História Tudo por Amor - Revelações

POV EMILY:

 

   Dirigia para casa em meio a um choro desesperado, travando uma guerra interna entre razão e coração, pois minha razão me dizia para seguir em frente enquanto meu coração gritava pela Alison e eu tive que ser forte para não fraquejar e voltar atrás mais uma vez, mas todas as vezes que eu pensava em voltar, eu buscava na minha mente a imagem de todas as cenas que presenciei hoje entre o Toby e ela e isso me fazia sentir raiva ao mesmo tempo que me machucava ainda mais, porém era o que me dava forças para não voltar até a cabana e ficar com ela novamente, como fiz da última vez. Cheguei a parar o carro algumas vezes para poder chorar, pois às vezes a dor é tão forte que eu preciso descarregar com um choro mais intenso porque caso contrário a sensação é que eu posso morrer a qualquer momento, sufoca pela dor que parece dilacerar meu coração a cada segundo.

   Depois de um longo tempo dirigindo, que pareceu não ter fim, finalmente eu chego em casa e agradeço aos céus por meus pais não estarem me esperando na sala, pois eu não ia ter condições nenhuma de falar sobre tudo que aconteceu essa noite. Então subo direto para o meu quarto, pois tudo que eu preciso agora é do meu travesseiro para que ele ampare cada uma das minhas lágrimas, pois com toda certeza o choro será o meu companheiro ao longo das próximas horas.

   Vejo os primeiros raios de sol pela janela do meu quarto enquanto sinto minhas pálpebras pesadas e meus olhos cansados de chorar, pois a impressão que tenho é que esgotei todo meu estoque de lágrimas. Olho para o teto enquanto as imagens da noite passada ainda habitam minha mente, me fazendo sentir vontade de chorar novamente, mas dessa vez eu não permito que as lágrimas voltem a molhar o meu rosto. Em seguida eu levanto da cama e vou direto para o banheiro e antes de me despi, olho para a minha imagem refletida no espelho, vendo meus olhos pequenos de tão inchados e uma expressão de sofrimento no meu rosto que me faz sentir uma pessoa completamente derrotada. Então eu respiro fundo enquanto ainda me olho e repito mentalmente para mim mesma que já chega de lágrimas, que eu preciso tentar seguir em frente, que preciso me amar acima de tudo e que mesmo sentindo essa dor que parece que rasga meu coração cada vez que eu lembro de tudo que vi e presenciei, eu repito mentalmente que chegou a hora de encontrar o meu novo caminho e que se ele tiver que ser refeito onde não exista Alison nele, é assim que vai ser daqui pra frente. Em seguida tiro minha roupa, entro no box do banheiro, ligo o chuveiro e deixo a água morna escorrer pelo meu corpo como se ela tivesse o poder de limpar minha alma completamente, mesmo sabendo que não é possivel, pois as feridas que ficaram na alma e no coração, jamais poderão ser reparadas, pois apesar da dor que sinto, esse sentimento ainda é soberano dentro de mim, parece ser maior que tudo e não deixará de existir, mas eu tenho que me esforçar para me acostumar a viver sem ela na minha vida daqui pra frente, por isso eu terei que sentir a dor até que ela possa aliviar com o passar do tempo e eu possa me acostumar a conviver com ela dia após dia, pois tenho certeza que essa cicatriz que existe em meu coração jamais poderá ser curada.

   Depois de um banho demorado, saio do banheiro e quando estou me vestindo, escuto meu celular chamar, olho no visor e vejo que é a Alison, então respiro fundo para tentar controlar a vontade quase incontrolável de atendê-la e em seguida recuso a chamada e volto a me vestir. Alguns minutos depois o celular volta a chamar e quando eu o pego vejo que é a Alison novamente e mais uma vez eu recuso a chamada e decido desligar o aparelho, pois caso contrário vou acabar atendendo e me rendendo as palavras dela. Assim que termino de me vestir, ouço batidas na porta do meu quarto e digo que pode entrar e logo minha mãe aparece na minha frente.

Pam: Bom dia querida!

Emily: Bom dia mãe!

Pam: Eu vim saber como você está depois do jantar de ontem, pois não vimos a hora que você chegou, mas pelos seus olhos inchados eu imagino que não foi bom.

Emily: Foi horrível mãe, mas eu não quero falar disso agora.

Pam: Tudo bem filha, quando você se sentir preparada você sabe que pode conversar comigo ou com seu pai.

Emily: Sei sim mãe. Obrigada por isso!

Pam: Não precisa agradecer querida.

   Logo depois ela me abraçou, depois beijou minha testa e me chamou para tomar café da manhã, então quando estávamos descendo a escada o telefone residencial tocou e eu logo falei para ela que se for a Alison, eu não quero atender. Em seguida ela atende a ligação e em questão de segundos ela me olha e diz que é para mim, eu pergunto quem é e ela diz que é uma jornalista e eu logo imagino que é para marcar alguma entrevista, já que desde a minha volta sempre recebo essas ligações, então minha mãe me passa o telefone e eu falo.

 

*LIGAÇÃO ON:

 

Emily: Alô?

XX: Emily Fields?

Emily: Sim sou eu.

XX: Bom dia! Eu me chamo Samara Kahn, sou jornalista e eu queria saber se existe a possibilidade de agendar uma entrevista com você.

Emily: Claro!

Samara: Bom eu acabei de chegar na cidade e como eu tenho família aqui, eu pedi para vir fazer a entrevista com você e aproveitar para rever meus pais e meu irmão, portanto é só você me dizer o melhor horário para você que eu estarei disponível.

