Auto Piedade


Escrita por: lilwriteer

Notas do Autor


Olá amores, mais um capítulo pra vcs ❤

Fãs de Halice, se preparem 😂😂 altas emoções
Fãs de Hashley, se é que existem 😂😂 tbm
Capítulo de hoje requer lencinhos e um chá de camomila

Capítulo 31 - Capítulo 30: Chega de Auto Piedade


Fanfic / Fanfiction Trying Not to Love You - Capítulo 30: Chega de Auto Piedade

– Vem comigo? - Alice disse se aproximando – Quero te mostrar um lugar.

– E a sessão? – a olhei confuso

– A sessão hoje vai ser diferente. – seu olhar animado me deixou um pouco nervoso – Eu não vou te atacar Hector. – suspirou me encarando – Já entendi que você não me quer.

– Eu não estou preparado pra isso agora. – suspirei a olhando

– A não ser que seja com a Srta Perfeita! – bufou me fazendo virar os olhos – Relaxa, não vou insultar sua queridinha. Nem tentar te agarrar. – sorriu empurrando minha cadeira – Só quero que você conheça um lugar. – suspirei em rendição a deixando me guiar

Alice me levou a uma espécie de casa de recuperação para pessoas na minha condição. Inicialmente me senti incomodado e até bravo com ela, não havia lhe dado esse direito. Mas ela, com a paciência de sempre, me apresentou às pessoas ali, me contou suas histórias, seus conflitos, e no fim, acabei achando a experiência extremamente prazerosa.

Haviam pessoas de todas as idades ali, crianças, jovens, idosos. Ouvi as mais diversas histórias, algumas impressionantes outras comoventes, tristes. Haviam pessoas ali que não conseguiam sequer comer sozinhas, e estampavam largos sorrisos em seus rostos, felizes pelo simples fato de estarem vivos. Pessoas que além dos movimentos, perderam famílias, esposas, filhos, estavam sozinhos e ainda assim encontraram forças pra recomeçar. Definitivamente, eu tinha muito a aprender com cada um ali. Era inspirador ouvir suas histórias.

– A quanto tempo o Sr está assim? – perguntei a um senhor, que aparentava uns sessenta anos, cabelos grisalhos, mas uma aparência saudável

– A exatos dez anos. – sorriu olhando firmemente em meus olhos – Acidente de carro, como você. – sorriu olhando para Alice de relance, certamente ela havia lhe falado sobre mim, normalmente, ficaria irritado, mas não me importei, a olhei de lado e sorri, voltando minha atenção ao senhor – Estava embriagado, acabava de sair de uma festa. Passei alguns meses em coma, quando acordei, descobri que jamais andaria novamente. Foi um choque, foi devastador, eu quis morrer, eu tentei me matar diversas vezes. – suspirou encarando os pulsos, cobertos por cicatrizes – Eu odiei a mim mesmo, odiei minha vida, as pessoas a minha volta. Minha mulher, meus filhos, não suportaram me ver me destruindo, e me largaram. Apenas uma, uma garotinha doce, amorosa foi quem permaneceu ao meu lado, quando nem eu mesmo me suportava, me deu força, me deu entendimento. – seus olhos brilhavam ao olhar para Alice, que sorria com lágrimas nos olhos, foi então que entendi – Ela se dedicou somente a mim, deixou de viver, para me dar uma vida digna. Se formou em fisioterapia, só para me ajudar a me adaptar, e ajudar a outras pessoas em mim condição. É graças a ela, que estou aqui hoje, e posso dizer que sou feliz, mas até do que era antes. Pois entendi, que minhas limitações não me impedem de viver normalmente, faço tudo o que quero, e modéstia a parte, faço muito bem. – sorriu segurando as mãos da filha, que nesse momento não continha as lágrimas, senti vontade de chorar, junto a eles, me senti tocado com aquela história de uma forma inexplicável, não por conhecer Alice, mas por me identificar. Sei exatamente como ele se sentiu

– Você consegue levar uma vida normal? – perguntei tentando conter a emoção

– Não é fácil. – ele sorriu secando as lágrimas – Cada dia é uma superação, um desafio. Mas com o incentivo certo. – sorriu novamente para Alice – Tudo fica mais fácil. Eu adorava praticar esportes, escalada. Achei que nunca mais séria possível, hoje jogo handball, vôlei, tênis. E essa garotinha aqui. – piscou para Alice – já me levou para escalar duas vezes e saltar de paraquedas.

– Impressionante. – sorri animado, pela primeira vez nesses longos meses, não me senti um total inútil, comecei a enxergar as possibilidades a minha frente, minha vida não precisava parar, ficar amarga, eu poderia fazer dela o que quisesse

– Ali disse que seu problema é reversível. – me olhou – Enquanto isso, não precisa ficar aí parado sentindo pena de si mesmo. – realmente, ele estava certo, muitos aqui estavam com problemas bem maiores que os meus e não vi ninguém choramingar enquanto conversávamos, pelo contrário vi o brilho nos olhos de pessoas que aprenderam a superar suas limitações e ter uma vida tão significativa quanto a minha jamais foi, vi pessoas cheias de vida, de sonhos, de planos enquanto eu praguejava a minha constantemente, afastando as pessoas que se importava mais comigo, o problema nunca foi com elas, era eu quem sentia pena de mim mesmo, era eu quem força a piedade das pessoas agindo como um pobre coitado amargurado com a vida

– Porque você não me falou do seu pai? – encarei Alice enquanto ela dirigia de volta para casa

– Você nunca me perguntou. – sorriu de lado com os olhos fixos na estrada - E você era adverso a qualquer discurso motivacional.

