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História Tudo Então Mudou... - A Casa na Árvore


Escrita por: FreedomChild

Notas do Autor


Oi galerinha! Eu voltei, meio atrasado, mas voltei! Passaram um pouco mais do que os 15 dias que prometi, mas aqui está o capítulo pra vocês, sem mais delongas!

Capítulo 3 - A Casa na Árvore


Jefferson P.O.V.

Oficina Drive By – Chicago – Junho de 2026

É o primeiro dia do mês de junho, e aqui estou eu na minha oficina, finalizando mais um serviço.

- Jeff cara, valeu! Meu carro agora tá novinho em folha – Agradece Harry, um dos clientes mais fiéis de minha oficina, após verificar os ajustes que fiz na injeção eletrônica do carro.

- Cê sabe que o serviço aqui é de primeira, Harry! - Respondo.

- Toma aqui o valor combinado – Ele fala, se afastando do carro e me entregando alguns notas, conto e vejo que tem duzentos dólares.

- Cara, eu te disse que o serviço era só cento e cinquenta dólares – Falo, devolvendo-lhe cinquenta dólares.

- Não, não, não! - Ele recusa o dinheiro – Considere como um extra pelo trabalho bem feito!

- Poxa, Harry! Valeu mesmo! - Falo, guardando o dinheiro no bolso.

- Jeff, eu vou indo! Valeu mais uma vez! - Ele fala, estendendo a mão; retribuo o comprimento.

- Já sabe, se encontrar qualquer problema de novo no motor, pode trazer de novo que eu verifico sem cobrar nada! - Falo.

- Tranquilo! - Ele responde – Falou cara! - Ele entra no carro, dá a partida e vai embora estrada adiante.

- Mais um cliente satisfeito! - Falo pra mim mesmo – Jefferson Noah Walker, você é o cara!

Observo o relógio e vejo que já é uma hora da tarde; resolvo então fazer uma pausa pro almoço. A melhor coisa de trabalhar pra si mesmo é isso! Eu faço o meu horário, não ouço reclamação de chefe nenhum... Tudo indo conforme a vida que eu planejei! Antes de fechar a oficina, verifico as mensagens no telefone: duas mensagens de bom dia com gifs, da Ally que eu respondo com um simples bom dia, uma mensagem do Rick divulgando o show que a banda dele vai fazer no final de semana, três mensagens da Sally, uma garota com quem eu fiquei no último fim de semana, que por sinal, ainda não sei como ela conseguiu o meu número mas, continuarei ignorando as mensagens... Nada contra ela, mas foi só um caso pra uma noite... Eu até gostei dela, mas não quis cometer a mesma idiotice que fiz com a Marianne... Sim, a mesma Marianne que terminou com o Chris após topar comigo numa noite de sexta-feira no bar... Mas ele já sabe que eu passei um tempo com ela depois que os dois terminaram, na verdade, ele sabe que ela terminou com ele pra ficar comigo, mas, como o Chris é um cara muito tranquilo, ele nem ligou... Pena que o lance não durou muito, depois que ela descobriu sobre o meu "trabalho extra" na oficina... Não que eu não gostasse dela, entende... Mas é que não rolou aquela paixão a ponto de eu deixar de lado as minhas necessidades humanas... Enfim, as quatro mensagens restantes eram do Mike.

- Meu Deus! - Falo, lembrando – Mike tá vindo pra cá hoje! Eu nem arrumei a casa!

Resolvo então, ligar para ele; diminuo o volume do rádio que estava a tocar uma música do American Authors, e espero enquanto ele atende.

- Alô? - É a voz da Kate.

- Kate? - Pergunto.

- Sou eu, Jeff! Tá tudo bem aí? - Ela pergunta com um leve tom de preocupação, ao fundo ouço o vento soprando forte e alguma música tocando.

- Tá sim, Kate – Respondo – Só liguei pra saber se vocês viriam hoje mesmo...

- Vamos sim, Jeff! Já estamos a caminho, na verdade – Ela responde.

