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História Tudo Leva ao Mesmo Lugar - Estranha


Escrita por: tomlxsons

Capítulo 15 - Estranha


"Tem um ditado que diz que o amor é cego. É justamente ao contrário. Quando você ama de verdade, é capaz de ver coisas que ninguém consegue. Falam que você não consegue enxergar os defeitos, pura mentira também! Você vê, estão todos lá. Mas vê também algo que só você pode, como lidar com eles e contorna-los. Então, o amor não é cego, ele é a maior lente de aumento que já inventaram!" - O Preço de uma Lição

 

- Será que dá pra você ir um pouco mais pra lá? – Catherine perguntou, não mais que um sussurro, empurrando ainda mais Harry.

- Eu iria, se tivesse pra onde ir! – Exclamou ele irritado, empurrando Catherine de volta contra a porta.

- Bom – começou ela com a voz esganiçada – foi você que colocou a gente aqui. Sua culpa Harry, então vê se vai mais pra lá e me deixa respirar. Meu Deus, eu acho que perdi meu pulmão.

- Cath, a gente não estaria aqui se você não tivesse gritado no meio da loja. Não sei se você sabe, mas as adolescentes, e as mães delas, sabem quem eu sou! – Continuou, respirando fundo e dando um encontrão em uma vassoura.

- Que foi? Eu pensei que tinha visto a Dianna Agron. Vê se não me enche Harry, parecia muito com ela. A culpa é toda sua, quem manda ser mais conhecido do que bolacha em boca de velha?

- Catherine, ela nem tinha cabelo loiro pra começo de conversa. – Comentou entediado, ainda escutando os gritos lá fora.

- Bom, mas e como é que eu poderia saber se a Dianna Agron não estava ruiva de novo? A cara parecia à mesma. Alô, ela podia ter saído de um salão agora mesmo. – Catherine ponderou enquanto chutava um balde sem querer.

- E eu sou famoso. – Ironizou Harry, e mesmo no escuro pode ver o olhar de desdém que Catherine lançou em sua direção.

E lá estavam eles, a mais de meia hora, dentro de uma sala minúscula, que pelo que Catherine constatou, era onde eles guardavam os materiais de limpeza. Dentro de uma loja gigante cheia de adolescentes malucas procurando por Harry Styles e a garota misteriosa que estava com ele. E, apesar de tudo isso, Catherine dizia não ter culpa. Ela só percebeu o que fez depois que gritou e todo mundo se virou para olhá-la. Inclusive a mulher que ela pensou que era Dianna Agron, e bem, quando viu que estava errada, só teve um minuto pra discutir com Harry antes de ver celulares em ação, e uma multidão de garotas saindo sabe-se lá da onde. Como diabos Catherine iria saber que gritar iria fazer as pessoas reconhecerem Harry Styles? Segundo o próprio, ele estava disfarçado. Claro, como se uma touca fosse um disfarce muito bom.

- Qual é Harry, é um bando de meninas que está correndo atrás de você, e não de mim. – Catherine recomeçou, desta vez batendo a cabeça no ombro de Harry. – Cara, vai mais pra lá.

- Vamos sair. – Harry disse prontamente quando Catherine o empurrou de novo. – Sinceramente, me lembre porque entramos aqui.

- Porque essa era a única porta que a gente viu e aquelas meninas não. – Catherine respondeu mecanicamente. – A gente não vai sair daqui não. Eu vou ser morta, e, de boa Harry, mas é cedo demais pra mim morrer. Eu ainda não conheci a Dianna Agron.

- Tecnicamente, quem vai morrer sou eu. Sabe, Catherine, aquelas meninas estão atrás de mim e não de você. – Concluiu entediado.

- Certo, de você. DE VOCÊ! Harry, você realmente ficou maluco. – Ela ia dizendo horrorizada, apertando o braço de Harry como para enfatizar o que falava. – Vocês acham que aquelas meninas não me viram? Que não tiraram fotos de mim? Se a gente sair daqui de dentro elas vão é me matar, porque, supostamente, em algum jornal já saiu a noticia que eu sou sua nova namorada. Meu Deus, o que eu faço da vida?

- Cath, elas só querem um autografo e...

- Meu rim – interrompeu ela – elas querem meu rim. Tudo bem, vamos pensar. Acho que vou ligar pra Hermione e dizer que ela pode ficar com todos meus livros quando eu morrer. É, isso é uma boa ideia.

- Catherine, você é problemática. Ninguém vai morrer. Já passei por isso antes, é só esperar que aqui a pouco podemos ir embora. E qualquer coisa, eu ligo pra um segurança ou coisa assim e...

