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História Tudo Por Acaso - Tensão


Escrita por: Valehans

Notas do Autor


Olá galera.
Durante este tempo que fiquei fora, percebi que houve uma certa "repercussão" sobre a minha demora. Como vocês sabem, escrever esta fanfic é um hobbie e eu tenho outras coisas para fazer, como estudar e tudo mais. Mas eu amo fazer em hobbie e dedico o maior tempo que posso para ele. Ultimamente, tenho estudado muito e um pouco mais para uma prova muito importante que fiz mes passado, por isso me faltou tempo para o resto. Enfim! Me pediram pra colocar uma data certa para a postagem de capitulos, então eu lhes respondo: isso não vai acontecer! O motivo é simples. Eu poderia marcar de escrever de 1 em 1 mês, mas imprevistos acontecem, e vocês me culpariam de não postar na data certa. A vida é incerta. Não saimos de casa com a certeza de que tudo vai acontecer como planejado. Ninguém sabe de tudo. Eu não sei de tudo.
Por isso, peço a compreensão e colaboração de cada um de vocês que me acompanham.
Se você leu até aqui, só tenho a dizer o mais sincero obrigada por entender.

Boa leitura!

Capítulo 21 - Tensão


Depois do jantar, meu pai finalmente cessou todas as peguntas, e eu pude sentir que ele tinha gostado de Minato, o que era realmente ótimo vendo que ele não era um homem tão influenciável. Eu e Minato ficamos para terminar de arrumar a cozinha e lavar os pratos,  o que nos deu alguns minutos para conversarmos a sós. 
Já estava um pouco tarde, então arrumei meu antigo quarto para eu dormir, sendo que meu pai fez questão que Minato iria dormir na sala, onde minha mãe tinha pegado um colchão e arrumado para ele. 
Antes que fossem deitar, meu pai apontou os dedos para nós, sussurrando "Estou de olho!" e subiu para o segundo andar com a minha mãe, que só nos desejou boa noite. Não sei como ela convenceu ele a nos deixar sozinhos na sala.
Ficamos deitados no colchão, assistindo um filme antigo que passava toda semana na televisão, e eu já deveria ter assistido umas 10 vezes. Ele estava com o braço envolta do meu pescoço e eu estava deitada com seu ombro, abraçada ao seu corpo.

- Vamos voltar amanhã de manhã? - sussurrou ele, beijando o topo da minha cabeça carinhosamente. 

- Minha mãe vai fazer questão de que a gente almoçe aqui. - respondi

- Então faremos as vontade da senhora Uzumaki. - eu ri baixamente, levantando a cabeça para dar-lhe um selinho. 

- O que vamos fazer sobre... ?  - perguntei.

- Vou falar com meu pai primeiro, ele não vai gostar nada, mas é necessário. - respondeu, calmamente.

- Vai dar tudo certo. - confortei-lhe e ele sorriu em resposta. 

Escutamos um barulho no andar de cima, e Minato se sentou rapidamente, tirando o braço do meu pescoço, e eu pulei rapidamente para o sofá. Esperamos uns minutos em silêncio, olhando para a escada que dava ao segundo andar, mas nada. 

- Deve ter sido a porta do meu quarto batendo, por causa do vento. - falei, lembrando que isso as vezes acontecia.

- Sim. - concordou, arrumando a coberta em cima do corpo. 

- Acho que já vou subir... - levantei do sofá, me abaixando e curvando até Minato, para dar-lhe um beijo de despedida. 

- Nananinanão ... - ele me agarrou e puxou, me derrubando ao seu lado e me prendendo em baixo de si com seus braços. 

- Mas já está tarde e meus pais...

- Esqueça seus pais somente por um minuto.
 
- Você ter certeza?! - arqueei a sombrancelha, fazendo ele dar um sorriso diverido.

- Só até o filme acabar. Vamos, por favor! Não estamos fazendo nada demais...

- Não estamos...?! - o olhei sarcástica e ele devolveu com um olhar malicioso, me dando um selinho novamente. - Ok! Só mais um minuto. - completei, alinhando-me novamente ao seu lado.

 


[...] 

