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História Tudo que eu mais desejei - ZURENA - Doze


Escrita por: zule_escorpion

Capítulo 12 - Doze


"Você gosta mesmo desse filme!" Macarena falou enquanto andava em direção ao sofá

"É um dos meus favoritos! Você deveria dar uma chance." Zulema respondeu olhando brevemente para a loira e depois voltando sua atenção para a tela à sua frente...'Let it go, let it go...

"Bom... Vou terminar de assistir com você." A loira disse se ajeitando no sofá

Zulema não respondeu, apenas assentiu com a cabeça, pois não queria desgrudar os olhos da cena que passava. Ela estava tão concentrada que parecia estar dentro do próprio filme, como se fosse um personagem que observava de perto cada acontecimento. Eram raros os momentos em que a morena se deixava relaxar e mais ainda os que ela ria genuinamente.

No começo, Macarena até tentou assistir o filme, mas se distraiu observando a mulher ao seu lado. Era  encantador ver as expressões no rosto dela, o seu sorriso era lindo, o som de sua risada era prazeroso, os olhos tão marcantes eram hipnotizantes e vê-la assim, tão tranquila e alegre, lhe dava uma sensação de plenitude.

Quem a visse assim, não diria que a mulher era uma criminosa de alta periculosidade, parecia até mesmo uma criança assistindo seu desenho favorito. A vontade da loira era se aconchegar e enchê-la de beijos. Tudo o que ela queria, era estar presa em seu abraço, sentir seus lábios, sua língua, seu corpo... Ela suspira...

"Vou fazer pipoca."

"É melhor eu fazer!" Zulema diz descruzando as pernas para se levantar

"Zulema! Não começa com suas piadinhas! Sou completamente capaz de fazer pipoca!!! Ela diz irritada

"Relaxa, eu só queria ajudar..." A morena responde com os braços erguidos em sinal de rendição

A loira vai para a cozinha na intenção de se afastar da árabe e afastar os pensamentos que estavam enchendo sua cabeça. Vinte e dois dias sem nenhum contato físico e a tensão que só aumentava a cada dia estavam sendo uma tortura para ela, ainda mais estando tão perto do motivo de toda sua tensão.

Macarena não queria demonstrar o quanto estava carente e nem o quanto desejava se perder no corpo de Zulema, sentir seu cheiro, sua pele roçando na dela, seus toques mágicos que a levavam para outra dimensão, seus lábios e sua língua conectados em um beijo profundo e depois percorrendo cada centímetro de seu corpo, sugando toda sua essência.

Enquanto o milho estourava  e o cheiro da pipoca invadia o ambiente e as narinas das duas mulheres, a única coisa que ocupava os pensamentos da loira era a lembrança do corpo da morena embaixo do seu, suado e todo arrepiado de tesão enquanto seus clitóris se roçavam. O rosto de Zulema estava sublime, emoldurado pelos cabelos negros um pouco  grudados em seu colo e sua testa por causa do suor. Era a visão perfeita, e a única que Macarena gostaria de ter agora, mas com o distanciamento da árabe era praticamente impossível tentar alguma coisa.

'Malditos hormônios', ela pensa enquanto retira a panela do fogo e despeja as pipocas dentro de um tigela. Ela respira fundo e tenta afastar esses pensamentos enquanto caminha em direção à sala.

"Senta mais perto loira, senão vou ter que me esticar toda pra alcançar a tigela."

Macarena se arrasta lentamente para mais perto da mulher, tentando não demonstrar o que estava sentindo enquanto a umidade entre suas pernas aumentava ainda mais. Ela mantém seus olhos fixos o tempo todo  na tv, até suas mão esbarrar na de Zulema, no momento em que as duas entraram na tigela para pegar um punhado de pipoca.

Sincronizadamente elas se olham por alguns segundos, sem dizer absolutamente nada, Macarena fica ruborizada no mesmo instante e Zulema percebe, mas finge não ter notado e direciona novamente sua atenção para a tela, enquanto Macarena volta a respirar, soltando o ar que nem percebeu estar prendendo dentro dos pulmões.