- "I'm on my way, driving at 90 down those country lanes..." - Ouço alguém cantarolando.

- É o Mike que tá cantarolando? - Pergunto.

- É sim – Ela responde, rindo – Já é a décima vez que ele ouve essa música hoje!

- Ed Sheeran? - Pergunto, lembrando-me que ontem à tarde ele havia postado várias fotos no Instagram, mostrando a Kate e ele se preparando para viajar, utilizando a legenda de Castle on The Hill

- Exatamente! - Ela responde – Amor, dá um oi pro Jeff – Ouço ela dizer, com o telefone afastado.

- E aí Jeff! - Ele fala – Nós já estamos a caminho!

- Tá certo, Mike – Respondo.

- Era o grande sonho da vida dele voltar pra Chicago ouvindo essa música, e dirigindo a 90 por hora – Kate fala e nós dois rimos.

- Mike e suas manias de interpretar as músicas ao pé da letra – Falo – Lembra daquela vez que ele se vestiu de vampiro no halloween...

- Só pra cantar Transylvania do McFly caracterizado – Falamos juntos e rimos.

- Em pensar que a letra nem sequer fala de vampiros... - Comento – Mike era meio louquinho naquele tempo...

- Nossa, a gente tinha treze anos naquela época! - Ela fala - E ele continua sendo louquinho ainda.

- Pois é – Respondo, respondo rindo – E agora, estamos aqui com vinte e oito... Quer dizer, vocês dois com vinte e oito... Eu já vou completar meus vinte e nove...

- E ainda sendo mais novo, o Michael ficava te tratando como se fosse um irmão mais velho seu – Ela fala.

- Michael Carter... Sempre tentando ser o responsável – Falo, fazendo-a rir.

- Pois é – Ela responde.

- Eu vou desligar aqui, Kate. Vou almoçar alguma coisa antes de vocês chegarem – Falo.

- Tá certo! E ah, Jeff, obrigada de novo por deixar a gente ficar na sua casa – Ela fala.

- Que nada, Kate! Vai ser um prazer passar esse mês junto com vocês dois! - Respondo.

- Só espero que a gente não esteja incomodando – Ela fala.

- Que nada! Pode ficar tranquila em relação a isso! - Respondo.

- Obrigada Jeff! Agora vá almoçar se não você acaba ficando com fome!

- Tá certo, então! - Respondo.

- Tchau! - Ela se despede

- Tchau – Respondo e desligo a chamada.

Fecho então as portas da oficina e vou para minha casa, que por sinal é ao lado da oficina; ao entrar em casa, vou direto à cozinha e pego alguma coisa pra comer na geladeira, esquento no micro-ondas e começo a comer. Passam-se cerca de meia hora, quando termino de comer e escovar os dentes; volto então à oficina, quando vejo ao longe um carro se aproximando, um UNO na verdade! Só existe uma pessoa nesse mundo que pode estar dentro dele...

- "And we watched the sunset over the castle on the hill..." - Michael abaixa o vidro do carro, e para em frente a oficina, enquanto canta sua música favorita – Pode colocar aí no jornal que eu voltei, Chicago!

- Aproveita e vê se me traz um pedaço de chocolate amargo! - Falo, repetindo o bordão que ele usava toda vez que voltava de alguma viagem.

Então, ele e Kate descem do carro e vem em minha direção.

- Dez anos e você ainda lembra disso! Não acredito, cara! - Mike fala, me cumprimentando, retribuo o aperto de mão e o abraço.

- E tem como eu esquecer desse bordão icônico? Nem que você voltasse daqui a mil anos! - Falo, Mike e eu nos separamos do abraço - Apesar que eu nunca entendi essa do chocolate amargo... - Eles riem.

- Jeff! Que saudade! - Kate fala, me abraçando.

- Também estava – Falo, retribuindo o abraço – Então... - Nos separamos do abraço – Esse nerd cuidou bem de você nesses últimos nove anos? Se não cuidou, eu arrebento a cara dele agora mesmo.