 


Abri os olhos lentamente, sentindo a claridade explodir nas minhas pupilas. Mas afinal, por que toda essa claridade?! Eu esqueci de fechar as janelas no quarto?! 
Pisquei algumas vezes, esfreguei o rosto, até focar a imagem que ainda estava distante e embaçada. Levantei a cabeça levemente, vendo... Minato?! Levantei mais a cabeça, arregalando os olhos e vi: eu tinha dormido na sala. 
Puta que me pariu! 
Dei um pulo do colchão, levantando desesperadamente e olhando em volta, procurando os meus pais ou qualquer resquício deles, mas nada. Voltei meu olhar para o loiro, que estava com os olhos arregalados e uma expressão confusa no rosto, tendo sido acordado tão brutamente. Respirei fundo, tentando acalmar meu coração que estava batendo desesperado, e me recompus. Minato, que parece ter entendido, somente bocejou e ergueu o corpo, sentando-se encostado do sofá. 

- Bom dia, eu acho. - sussurou ele, com a voz falhada e baixa saindo vagarosamente.

- Bom dia! 

Ouvi um ruído baixo no final da escada, e direcionei meu olhar para o segundo andar, sendo seguida por Minato, esperando um dos meus pais aparecerem ali. 

- Kushi! - chamou ao fundo minha mãe. 

Arregalei os olhos para Minato, novamente entendeu e deu um pulo do colchão, se colocando em pé e começando a dobrar a coberta rapidamente. Não pensei em nada, então somente corri para a cozinha e coloquei um pouco de leite em uma caneca, só para fingir qualquer coisa. Parei, esperando minha mãe aparecer a qualquer momento, sentindo meu coração disparado novamente. Pareciamos aqueles primeiros namorados que temos com 12 anos, que andamos de mãos dadas escondidos, fugitivos, ilegais. 
Peguei o nescau e coloquei um pouco no copo, já vendo os cabelos ruivos da minha mãe atravessando a porta da cozinha. 

- Aaah, Você está aqui! - exclamou ela, com um pequeno sorriso - Não te vi no quarto.

- Bom dia pra você também! - brinquei, mexendo o nescau e provando um pouco. 

- Bom dia amor! - falou, vindo me dar um beijo no rosto e um abraço curto - Você viu o Minato? - perguntou ela, abrindo a geladeira e pegando algumas coisas. 

- Deve estar no banheiro, por quê? - menti, rindo internamente.

- Não, por nada. - responde ela, fechando a geladeira. 

- Bom dia. - Minato apareceu na porta, seguido de meu pai, ambos entrando na cozinha. Ele tinha trocado de roupa, e estava com um sorriso tímido no rosto. Sorri pra ele, que viu e piscou discretamente para mim.

- Kushi, você pode ir na padaria pra mim? Tem dinheiro em cima da geladeira. - concordei e chamei Minato com os olhos, que me esperou passar na porta para acompanhar os passos atrás de mim.

O dia estava bonito, ensolarado, mas ventava um ar gelado, nos fazendo pegar um casaco antes de sair. A padaria era a algumas quadras adiante, e simplesmente não era necessário ir de carro. Fomos a pé mesmo, de mãos dadas por todo o caminho, conversando descontraidamente. Compramos o pão, queijo, bolo e mais algumas besteiras para comermos no café da manhã.
Assim que saímos da padaria, percebi que várias pessoas olhavam em nossa direção, cochichando e até apontando para nós. 

- Estão olhando para nós. - Minato falou, também reparando em toda aquela agitação silenciosa. 

- Deve ser porque você é tão famoso quanto qualquer astro do cinema. 

- Não é pra tanto. Só não gosto que fiquem apontando, como se fôssemos animais de circo. - mesmo sorrindo, tinha um quê de raiva em suas palavras - A "fama" do meu pai expõe a minha família de uma forma tão desagradável. Não tenho privacidade nenhuma. 

- Não se preocupe com isto. Você vai conseguir mudar tudo isto. - falei carinhosamente a ele, dando um beijo no seu pescoço.

Ele puxou meu rosto gentilmente, fazendo eu ficar nas postas dos pés para selar nossos lábios por alguns segundos. Fechei os olhos, curtindo os poucos momentos de paz que tínhamos. 

- Vem aqui. Vamos passar na casa da minha amiga rapidinho. - falei, assim que abri os olhos. 