– É, eu era. – sorri de lado – As vezes eu costumo ser um perfeito idiota

– As vezes? – ela me olhou e sorriu

– Ash diz a mesma coisa. – ri e o semblante de Alice mudou, era nítido que ela se incomodava, só não sabia o porquê, oi não queria saber, era mais fácil para mim continuar Levando isso apenas como um jogo de sedução, meu coração pertencia a Ashley e não havia espaço para mais ninguém

– Você é apaixonado por ela desde quando? – me encarou

– Desde que eu consigo me lembrar. – sorri, sempre senti algo por ela, embora não quisesse admitir, ela era muito jovem, mas muito atraente, e eu, como um grande conquistador, não estava interessado em me prender, muito menos a uma criança, foi quando ela se tornou uma mulher, que minha vontade de tê-la ao meu lado cresceu, e enfim admiti que a amava, do meu jeito, mas amava

– Quanto tempo vocês ficaram juntos?

– Sete anos. – suspirei – Oficialmente, entre idas e vindas - analisei sua expressão curiosa – Três anos de noivado.

– E porque não deu certo? – sua curiosidade me incomodava um pouco, mesmo assim eu respondia, mas aquela pergunta em particular... – Se não quiser responder...

– Eu a agredi. – fui direto, melhor que ela soubesse onde estava se metendo, seu semblante, como esperado escureceu, ela passou alguns segundos me analisando e voltou sua atenção a estrada, em silêncio

*”*”*”*”

Terminei de arrumar minhas malas e segui para a sala. Já estava mais que na hora de voltar para casa, aliás depois da minha última conversa com Mike, estava preocupada. Senti que sua paciência comigo estava se esgotando, já não era para menos, sei que não tenho sido fácil. E ele não merece isso, eu sei. Apenas não consigo evitar, me sinto confusa, não sei o que fazer, como agir. Não quero perde-lo, não quero, mas Hector, ainda mexe comigo.

– Não acredito que já está indo? – Emy suspirou me abraçando – Vou sentir sua falta.

– Também vou. – a abracei se volta – Mas não posso ficar morando aqui. – sorri

– Bem que poderia. – sorriu maliciosa

– Minha vida está em Nova York. – suspirei

– Entendo. – sorri – Espero poder voltar logo, levar Hector de volta. Ele sente falta de tudo lá.

– Imagino. – sorri – Onde ele está? Quero me despedir. – suspirei, sei que sentiria muito sua falta

– Saiu com Alice...- disse sem jeito, antes de ser interrompida pela risada dos dois entrando - Aí está. – riu ao me ver torcendo o nariz

– Boa tarde. – Hector entrou sorrindo, um sorriso iluminado, sendo guiado por Alice

– Boa tarde. – Emy sorriu e me olhou – Ash já está indo e queria se despedir.

– Já? – ele me olhou espantado é um tanto desapontado

– Já fiquei tempo demais – sorri humor – Preciso seguir com a minha vida. – disparei o fazendo rir

– Claro. – sorriu – Nos podemos conversar, a sós? – seguiu para o escritório me fazendo acompanhá-lo – Eu queria, te pedir desculpas. – me encarou assim que entramos – Pelo que te disse outro dia. Eu estava, um tanto amargurado.

– Não precisa se desculpar. – suspirei um tanto sem ação, não esperava essa atitude – Você tinha razão em alguns pontos.

– É. – ele sorriu – Mesmo assim, minhas atitudes não foram das melhores. Não só agora, não é? – olhou fixamente em meu olhos – Já que estou me desculpando. Quero que seja direito, quero me desculpar por todas as vezes que te traí, todas as vezes que te magoei, que te feri de alguma maneira. Por todas as vezes que te destratei, que fiz você se sentir mal, inferior a mulher que incrível que você é. E perdão, por ter batido em você. Isso, sem dúvida é do que mais me arrependo. – seus olhos azuis me encaravam, brilhando e transparecendo uma sinceridade que nunca havia visto antes

– Hector... – sussurrei e corri para ele o abraçando forte e o beijando – Eu...

– Não. – ele sorriu selando meus lábios – Isso não um pedido de volta. – sorriu – Nem tão pouco um adeus. No máximo um até logo. – acariciou meu rosto – Eu preciso aprender muito, me encontrar. E você precisa se decidir sobre muita coisa. – riu – Eu vou continuar meu tratamento, me recuperar. E você, segue a sua vida. – riu ao meu ver repetir – Eu te procuro quando voltar a Nova York, e nós vamos como as coisas ficam, ok? – me beijou ternamente e sorriu, não sei explicar o que senti, não sei dizer ao certo, sei que, naquele momento, minha admiração por ele cresceu de uma forma inexplicável.


Notas Finais


Amores, vou confessar, estou mto apaixonada pelo Hector ❤

E vcs? Se emocionaram com ele?
Como podem ver, segui algumas dicas de vcs 😍 Espero que tenham gostado


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