- Cuidou sim! - Kate responde rindo – Pode ficar tranquilo!

- Acho bom mesmo! - Respondo – Como foi a viagem?

- Até que foi legal... - Mike responde – Só queria não ter passado um dia inteiro viajando...

- Eu falei pra você, Michael! A gente devia ter saído umas seis da manhã hoje... Antes das dez da noite a gente chegava aqui! Mas você insistiu em sair na tarde de ontem... - Kate fala.

- É cansativo demais, amor, passar o dia na estrada! Foi melhor parar de noite... - Ele responde.

- Você que sabe... - Kate fala, e ficamos alguns segundos em silêncio.

- Então... Você abriu mesmo a oficina! - Mike fala, admirando a oficina atrás de mim – E olha, que ficou boa mesmo!

- Boa? Isso aqui tá uma maravilha, meus amigos! - Respondo – Venham que eu vou mostrar a vocês – Falo e abro as portas da oficina.

- Uau! Jeff, você se esforçou mesmo viu? Tá uma maravilha! - Kate fala, admirada ao entrar na oficina – E olha que eu nem gosto de entrar em oficinas, mas a sua tá muito bem trabalhada! Parabéns!

- Valeu Kate! - Respondo.

- Então... Quer dizer que eu estou de volta ao lar, mais uma vez? - Mike pergunta.

- É... Graças a seus pais, que venderam a casa por um precinho bem legal! Serei eternamente grato ao Sr. e a Sra. Carter... Quer dizer... Teoricamente agora vocês dois que são o Sr. e a Sra. Carter, mas bem... Enfim, vocês entenderam! - Falo, eles riem.

- Entendemos sim, cara! - Mike responde – Fico feliz que meus pais tenham vendido a casa pra você!

- Pois é... - Falo – Sabia que a Sala da Justiça ainda tá lá?

- Tá brincando! - Mike fala surpreso – Você só pode estar zoando comigo, cara!

- Claro que não! Você sabe que Jefferson Noah Walker não é um mentiroso! - Respondo.

- Eu preciso ver isso! - Mike fala.

- O que é essa tal Sala da Justiça? - Kate pergunta.

- O QUÊ? - Mike e eu perguntamos ao mesmo tempo.

- Como assim você não sabe o que é a Sala da Justiça? - Mike pergunta, desapontado – Passamos metade de nossas vidas juntos e você não sabe o que é a Sala da Justiça? Isso é inacreditável!

- Você nunca me falou dela... - Kate responde.

- E precisa? - Mike responde – A sala da Justiça, o lugar onde aconteciam as reuniões da Liga da Justiça, como você pode não conhecer?

- Ah tá... Agora entendi – Kate fala, revirando os olhos – Vocês não acham que já tão meio crescidinhos pra esse negócio aí de super herói, não?

- Jamais! - Respondo – A Liga da Justiça não é algo que você deixa pra lá nem quando chega na velhice!

- Pois é! É como se fosse uma religião! - Mike adiciona.

- Como foi que eu me casei com você mesmo, Michael Carter? - Kate fala, rindo.

- Sei lá... - Mike responde – Talvez por que você goste da forma como eu faço minhas cirurgias – Ele fala, lançando um olhar malicioso pra ela.

- Talvez tenha sido isso mesmo... - Ela retribui o olhar.

- Ok, isso aqui tá ficando meio constrangedor, então é melhor vocês dois pararem com isso agora! - Falo, e eles riem.

- Mas nós não fizemos nada – Mike responde.

- Imagina... Vocês nem estavam quase se comendo com esses olhares aí! Eu hein... Guardem para mais tarde essa atração sexual aí de vocês! - Falo.

- Com certeza! – Mike responde – Só vê se não aparece para nos interromper... - Eu e Kate rimos.

- Cara, é a nossa tradição! - Respondo – Toda dupla de amigos tem sua tradição e a minha é atrapalhar sua diversão!

- Muito engraçado – Ele responde, sério; eu e Kate rimos.

