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História Tudo mudou na vida de Peter Kavinsky - Contrato


Escrita por: gabisescritora

Notas do Autor


Boa noite Amores! Boa leitura.

Capítulo 8 - Contrato


Hoje eu e Lara Jean vamos começar a encenar nosso namoro. Estou parado no estacionamento esperando ela chegar, ainda não acredito que ela vem de ônibus, vou oferecer uma carona para ela já que agora sou seu falso namorado é o mínimo que posso fazer.

Acabo de ver Lara Jean descer do ônibus, estou observando a Lara Jean enquanto ela vem caminhando até mim. Ela está muito bonita hoje, gosto muito quando ela deixa seu cabelo solto e ainda tem o mesmo cheiro de coco.

 

— Oi. Você vai mesmo pegar o ônibus todos os dias?

— Meu carro está no concerto, lembra? A batida?

 

É claro que me lembro, eu a deixei sozinha naquela situação para ir ver a Gen, solto um suspiro, realmente eu devo oferecer uma carona para ela.

Pego sua mão e vamos em direção a escola. Lara Jean parece nervosa, sua mão está suando bastante. Enquanto ela apenas sorri para as pessoas, eu saio falando todo mundo. Ela tenta soltar sua mão da minha e eu aperto mais, não quero soltar sua mão agora.

 

— Sua mão é quente demais. — Ela sussurra para mim.

— Não, a sua que é. — Respondo para ela.

 

Solto sua mão para ela guardar seus livros, ela está distraída, olho em volta e vejo que todo mundo está nos olhando, decido que é hora de uma demonstração. Quando ela está fechando a porta do armário me inclino para frente para beijar sua boca, ela se assusta e vira a cabeça. Acabo de bater a testa na dela, com todo mundo olhando ela fugir do meu beijo.

 

— Ai. — Eu solto uma exclamação de dor.

— Porque chegou assim de fininho? — Ela me pergunta meio irritada.

— Fale baixo, pateta. — Resmungo, espero que ninguém tenha ouvido ou prestado atenção demais na gente.

— Não me chame de pateta, pateta. — Ela me responde apenas isso. Solto um grande suspiro para extravasar minha raiva.

— Tenho que ir.

— Espere. — E vejo ela sair correndo pelo corredor. Não entendo porque ela saiu tão depressa.

— Oi Peter. — Não preciso me virar para saber que é a Gen, agora entendi porque a Lara Jean saiu correndo.

— Oi Gen. — Respondo me virando para encarar ela.

— Então você continuando andando por ai com a sonsa da Lara Jean, acho que isso não vai durar muita coisa.

— Gen já te disse para não falar essas coisas da Lara Jean, eu estou namorando com ela e quero que você a respeite. — Vamos ver como você reage a essa noticia.

— NAMORANDO? Você só pode estar de brincadeira.

— Desculpe Gen preciso ir para minha aula. — Saio andando e quanto ela fica parada no corredor processando o que acabei de contar.

 

***

Hoje tive treino de Lacrosse depois da aula, estou morto, o treinador pegou muito pesado. Só quero chegar em casa tomar um banho e me deitar um pouco.

Estou na rua de casa e vejo uma pessoa sentada na escada de entrada da minha casa, quando chego mais pergunto vejo que é a Lara Jean. Estaciono meu carro na garagem e desço.

 

— Veja quem está aqui. Minha querida namorada. — Ergo minhas sobrancelhas enquanto falo.

— Posso falar com você um minuto? — Tenho certeza que ela veio aqui para me dizer que quer desistir do plano, isso é a cara dela.

Sento no degrau e ela fica em pé na minha frente segurando um capacete e o celular, ela veio em uma bicicleta azul cheia de glitter, isso é tão Lara Jean.

— Eai? Deixa eu adivinhar. Você quer dar para trás, certo?

— Eu só queria conversar sobre o plano. Combinar nossa história antes que as pessoas comecem a fazer perguntas. — Agora ela está sentada ao meu lado, e eu estou muito surpreso.

— Ah, tudo bem. Faz sentido. E como foi que ficamos juntos? — Ela junta as mãos e começa a falar.