- POR QUE VOCÊ NÃO FEZ ISSO AINDA? –interrompeu ela novamente, gritando no ouvido de Harry – Por acaso você é problemático? Eu estou aqui sem meu pulmão tendo que respirar no mesmo cubículo que você, com um rodo me encochando, e você tem uma solução, mas não usa ela? Meu Deus Harry, quando a gente sair daqui, se aquelas garotas não me matarem, eu mato você.

-Eu deixei o celular no carro – resmungou consternado – porque eu não sabia que a gente ia ser preso aqui dentro por sua causa. Na verdade, não sei nem porque a gente entrou aqui.

- Já disse que a culpa não foi minha, e a gente entrou aqui por causa da suposta Dianna Agron que no final não era Dianna Agron. – Catherine ia dizendo enquanto parecia pensar. – Você é bem burro Harry, sinceramente, quem deixa o celular no carro?

- Cadê o seu celular, Catherine? – Contrapôs ele, sorrindo ao ver Catherine se mexer inquieta.

- Ta, tudo bem, eu deixei em casa, mas em minha defesa ele estava sem bateria. Além disso, eu não ia precisar de um celular, ia? A não ser – ponderou ela – que eu fosse tirar uma foto com a Dianna Agron, ai sim. Mas, nesse caso, eu pegaria o seu emprestado. Só que você é burro o suficiente pra deixar ele no carro enquanto a gente corria na direção da suposta Dianna Agron. Pô Harry, você não tem salvação. – Terminou ela, e Harry lhe lançou um olhar tão estranho que Catherine só pode curvar as sobrancelhas em resposta.

- Então a gente vai ter que esperar. – Concluiu ele, enquanto seu braço roçava no de Catherine – Se bem que – pensou e verbalizou – a gente podia fazer coisas muito mais interessantes do que somente esperar aqui dentro.

- Faça-me o favor Harry, tem uma vassoura me pinicando, então eu não vou me jogar em cima de você, não por isso. Além do mais, é, a gente podia estar fazendo algo muito mais interessante aqui dentro, tipo ligar pra alguém, se você tivesse trazido o celular. – Comentou exasperada.

- Catherine – devolveu ele – você me enche. Mas que seja, ainda ouso gritos de meninas, então pelo menos vamos conversar.

- Por mensagem? – Perguntou irônica, e em seguida Harry a empurrou novamente contra a porta. – Ai, seu idiota. Eu vou é te dar um chute, e mesmo que você grite, ninguém vai te escutar.

- Gostei do seu sorriso.

- Que? – Catherine perguntou confusa com a mudança de assunto.

- Seu sorriso, na festa do Niall. Foi a coisa mais bonita que eu já vi na minha vida. – Continuou ele.

- Hm, obrigado. – Catherine agradeceu não somente a Harry, mas também a escuridão que não permitia que ele visse o quão vermelha ela havia ficado. – Realmente, muito obrigado. Vindo de você, que provavelmente conhece a Dianna Agron, é um super elogio. Só que, temos um problema. Não entendi nada.

- Que foi? Não posso mais fazer um elogio? – Perguntou, o sorriso se abrindo cada vez mais.

- Ta legal, pode sim. Mas, sabe né, talvez em um lugar mais propicio. Não quando a gente está trancado dentro de uma salinha minúscula com uma vassoura me incomodando. – E em um lugar que eu possa desmaiar em paz, completou em pensamento.

- Qual lugar seria mais propicio que esse, Cath? Afinal, nós estamos presos aqui dentro até que essas garotas vão embora. – Comentou, chegando mais perto de Catherine, como se isso ainda fosse possível.

- Hm – ponderou ela – na casa do Zayn. Não é? A gente não tava indo pra lá mesmo? Harry, eis a solução, estamos salvos! Quando o Zayn e os garotos virem que a gente ta demorando demais pra chegar, eles vão ligar pra Hermione, e ela vai dizer que nós saímos lá de casa faz tempo, então eles vão descobrir que estamos sumidos e então vão ligar pra policia! Quem sabe alguém faça um episódio de CSI baseado em nós e...

- Catherine, cala a boca. – Interrompeu ele, olhando para uma Catherine um tanto sem fôlego.

- Tudo bem, tudo bem. Não precisa ser grosso. – Resmungou revirando os olhos. – Talvez a gente não apareça num episódio de CSI, mas com certeza os meninos vão achar a gente.

- Na verdade – começou Harry devagar – eu meio que acho que não.

- Como assim você acha que não? – Catherine perguntou desconcentrada, e quando viu a cara que Harry fazia na penumbra, o empurrou pra longe novamente. Não que “longe” fosse realmente longe, só algumas vassouras de distância. – Harry seu idiota, eu não acredito que você inventou isso.

- Caramba Cath, será que dá pra parar de me empurrar? – Perguntou, massageando os braços, mas parou quando viu a expressão furiosa de Catherine. – Eu não inventei isso Cath, a gente ia mesmo à casa do Zayn, só que, bom, ele não ia estar em casa porque na real, ele não está em casa e não sabia que a gente ia lá.

