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História Tudo Por Acaso - Uma tarde especial


Escrita por: Valehans

Notas do Autor


My amores não morram, eu voltei, demorei mais minha internet não colaborou também.
Escrevi e reescrevi esse cap milhares de vezes até ver que ficou bom.
Bom, com minha net ''una buesta'' eu comecei a escrever o próximo antes de postar esse, então o próximo não vai demorar.
Desculpem os erros e boa leitura.

Capítulo 5 - Uma tarde especial


 Lá estava eu, procurando desesperadamente uma roupa para sair. Metade das minhas roupas estavam em cima da cama, a outra metade espalhadas pelo chão. Estava ficando sem esperanças. Depois de muita busca, decidi por somente um shorts jeans escuro, uma blusa regata branca e um cardigan verde. Entrei correndo no banheiro e tomei um banho morno e rápido. Saí, já vestida, com uma toalha enrolada no cabelo.

Coloquei uma sapatilha preta e retirei a toalha da cabeça. 

Sequei os cabelos rapidamente e os prendi em um rabo de cavalo alto com algumas mechas da minha franja caídas pelo rosto. Senti meu bolso tremer. Chegou uma mensagem no meu celular. 

 

 " Perdição Namikaze: 

Já estou te esperando aqui na frente

 

Guardei-o novamente no bolso do shorts junto com meu dinheiro, ergui um pouco as mangas do casaco e saí. Desci as escadas do prédio e abrindo o portão eu já o avistava, escostado no carro, com as mãos no bolso. Estava usando uma bermuda jeans branca, uma blusa pólo azul marinha e um sapatenis branco. Assim que me viu estalou-se um pequeno sorriso em seu rosto.

 

- Vamos ? - falou, abrindo a porta do carro para mim. Entrei e ele fechou minha porta e entrou também. 

 

- Aonde nós vamos ? 

 

- Isso é uma surpresa e você terá que usar isso. - tirou do bolso um pequeno pano. 

 

- Ah não.- eu se aproximou para vendar meus olhos com o pano mas me esquivei.

 

- Vamos, isso não vai te matar. É só ate chegarmos lá.- desisti de resistir. Ele se aproximou novamente e cuidadosamente levantou meus cabelos e passou o pano atras de minha cabeça, vendando meus olhos.- Agora sim, vamos.- escutei ele ligar o carro e começar a dirigir. Durante o caminho não consequi ver por onde passavamos, é claro e, depois depois de uns trinta minutos, o carro parou. 

 

- Chegamos! 

 

- Posso tirar a venda agora ?- perguntei já segurando no pano.

 

- Não...- segurou em minha mão - Ainda não. 

 

- Tá.- falei emburrada

 

- Espere ai !- ordenou 

 

- Como se eu pudesse sair!- falei irônica. Escutei a porta dele se abrir e poucos segundos depois, a minha.

 

- Segure a minha mão.- pegou minhas mãos e seu toque me fez arrepiar. Me ajudou a sair do carro, ainda vendada. Ouvi barulho de ondas perto de onde estávamos. 

 

- Estamos na praia ? 

 

- Espere e verá.- foi me guiando por um curto caminho. Os barulhos de onda foram ficando cada vez mais altos. 

 

- É com certeza estamos na praia.- ele não respondeu nada, só continuar a me guiar.

 

- Pronto, chegamos, já pode tirar a venda.- nem pensei duas vezes, retirei rapidamente a venda. Realmente estávamos na praia, mas, me surpreendi com o que havia ali. No chão tinha uma grande toalha quadriculada, com um guarda-sol uma cesta de vime no meio, algumas almofadas grandes, vermelhas, um violão, copos, pratos e talheres. Fiquei estática, aquilo estava bem bonito. 

 

- Vem, senta aqui !- puxou minha mão, me fazendo sentar, junto dele, na toalha, escostando as costas nas almofadas. 

 

- Bom o cardápio do nosso piquenique é...- abriu a cesta e foi tirando as comidas - De prato principal nós temos sanduíche de frango defumado com suco de uva,...- falava, colocando os pratos sobre a toalha, com vozes e gestos, parecendo um garçom. 