— Quando me envolvi naquele acidente semana passada, você estava passando de carro por acaso e esperou o reboque comigo, depois me levou em casa. Você ficou nervoso o tempo todo porque tinha uma queda por mim desde o fundamental. Seu primeiro beijo foi comigo. Essa era sua grande chance...

— Meu primeiro beijo foi com você? — Interrompo sua história. Bem meu primeiro beijo foi com ela, mas ninguém precisa saber. — Que tal seu primeiro beijo foi comigo? É bem mais crível. — Ela continua como se eu nem tivesse dito nada.

— Essa foi sua grande chance. Você decidiu aproveitar: me convidou para sair naquele mesmo dia, e, a partir de então, passamos a nos ver sempre, somos basicamente um casal.

— Acho que a Gen não vai cair nessa — Digo enquanto balanço a cabeça, naquele dia eu deixei a Lara Jean sozinha para ir transar com a Gen.

— Peter, as mentiras mais críveis são as que têm pelo menos um pouco de verdade. Eu sofri mesmo um acidente de carro; você realmente parou e me fez companhia; nós nos beijamos no ensino fundamental.

— Não é isso. — Respondo.

— Então o que é?

— Gen e eu ficamos juntos naquele dia, depois que me encontrei com você. — Ela solta um suspiro e responde.

— Tudo bem. Me poupe dos detalhes. Mas minha história ainda funciona. Depois do acidente, você não conseguiu me tirar da cabeça, então me chamou para sair assim que a Genevieve chutou... Quer dizer, assim que vocês terminaram. E já que estamos falando nisso, eu também gostaria de estabelecer umas regras.

— Que tipo de regras? — Já estou com medo de ouvir o que ela pensou. Ela respira fundo antes de falar, como se estivesse tomando coragem.

— Bem... Não quero que você tente me beijar de novo. — Dou um sorriso lembrando do que aconteceu hoje de manhã.

— Pode acreditar, eu também não quero. Minha testa está doendo desde hoje de manhã. Acho que estou com um hematoma. — Levanto meu cabelo da testa. — Você está vendo um hematoma?

— Não, mas vejo um indício de calvície?

— O que? — Como assim? Calvície com 19 anos?

— Calma, só estou brincando. Você tem papel e caneta?

— Você vai escrever? — O que ela quer escrever agora?

— Vai nos ajudar a lembrar. — Reviro meus olhos, pego um caderno e uma caneta e entrego para ela. Ela abre em qualquer folha e escreve Contrato, logo abaixo escreve Nada de Beijo. Como ela quer fingir ser minha namorada se não posso beijá-la?

— As pessoas vão mesmo acreditar se nunca nos tocarmos em publico? — Faço uma expressão cética.

— Acredito que relacionamentos não se resumem à parte física. Há varias formas de mostrar que você gosta de alguém sem usar os lábios. — Realmente eu posso tocar em outras partes, sorrio e estou prestes a provocar ela quando ela completa. — Ou qualquer outra parte do corpo.

— Você tem que me dar alguma coisa para trabalhar, Lara Jean. Tenho uma reputação. Nenhum dos meus amigos vai acreditar que de repente eu virei um padre para namorar você. Posso pelo menos botar a mão no bolso de trás da sua calça? Vai ser puramente profissional. — Ela não me responde, apenas escreve no caderno que tenho permissão para colocar a mão no seu bolso de trás.

— Mas nada de beijo. — Bom já consegui alguma coisa pelo menos.

— Foi você quem começou. Além disso, não tenho herpes. Não precisa se preocupar.

— Eu não acho que você tem herpes. A questão é que... Eu nunca tive um namorado. Nunca sai com um garoto, nem andei de mãos dadas pelo corredor. Isso tudo é novidade para mim, então peço desculpas pela testa hoje de manhã. Eu só... Queria que todas essas coisas estivessem acontecendo pela primeira vez de verdade, e não com você.

 

Ela diz tudo isso olhando nos meus olhos, e eu realmente entendo o que ela esta me pedindo. Eu estou roubando todas essas primeiras vezes dela. É claro que vou respeitar sua vontade e prometo a mim mesmo fazer ela o mais feliz que eu conseguir sendo um namorado de mentira.