Ele concordou, me abraçando de lado, deixando-me mais próxima de si. 
Atravessamos a quadra, andando pela rua de trás da minha casa, eu já podia ver o jardim da casa da minha antiga amiga. Eu estudava com ela no mesmo colégio, antes de me mudar para San Diego. Já a alguns passos de alcançar a sua porta, atravessamos o jardim bem cuidado da tia Lily, como eu carinhosamente chamava a mãe dela. Dei alguns toques leves na porta, esperando alguma resposta, ao lado do Minato que só se balançava distraidamente. Uma figura feminina descabelada atendeu a porta, coçando os olhos cansadamente.

- Kushi... - arregalou os olhos, e pulou na minha direção, me abraçando fortemente. - Meu deus garota, você não deu mais notícias. Que saudades de você!

- Também senti sua falta, Kira. - falei, apertando mais forte minha melhor amiga no abraço. 

Ela se soltou do abraço, se recompondo e arrumando os compridos cabelos castanhos claros, mas surtou novamente. 

- Meu Deus, meu senhor Deus! MINATO NAMIKAZE! É você mesmo?! - gritou, apontando exaustiva para ele e para mim. 

- Ér... sou! - respondeu ele timidamente, lançando perguntas com os olhos para mim. 

- Mas... meu deus... - Kira repetiu pela terceita vez, transtornada. Sem entender, ela simplesmente parou e ficou nos observando, inquietante. - O que você... vocês ... aaaargh! - se deu por derrotada e respirou fundo.

- Kira, este é Minato Namikaze, meu namorado. Minato, esta é Kira Lawer, minha melhor amiga de San Francisco. - lhes apresentei, e Minato se aproximou para lhe dar um curto beijo no rosto, envergonhadamente. Ela estava estática. 

- Você some por 3 meses, sem responder, sem noticias, e volta namorando o, desculpa, gato do Minato Namikaze?! Não trouxe o Justin Bieber também por acaso? - perguntou ela agitada, e demos risadas.

- Ele estava em turnê e não pôde vir. - Minato brincou, rindo.

- Hey, querem entrar? Meus pais foram na casa da minha tia e só voltam mais tarde. - perguntou Kira, se arrumando. 

- Não, só estamos de passagem Kih, vamos voltar ainda hoje pra San Diego. - respondi, vendo o semblante dela se entristecer levemente, lhe surgindo um pequeno bico - Mas eu te prometo que vou te contar sobre tudo. - completei, levando o olhar discretamente para Minato, indicando que o assunto seria ele 

- Tudo bem então. Já que têm que ir, não vou prender vocês aqui. Foi um prazer conhecer...você. - falou dando um curto abraço nele novamente - E você, senhorita Kushina, por favor, eu te imploro, não se esqueça de mim! Eu sinto muito a sua falta ruiva. - ela me grudou em um abraço tão apertado e carinhoso, e eu realmente não queria me soltar dela. 

- Também estou com saudades. Prometo que vou te ligar todos os dias. - respondi, me soltando do abraço. 

Me aturar por 12 anos é para poucos, e Kira sempre esteve ao meu lado para tudo, desde criança. Ela entrou novamente em casa, acenando levemente, enquanto voltávamos a atravessar o jardim, caminhando de volta para minha casa.

 

Colocamos o pão e o bolo em cima da mesa, ajudando a minha mãe a organizar as coisas, enquanto meu pai lia um jornal, comentando uma coisa ou outra para nós de vez enquando.
Durante o café da manhã, mais perguntas surgiram, como: o nosso futuro, ideias de empregos, o colégio, mas o principal assunto foi a universidade. 

- Eu ainda não escolhi a universidade para irei, mas já me inscrevi em alguns programas para bolsa atleta. - comentou Minato, adoçando minimamente o café. 

- A Kushi pretende ir para a UCLA, em Los Angels, para o curso de artes cênicas. - falou minha mãe, passando a geléia em sua torrada. 

Na verdade, a conversa era mais um diálogo, porque só minha mãe e Minato falavam. Eu e meu pai fazíamos poucos comentarios, só observando a maioria do tempo.

-  Teremos uma prova semana que vem, o teste universitário, e dependendo da pontuação que fizermos podemos nos inscrever nas universidades a partir dele. A pontuação pedida varia para cada universidade. A stanford e a ucla tem o padrão mais alto, consecutivamente, as mais difíceis. - explicou Minato. 