 

- Huuum, parece estar bom.- falei pegando o sanduíche de sua mão. Mordi um pedaço, e, bom, estava bem gostoso. 

 

- E então, o que me diz ? Está aprovado ?

 

- Hum, está uma delicia.- falei mordeu outro pedaço. Ele pegou e seu e começou a come-lo também. 

 

- Sua mãe que fez ? - perguntei limpando o canto da boca. 

 

- Por que acha isso ? - parou de comer.- Está duvidando de minhas habilidades culinárias ? - levantou uma sombrancelha.

 

- Estou ! Não duvido nada que deve ter sido a sua mae quem fez, ou ate mesmo uma empregada. 

 

- Fala isso porque nunca me viu cozinhando. Sou melhor que qualquer chef de cozinha famoso.

 

- Essa eu pago para ver.- falei rindo 

 

- Que tal, domingo, almoço na minha casa? 

 

- Ta combinado ! Vou ter que esperar até lá para ver se realmente tudo o que diz é verdade.

 

- Sua espera vai ser reconpensada. Depois de provar minha comida, vai até lamber o prato. 

 

- Hm.- Revirei os olhos. Tomei um gole do suco e terminei de comer o sanduíche. 

 

- E de sobremesa temos... - depois, de também ter terminado de comer, abriu novamente a cesta.- Bolo de cenoura, com cobertura de chocolate e, morangos... Quer um pedaço ? - com uma faca na mão, perguntou, referindo-se ao bolo. 

 

- Quero ! - ele cortou um pedaço e colocou em um pequeno prato de vidro. Me entregou e cortou uma parte para si. Adoro bolo de cenoura, um dos meus favoritos e, este estava uma delícia. A massa estava bem macia e a cobertura de chocolate estava cremosa. Tava tão bom que foi inevitável não me sujar toda. 

 

- Tá sujinho aqui. - falou indicando um canto da minha boca. Peguei um guardanapo que tinha e passei no rosto. 

 

- Saiu ? 

 

- Não... Pera...- levantou-se, chegou mais perto e se escorou nas almofadas, ficando ao meu lado.- Uhm - lentamente levantou a mão, que se dirigiu ao meu rosto, e passou o dedo suavimente por minha bochecha. Sua mão estava quente e seus olhos, azuis brilhantes, focavam nos meus. Seu toque foi ficando cada vez mais lento e, parou por um instante. 

 

- Pronto. - deu um grande sorriso, que mostrou seus brancos e perfeitos dentes e, se afastou um pouco. 

 

- O-obrigada.

 

Ficamos olhando o mar, com aguas cristalinas, que era muito bonito. O dia estava ensolarado e fazia bastante calor. Retirei o casaco. 

 

- Eu vou dar um mergulho - tirou os sapatos e a camisa - Quer vir junto ? 

 

- Não, valeu.

 

- Ah, vamos! Está calor! Estamos em uma praia! O que mais você quer !? - se aproximou e me puxou pelo braço

 

- Mas... Mas...

 

- Mas nada, você vai vir nem que eu te arraste.- levantei e ele me puxou ate a beirada, onde já se sentia a água gelada bater no meu pé. 

 

- Ai, ta muito gelada.- virei e dei uns passos para trás.

 

- Ah, pare de frescura.- me puxou novamente. Andamos, até a agua já bater acima do meu joelho e as ondas ficaram enormes.

 

- Que foi ? - ele percebeu que eu parei de andar e se virou. 

 

- Eu não sei nadar. 

 

- Não se preocupe como isso. 

 

- Mas é claro que eu tenho que me preocupar, se vier uma onda eu morro afogada.- riu 

 

- Suba nas minha costas.- abaixou-se um pouco para eu conseguir alcança-lo. Abracei seu pescoço e ele se levantou, fazendo eu enlaçar minhas pernas ao seu redor. Andou mais um pouco e parou. Foi descendo lentamente até ficamos somente com a cabeça para fora. 