Emily: Eu estou disponível agora.

Samara: Ótimo! Eu estou no Rinkeydink Café, se você puder vir me encontrar aqui ou se você preferir um outro lugar é só falar.

Emily: Não! Pode ser ai mesmo.

Samara: Então eu te aguardo!

Emily: Em menos de vinte minutos estarei ai.

Samara: Ok!

 

*LIGAÇÃO OFF.

 

   Assim que encerrei a chamada falei para a minha mãe que iria tomar café da manhã  fora, então me despedi dela, peguei a chave do carro e sai. Enquanto dirigia fiquei pensando que essa entrevista veio no momento certo, pois ao menos vai ocupar minha mente com outras coisas e eu não vou ficar pensando tanto na Alison.

   Depois de dirigir por alguns minutos, enfim chego ao Rinkeydink Café,   estaciono o carro, ando em direção a entrada do local, entro e assim que dou alguns passos procurando quem poderia ser a tal Samara, vejo uma loira que estava de costas para mim, se virar no mesmo instante que eu caminhava na frente dela e sem intenção nenhuma ela acaba esbarrando em mim, fazendo seu café cair no chão.

Emily: Me desculpe! Você estava de costas, não me viu se aproximando e eu não tive como evitar esbarrar em você, já que fui pega de surpresa também.

XX: Emily Fields?

Emily: Sim sou eu.

XX: Eu sou a Samara Kahn e eu só te desculpo se você me pagar outro café.

   Ela falou com um sorriso simpático enquanto mantinha sua mão estendida para que eu pudesse cumprimentá-la.

Emily: Eu faço questão de pagar outro café para você.

Samara: Obrigada!

   Então pedi dois cafés e depois seguimos até uma mesa, sentamos uma de frente para a outra enquanto eu ficava sem graça pelo jeito que ela estava olhando para mim, até que ela falou.

Samara: Você sabia que as pessoas costumam dizer que existe uma chance em um milhão de você esbarrar com o amor da sua vida em algum lugar?

   Nesse momento me veio flashes na mente do dia que vi a Alison pela primeira vez, pois foi exatamente assim que a conheci, quando nos esbarramos no corredor da escola. Então eu tento afastar esses pensamentos da minha mente e em seguida falo.

Emily: Acredito que deve ser uma chance em um milhão mesmo.

Samara: Eu fiquei me questionando agora se você não é a minha chance.

   Ela falou de um jeito insinuante enquanto me olhava intensamente e eu logo desviei o meu olhar do dela e falei.

Emily: Podemos começar a entrevista?

Samara: Claro!

   Logo depois ela pegou um gravador em sua bolsa, o colocou sobre a mesa, o ligou e começou a me fazer as perguntas enquanto eu ainda ficava sem jeito a cada vez que ela me olhava, pois seu olhar era penetrante e ao mesmo tempo intenso.

 

 

POV ALISON:

 

   Depois chorar bastante na cabana enquanto sentia uma dor que parecia não ter fim, pensei que teria que voltar antes que o dia amanhecesse, pois caso contrário o Toby poderia descobrir que eu sai de casa no meio da noite. Então mesmo contra a minha vontade, levantei do chão, sai da cabana, entrei no carro e voltei a chorar ao lembrar das palavras dela antes de ir embora.

“Não adianta ficarmos aqui debatendo isso, pois eu já tenho minha opinião formada diante de tudo que vi. Eu sei que na última vez que estivemos aqui, eu fui embora e acabei voltando para você, mas dessa vez eu quero que você saiba que mesmo que meu coração grite e implore para que eu volte, eu vou ser mais forte que ele, pois eu vou fazer questão de lembrar de todas as imagens que eu vi hoje e isso me dará forças ou me tirará elas, para que eu não consiga voltar. Eu estou colocando um ponto final na nossa história e eu quero que você continue vivendo a sua vida, pois a partir de agora eu vou viver a minha. Adeus Alison!”

   Cada vez que eu lembrava do olhar dela ao me falar essas coisas, eu sentia como se uma faca partisse meu coração ao meio, pois essa é a sensação da dor que sinto. Logo depois consigo me controlar um pouco, ligo o motor do carro e dirijo até a casa da Spencer em meio a um choro que me faz soluçar alto, me fazendo ter certeza que essa dor só vai passar quando ela voltar para mim.

   Depois de dirigir por um bom tempo, pois às vezes era impossível conseguir controlar o choro e isso me fazia diminuir a velocidade do carro e às vezes era preciso até parar um pouco para conseguir me controlar de novo, e depois desse tempo, enfim estaciono o carro na frente da casa da Spencer, mando uma mensagem para ela dizendo que já estou aqui e em questão de minutos, ela aparece na frente da casa ao lado da Hanna que segura o Ed no colo. Elas se aproximam do carro e assim que veem o estado que eu estou com os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar, elas me lançam um olhar que parece dizer que sentem muito e em seguida a Spencer fala.

Spencer: Pela sua expressão imagino que a conversa não foi nada boa.

Alison: Não foi mesmo e eu estou completamente arrasada. Eu tentei falar algo importante e fundamental para ela, mas ela não me deixou falar, ela está convencida de que eu amo o Toby.

   Assim que a Hanna colocou o Ed na cadeirinha do banco de trás, veio até a porta da frente do carro, onde a Spencer estava, me olhou com carinho e falou.