- Entendi. Vocês que estudem para irem bem na prova.

- Claro! Los Angels que nos aguarde. 

- Já estou morrendo de saudades. - comentou minha mãe, dando um sorriso e a afagando levemente o braço de Minato.


Terminamos o café da manhã com tranquilidade, conversando sobre mais aleatoriedades. Só demorou mais um pouco para arrumarmos nossas e coisas e nos despedirmos, antes de sairmos. Minha mãe se acabou em lágrimas,  que já era previsível, abraçando encessantemente nós dois e dando recomendações como "Se alimentem direitinho" e "Estudem crianças". 
Assim que Minato abriu a porta do carro para eu entrar, meu pai o chamou firmemente. Ele se aproximou, e papai sussurrou algo em seu ouvido por alguns segundos, fazendo o engolir em seco. Ele o encarou seriamente e concordou, apertando a mão e se despedindo. Assim que ele entrou no carro, acenamos para a eufórica da minha mãe, que ainda secava as lágrimas do vermelho e inchado rosto. Saimos, antes que ela corresse na nossa direção e se despedisse de novo. 

 


{...}

 


- Falei com Fugaku, e ele nos chamou pra ir na inauguração de uma balada nova na cidade. Quer ir? - falou Minato, assim que parou o carro em frente ao meu prédio, já em San Diego. 

- Huuuum, claro, por que não. 

- Eu passo aqui perto das 21 horas então. 

Concordei, me aproximando e segurando sua nuca para lhe dar um beijo de despedida, e ele segurou o meu rosto, brincando com meu cabelo com a outra mão. Mordeu meu lábio gentilmente e se separou, dando um sorriso brilhante e encantador. 
Puxei minha mochila e abri a porta do carro, saindo e dando um tchauzinho para ele, que me acompanhava com o olhar. 

- Ah! Esqueci de uma coisa! - falei, virando novamente para o carro. 

- Diga! - ele disse, com um sorriso grande e divertido, tamborilando os dedos no volante.

- O que meu pai falou pra você? - perguntei, e ele arqueou a sombrancelha, frangindo o cenho com uma cara de dúvida. - Quando sairmos...

- Aaah... - ele deu uma risada timida, desfechando rosto em um sorriso - Ele pediu pra que eu cuidasse de você. 

- Huuum, só isso? 

- Éeeh, mais algumas coisas, mas basicamente isso.

- Então tá - virei as costas, indo em direção ao prédio, enquanto escutava o som do motor do carro se afastar tanto quanto o dia já se tornava noite.

 


{...} 

 


Desci as escadas do prédio, abrindo o portão e vendo-o encostado na lateral do carro, me acompanhando com o olhar. Caminhei na calçada, indo em sua direção com um sorriso tímido. Só de ver aquele conjunto de olhos brilhantes e sorriso sedutor eu já me derreti toda.

- Fiu-fiu... - assobiou e pegou na minha mão, me fazendo girar no lugar - Olha, sinceramente, acho que você não deveria ir. - falou Minato, me segurando pela cintura. Se ele não estivesse sorriso malicioso no rosto, talvez eu teria entendido de outra forma, mas não era o caso. 

- Ah é? Por quê?

- Mas não é obvio?! Você está tão gata que todos os outros caras vão ficar olhando para você. - Ele falou, mordendo os lábios lentamente. 

- Pense no lado bom, eles só podem olhar, enquanto eu vou estar  contigo. - Fiquei na ponta do pé, para dar um selinho nele, que ficou com cara de quem quer mais. - Vamos? 

- Claro, você primeiro. - me segurou pela cintura, abrindo a porta do seu carro pra eu entrar. 

Sucessivamente, ele entrou pelo outro lado, dando a partida no carro, mas ficou me encarando com um olhar bobo no rosto. 

- Que foi? - perguntei, vendo ele sorrir minimamente antes de falar.

- Você está tão... linda que eu não consigo parar de te olhar! - falou, com o mesmo sorriso seduzente.

- Você também está lindo. - falei, dando um selinho nele, que se endireitou e partiu com o carro. 