***************

Zulema conhecia Macarena como ninguém. Foram anos de convivência no presídio e depois na caravana, onde ela teve tempo suficiente para aprender tudo sobre a loira. Ela sabia exatamente o que a rubia estava sentindo, porque ela também sentia exatamente o mesmo, mas ela era melhor em esconder.

Desde que transaram, ela não consegue deixar de pensar em Macarena, o quanto ela deseja sentir o corpo dela embaixo do seu, suas bocas fundidas uma na outra declarando tudo o que as palavras não eram capaz de expressar, transmitindo todo o desejo que seus corpos sentiam.

Ela queria prender a puta rubia em seu abraço, acariciar cada parte de seu corpo, sentir a pele macia sob suas mãos e lábios. O desejo de sentir novamente o sabor do prazer da loira  escorrendo dentro de sua boca e seus dedos serem apertados pelas contrações do orgasmo de Macarena, estava deixando seu próprio sexo pulsando de tanto tesão.

Por mais que escondesse, Zulema não podia negar para si mesma o quanto desejava a mulher ao seu lado, o quanto ela queria cuidar, amar e proteger essa mulher. Mas isso a deixava assustada, já que ela nunca havia se sentido assim antes. É um sentimento novo para ela, o qual não estava sabendo como lidar. Zulema Zahir amando alguém! E não é qualquer pessoa, é Macarena Ferreiro, sua inimiga até pouco tempo atrás, mas a única que fez com que ela sentisse que tinha um lar.

Como se não bastasse tudo isso, havia o maldito câncer, que poderia acabar de uma hora para outra com qualquer plano ou expectativa. Por isso Zulema não queria se entregar, ela não podia acostumar Macarena com seu amor, seus beijos, seus carinhos e seus toques, e de repente partir, isso traria mais sofrimento para a rubia. A árabe acreditava que o melhor seria deixar as coisas como estavam, pelo menos até ter certeza de que teria uma chance de viver.

"Vou pegar algo para beber, você quer?" A morena pergunta

"Suco por favor." A loira responde tentando disfarçar a respiração pesada

Zulema volta com as bebidas e quando entrega a da loira, suas mãos se tocam novamente. Elas se olham timidamente, já sabendo exatamente o que cada uma está pensando, mas nenhuma tem coragem de tomar a iniciativa, uma por medo de ser rejeitada, a outra pra não se envolver ainda mais. Rapidamente elas desviam o olhar e voltam a assistir o filme.

Alguns minutos depois o filme acabou, mas a verdade é que nenhuma das duas prestaram atenção, já que suas mentes estavam bastante ocupadas, isso sem falar na troca de olhares. A tensão era visível, mas parecia que estavam em uma guerra de resistência, para ver quem aguentava mais.

Zulema foi a primeira a se levantar com a desculpa de levar a tigela e os copos para a cozinha, enquanto Macarena ainda decidia se deveria arriscar a dar o primeiro passo e ser rejeitada ou deixar pra lá e tentar se aliviar sozinha.

"E aí? Gostou ou não? " Zulema pergunta indo em direção a cozinha

"É...legalzinho." Ela fala apenas para não admitir que sequer prestou atenção

"Podemos assistir outro que você queira." Ela a morena oferece animada

"Pode ser então." A loira concorda

"Então vai escolhendo enquanto lavo rapidinho essas coisas."

Zulema entra na cozinha e Macarena ocupa o lugar no sofá que antes estava ocupado pela outra mulher. Ela pega o controle remoto da tv e volta para a tela inicial da Netflix, em seguida aperta o botão com a seta para baixo até chegar nas sugestões de filmes de comédia romântica. Ela para ao ver a tela do celular de Zulema acender, mostrando uma nova mensagem.

Não tinha nome, apenas o número, o que significava que ela não tinha esse número salvo em sua agenda, ou seja, um desconhecido. Ela sabia que não era certo, mas não pôde conter a curiosidade e acabou lendo o texto que aparecia na tela...