- Então a gente ia lá fazer o que? – Perguntou, a impaciência solta na voz.

- Conversar. – A afirmação de Harry saiu mais como uma pergunta, deixando Catherine ainda mais louca da vida.

- Conversar pra que garoto? A gente não podia fazer isso, sei lá, lá em casa? Olha aonde você meteu a gente seu idiota! – Continuou ela, e no segundo seguinte já estapeava Harry.

- Conversar na sua casa? Faça-me o favor Cath, você iria fugir de qualquer conversa na sua casa. Ia puxar a Hermione pra junto da gente, ou ia dar um jeito de manter todo mundo quieto. Você acha que eu não te conheço? – Devolveu ele, tentando segurar os braços de Catherine.

- Mas então porque você não disse que a gente ia na sua casa? Alô, tinha que colocar o Zayn no rolo? Harry, você é um péssimo amigo.

- Sinceramente Catherine – continuou ele revirando os olhos – se eu falasse pra gente ir na minha casa, você iria?

- Bem – começou ela tentando fugir da pergunta – o negócio é que...

- O negócio é que você não iria Cath, e não tente me enganar. – Suspirou aliviado quando Catherine decidiu que já tinha batido nele o suficiente. – Precisamos conversar Catherine.

- Não sei se você percebeu, mas a gente está conversando. – Comentou contrariada.

- Não esse tipo de conversa Cath. Você sabe muito bem do que eu estou falando.

- Ah sei? Bom, então iremos falar de como vamos sair daqui porque isso sim é um problema sério e...

- Catherine.

- Oi?

- Eu gosto de você.

- Hm, legal. Eu acho que você já deixou isso bem claro. – Concluiu alarmada, fugindo dos olhos verdes de Harry na escuridão.

- Catherine.

- Dá pra parar de falar meu nome? Só estamos nós dois aqui e eu sei que você ta falando comigo, então vê se...

- Eu sou um péssimo amigo.

- Que?

- Eu sou um péssimo amigo pra você. – Repetiu ele.

- Hm, olha, você é bem chatinho, mas é um amigo bem legal. De boa mesmo. Você quer que eu jure de dedinho? – Perguntou estendendo o dedo.

- Eu sou um péssimo amigo – continuou ele sem prestar atenção no que Catherine dizia – porque eu estou apaixonado por você. E é, talvez eu já tenha deixado isso bem claro, mas se eu fosse um amigo “legal”, como você disse, eu iria querer que você encontrasse alguém melhor do que eu. Mas eu não quero. Não mesmo. Por isso eu sou um péssimo amigo Catherine, acredite em mim.

- Eu acredito. – Disse devagar, olhando Harry com as sobrancelhas levantadas e o coração na boca.

- Eu sou um péssimo amigo Cath, e eu não quero mais ser um péssimo amigo.

- Hm, ta legal. Mas, se quer saber, não me importo de você ser um péssimo amigo. Tudo legal Harry, legal. – Foi dizendo enquanto tateava a porta em busca da maçaneta. – Ei, você está escutando alguma coisa? É, eu também não. Veja, que sorte, podemos sair. Quem sabe a gente não conversa lá fora? Onde tem luz, ar, espaço.

- Olha – Harry começou, pressionando Catherine contra a porta e puxando suas mãos para frente – não dá pra sair agora. Infelizmente, vamos ter que ficar aqui.

- Ah é? – Perguntou coma respiração falha. – Mas eu não escuto nada e...

- Catherine.

- Que foi? – Chiou ela.

- Eu posso beijar você? – Perguntou ele e Catherine sentiu todo seu corpo amolecer.

Silêncio.

Silêncio encoberto pela respiração falha de Catherine.

Silêncio enquanto ela ponderava os prós e contras.

Silêncio enquanto ela contava até dez.

Silêncio quando ela parou de se importar.

Silêncio.

- Que se foda. – Comentou com um dar de ombros, segundos depois.

- Isso é um sim ou um não? – Perguntou Harry mordendo os lábios.

- Isso é um que se foda. – Respondeu Catherine, antes de puxar a cabeça de Harry pra frente e chocar os lábios contra os dele numa urgência ferros.

Quando Catherine Lawrence tirava o dia pra ser estranha, ela era... estranha.


Notas Finais


Meu Deus, gente mil desculpas. Eu fui viajar no primeiro do ano, e foi do nada mesmo. Tipo, minha tia ficou "vamos" e eu fui mesmo e só voltei segunda a noite, mas só agora consegui escrever. Talvez eu viaje de novo, mas verei se não consigo escrever mais nada antes. De qualquer modo, espero que todo mundo goste. Eu, pelo menos, gosto de escrever capítulos meio estranhos como esse.


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