Ele estava com uma camisa social e um tênis preto e uma calça jeans branca. O cheiro maravilhoso do seu perfume amadeirado me rodeavam como um abraço carinhoso.
Assim que chegamos, Minato abriu a porta para mim e descendo do carro eu arrumei o meu vestido vermelho de renda, rodado. Além do vestido, eu estava com brincos e colar e uma bolsa de mão douradas, além de um salto preto. Até eu estava admirada com minha roupa, mas tive uma enorme ajuda de Mikoto, que fez eu tirar foto do meu armário inteiro pra que ela decidisse. Meu cabelo estava solto, até porque penteado nenhum parava nele.

- Eai ruivinha! - falou Fugaku, vindo me dar um beijo no rosto depois de ter comprimentado Minato. - Você fica muito melhor sem aquele uniforme horrível do colégio.

- Hey, tira o olho que ela já tem dono. - falou Minato, rindo junto com o amigo e abraçando a minha cintura.

- Calma ae, cachorrão. Vamos entrar. 

A fachada da boate era bem bonita e iluminada. O prédio era todo espelhado e tinha um letreiro neon dourado bem grande escrito "Palladium". De fora já dava pra ouvir e sentir a batida da música alta. Estava lotado de seguranças pra tudo que é lado e só chegavam "carrões" caros na frente do local. 
Não tinha filas, e entramos facilmente pelos guardas, que pareciam conhecer os garotos. O lugar por dentro era incrivel. A pouca iluminação destacava os candelabros roxos e toda a decoração em neon que tinha. As luzes, fumaça e a música eletrônica alta se espalhavam pelo local.

- Fugaku, que bom que você veio! - um jovem loiro platinado bem arrumado veio em nossa direção, comprimentando o moreno.

- Eu não perderia a oportunidade. - respondeu Fugaku, com um sorriso enorme. - Esses são Minato e Kushina, meus amigos e esse é o meu amigo Leger, dono do Palladium. - nos apresentou á ele, que comprimento Minato e veio em minha direção. 

- É um enorme prazer em conhece-lá, Kushina. - Falou o tal do Leger, pegando e beijando minha mão. 

- O p-prazer é todo meu. - gaguejei, vendo a cara quadrada de Minato, que me abraçou fortemente pela cintura logo em seguida. 

- Bem, os amigos do Fugaku são meus amigos também, então, hoje a noite de vocês é por minha conta. Espero que aproveitem, mas não abusem. - deu um sorriso divertido para nós - Peguem essas pulseiras, que darão acesso vip a vocês ao camarote. - ele nos entregou braceletes dourados que tinham gravados as palavras " Palladium" e "Vip" - Eu tenho que ir agora, mas espero que se divirtam. Até depois. - ele se afastou, sumindo no meio de tantas pessoas.

- Vamos ao camarote, pedir algo pra comer pois estou morrendo de fome. - A voz de Fugaku quase não deu pra ser escutada, pois a música alta vencia o que ele falava.

Subimos por uma escada no canto do salão, que nos deu acesso ao camarote, onde o som estava mais ameno. Ele contornava por cima toda a pista, dando uma visão completa do local, e tinha um bartender exclusivo que fazia drinks para o pessoal. 

- Quer uma bebida? - perguntou Minato, parando a frente do balcão do bar. Hesitei um pouco e os garotos se olharam, rindo. 

- Qual é ruivinha, nunca bebeu na vida? - debochou Fugaku - Você faz juz a cara de santinha. 

- Não digo que eu nunca bebi, experimentei algumas coisas, mas na maioria das vezes sou eu quem leva todos para casa. - respondi, virando o olho para eles. 

- Opa! Já temos a motorista da noite. - exclamou Fugaku, erguendo o drink para o alto indo beber, mas Minato tirou a bebida da mão dele antes. 

- Nem vem, eu que fiquei da última vez. Hoje é o seu dia. Kushina vai experimentar de tudo um pouco no seu lugar. - Minato falou, deixando Fugaku fazer uma cara frustada atrás dele. - Duas batidas de kiwi por favor e um energético para o meu amigo, ele vai precisar. - pediu ao bartender, que concordou e começou a preparar as bebidas.