Hanna: Olha Ali, eu fiquei horrorizada com as coisas que a Spencer me falou sobre o Toby e eu peço mil desculpas por ter sido tão idiota nas coisas que eu falei para você, mas para pensar com a mente da Emily, se coloca no lugar dela, pois se eu que não sabia de nada que aquele satanás fazia e faz com você e com o meu sobrinho, o defendia e achava que ele era um grande homem, um pai e um marido maravilhoso, imagina o que não se passou na mente da Emily ao ver todas as cenas de vocês dois juntos. Ela deve ter ficado arrasada com tudo que viu e como ela não sabe quem é o Toby na verdade, ela criou a própria teoria dela na mente e cabe a você mostrar que ela está errada e eu sei que você vai fazer isso porque eu sei também que você a ama de verdade e não vai desistir dela.

Alison: Nossa mana eu fico tão aliviada ao saber que você está do nosso lado agora. E você pode ter certeza que eu não vou desistir dela, eu vou lutar por ela com todas as minhas forças e ela pode repetir mil e uma vezes seguidas que não me quer mais, que eu vou repetir duas mil e duas vezes que eu não vou desistir dela, pois eu sei que ela é a razão da minha felicidade e eu já achei que tinha perdido ela pra sempre uma vez, só que agora eu não quero, nem vou deixa-la sair da minha vida, nem que eu tenha que fazer uma loucura e arriscar tudo, mas eu não consigo imaginar meus dias sem ela de novo, não depois de ter a feliz noticia de que ela está viva e que eu posso viver tudo que sonhei viver ao lado dela.

Spencer: E você sabe que estaremos aqui para ajudar no que precisarem.

Alison: Eu sei e agradeço do fundo do meu coração por isso.

Hanna: Ali, mais uma vez me perdoa por não ter enxergado o crápula que o Toby é.

Alison: Está tudo bem mana, afinal você teve a prova no jantar de como ele pode enganar bem.

Spencer: Ali eu ainda preciso te fazer uma pergunta.

Alison: Eu sei Spencer, mas agora eu preciso ir, pois o dia está quase amanhecendo, mas mais tarde eu volto e você me faz a pergunta. Pode ser?

Spencer: Claro! Vai lá porque não quero nem pensar no que o Toby pode fazer se descobrir que você saiu no meio da madrugada.

Hanna: Spencer não fala essas coisas que eu fico assustada.

Spencer: Mas é verdade Hanna.

   Em seguida a Hanna me olhou com um olhar de total preocupação e em seguida falou.

Hanna: Ali promete pra mim que se ele tentar ou fizer algo, você vai nos ligar e nos avisar, pois eu estou apenas esperando uma chance de meter a mão na cara daquele satanás e eu só não sai daqui horas atrás pra fazer isso, pois a Spencer me convenceu que eu poderia estragar tudo e ainda colocaria sua vida e da Emily em risco, mas a minha vontade é de estapear a cara daquele cínico até não me restar mais forças.

Alison: A Spencer está certa mana, vamos agir com calma e com a cabeça. Só de saber que eu tenho vocês duas ao meu lado, já me dá um novo ânimo para continuar lutando até encontrar a melhor forma de desmascara-lo.

Spencer: E você sabe que pode contar com a gente sempre.

Alison: Eu sei, mas agora eu preciso ir mesmo. Mais uma vez obrigada por tudo!

   Logo depois me despedi delas e dirigi de volta para casa, pois os primeiros raios de sol já ameaçavam aparecer. Então, depois de dirigir por alguns minutos, finalmente eu já estou de volta e caminho pela casa com todo cuidado enquanto seguro o Ed no colo. Em seguida abro a porta do quarto, entro, fecho na chave pelo lado de dentro, coloco o Edward na cama e respiro aliviada por saber que o Toby não me viu. Depois deito na cama e minha mente me faz reviver todo momento doloroso que vivi na cabana, pois a voz da Em não para de ecoar na minha mente. Então eu pego meu celular e ligo para ela, mas ela rejeita a chamada, me fazendo sentir um aperto ruim no peito e minhas lágrimas voltam a molhar meu rosto e eu resolvo tentar de novo, mas não tenho sucesso, pois ela rejeita a chamada mais uma vez e meu choro já começa a ficar descontrolado de novo, porém eu não desisto e tento ligar uma terceira vez, mas dessa vez vai direto para caixa de mensagem, me fazendo ter certeza que ela desligou o aparelho e nesse momento eu preciso abafar o choro com as minhas mãos, pois a vontade que sinto é de gritar para poder expulsar toda a dor que está alojada no meu peito.

   Ainda choro abraçada ao Ed quando ouço fortes batidas na porta do meu quarto e o Ed logo acorda assustado. Então meu coração acelera de medo, pois eu escuto a voz do Toby me pedindo para abrir a porta e a primeira coisa que passa na minha mente, é que ele sabe que eu sai no meio da noite e eu ainda penso em não abrir a porta, mas do jeito que ele bate nela, tenho certeza que se eu não abrir, ele vai acabar arrombando. Em seguida eu olho para o Edward que tem uma expressão assustada, o pego no colo e digo que ele não precisa ter medo que eu vou protege-lo e logo depois abro a porta. Assim que o Toby me vê na frente dele, sorri de um jeito debochado e fala.

Toby: Pelo visto você teve uma péssima noite. Aposto que ficou pensando na maravilha que foi o jantar.

Alison: Fala logo o que você quer.

Toby: Arruma o peste e se arruma também, coloca uma maquiagem nesse rosto pra cobrir bem essas olheiras e dá um jeito nesses olhos inchados.

Alison: Me arruma para quê?

Toby: Porque nós vamos sair.

Alison: O que você está querendo aprontar agora?