 

- Prenda a respiração !- concordei. Prendi a respiração e ele mergulhou. Conseguia sentir ele passando bem perto do fundo. Antes que eu perdesse o ar ele voltou a superfície. 

 

- Tudo bem ? - perguntou passando a mão nos cabelos. 

 

- Sim. - mergulhou novamente. Dessa vez ficou mais tempo embaixo da água. Emergiu novamente e começou a andar até nossas coisas. Eu continuava em suas costas.

 

- Já pode me soltar sabia.- falei e ele me colocou de volta ao chão. 

 

- Obrigada. - zombei 

 

- Palhaça.- jogou um pouco de agua em mim. Eu não iria deixar barato né, joguei mais água em suas costas. Ele parou e virou. 

 

- Está brincando com fogo garota.- falou com um sorriso maroto nos labios. Deu um passo a frente e eu um atrás. E foi ali que uma guerrinha de água começou. Era eu jogando água e ele revidando. Eu ria bastante e ele mais ainda. Acertei um pouco de agua em seu rosto e ele ficou com os olhos vermelhos. Veio em minha direção querendo vingança. Fugi desesperadamente para não ser pega mas ele era mais rápido. Me segurou pelos braços. Na hora fui parada por sua força, mas pisei em falso no chão e cai, levando-o junto. Rolamos um pouco até ele parar por cima. Rimos mais ainda e ele me ajudou a levantar. Andamos de volta até o piquenique e me sentei. Ele ficou de pé me olhando fixamente. 

 

- Que foi ? - perguntei. Ele abaixou seu olhar até minha barriga e voltou. 

 

- Não entend...- olhei minha blusa. Minha nossa tinha esquecido. Eu estava com, minha antiga blusa branca, transparente, mostrando toda a extensão da minha barriga e meu sutiã preto. Corei intensamente e ele riu. 

 

- Podia virar para lá, porfavor!- bufei e ele se virou para o mar. 

 

- Tem toalhas dentro da cesta.- ajoelhei e peguei a toalha. Sequei os cabelos e os prendi em um coque. Tirei a blusa e a torci para tirar o excesso de água. Pecebi um movimento suspeito e me virei. Ele tinha me espionado. 

 

- Falei para ficar virado.

 

- Tá, tá! 

 

Coloquei novamente a blusa e pus meu cardigan, fechado, por cima. 

 

- Pronto agora pode se virar.- ele pegou a toalha e segou os cabelos. Sentei, logo sendo acompanhada por ele. 

 

- Bonito por do sol né ?!- ele falou. Me apoiei, com os braços atrás, e fiquei adimirando a paisagem. Eram lá pelas 18:30 o sol estava se deitando no horizonte, daquele bonito mar. Ele também se apoiou nos braços e virou o rosto para mim. 

 

- Ainda tem os morangos, quer ? - pegou a bandeja e colocou entre nós. Deitamos, lado a lado, comendo morango. 

 

- Só tem mais um morango!- ele falou 

 

- Pode comer. - colocou em cima da boca, mas parou. 

 

- Eu sei que você quer.

 

- Já que insiste.- abri a boca e ele colocou o morango dentro. Ficamos deitados, olhando céu que já havia escurecido. 

 

- Já está ficando escuro. Vamos embora ? - falei sentando. Ele segurou meu braço e sentou também. 

 

- Já pensei nisso.- engatinhou até a cesta e pegou velas e um isqueiro. Ascedeu-os e colocou em volta da toalha. 

Voltou e sentou ao meu lado. 

 

- Gostou ? 

 

- Sim, adorei.- deitamos novamente. 

 

- Posso perguntar uma coisa ? 

 

- Claro! 

 

- Por que terminou com a Akime ? - não ia perguntar isso mas minha curiosidade falou mais alto. 

 

- Prefiro não falar sobre isso. 

 

- Então tudo bem. - ficou um silencio constrangedor. 

 

- Posso perguntar outra coisa então ? 

 

- Sim.- virou-se para mim e segurou a cabeça nas mãos. 

 

- Depois de você terminar com a Akime...- ele bufou- Calma eu não vou falar sobre isso. Continuando...as garotas lá do colégio ficaram doidas com essa notícia. Como se sente sendo tão assediado?- ele deu uma risada baixa.