Logo o funcionário nos entregou os drinks e eu o experimentei um pouco. Tinha um gosto doce e amargo ao mesmo tempo mas era muito bom. Minato deu um sorriso curto ao ver eu que tinha gostado, enquanto Fugaku bebia o energético sem ânimo. Ao longo da noite eu provei mais algumas bebidas, umas que não gostei e outras que realmente eram boas, entretanto eu parei quando percebi que estava ficando levemente bebada. 
Fugaku nos fez companhia por alguns minutos mas desistiu, depois de alegar que estava sobrando, e se enfiou no meio da multidão.
Dançamos, bebemos, curtimos, mas as horas corriam e eu já estava com uma dor de cabeça fraca e levemente sonolenta, devido a quantidade de álcool que corria no meu sangue. Minato me encarava com um sorriso bobo na mesa do camarote, enquanto eu comia as batatas fritas que tinha pedido. Suas bochechas estavam avermelhadas, talvez pelas luzes neons que batiam nele, mas a quantidade de vodka que ele tinha tomado entregava ele. 

- Você quer ir embora? Está bem tarde já! - perguntou Minato com a voz baixa, assim que eu terminei de comer. 

- Sim, vamos procurar o Fugaku. - respondi, levantado e sendo acompanhada por ele.

Descemos as escadas, voltando a pista principal. Minato demorou um pouco mais que eu para descer, pois estava cambaleando. Voltei para ajudar-lo, colocando o braço dele envolta do meu ombro. Fomos até o caixa, mas nem pagamos nada, só para devolver o bracelete dourado da balada. 

- Eu acho que Fugaku está ocupado demais para nos levar. - Minato disse, com um sorriso divertido, apontando para um casal se agarrando ao lado do bar. Fugaku e uma garota morena desconhecida estavam trocando beijos intensos, sem parar um segundo.

- Então vamos pegar um taxi. - conclui, sendo repreendida logo em seguida.

- E deixar o meu carro aqui? Sem chances! - respondeu ele, com a voz enrolada. - Eu vou dirigindo. 

- Aah, sem chances também! Você nem tá se aguentando em pé. - Falei, vendo ele se apoiar no balcão do bar. - Tá deixa que eu dirijo. - falei confiante. Ele ergueu uma sombrancelha, desconfiado, mas concordou. 

Levei ele até o seu carro, deixando-o sentado no passageiro e entrando do outro lado. 

- O acelerador é sensível. - falou ele, deitado no banco com os olhos fechados. - É melhor não ir pelo caminho principal, afinal, não estamos livres de uma blitz policial.

- Ok. 

Saí com a lamborghini dele, que acelerou muito no primeiro instante, mas tentei me acostumar com a "potência" do carro. Chegamos um pouco mais do que o necessário, pois tive que pegar um caminho mais longo para não encontrar nenhuma viatura no percurso.
Entrei no condominio luxuoso que ele morava, acenando para o porteiro que me olhou estranhamente, e indo estacionar na garagem de sua casa. 
Passavam-se da 4 horas da manhã, então sua casa estava toda apagada e aparentemente vazia. Ele saiu do carro e me acompanhou com os olhos quando entramos no hall principal da mansão. 

- Kushina, estou a um tempo querendo te falar isto...

- O que foi Minato? - perguntei, apreensiva.

- Você está muito gostosa com essa roupa. - falou, um pouco alto, me olhando com desejo.

- Vai acorda sua casa inteira se continuar a falar alto. - resmuguei, revirando os olhos enquanto ele me dava um beijo no canto da boca.

Ele ainda cambaleava pra lá e pra cá cantando uma música baixa, enquanto eu ajudava ele a subir as escadas para o segundo andar. Quando subimos o último degrau, ele tropeçou e se lançou para frente, me levando junto para cair no chão. Fez um grande barulho, e eu rezei para não ter soado tão alto como tinha sido para mim. Ele, que parou por cima de mim, ficou me olhando com malícia.

- Você está linda com essa roupa... mas ficaria melhor ainda sem ela. - falou ele, vindo me beijar novamente. 

- Cala boca Minato, você está bebado... e com mal hálito! - reclamei, puxando ele para se levantar junto comigo.

Puxei ele pela mão rapidamente até o seu quarto, antes que alguém nos visse.

- Está entregue. - falei, soltando ele para se sentar na ponta da cama. 