Toby: Qual o problema de querer dá um passeio com a minha família?

Alison: O problema é que você nunca faz nada sem uma intenção por trás.

Toby: Cala a boca e se arruma.

Alison: Eu não estou em condições de sair, Toby.

   Nesse momento ele segurou meu braço, o apertando forte enquanto me olhava com fúria e em seguida gritou.

Toby: EU NÃO ESTOU PEDINDO, EU ESTOU MANDANDO! PORTANTO SE ARRUMA AGORA!

   Olhei para o Ed que já começava a chorar e apenas para não vê-lo assustado, eu disse ao Toby que iria me arrumar e logo depois abracei o Edward dizendo que ele não precisa chorar, pois vai ficar tudo bem. Então, depois de acalmar o Ed, dei um banho rápido nele, coloquei uma roupa e pedi que ele me esperasse um pouco assistindo tv enquanto eu tomava banho também. Em seguida tomei banho, me arrumei e fiz uma maquiagem para cobrir as olheiras e disfarçar os olhos inchados, e quando eu já estava pegando o Ed no colo pra sair do quarto, ouço as batidas do Toby na porta mandando eu me apressar, então eu logo apareço na frente dele e assim que ele me vê fala.

Toby: Finalmente! Vamos de uma vez.

Alison: Aonde nós vamos?

Toby: Vamos tomar café no Rinkeydink Café.

Alison: E porque isso agora? Você nunca fez questão de tomar café da manhã fora.

Toby: Mudei! Agora quero mostrar para toda Petersburg como somos uma família linda e feliz.

Alison: Na verdade você quer fingir porque você sabe tão bem quanto eu que isso não é verdade.

Toby: Que seja! Se as pessoas acreditarem que é verdade, está ótimo Agora pare de fazer tantas perguntas e vamos de uma vez.

   Logo depois entrei no carro com ele e seguimos até o Rinkeydink Café enquanto eu brincava com o Ed na tentativa de acalmá-lo, pois ele parecia meio tenso e eu sabia bem que a causa é o Toby. Alguns minutos depois chegamos ao local, então eu sai do carro com o Ed no colo e em seguida o Toby entrou no Rinkeydink junto comigo enquanto eu me perguntava quando vou conseguir me livrar desse inferno. Assim que entramos no ambiente, ele segurou meu braço, se aproximou de mim e falou.

Toby: Não esqueça de sorrir querida.

   Olhei para ele com todo ódio que ele me faz sentir a cada dia e forcei um sorriso enquanto ele cumprimentava as pessoas no local e fazia nosso pedido, até que ele olha na direção esquerda e mantém o olhar fixo, então eu viro na direção em que ele está olhando e quase não acredito no que vejo, pois tem uma mulher sentada de costas que parece muito com a Em e eu posso dizer isso, pois conheço perfeitamente cada fio de cabelo dela e posso quase afirmar que é ela sentada de frente para uma loira que parece ter um olhar interessado para ela. Eu já começo a sentir o ciúme tomar conta de mim quando o Toby me olha e fala.

Toby: Aquela é a Emily?

Alison: Não sei, acho que não.

   Falo de um jeito que é impossível não demonstrar minha irritação e ele logo fala.

Toby: Vamos até lá e descobrir se é ela ou não.

Alison: Eu não quero ir.

   Eu não queria ir porque primeiro de tudo o Ed vai fazer o Toby descobrir que ele já se comunica com a Emily e eu não queria que ele soubesse disso, pois ele pode tentar impedir a aproximação dos dois, e segundo, eu sei que se eu chegar perto delas não sei se vou conseguir me controlar, pois já estou morrendo de raiva sem nem ver de perto, imagina se eu fico cara a cara com elas, mas o Toby me olha sério e fala.

Toby: Quando é que você vai aprender que eu não te peço nada, eu mando? Portanto vamos até lá sim.

   Logo em seguida ele segurou meu braço e praticamente me arrastou até a mesa onde a Emily está com a tal loira e assim que elas percebem nossa presença nos olha e meus olhos encontram o da Emily, que fica sem jeito quando me vê enquanto eu demonstro toda a minha insatisfação no olhar, até que o Toby fala.

Toby: Eu imaginei que era você Emily, eu falei para a Ali, mas ela achou que não fosse você. Não sabia que você conhecia a irmã do Noel Kahn.

   Ela olhou para mim antes de falar e eu desviei do olhar dela demonstrando toda a minha raiva, até que ela falou como se estivesse tentando se explicar.

Emily: Na verdade eu a conheci hoje, a cerca de alguns minutos atrás e confesso que não liguei o sobrenome dela ao do Noel, eu até achei que já tinha escutado esse sobrenome, mas não lembrei.

Samara: Tudo bem Toby?

Toby: Tudo ótimo Samara. Como está seu irmão?

Samara: Ele está com alguns problemas como sempre, mas eu já estou o ajudando a resolver.

Toby: Ótimo! Afinal é com a família que contamos sempre quando mais precisamos.

Samara: Verdade!

   Enquanto eles conversavam entre eles, a Emily e eu nos olhávamos e eu sei que ela me conhece o suficiente para saber que eu estou morrendo de ciúmes, até que ela desviou do meu olhar para olhar para o Ed que sorria para ela sem parar e em seguida ela falou.

Emily: Tudo bem campeão?

Edward: Tudo Emily.

   Meu coração acelerou no mesmo momento que o Toby voltou sua atenção para o Edward, pois ele falou o nome da Emily de um jeito certinho e logo deu os braços para ela o pegar no colo, então a Emily o pegou e eu não pude fazer nada para evitar, até que o Toby olhou para ela e falou.