"Olá Nuriya, aqui é o Tom... espero que esteja bem! Não pude deixar de pensar em você desde a hora que saiu pela minha porta hoje de manhã. Eu fecho os olhos e só consigo ver esse rosto lindo e esses olhos tão hipnotizantes. Então pensei que poderia te levar para conhecer vários lugares da cidade, já que chegou aqui há pouco tempo. O que você acha?"

Macarena teve que manter o autocontrole para não pegar o telefone e responder a mensagem xingando o homem com todos os palavrões que conhecia e fazer todas as piores ameaças para evitar que ele chegasse perto de Zulema. Ela não podia suportar a idéia de outra pessoa tocando ou beijando sua árabe.

Ela usa todas as suas forças para ignorar a mensagem, mas não consegue evitar os pensamentos que surgiram em sua mente, de que talvez seja esse o motivo de Zulema estar distante ou fugir todas as vezes que surgia um clima ou uma maior proximidade. O sangue de Macarena ferve, mas ela não quer brigar  com Zulema, mais uma vez no mesmo dia, então ela prefere subir para seu quarto e se acalmar, afinal, elas não eram um casal, não deviam satisfação uma à outra.

***************

"Ei rubia, espero que não me faça assistir nenhum filminho romântico! Sabe que eu detesto...são muito clichês." Zulema fala saindo da cozinha e andando em direção ao sofá

"Maca?"

A morena pensa que ela deve ter ido ao banheiro, então se senta de volta em seu lugar para esperar a loira e ri balançando a cabeça em negação com a imagem do filme na tela, 'o que esperar quando você está esperando'. Logo ela percebe que tem uma mensagem de um número desconhecido, ela pega o celular para ver mais de perto e não o reconhece, mas ao ler o nome do remetente, estava claro quem era, o neurologista.

"Puto médico!" Ela resmunga

Zulema percebeu que Macarena não ia voltar, pois imagina que ela tenha lido a mensagem, e por isso subiu sem dizer nada. O dilema agora era, se ela deveria ir atrás da loira e esclarecer tudo ou deixar para lá, afinal ela não devia satisfação nenhuma, além de que, elas não são um casal.

Meia hora já havia se passado, e como Zulema presumiu, Maca não desceu. A morena decidiu não ir atrás, pois achou melhor esperar a poeira baixar, já que certamente a mulher já havia tirado suas conclusões e com certeza estava soltando fogo pelas ventas.

A noite chegou e com ela o cansaço que tomou conta da árabe. Ela desligou a tv, apagou as luzes e subiu para seu quarto. Antes de entrar, se demorou um pouco em frente a porta de Macarena e escutou alguns sons entrecortados, pareciam... gemidos. Zulema se perguntou se era o que ela estava pensando e automaticamente seu corpo reagiu ao pensamento, em segundos ela sentiu a umidade molhando sua calcinha.

Ela não se conteve e abriu lentamente a porta, constatando o que já havia imaginado. Macarena estava deitada de costas no colchão,  com as pernas abertas e encolhidas junto ao quadril. Ela estava com uma camiseta levantada até um pouco acima dos seios e uma calcinha puxada para o lado com uma das mãos, enquanto a outra se movia estimulando o clitóris com movimentos circulares com um dos dedos.

A loira estava de olhos fechados mas escutou quando a porta se abriu e sentiu a presença de Zulema se aproximar, porém isso não a fez parar o que estava fazendo, pelo contrário, mais ela se tocava e gemia o nome da árabe enquanto permanecia de olhos fechados.

Zulema observava toda aquela cena com água na boca, Maca massageando seu clitóris enquanto sua lubrificação escorria, sua buceta rosada estava brilhando de tanto tesão, e ela podia sentir que a sua não estava diferente, pois conseguia sentir a parte interior de suas coxas molhadas com sua lubrificação.