- Obrigado! - ele se levantou calmamente e entrou em uma porta espelhada, que deveria dar em seu closet. Voltou com uma roupa em mãos. - Eu já volto. 

Saiu do quarto, deixando a porta meio aberta. Passei alguns minutos sem fazer nada mais do que observar a decoração sofisticada do quarto. Ouvi alguns barulho no corredor e pensei que Minato poderia ter caído novamente ou estar falando sozinho, então fui até a porta observar. 

- ... O que você pensar estar fazendo? Quer destruir a nossa familia? - pela fresta da porta eu só conseguia ver Minato, mas a voz não era dele. 

Abri levemente um pouco mais para ver o senhor Hikaru, o pai dele, discutindo no meio do corredor. Ele jogou alguns papéis em direção do Minato, que pegou e os olhou cuidadosamente. Não dava pra ver o que necessariamente dizia no papel. Minato, que ao contrário de segundos atrás, estava com o corpo rígido e sério, mas não falou nada.

- Você quer queimar a minha imagem, me fazer passar por mentiroso, ridicularizar nossa família? - grito Hikaru, que teve uma resposta dessa vez.

- Essa não era minha intenção, eu ia te contar...

- Claro, iria contar quando colocassem no jornal uma manchete: " A junção das empresas Namikaze e Ikeda e o noivado dos herdeiros eram falsos" e  " Empresario mente para todos". - grito a plenos pulmões, fazendo Minato se diminuir perto dele.   

- Eu não podia continuar com isso, continuar com essa mentira, não iria suportar. - pensei que a voz dele iria falhar mas se manteve firme.

- Nós fizemos um acordo, você concordou em fazer isto, nunca te obriguei a nada. Mas parece que precisava nos humilhar

- Eu não queria humilhar a ninguém... - Minato estava se alterando. Meu coração estava acelerado e apertado. Eu sabia muito bem o centro dessa briga. 

- Mas humilhou! Humilhou a si mesmo saindo com esta garota pobre. Só poderia estar bebado mesmo para escolher uma garota de quinta categoria. Você me dá desgosto!

Isso estava dando uma pontada em mim, tirando todas as minhas forças. Meus olhos se encheram de lágrimas, mas segurei para que nenhuma delas encontrassem o chão gelado daquela casa.
Eu vi o corpo dele se encher de ódio e o rosto se enfurecer em vermelhidão, guardando a fúria para si. Mas essa fúria tinha que sair. 

- NÃO FALE ASSIM DELA! ELA NÃO É QUALQUER UMA! - gritou Minato, indo para cima do pai, que segurou ele pelo colarinho da camisa e prensando-o na parede, quase o levantando.

- NÃO GRITE COMIGO! QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA LEVANTAR A VOZ NA MINHA CASA. EU FALO O QUE EU QUISER DESSA GAROTA. SEM MIM VOCÊ NÃO SERIA NADA.

- EU NÃO SOU VOCÊ! E MESMO SE EU FOR UM MORADOR DE RUA SEREI MELHOR DO QUE VO...

Ele não conseguiu terminar a frase. Hikaru lhe deu soltou e deu um tapa forte em seu rosto, fazendo ele sair seco no chão. Me segurei, tampando a boca para não gritar. Eu queria ir ajuda-lo mas só iria piorar. O pai dele não se contentou e puxou-o pelo colarinho, levantando-o novamente e sufocando ele na parede.

- NÃO OUSE FALAR NUNCA MAIS ISTO. VOCÊ NUNCA SERÁ MELHOR QUE EU. NÃO TE DEI TUDO O QUE PODIA PARA VOCÊ SER INSOLENTE COMIGO. 

Reparei que não era a única que espionava a cena. No final do corredor tinha um par de olhinhos azuis assustados, sentado no chão no quarto observando silenciosamente com a porta entreaberta.

- Hikaru, chega! - A senhora Yuki surgiu atravessando uma das portas e indo em direção a eles. - Isso já passou dos limites. E vocês têm expectadores demais. - respondeu ela seriamente, olhando em direção do Hiroki, irmãozinho de Minato.

Hikaru soltou Minato, que alisou o pescoço onde o pai o segurava. 

- Enquanto você estiver com essa garota, não pertence a esta família. Isto ainda não terminou! - concluiu fortemente Hikaru, apontando o dedo para o filho.