Toby: Você já conhecia o Edward?

Emily: Sim! Eu o encontrei no parque há uns dias atrás junto com a babá e eu acabei brincando com ele, mas eu não fazia ideia que ele era filho de vocês.

Toby: Porque você não me contou no jantar?

Emily: Achei que não fosse necessário, sem contar que ele estava dormindo e nem me viu como está me vendo agora, não é mesmo campeão?

   Nesse momento o Toby olhava para o Ed que estava abraçado com a Emily enquanto balançava a cabeça em sinal de afirmação e o Toby pareceu perder o controle quando praticamente arrancou o Edward do colo dela e antes que eu pudesse falar algo, a Emily disse.

Emily: Endoidou Toby? Que grosseria é essa? Você assustou o garoto!

   Ele olhou para mim que estava com a respiração acelerada de medo, em seguida me entregou o Ed, fingiu um sorriso para a Emily e falou.

Toby: Desculpa se pareceu que eu o puxei com grosseria Emily, é coisa de ciúme de pai, acho que você entende.

Emily: Tudo bem Toby, mas só não faz mais isso porque você o assustou de verdade.

Toby: Pode deixar que eu não farei mais.

   Logo depois ele acariciou o cabelo do Ed, beijou sua testa e falou todo amoroso.

Toby: Desculpa filho, o pai não queria te pegar desse jeito. Você sabe que o pai te ama!

   A Emily revezava seu olhar entre eles e eu, e parecia que seus olhos queriam me dizer que ela estava certa na decisão que tomou, até que o Toby volta a olhar para ela e para a tal de Samara e fala.

Toby: Bom eu vou deixar vocês a vontade ai e vou tomar café da manhã com a minha mulher e meu filho. Ah e Emily, nós podemos marcar outro jantar e dessa vez você leva a Samara com você.

Emily: Quem sabe Toby.

   Eu nem esperei ela falar mais nada e fui saindo com Ed demonstrando mais uma vez todo meu descontentamento e ainda ouvi a voz enjoada da Samara ecoar enquanto eu me afastava.

Samara: Obrigada pelo convite Toby e a propósito, sua família é linda! Parabéns!

Toby: Obrigada Samara! Manda um abraço para o Noel.

Samara: Pode deixar.

   Logo depois ele escolheu uma mesa onde era possivel ter uma visão perfeita da mesa da Emily, sentou, me mandou sentar também e em seguida falou com um tom de voz irônico.

Toby: É impressão minha ou você está chateada com alguma coisa? E você viu como a Samara é linda? Poxa a Emily realmente tem bom gosto.

   Eu olhava para ele sentindo uma vontade incontrolável de jogar o café quente no rosto dele, mas me controlei por causa do Ed e desviei do olhar dele, esperando ele terminar de comer enquanto fazia o Edward comer alguma coisa também, pois eu não conseguia comer nada. Alguns minutos depois vi a Emily saindo da mesa e caminhando ao lado da tal de Samara enquanto conversava distraidamente com ela, me fazendo ficar com mais ciúmes ainda e em seguida passou pela mesa que estávamos, nos cumprimentando e saindo com a vadia que eu já queria matar só com a força do pensamento enquanto me perguntava para onde elas estão indo. Logo depois o Toby olhou para mim sorrindo e mais uma vez falou com o tom irônico.

Toby: Nossa Ali você está com uma expressão irritada. Aconteceu alguma coisa, minha princesa?

Alison: Eu só não te mando tomar naquele lugar porque eu respeito meu filho e não quero que ele escute isso, mas tenho certeza que você entendeu bem o que eu quis dizer.

   Ele sorriu para mim com um jeito debochado enquanto eu torcia para que ele acabasse de uma vez de comer, pois eu precisava resolver algumas coisas o mais rápido possivel.

 

 

POV EMILY:

 

   Depois de sair do Rinkeydink café, combinei com a Samara de encontra-la em uma outra ocasião, pois ela insistiu para que a gente saísse outro dia para jantar e eu acabei concordando, pois já que quero tentar refazer minha vida, não custa nada tentar dá uma chance de conhecer alguém, já que a Alison já tem a vida dela.

   Em seguida dirigi de volta para casa enquanto pensava no jeito que a Alison me olhou quando me viu com a Samara e mesmo me sentindo mal por saber que ela não gostou nada de me ver com a irmã do Noel, eu tenho que procurar pensar em mim agora, pois ela já tem a vida dela, a família dela e eu não vou ser uma segunda opção para ela nunca mais.

   Assim que cheguei em casa, meus pais disseram que estavam de saída, que iriam ao supermercado fazer compras e me perguntaram se eu queria ir com eles, então eu falei que não, que iria aproveitar para descansar um pouco, já que não dormir nada na noite passada. Eles lamentaram mais uma vez que eu esteja tendo que passar por isso, mas eu disse que logo o tempo resolve e que eu já estou com planos para seguir em frente e eles esboçaram um meio sorriso, pois sei que no fundo eles sabem que não será tão fácil assim, pois às vezes até eu tento me convencer de que vai ser fácil, quando na verdade eu sei que será quase impossível substituir esse sentimento que eu sinto pela Alison, mas mesmo sabendo que será difícil, eu sinto que preciso tentar e por isso repito pra mim mesma quando vem a vontade de fraquejar e ir atrás dela, de que ela fez a escolha dela e que eu seria um eterno divertimento ou um momento para ela enquanto ela vive ao lado da família perfeita dela.