 

- Na verdade eu não gosto muito de todas essas garotas, me seguindo para todos os lados, só pela minha aparência. Acho que elas deveriam cuidar mais das próprias vidas. 

 

- Hum, interessante. 

 

- E você, também ficou assim com a noticia ? - sentou-se e eu também. 

 

- E porque eu ficaria ? 

 

- Simples, porque eu sou lindo, encantador, maravilhoso, perfeito. 

 

- É, você é um perfeito convencido. 

 

- Admitiu que eu sou perfeito.- apontou.

 

- Não foi isso que eu quis dizer. 

 

- Mas disse, hahaha.- riu e eu revirei os olhos.

 

- Já quer ir ? 

 

- Sim, está ficando tarde e eu tenho que terminar o trabalho de matemática para entregar amanha. 

 

- Ok, então vamos.- levantou-se e colocou sua camisa. Peguei meu celu...celular? 

 

- Você viu meu celular ?- ele negou com a cabeça.

 

- Onde você o viu por último ? - perguntou tirando a toalha do chão e sacudindo-a. 

 

- Eu deixei no meu... bolso.- essa último palavra estremeceu todo meu corpo. Procurei rapidamente em meu bolso e o achei, todo molhado. 

 

- NÃO, NÃO, NÃÃÃÃOOO, NÃO PODE SER.- tentava liga-lo mais nada adiantava. Me ajoelhei e chorei.- Por que, por que, me abandonaste?!

 

- Pare de ser dramática e vamos, era só um celular.- falou guardando as coisas na cesta. 

 

- Não era SÓ um celular, era minha VIDA.- ele revirou os olhos. Guardei meu celular e o segui até o carro.

 Falamos sobre coisas banais que acabavamos rindo. O caminho durou um pouco mais de meia hora e quando cheguei na rua de meu prédio já eram 20:08. Sai do carro e ele resolveu me acompanhar até o portão. 

 

- Olha, saiba que eu adorei passar esse tempo com você. Foi muito legal esse dia e gostaria que pudessem se repetir mais vezes.- falou com as mãos no bolso. 

 

- Tambem gostei muito desse dia.- ele deu um sorriso e eu retribui. 

 

- Então nos vemos domingo. 

 

- Domingo ? 

 

- Sim, você aceitou almoçar na minha casa domingo. - se apoiou na parede. 

 

- Sim, eu lembro, mas ainda nos veremos amanha, no colégio. 

 

- É, mais eu vou ficar tão ansioso para que esse dia chegue que o tempo irá passar mais rápido.- corei um pouquinho. 

 

- Nos vemos amanha.- falou se aproximando para um abraço que foi correspondido. Deitei minha cabeça em seu ombro e consegui sentir seu perfume amadeirado misturado com o cheiro de água do mar. Seu abraço foi tão confortável e acolhedor. Ele se afastou e eu também. 

 

- Até então.- Abri o portão e o vi sair com o carro. Subi as escadas e peguei minhas chaves. Estava rindo sem um motivo. Na verdade tinha um motivo, o dia ter sido tão bom ao seu lado. No começo, o via como um garoto arrogante e metido, mas agora percebi que era mais que o superficial, mais do que todos pensavam dele. Era legal e gentil, e mesmo sendo um pouco convercido não perdia a simpatia. Perai, o que está acontecendo comigo, não pareço a mesma pessoa do começo do ano que odiava pessoas superficiais. Por um lado, não tenho o porque de odia-lo, pois ele não é o que todos achavam e eu também. Sai de meus pensamentos mas continuava rindo. Abri a porta e...

 

- PELO AMOR DE DEUS, ONDE VOCÊ ESTAVA ATÉ ESSAS HORAS MOCINHA?! EU ESTAVA TE LIGANDO FAZ TEMPO E VOCÊ NAO ATENDIA! 

 

- Mãe ?! 


Notas Finais


Gostaram ? Sim? Nao ? Querem me matar ?
Bom o próximo posto terça.
Bjus e até o próximo.


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