- Chega! - exclamou Yuki novamente. O marido deu as costas e entrou em seu quarto batendo a porta. 

- Minato, vá dormir, amanhã você resolve isso. - falou ela, afagando carinhosamente o ombro dele. - E não deixe ele ver ela, por favor. Vamos esclarecer isso antes. -  falou, olhando em minha direção. 

Deu um beijo de boa noite na testa dele e se virou para confortar o outro filho. 
Minato se virou pra mim e eu o vi cair. Não cair de tropeçar e acabar deitado no chão. Cair de estar derrotado e sem forças. Ele entrou em seu quarto e fechou a porta atrás de si, trancando-a. 
Jogando os papeis em um canto do quarto, ele me abraçou, como uma criança asssustada abraça sua mãe quando tem medo de monstros no armário, e eu chorei, como uma menina chora quando perde seu brinquedo favorito na mudança.

- Me desculpa, desculpa. Não queria que passasse por isto. É tudo culpa minha. - sussurrei, deixando que as lágrimas salgadas chegassem até a minha boca. 

- Não, eu que devo desculpas. Te coloquei no meio disso. Deveria ter resolvido isso antes. Você nunca teve nada a ver com isso.

Eu não consegui me conter, deixei que as lágrimas saissem de uma vez para fora de mim. Ele afagava meu cabelo carinhosamente enquanto eu me apertava mais em seu peito. 

- As palavras dele não têm valor nenhum, não leve-as a sério. Você é tudo para mim. - sussurrou - Eu te amo, Kushina. 

Eu o encarei por um instante, absorvendo essas palavras como se fossem as melhores do mundo. Tiravam o peso, aliviavam as pernas, acalmavam o coração.

- Eu também te amo. 

Selamos um beijo calmo, sem malícia. Somente para aproveitar cada segundo que estávamos juntos. Cada movimento era milimetramenta pensado. Completavamos um ao outro. Terminamos com um abraço carinhoso no final, secando as lágrimas e deixando de lado a raiva.

- Eu realmente amei seu vestido, mas é melhor tirá-lo. - falou divertido, fazendo eu levantar uma das sombrancelhas para ele - Só estou dizendo que não vai querer dormir com ele, não é mesmo?! Vou pegar algo para você. 

Ele foi novamente em direção ao closet, entrando e saindo minutos depois. Ele voltou com uma camisa branca simples e uma bermuda cinza, trazendo roupas para mim. Jogou em minha direção uma blusa preta larga que ficou como um vestido, indo pouco acima do joelho. 
Não teve como não reparar que ele parou de cambalear e sua fala estava somente mais calma e baixa do que o normal.

- Pensei que você estava bebado. - comentei, assim que ele subiu o degrau que dava até a sua cama, sentando ao meu lado. 

- E eu não estou?! - riu - Tá, pode ter sido meio uma encenação, mas concorde que sou um ótimo ator. 

- Seu idiota! Você tinha tomado um monte de bebida, como está tão... lúcido? 

- Tenho um organismo forte. Eu só fico meio tonto e sonolento. Pra me fazer cair tenho que tomar uma garrafa inteira de vodka sozinho. - deu risada de volta, enquanto eu fuzilava ele com o olhar. 

- Eu carreguei você escada a cima pra me dizer que era mentira?! 

- Nem tudo era mentira. - respondeu, com o sorriso e olhar malicioso de antes.

- Tente encenar melhor da próxima vez. 

Deitei e ele me acompanhou, passando a coberta por cima de nosso corpos. Deitei de costas pra ele, que me abraçou, ficando de conchinha. 

- Boa noite, meu amor. - sussurrou ele bem perto do meu ouvido. 

- Boa noite. - me virei para lhe dar um último beijo antes de fechar os olhos e tentar acalmar os pensamentos para dormir.

 

 

 

 


Notas Finais


Juro que vomitei nesse final. Não sou uma das pessoas mais melosas que existem mas gosto de um romance :v
Desculpem a demora, como eu disse anteriormente, só consegui ter tempo para escrever no começo de agosto, entao gomem. Um capitulo maiorzinho para nossa alegria como recompensa.
Oq acharam? O que esperavam? Decepcionei vcs? Adoro saber.

Beijos e até o próximo.


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