   Em seguida meus pais me perguntaram se eu ia ficar bem, eu disse que iria, então eles se despediram de mim, saíram e eu subi direto para o meu quarto. Deitei na minha cama e mais uma vez os pensamentos que eu tento expulsar da minha mente, mas que parecem ter ganhado vida própria começa a rondar minha mente e eu pego o travesseiro para abafar minha cabeça, na tentativa que isso faça parar meus pensamentos, mas é em vão. Então resolvo ligar a tv e tentar ver algum filme ou série para me distrair e tentar não pensar na Alison, mas é impossível e por fim eu tento dormir, já que por ficar a noite toda acordada, seja fácil conseguir dormir, sem contar que assim é o único jeito de não pensar. Logo depois relaxo meu corpo na cama e quando estou prestes a adormecer, ouço o som da campainha e fico me perguntando quem pode ser enquanto me levanto da cama para ir atender a porta. Desço a escada e ouço o som da campainha pela segunda vez e quando eu abro a porta, me surpreendo ao ver quem é.

Emily: Alison! O que você está fazendo aqui?

Alison: Eu precisava vir te falar umas verdades.

Emily: Como assim? Do que você está falando?

   Ela sorriu de um jeito debochado enquanto me olhava com os olhos marejados e foi entrando enquanto falava.

Alison: Do que eu estou falando? Do fato de você mal ter colocado um ponto final na nossa historia e já está de papo com aquela vadia.

Emily: Cê tá doida? Ela é jornalista e ela só queria me entrevistar.

Alison: Eu imagino o tipo de entrevista, pois eu vi bem o jeito que ela estava olhando para você.

Emily: Alison eu não quero ser grossa com você, mas já sendo, você não tem direito nenhum de vir aqui me cobrar nada, pois você é uma mulher casada, tem o seu marido e desde o momento que você passou a se relacionar com ele, você perdeu todo o seu direito de me questionar algo.

Alison: EM, QUANTAS VEZES EU VOU TER QUE DIZER QUE EU NÃO AMO O TOBY E QUE DORMIMOS EM QUARTOS SEPARADOS.

Emily: Alison eu não quero falar mais sobre isso novamente. Eu já te disse que a partir do momento que eu sai daquela cabana, eu iria tentar refazer a minha vida e é isso que eu vou fazer.

Alison: Sua vida é ao meu lado.

Emily: Seria se você não tivesse construido ela ao lado de outra pessoa, portanto não tente me impedir de fazer o mesmo.

Alison: Eu não vou permitir que ninguém ocupe o meu lugar na sua vida.

Emily: E qual é o direito que você tem para isso?

Alison: O direito de quem te ama incondicionalmente e que sabe que você também me ama da mesma forma. Se você acha que eu vou desistir, você está muito enganada, pois eu vou te provar que eu te amo de um jeito ou de outro.

Emily: Fica difícil quando eu não acredito que você me ama mais.

Alison: Pode ser impossível, mas eu não vou desistir de você.

Emily: Faz o que você quiser Alison, só não atrapalha a minha vida e o caminho que eu pretendo seguir daqui pra frente.

Alison: Como assim? Você está querendo dizer que vai dá uma chance para aquela vadia que só faltou te comer com os olhos?

Emily: Alison eu não te devo satisfações da minha vida.

   Nesse momento ela abaixou a cabeça e eu senti um nó se formar na minha garganta ao perceber que eu fui dura demais com ela. Senti uma vontade quase incontrolável de abraça-la e pedir desculpas pelo que eu falei, mas eu precisava ser forte e tentei me controlar, até que ela voltou a olhar para mim enquanto as lágrimas caiam dos seus olhos e enquanto falava, ela se aproximava de mim.

Alison: Eu te amo Em, nós nos pertencemos, eu sou sua e você é minha. Você entendeu? Você é minha e eu não vou deixar ninguém te tirar de mim porque eu não sei viver sem você.

   Ela me falava enquanto me olhava nos olhos de um jeito determinado, com as lágrimas molhando seu rosto e eu pensava que não era possivel que ela não me amasse de verdade, pois mesmo depois de tudo que eu falei, ela não desistiu de mim e está aqui diante dos meus olhos, lutando pela gente, lutando pelo nosso amor, lutando por mim e só de pensar nisso, todas as barreiras que eu havia colocado entre a gente, acabaram de cair por terra enquanto eu olho para ela. Em seguida ela encurta a distancia que havia entre nós e meu coração acelera ainda mais quando eu sinto a respiração dela, então nossos olhares ficam conectados por alguns segundos até que ela fala baixinho.

Alison: Eu te amo! Acredita em mim.

   Nesse momento eu perco todas as minhas forças e como se os olhos dela tivessem me hipnotizado, eu acabo completamente com o mínimo de espaço que existia entre a boca dela e a minha, e a beijo com todo amor, em um beijo que resume acima de tudo, alivio e saudade, uma saudade de apenas algumas horas, mas que quando a gente ama alguém de verdade, o mínimo de tempo longe dessa pessoa se torna uma eternidade. Ainda estávamos nos beijando quando flashes do jantar começam a vir na minha mente e no calor das lembranças, eu acabo parando o beijo e me afastando dela, então ela me olha confusa e fala.

Alison: O que foi Em?

Emily: Desculpa Alison, mas eu não consigo.

Alison: Por quê? Se eu sei que você me ama.

Emily: Eu preciso de um tempo para pensar em tudo, pois as lembranças daquele jantar ainda estão vivas na minha mente e ao lembrar delas agora, eu não consegui continuar com o beijo.