Lentamente ela se aproxima  e sobe de joelhos sobre a cama, parando em frente a loira. Ela segura o punho de Macarena a impedindo de continuar se tocando, mas a loira não reclama, apenas espera pra ver qual será o próximo passo de Zulema.

"Deixa eu te ajudar, sozinha não é a mesma coisa!" Ela sussura enquanto puxa devagar a calcinha até tirá-la por completo.

Zulema se posiciona de frente para a intimidade de Maca e sem aviso ou rodeios, ela abocanha a buceta lambendo toda sua lubrificação. Macarena solta um gemido alto enquanto Zulema a puxa pelas coxas para mais perto, expondo ainda mais a bucetinha inchada e escorregadia. A morena succiona o clitóris rijo e introduz dois dedos no interior da loira fazendo movimentos lentos e profundos de vai e vem, depois os curva estimulando seu ponto sensível.

Macarena se agarra ao lençol e movimenta seu quadril no mesmo ritmo que Zulema a estimula. Logo ela sente as paredes de sua vagina começarem a se contrair. A morena percebe e rapidamente para os movimentos e tira seus dedos de dentro da loira, Maca resmunga. No mesmo instante ela se levanta, tira a própria calcinha e sobe no quadril de Macarena entrelaçando suas pernas e encaixando seus sexos.

Zulema rebola lentamente roçando seu clitóris no de Macarena. Por um momento ela se abaixa e une seus lábios nos da loira, Maca rapidamente abre sua boca  juntando suas línguas. Os beijos descem para o pescoço e os seios, em seguida Zulema abocanha um mamilo, circula com a língua em volta do biquinho, Maca geme, a morena repete os movimentos no outro.

Os quadris ainda se movimentando, A loira acompanha repetindo o que a árabe faz, aos poucos o ritmo vai aumentando  enquanto suas respirações ficam cada vez mais ofegantes e alguns gemidos escapam de suas bocas. Maca coloca suas mãos por dentro da camiseta de Zulema e segura os seios apertando os mamilos com as pontas dos dedos, a morena geme e sente uma onda de prazer descendo até seu centro...

"Goza comigo rubia!"

"Sí, Sí, así... aaahhh... Zulema!"

"Joder... rubia!... aaahhh..."

Poucos segundos depois de voltar de seu orgasmo, Zulema se jogou ao lado de Macarena, puxando-a para um abraço. A loira não perdeu tempo e beijou delicadamente os lábios dela, depois introduziu sua língua, explorando cada canto da boca da árabe,  Zulema retribuiu enquanto a acariciava o rosto de Macarena. O beijo foi interrompido para respirar.

"Isso está se tornando um hábito!" Zulema falou baixinho

"Eu acho que consigo me adaptar a isso! " Macarena diz com um grande sorriso nos lábios

Zulema a puxa um pouco para mais perto e deposita um beijo suave nos lábios da loira... "eu acho que eu também."

A loira sorri e a abraça mais forte.

"Maca... eu... estou com medo." Ela fala sussurrando

Macarena se afasta para olhar dentro dos olhos dela  e logo ela vê que estão cheios de lágrimas...

"Eu estou aqui! Nós estamos bem aqui e não vamos te deixar, entendeu?" A loira diz se referindo à ela e à bebê... "Na saúde e na enfermidade lembra?" ela sussura  enquanto segura o rosto da morena entre suas mãos

"Não é esse o meu medo... É totalmente o oposto Maca! Eu tenho medo de que eu te deixe... de que eu deixe vocês..." uma lágrima rola em seu rosto e Macarena a seca com o polegar

"Você não vai... você não vai!" Ela repete mais para si mesma do que para Zulema.

Elas permanecem abraçadas com os  olhos fechados, apenas aproveitando o momento.

Depois de alguns minutos, Maca cede a curiosidade e lança a pergunta que não quer calar...

"Zulema... quem é Tom?"



Notas Finais


Espero que tenham gostado 🥰
Obrigada por estarem acompanhando
Até a próxima 😘


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