- Então, vamos guardar as coisas de vocês em casa? - Sugiro.

- Seria ótimo! - Kate responde – Vamos, amor?

- Vamos! Eu aproveito e vejo se a Sala da Justiça ainda tá lá mesmo! - Mike fala.

- Simbora! - Falo.

Fecho então a oficina, e Mike leva o carro em direção à garagem da casa; então, levamos as malas deles para o antigo quarto dos pais do Mike.

- Pronto! Acho que já está tudo aqui! - Mike fala – Agora, você vai me mostrar a Sala! E se ele não estiver lá...

- Mike, cara! Cê ainda tá duvidando de mim? Sua falta de fé é impressionante, meu jovem! - Falo, e os dois riem.

- Vamos, então! - Mike fala, e nós vamos em direção ao quintal da casa, onde havia uma grande árvore.

- Espera – Kate fala, observando – A tal sede da Liga da Justiça de vocês era uma casa na árvore?

- Não é uma simples casa na árvore, meu bem! - Mike fala.

- É uma casa na árvore construída como uma réplica da Sala da Justiça! - Completo.

- Exatamente! - Mike fala.

- Ok... Cheguei a conclusão que vocês são estranhos demais! - Kate fala – Se me dão licença, eu vou tomar um banho que eu ganho mais! - Ela fala e entra em casa.

- Garotas... - Mike fala, eu rio.

- Você prometeu que só ia casar com alguém que gostasse da DC tanto quanto você, Mike... Acho que você não foi capaz de cumprir essa promessa – Falo, fingindo desapontamento com ele.

- É cara... Infelizmente não deu... Desculpa! - Ele fala, e nós rimos juntos.

- Ainda assim cara, você é o maior sortudo! - Falo – Você tá com a mesma garota há catorze anos! Eu não passo nem catorze dias com alguém!

- Cara, não exagera – Ele fala.

- Tô falando sério mesmo! Geralmente, quando eu realmente tento um relacionamento sério, ele dura cerca de uma semana no máximo... Depois disso elas enjoam  quando mostro o meu lado romântico em vez de ser apenas sexo... – Falo.

- Um dia você encontra alguém que dê valor ao grande homem que você é! - Mike fala.

- Valeu Mike, isso foi algo bem legal de se dizer... - Falo – Só que isso não vai acontecer porque eu não sou nenhum grande homem...

- Como assim? - Ele pergunta confuso.

- Já te disse que o certo é homão da porra! - Falo e ele ri.

- Sendo assim...

- Então – Vou até a árvore e pego uma caixa que estava presa no galho mais baixo da árvore – O que me diz de reviver os velhos tempos, Barry Allen? - Falo, abrindo a caixa e jogando o emblema com o raio que havia na caixa para Mike.

- Opa! - Ele pega o emblema – Eu nem lembrava mais disso!

- E que tal isso? - Falo, atirando um graveto na testa dele, utilizando o arco e flechas que eu fiz quando éramos mais novos.

- Au! - Ele reclama – Parece que você não perdeu a pontaria, não é senhor Oliver Queen?

- Jamais! E você falhou com sua velocidade, Barry Allen! Não consegue desviar de uma simples flecha de graveto.

- Ei! Não vale, eu não estava pronto pra isso!

- Cadê a sua visão em câmera lenta agora, Allen?

- Você vai ver, Queen! - Ele vem correndo em minha direção, atiro mais um graveto nele, mas ele desvia – Você errou... Ao que parece o Arqueiro Verde não está tão preparado como antigamente...

- Você que pensa! - Falo, puxando uma corda, e o graveto acerta a parte de trás da cabeça de Mike.

- Infeliz! - Ele reclama.

- Eu estou sempre um passo a sua frente, Flash! - Falo, me gabando.

- Como eu sentia falta disso! - Ele fala, sentando no chão, encostando as costas na árvore.

- Bons tempos, Mike! - Falo, e começo a lembrar do passado.