Alison: Me deixa te fazer esquecer isso, pois nada daquilo foi verdadeiro, mas o amor que eu sinto por você é totalmente verdadeiro.

Emily: Eu realmente preciso de um tempo Alison e enquanto isso eu quero que você saiba que eu vou tentar viver minha vida.

Alison: Eu já disse que não vou desistir de você, não vou permitir que você saia da minha vida e muito menos vou deixar que alguém ocupe meu lugar na sua vida, pois no decorrer desse tempo, alguém pode te ganhar e eu não vou permitir que isso aconteça em hipótese alguma.

Emily: Eu acho melhor você ir agora.

Alison: Eu não vou desistir de você Em, eu não vou me permitir te perder.

   Eu fui até a porta e a abri para que ela pudesse ir embora, então ela me olhou enquanto chorava e eu sentia meu coração se partir em mil pedaços ao ver a expressão de tristeza no rosto dela, até que antes de sair ela parou na porta, voltou a olhar para mim e falou.

Alison: Me promete que você nunca mais vai ver aquela tal de Samara, pois se era apenas uma entrevista não existe motivo para vocês se verem de novo.

Emily: Eu não posso te prometer isso Alison.

Alison: E porque não? Por acaso vocês já combinaram de se encontrar de novo?

Emily: Por favor, Alison! Não me obriga a ser grossa com você de novo, pois em nenhum momento eu menti para você e deixei claro que iria seguir minha vida.

   Nesse momento o choro dela saiu um pouco mais alto, em seguida ela respirou fundo e voltou a falar.

Alison: Como eu já disse, nada, nem ninguém vai me fazer desistir de você.

   Ela falou e em seguida me deu as costas saindo apressada e assim que eu fechei a porta, me permitir chorar colocando mais uma vez toda a dor que estava sentindo para fora através do choro. Deixei minhas costas deslizarem pela porta enquanto lembrava das palavras dela, do beijo dela e do cheiro dela que ficou impregnado na minha roupa.

 

 

POV ALISON:

 

   Assim que chegamos em casa, o Toby saiu e eu aproveitei para sair também. Então deixei o Ed na casa da Spencer e fui até a casa da Emily para deixar claro para ela mais uma vez que eu não vou desistir dela e que ninguém vai tirar ela de mim.

   Depois de uma conversa meio tensa com ela, que nem o beijo conseguiu amenizar, saio da casa dela com a mesma insegurança que me trouxe até aqui. Dirijo até a casa da Spencer em meio a lágrimas, me perguntando o que vai ser da minha vida se ela seguir em frente como está determinada a fazer e meu choro só aumenta cada vez que eu penso na possibilidade de ter que ver ela ao lado de outra pessoa enquanto eu repito mentalmente para mim mesma que não posso deixar isso acontecer.

   Depois de uns minutos estaciono o carro na frente da casa da Spencer, me dirijo até a entrada, toco a campainha e em questão de segundos a Spencer abre a porta e meu primeiro impulso é abraça-la enquanto choro e falo repetidamente.

Alison: Eu não quero perdê-la Spencer, eu não posso perdê-la, eu não consigo viver sem ela. Por favor, me ajuda!

Spencer: Calma Ali! Tenta se acalmar! Vem aqui e me conta o que aconteceu, pois você deixou o Ed aqui dizendo que precisava resolver algo importante, mas não nos disse o que era, mas agora diante das suas palavras eu imagino que você foi procurar a Emily.

Alison: Sim eu fui.

Spencer: E o que aconteceu?

   Ela me pediu para sentar no sofá e disse que iria pegar um copo com água para mim, pois eu estou muito nervosa e quando ela ia saindo, eu pergunto pelo Edward e ela me diz que ele está brincando no jardim com a Hanna, e eu agradeço mentalmente, pois não quero que ele me veja desse jeito. Alguns segundos depois a Spencer volta, me entrega o copo com água, eu tomo uns goles na tentativa de me acalmar e em seguida conto tudo pra ela, todos os detalhes que eu não havia contado, desde a noite na cabana, até hoje pela manhã na cafeteria e depois na casa dela e assim que eu termino de falar, ela me olha séria e diz.

Spencer: Ali, antes de tudo eu preciso te perguntar uma coisa que eu já queria ter te perguntado.

Alison: Pode perguntar Spencer.

Spencer: O Edward é filho da Emily, não é?

   Eu fiquei paralisada enquanto olhava para ela e tudo que eu conseguia pensar, era em como ela descobriu isso. Eu olhava para ela sem conseguir dizer nada, como se eu ainda estivesse em choque com o que ela acabou de me dizer, até que ela falou.

Spencer: Ali, você sabe que pode confiar em mim.

   Em seguida eu respirei fundo enquanto ainda olhava para ela e logo depois falei.

Alison: Sim! Ele é filho da Emily, mas como você descobriu?

Spencer: Eu vou te contar, mas antes de qualquer coisa, se você não quer perder a Emily, você precisa contar isso para ela, conta tudo, não esconde nada, conta inclusive das ameaças do Toby e eu tenho certeza que a partir do momento que você contar tudo para ela, tenho certeza que ela vai te entender e que vai ficar do seu lado e você poderá ter mais uma aliada para lutar contra o Toby.

Alison: Eu tenho medo Spencer!

Spencer: O seu medo é maior que o amor que você sente por ela?

Alison: Não! Claro que não! Nada é maior que o amor que eu sinto pelo Ed e por ela.

