História Trying Not to Love You - Capitulo 38: Enquanto a vida Segue

A fisioterapia tem dado resultados ótimos, já consigo me movimentar sozinho, com a ajuda de muletas. Tenho prosseguido meu tratamento na casa de recuperação, fiz amigos lá que vou levar para a vida, sem dúvidas. Alice tem sido fundamental nesse processo, tem sido incrível conviver com ela, me ensina algo novo a cada dia. Fizemos tantas coisas que nem consigo contar. Ela tem sido a melhor das companhias todo esse tempo, e acabei por me render aos seus encantos, estamos nos envolvendo a cerca de um mês. Ela é a única mulher com quem criei um laço de relacionamento, além de Ashley. E tudo tem sido mais fácil com ela, nos entendemos melhor, conversamos mais, ela tem sido capaz de revelar um lado em mim que até eu desconhecia. Não vou dizer que esqueci Ash, que não sinto mais nada por ela. Mas estou no caminho certo.

Quanto a Stewart, ele voltou a Nova York, seus negócios não podem parar. Mas suas visitas tem sido mais constantes, nos falamos todos os dias por telefone, nossa relação se transformou completamente, para a melhor. Quem me preocupa é Barbara, desde que me acidentei a pouco mais de um ano, não nos falamos, ou nos vimos. Meu pai disse que ela vive enclausurada, entregue a uma depressão profunda. Já tentei ligar, mas ela não que falar comigo, Stewart lhe conta de meus avanços e ela mal reage e se recusa a me ver. Isso dói, me pergunto o que eu fiz para receber rodo esse desprezo. Sempre fomos muito ligados, éramos como unha e carne, sempre fui seu príncipe, seu orgulho, e agora é como se fôssemos perfeitos estranhos.

Chego em casa, com Alice, depois da terapia e encontro Emy chorando, sendo consolada por Jeff. Meu coração dispara no mesmo instante, sinto que algo horrível aconteceu. Ela me olha e chora ainda mais, seus soluços me assustam.

– O que houve? – olho para Jeff que suspira e me encara

– Senta. – sua feição penosa só faz meu nervosismo aumentar

– O que aconteceu? – me aproximo de Emy que esconde o rosto nas mãos chorando compulsivamente

– Hector, seu pai acabou de ligar. – Jeff cruzou os braços e me encarou parecendo escolher as palavras –Sua mãe, ela se matou. – disse rapidamente, tentando não fazer rodeios, acredito que ele tenha me explicado ou tentado explicar como aconteceu, mas não me lembro de ter ouvido, lembro-me de ter agarrado minha minha irmã, que chorava e gritava cada vez mais alto, lembro-me de ter sido consumido por uma dor inexplicável, insuportável, avassaladora que tomava conta de todo meu ser, quis gritar, quis correr quis chorar, mas não tinha forças, não conseguia pensar ou agir, tudo estava fosco, confuso, doloroso, eu apenas implorava para que fosse um terrível pesadelo

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Molly já estava no sexto mês de gestação, Harry não se aguentava de felicidade e orgulho, teriam um menino. Embora ainda não houvessem retomado o romance, estavam próximos a isso, não demoraria. Quanto a mim e a Ashley, decidimos ser amigos, seus sentimentos estavam confusos e eu não queria pressiona-la a nada, era difícil pra mim, mas ela se dava muito bem com Daph, a tratava com tanto carinho e era uma ótima pessoa, não quis simplesmente me afastar. Harry vivia insistindo que eu devia seguir em frente, que não poderia espera-la a vida toda, e ele tinha razão. Decidi seguir seus conselhos e sair com Hellen, ela era uma mulher atraente, divertida e nos dávamos bem. Além de termos muito em comum.

– Ta gato papai. – Daph sorri me olhando

– Muito gato. – Joanna sorri

– Obrigado, mãe e filha. – sorri as abraçando

– Arrasa, papai. – Daph sorri empolgada e me beija

– Ouviu a garota. – Joanna ajeita minha camisa – Divirta-se.

– Sim senhora. – pisco abrindo a porta – E vocês, juízo. – sorrio antes de sair

– Nossa. Muito bonito. – Ash diz escorada na porta – Garota de sorte.

– Harry te contou. – sorrio sem graça

– Contou pra Molly, que me contou. – suspirou encarando o teto - Bom, divirta -se. – mordeu os lábios e sorriu me encarando

– Obrigado. – digo sem jeito

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Não vou mentir, fiquei mal ao ver Mike saindo para um encontro. Eu gosto dele, sinto falta dele. Sei que no fundo a culpa é minha, mas acreditei que as coisas entre nós poderiam se acertar um dia.

– Nem vou dizer que você procurou por isso. – Molly me olhou enquanto eu andava de um lado para o outro na sala, ele havia saído a horas e não chegava nunca

– Eu sei. – suspiro a olhando, nossa relação voltou a andar depois que rompi com meus pais, não fazia sentido culpa-la por um erro que os dois comentaram, sem contar que meu pai foi de uma canalhice sem tamanho

– Não adianta ficar ouvindo a porta agora, ele iria seguir com a vida dele um dia.

– Eu sei Molly, eu sei. – suspiro – Ele chegou. – digo vendo pelo olho mágico Mike subir as escadas, sozinho, não consigo esconder minha satisfação

– Que decadência. – ri, mexendo no celular – Você viu isso? – me olha séria – Barbara Malborn comete suicídio. – me olha pasma e me aproximo para acompanhar a notícia – Esposa de multi milionário não suporta dor causada pelo acidente que resultou na paraplegia do filho mais velho e é encontrada morta em seu quarto, após tomar um frasco de remédios para o coração.

– Meu Deus. – a encaro incrédula – a Emy, o Hector, devem estar arrasados. – suspiro pensando na dor que eles devem estar sentindo. Hector eram tão apegado à mãe, deve estar sofrendo tanto

– Hector Malborn, que já consegue se mover com o auxílio de muletas, e a irmã Emily Malborn, chegaram hoje da Inglaterra onde o rapaz realizava tratamentos, para o enterro da mãe que acontecerá amanhã. – termina de ler e me encara – Você devia ir. Ela é sua amiga, ele foi seu namorado, vocês se conhecem a anos. Nessas horas, todo o apoio é importante.

– Eu vou. – suspiro ainda em choque, é inacreditável que uma coisa dessas tenha acontecido, imagino a dor que Hector deve estar sentindo, preciso estar ao lado dele nesse momento, como ele esteve ao meu todas as vez as que precisei