* Início do Flashback *

Chicago – Casa do Michael – Agosto de 2007

Estávamos eu e Mike no quintal da casa dele, brincando de super heróis, ele como sempre era o Flash, e eu o Arqueiro Verde.

- "Enquanto isso na Liga da Justiça..." - Falo, fazendo voz de narrador.

- Oliver! Preciso da sua ajuda! - Michael chega correndo na sede da Liga.

- O que foi dessa vez, Barry? - Pergunto.

- É o Gorila Grodd! Ele está atacando Central City novamente! Ele está controlando a mente de todos os policiais, e preparando-os para matar civis inocentes!

- Ah não, Barry! Acho que nós dois apenas não seremos suficientes! Precisamos de mais reforços!

- Mas quem mais iremos chamar? O Superman precisou ir à National City ajudar a prima dele; o Aquaman está defendendo Atlantis; a Mulher Maravilha ainda está à procura do Batman desde que o Lex Luthor e o Coringa o raptaram... E os outros membros da Liga estão defendendo suas cidades... Parece que só Starling City não está sob ataque hoje!

- Mas o que é que nós dois podemos fazer contra um exército de policiais armados, Barry?

- Não sei, Oliver! Mas temos que tentar! Você ainda tem aquelas flechas que soltam um tranquilizante, que você usou no Flash Reverso?

- Tenho...

- Espero que tenha bastante delas, pois iremos precisar!

- E eu espero que você saiba o que está fazendo Barry...

- Eu sei, Oliver! Eu preciso que você atire as flechas nos policiais, caso eles tentem ferir algum civil; e enquanto isso, eu vou atrás do Grodd para detê-lo!

- Então vamos nessa!

Pego então o arco que o sr. Carter havia feito pra mim, e uma grande quantidade de gravetos, nós descemos da casa na árvore... Digo, da Sala da Justiça, e eu corro para cima da mesinha do quintal, atirando os gravetos com o arco.

- Barry, você já encontrou o gorila? - Pergunto, com a mão na orelha, fingindo que é um comunicador.

- Ainda não, Oliver! - Mike responde – Mas eu creio que eu esteja perto... Como está a situação aí?

- Nada boa – Respondo – Os policiais parecem estar se multiplicando, cara! Eu já acertei vários, mas parece que não acabam! E eu estou ficando sem flechas já...

- Se multiplicando... É isso, Oliver!

- Isso o que, Barry?

- Grodd deve estar trabalhando em conjunto com o Multiplex!

- Multiplex? Achei que você tinha prendido ele há duas semanas! - Falo, ainda atirando os gravetos com o arco, Mike corre em direção à mesa – O que? Que susto, Barry! Já falei pra não chegar assim de surpresa.

- Desculpa, Oliver! Mas, voltando ao assunto, acho que o Grodd deve ter encontrado uma maneira de libertar o Multiplex!

- E como é que nós derrotamos o Multiplex? - Pergunto.

- Eu não... - Ele começa a falar, mas é interrompido.

- Ora, ora... Parece que nos reencontramos, não é, Barry Allen? - Falo, distorcendo a voz.

- Danton Black! Como você escapou da prisão?

- Ora, Allen... Você não achou que sua prisãozinha fosse me prender por muito tempo, achou?

- Espero que tenha aproveitado o seu tempo fora, porque você está prestes a voltar pra lá!

- Só se você me pegar! - Falo, e depois volto a falar com a voz normal – Ah não, Barry! Ele tá se multiplicando!

- Eu preciso achar o verdadeiro! - Mike fala, e corre, fingindo lutar com várias pessoas.

- Eu vou continuar tentando parar os policiais! - Falo, e atiro mais gravetos com o arco.

- Ah, eu te peguei, Black! - Mike fala.

- Oh não! - Falo, com a voz distorcida – Você não vai me vencer tão fácil, Flash!

- Eu já venci, Black! Agora diga onde está o Grodd!

- Você nunca irá descobrir!

- Pois bem... Sendo assim – Mike dá um soco no ar.