 

— Tudo bem. Vamos deixar algumas coisas de lado, então.

— Sério? — Ela ficou surpresa com minha resposta. E Sorri.

— Claro. Vamos deixar algumas coisas para você fazer quando for para valer, não fingimento. — Decido aproveitar a deixa para brincar com ela. — Por exemplo, não vou pagar nada para você. Vou deixar isso para um cara que goste de você de verdade.

— Eu não estava esperando que você pagasse nada! — Seu sorriso sumiu, vou continuar.

— E não vou levar você até a sala de aula nem comprar flores.

— Já entendi. Quando você estava com a Genevieve, que tipo de coisas ela gostava que você fizesse? — Não sei por que ela decide falar da Genevieve.

— Ela sempre ficava me enchendo o saco para escrever bilhetes.

— Bilhetes?

— É, na escola. Eu não entendia por que não podia simplesmente mandar uma mensagem de texto. É imediato, eficiente. Por que não usar a tecnologia disponível para isso? — Se era algo tão importante para a Gen, tenho certeza que ela vai odiar me ver fazendo isso para Lara Jean.

— Vou escreve um bilhete para você todos os dias, isso vai deixar a Genevieve louca. — Lara Jean anota isso em nosso contrato. — Anota ai que você precisa ir a algumas festas comigo. E nada de comédias românticas.

— Quem falo sobre comédias românticas? Nem toda garota gosta de comédias românticas. — Lara Jean está mentindo, tenho certeza que ela ama comédias românticas.

— Dá para ver que você é o tipo de garota que gosta. — Lara Jean escreve sobre as comédias e completa com nada de filmes de ação idiotas. Fico inconformado, não sobrou filme nenhum.

— O que sobrou, então?

— Filmes de super-herói, filmes de terror, filmes de época, documentários, filmes estrangeiros...

 

Pego o caderno e a caneta da mão dela e escrevo nada de filmes estrangeiros. E embaixo escrevo que a Lara Jean vai por a foto do Peter como papel de parede do celular.

— E vice e versa! — Ela pega seu celular e aponta para mim. — Sorria. — Depois pego meu celular para tirar uma foto dela, mas ela me impede.

— Agora não. Meu cabelo está suado e nojento.

— Tem razão. — Na verdade seu cabelo está lindo natural, mas gosto mais de provocá-la.

— Anota ai também que nenhum de nós pode falar a verdade sob nenhuma circunstância. — Enquanto anoto, eu respondo.

— Primeira regra do Clube da Luta.

— Nunca vi esse filme. — Eu já devia imaginar.

— Claro que não. — Escrevo uma nota para vermos Clube da Luta, ela tira o caderno da minha mão e sublinha duas vezes o sob nenhuma circunstância.

— E o prazo? — Ela me pergunta de repente.

— Como assim?

— Por quanto tempo vamos fazer isso?Duas semanas? Um mês?

— Pelo tempo que der vontade. — Respondo e dou de ombros.

— Mas... Você não acha que deveríamos ter alguma coisa combinada... — Eu a interrompo.

— Você precisa relaxar Lara Jean. A vida não precisa ser tão planejada. Deixe rolar e veja o que acontece. — Ela solta um suspiro.

— Palavras de sabedoria do grande Kavinsky. Desde que acabe antes de a minha irmã voltar para o natal. Ela sempre sabe quando estou mentindo.

— Ah, com certeza isso já vai ter terminado até lá. — Asseguro para ela, mas fico imaginando se vou gostar de estar com ela mais do que deveria.

— Que bom. — Ela responde e assina o papel, logo embaixo eu também assino.

Ela não me pede uma carona e eu não ofereço, acho que ela quer ficar sozinha. Fico olhando ela colocar o capacete e subir em sua bicicleta, até desaparecer no final da rua.

A verdade é que eu sempre namorei a Gen, não sei como é estar com outra pessoa, não sei como é estar com alguém como a Lara Jean, as coisas parecem ser mais calmas e fáceis. E quer saber eu gosto disso.


Notas Finais


Estão gostando da história? Espero que sim. Beijos.


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