Spencer: Então Ali, está na hora de contar tudo pra ela. Sei que ela vai querer proteger o Edward, assim como você e vai nos ajudar a encontrar um jeito de manter você e o Ed seguros, até que a gente possa desmascarar o Toby de uma vez por todas, afinal precisamos de provas concretas contra ele, já que ninguém desconfia do delegado prestativo da cidade, que todos adoram e julgam ser um grande homem.

Alison: Você está certa Spencer!

   Em seguida combinamos o melhor jeito de fazermos isso, pois eu precisava não só falar para a Em, mas também provar que tudo que eu vou dizer para ela é verdade.

 

 

POV EMILY:

 

   Depois de chorar por um tempo, subi para o meu quarto novamente, deitei e mais uma vez os pensamentos confusos habitaram a minha mente enquanto eu tentava dormir para não pensar em nada, até que finalmente senti minhas pálpebras pesarem e acabei adormecendo.

   Algum tempo depois que eu não sei exatamente quanto, acordei com o som do meu celular e assim que o pego no criado mudo ao lado da minha cama, olho no visor e vejo que é um número desconhecido, então eu atendo para saber quem é.

 

*LIGAÇÃO ON:

 

Emily: Alô!

XX: Emily é o Wren, eu preciso conversar com você. Será que você pode vir no meu apartamento?

Emily: Aconteceu alguma coisa Wren? E como você conseguiu meu número?

Wren: Não aconteceu nada, eu só preciso conversar mesmo e eu consegui seu número com a Spencer.

Emily: Spencer?

Wren: Sim! Eu pedi para ela, mas como ela não tinha, falou que iria conseguir com a Ali, pois com certeza ela tinha e ela estava certa, pois a Ali passou seu número para Spencer e ela passou para mim. Algum problema Emily?

Emily: Não! Problema nenhum.

Wren: Então eu posso te aguardar?

Emily: Claro! Eu chego ai em menos de trinta minutos.

Wren: Ok! Até mais!

Emily: Até!

 

*LIGAÇÃO OFF.

 

   Logo depois eu fui direto para o banheiro tomar um banho rápido, em seguida me arrumei, deixei um bilhete para os meus pais em cima da mesa dizendo que ia até o apartamento do Wren, peguei a chave do meu carro e sai.

   Depois de dirigir por um tempo, paro em frente ao apartamento do Wren e vejo um carro mais na frente que parece com o da Spencer e imagino que ela pode está com o Wren também. Em seguida me apresento na portaria e o porteiro logo interfona para o apartamento do Wren e em questão de segundos, ele autoriza a minha entrada. Caminho até o elevador e aperto o botão com o número do andar do Wren e espero o elevador subir até parar e as portas abrirem. Então eu caminho pelo corredor até a porta do apartamento dele, toco a campainha e em questão de segundos, o Ezra abre a porta e já vai falando.

Ezra: Pipoco do trovão! Entre e fique a vontade.

   Assim que eu entro vejo o Wren e a Spencer sentados no sofá e eu penso que minha suspeita estava certa, pois ela está realmente aqui e antes que eu possa perguntar o que eles querem falar comigo, a Alison aparece na sala e eu logo falo.

Emily: O que está acontecendo aqui? A Alison armou esse encontro com a ajuda de vocês?

Spencer: Emily você precisa ouvir o que a Ali tem para te dizer, é muito importante.

Wren: A Spencer está certa Emily, por favor, escuta ela.

Ezra: Acho melhor sairmos e deixarmos que a pipoco do trovão se entenda com a raio do sol.

   Senti vontade de ri do comentário do Ezra, mas consegui me controlar e assim que eles saíram, indo em direção ao corredor que provavelmente levavam até os quartos, a Alison se aproximou de mim enquanto olhava nos meus olhos e começou a falar.

Alison: Em, eu nunca menti pra você quando eu disse que eu te amo e sempre amei. Eu nunca menti para você quando disse que não sentia nada pelo Toby, mas eu menti para você quando eu disse que ele e eu dormimos juntos na nossa primeira noite de casados.

   Nesse momento me subiu um ciúme incontrolável e eu falei de um jeito arrogante.

Emily: Você me chamou aqui para fazer a contabilidade de quantas vezes você transou com o Toby? Eu não acredito que ainda estou aqui ouvindo isso! Eu vou embora!

   Falei enquanto já caminhava em direção a porta, até que ela elevou o som da voz para que eu pudesse parar.

Alison: NÃO É NADA DISSO EM! EU ESTAVA TENTANDO DIZER QUE EU NUNCA DORMIR COM O TOBY, EU NUNCA TRANSEI COM ELE. EU NUNCA QUEBREI A PROMESSA QUE TE FIZ DE SER SUA PARA SEMPRE, ELE NUNCA ME TOCOU, A ÚNICA PESSOA QUE CONHECE O MEU CORPO, QUE JÁ O TOCOU E QUE JÁ ME AMOU DE TODAS AS FORMAS POSSIVEIS, FOI APENAS VOCÊ E SEMPRE SERÁ VOCÊ!

   Eu já lutava contra as lágrimas que se formavam nos meus olhos e que poderiam escorregar pelos meu rosto a qualquer momento, então me virei para ela, que já chorava copiosamente e falei.

Emily: Que brincadeira é essa Alison? Vocês tem um filho!

Alison: O Edward não é filho do Toby.

Emily: É O QUE?

   O choro dela ficou mais intenso e eu já começava a pensar várias coisas, criar várias teorias na minha mente, até que ela falou.

Alison: Em, o Edward é nosso filho! Ele é a prova viva do amor infinito que eu sinto e sempre senti por você!