- AU!

- Oliver, como está aí?

- Os policiais estão voltando ao normal! - Falo, com a voz normal – Acredito que o Grodd tenha desistido por hoje!

- Ok, mas temos que continuar procurando! - Ele responde.

- Que tal vocês procurarem o macaco do mal depois de um lanche? - A sra. Carter, mãe do Mike aparece no quintal.

- Mãe! Não é um macaco, e sim, um gorila! - Mike fala.

- Ok, meu filho, mas vocês podiam parar um pouco a luta por que todo herói tem que se abastecer... Além do mais, o pai do Jeff vai vir buscá-lo daqui a pouco... Não vamos deixar ele voltar pra casa com fome, não é? - Ela fala.

- Não! Eu não quero que o Jeff vá pra casa – Mike fala, irritado.

- Mas ele tem que ir, Michael... Vai estar de noite daqui a pouco, e ele precisa dormir para ir pra escola amanhã! - Ela fala.

- Super heróis não dormem, mãe! Eles passam a noite vigiando!

- Tudo bem, Mike! - Falo – Amanhã a gente vai se ver na escola, de novo!

- Mas eu quero que você fique! Ele não pode dormir aqui hoje? - Mike pergunta.

- Ele já passou o final de semana todo aqui, Michael! Os pais dele estão com saudades... - A sra. Carter tenta convencê-lo.

- Mike, no final de semana eu durmo aqui de novo... Mas eu tenho que ir pra casa hoje - Falo.

- Tá bem! - Ele se dá por vencido.

- Vamos comer então? Fiz um bolo do jeito que vocês gostam! - Ela fala.

- Oba! - Nós dois comemoramos, e fomos correndo em direção à cozinha, para lanchar.

* Fim do Flashback *

- Ei! - Mike fala – Acho que não foi bem assim não! Eu não lembro de ter implorado desse jeito pra você ficar!

- Você implorou sim! Eu lembro! - Falo.

- Implorei nada! - Ele fala.

- Então tá! Mas que eu lembro disso eu lembro! - Falo e nós passamos alguns segundos em silêncio.

- Nossa... Essa casa na árvore traz tantas lembranças... Nós temos uma história aqui! - Ele fala.

- Verdade – Concordo – Lembra que quando a gente brigava, a gente sempre se resolvia e fazia as pazes aqui?

- Tipo aquela vez que a gente estava fazendo a maquete da Torre Eiffel para a feira de monumentos mundiais? - Ele pergunta.

- Eu lembro desse dia! - Falo

* Início do Flashback *

Chicago – Casa do Michael – Setembro de 2012

Estávamos na casa do Michael, fazendo nossa maquete da Torre Eiffel, para um trabalho da escola.

- Jeff, eu já disse que não é pra fazer desse jeito! - Mike fala, irritado comigo, por estar tentando montar a torre sem seguir as instruções.

- Mas Mike, não tá vendo que está ficando certa? - Defendo-me.

- Mas se você continuar fazendo tudo sem verificar, pode ser que ela venha a despencar no final! - Ele rebate.

- Não vai, Mike, relaxe!

- Como você pode saber? Você por acaso prevê o futuro?

- Calma Mike...

- Calma o quê? Não é como se você se importasse mesmo com o projeto!

- Cuidado com o que você vai falar, Mike...

- Por que Jeff? Afinal, não é você que precisa de notas boas agora pra garantir uma faculdade no futuro!

- Então você acha que eu tô fazendo tudo do meu jeito porque não quero que você entre em Harvard? É isso mesmo, Michael?

- Não sei... - Ele responde indiferente – Não duvido nada, já que você não tem chances mesmo de entrar porque já perdeu um ano...

- Você é um idiota mesmo, Mike! Fica aí com sua maldita Torre Eiffel, que eu vou esperar enquanto meu pai vem me buscar... Nem sei porque concordei em fazer esse trabalho com você! - Falo, e vou pro quintal; subo então na casa da árvore, e fico jogando uma bolinha de plástico contra a parede.

- Michael idiota – Sussurro pra mim mesmo – Acha que eu tenho inveja da merda de faculdade dele...

Passo cerca de dez minutos resmungando e jogando a bolinha, quando ele aparece.

- Jeff? - Ouço-o subindo as escadas.

- Se for pra me chamar de invejoso de novo é melhor você nem entrar! Só me avisa quando meu pai chegar! - Falo, sem desviar o olhar da parede.

- Eu vim me desculpar cara... Eu fui um babaca mesmo... - Ele fala; encaro-o – É porque eu realmente fico muito preocupado com essa coisa de notas e tal... Mas eu exagerei lá embaixo... Espero que você me perdoe...

- Você tem que parar de ser assim, Mike! Tem que parar de pensar que eu quero estragar suas chances em Harvard... Eu só não sou cem por cento perfeccionista como você! Mas isso não quer dizer que eu vá ferrar com a sua vida só porque eu perdi um ano na escola já...

- Eu sei... E eu aceito que eu estava errado... Mas eu prometo que eu não vou deixar mais isso me incomodar! Afinal, você é meu amigo, aqui e agora, no presente, e não um projeto do futuro... Me desculpa, Jeff.

- Eu desculpo, com uma condição!

- Qual? - Ele pergunta.

- Que você admita que o Batman venceria o Superman numa luta!

- Ei! Não vale isso! - Ele reclama, eu rio – Você sabe muito bem que o Batman não tem chance! Afinal, o Superman tem poderes, e o Batman tem o quê?

- Preparo! - Respondo.

- O preparo dele não vai valer de nada contra a visão de calor do Superman!

- E se ele tiver uma espada de Kryptonita?

- E se por acaso ele não souber da fraqueza do Superman?

- Eu não vou discutir com você, Mike! O Batman venceria e pronto!

- Só nos seus sonhos...

* Fim do Flashback *

- Incrível como tudo sempre acabava em histórias de heróis, não? - Mike fala, admirando uma folha que ele pegou no chão.

- Verdade! Somos dois manés mesmo – Falo, e ele ri.

- Você tem razão! - Ele concorda.

- Vocês dois ainda estão aí? - Kate aparece na porta da cozinha – Não me digam que estavam brincando de Homem de Ferro versus Superman...

- Primeiro, eu sou o Flash e o Jeff é o Arqueiro Verde! - Mike fala.

- E segundo, o Homem de Ferro e o Superman não podem lutar! Eles são de universos diferentes! - Concluo.

- Que seja! - Ela responde indiferente.

- E aonde é que você vai tão arrumada? - Mike pergunta.

- Vou sair... As meninas me convidaram para a Noite das Garotas! - Ela responde.

- Noite das Garotas? - Mike pergunta confuso – Você não me falou disso aí não!

- Se eu falasse você ia ficar me abusando pra ficar... - Ela responde – Se me permitem, a Taylor já tá esperando na porta, então, até mais tarde! - Ela fala e sai.

- Por que elas saem pra se divertir sem a gente? - Mike refuta.

- Porque elas são mulheres, e é isso que elas fazem! Mas veja o lado bom... - Falo.

- Qual? - Ele pergunta.

- Agora que ela saiu, a gente pode jogar videogame sem ninguém chamar a gente de crianção! - Respondo.

- Você tem um videogame?

- Óbvio que tenho, cara! Eu sou um solteiro de quase trinta anos, eu preciso de um! - Mike ri.

- Então, estamos esperando o quê? Simbora jogar! - Ele se levanta do chão, faço o mesmo.

- PARTIUUUUUU! - Comemoro e nós vamos para a sala, passar o resto da noite jogando videogame.


Notas Finais


Playlistzinha do capítulo saindo: https://www.youtube.com/playlist?list=PLsqGeNEXWpH68aILK5pNL9SMin-TSp3OF

Espero que estejam gostando da história! Caso queiram fazer sugestões ou críticas fiquem à vontade! Até a próxima!


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