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História Tudo que o tempo não te deu - Se Derramando


Escrita por: BrunaIvyQuinn

Notas do Autor


Fala, feras. Família Harlivy, estão bem? Desejo que sim.
Hoje nossa amada Harley precisará de muito carinho e Ivy de muita força. Preparem os seus corações.
Divirtam-se. Boa leitura.


Bruna Ivy Quinn

Capítulo 5 - Se Derramando


Fanfic / Fanfiction Tudo que o tempo não te deu - Se Derramando

Se derramando

 

Ao celular, Harley fala com uma pessoa e pelo pulo de alegria, ela conseguiu o que queria.

-Então, Harley? Qual a próxima parada de hoje? Pamela fala como se fosse uma adolescente.

- Ruiva, como te falei, vamos comer!!! Na lanchonete do Sal. Tá tudo pronto pra gente ir.

 

Pamela não entendeu o que ela quis dizer, mas se deixou levar.

 

 

Na lanchonete do Sal

 

 

Elas entraram pela porta de serviço para não causar tumulto no ambiente. Sal é um homem robusto com um coração cheio de sonhos, mesmo tendo passado dos 40 anos de idade. Tem um projeto de que ensina receitas de hambúrgueres artesanais e com isso conta com uma cozinha bem grande equipada. Toda vez que sua ilustre cliente vai nela ele reserva uma mesa num cantinho especial pra ela possa saborear o seu menu tranquilamente.

Neste dia, pra sorte delas, não haveria a oficina. Logo, o espaço estava todinho pra elas.

 

-Oi, meu querido Sal! Harley o cumprimenta apertando suas bochechas.

- E se não é a minha ilustríssima cliente, Harley Quinn!

-Sal, essa é a minha deusa, digo, Pamela Isle. Harley pigarreou e Isley ruborizou.

- Tudo bem, senhora Isley?

 

 

Feitas as apresentações, Harley e Pamela sentam-se a mesa enquanto. Sal já traz três hambúrgueres para Harley. Pamela olha assustada e pergunta incrédula:

-Você vai comer tudo isso sozinha?!?

- Sim, hoje é dia do lixo? Tem bastante tempo que não faço isso, hoje é um dia especial. Que meus seguimores não ouçam isso. Hahaha

-A senhora não viu nada. Harley é uma draga. Sal avisa a Pamela. E aqui está o seu, feito no capricho. Harley já me falou que não come carne. Ainda bem ela me deu essa ideia de trazer esse tipo de hambúrguer para o cardápio. E ajuda também no projeto social que temos aqui com crianças e jovens carentes. Aproveitamos tudo. E mostramos a importância da ação de cada pessoa. A senhora está em excelente companhia.

-Ain, Sal. Você é um fofo. Dispara Harley.

-Bom, deixarei você a sós. Bom apetite.

-Ah! Sal. Não precisa me chamar de senhora.  Ok

-Ok. Pamela.

 

 

Sobre nós

 

 

Depois de Harley ter devorado os três hambúrgueres ela ainda pediu uma porção de batata frita, e pra consciência não pesar tanto bebeu apenas suco de abacaxi com coco. Seu apetite era algo assustador.

Pamela apenas achou pitoresco, mas não disse mais nada sobre isso.

-Então, Harley Quinn, fale-me sobre você.

-Nossa! Assim de cara?

-Se não quiser falar tudo bem. Não quis ser invasiva.

-Não. Tá tudo bem. Eu já esperava por isso.

 

Harley então contou sua trajetória com uma infância conturbada e brigas homéricas dos seus pais devido ao abuso de álcool do seu pai; dos longos anos de treinamento, com dias intermináveis e extremamente cansativos para chegar ao nível de atleta olímpica. Onde quase não tinha tempo para dormir. Ela custeou sua faculdade de Psiquiatria com a bolsa de atletismo. Seu pai que ao invés de apoiá-la, apenas insistia que ela apenas arrumasse um marido rico devido a sua linda aparência, julgava fácil fazer assim pra “subir” de vida. Ele achava que ela não tinha se dedicar tanto, pois não via a cor do dinheiro. O que seu pai não entendia é que ela estava lá por amor ao esporte e que o dinheiro que ela ganhava no começo era o suficiente pra ela. Na verdade, era ela quem ajudava toda a família. Seu pai reclamava de barriga cheia. Porque ele mesmo só sabia jogar. Sempre estava devendo.

De repente Harley emudece e seu semblante mudar para uma carranha estranha e lágrimas rolam dos seus olhos.

 

- O que foi, Harley? Por que você tá chorando?

-Aquele desgraçado! Harley grita aos prantos. Harley dá um murro na mesa, afunda o rosto na mesma e chora copiosamente mais uma vez.

Sal vem correndo ver o que houve, mas Pamela sinaliza para ele que tá tudo bem. Ele entendeu que não era pra interrompê-las. Pamela estava no controle.

 

-Harley, me perdoa. Eu não sabia que isso ia acontecer. Diz Pamela atônita. Se você não quiser falar mais nada, eu te entendo. Por favor, meu bem, não quero te ver assim.

 

 

O coração de Pamela ficou batendo apertado ao ver o sofrimento estampado naquele lindo rosto de olhos azuis que agora estavam vermelhos e cheios d’água devido ao pranto carregado de dor.

Elas ficam em silêncio por um tempo, quando Harley finalmente começa a se recompor.

Pamela acompanha cada movimento com um terno e apaziguador olhar, como quem só quer proteger Harley e arrancar seu sofrimento de alguma maneira.

 

Harley volta a falar:

- Eu perdi e minha mãe e meu irmão no dia da final Olímpica, no dia que eu finalmente realizei o sonho de conquistar uma medalha de ouro Olímpica!!! Harley fala por entre os dentes, dando tapas na mesa. Pamela apenas a olhava, emudecida, compadecida enquanto Harley desabafava.

E como eu fiquei sabendo? O treinador só meu falou do acidente depois da entrega das medalhas, porque a comissão técnica não permitiu que eu ficasse sabendo. Aquele desgraçado bebeu e levou a minha mão e meu irmão pra morte!! O dia que eu fui mais feliz, também foi o dia em que eu senti a maior dor da minha vida!!! Por quê?!? Por quê?!?

 

Mesmo não sendo de seu feitio, mas vendo Harley ali tão frágil e desmoronando, Pamela se levanta, agacha-se ao lado de Harley e a abraça. Afagando seus cabelos ela diz:

-Eu conheço essa dor, meu anjo. Eu conheço essa dor. Eu conheço sua dor.

 

 

Harley segura a mão de Pamela e a agradece com a voz soluçando. Levanta a cabeça e limpa rosto.

- Te assustei, Pam?

-Não, mas fiquei aflita por você.

-Nossa! Acabei com o clima de diversão. Harley força um sorriso.

-Não, Harley. Comigo você pode ser o que você está sentindo. Não queira forçar que está bem, quando não está e quando não estiver. Pamela fala de maneira amorosa.

-Eu fui procurar ajuda, por que meu amigo Bane...Nossa! O Bane! Harley se deu conta que nem viu seu amigo sair.

- Aquele gigante que estava com você no bar?

-Sim. Ele mesmo. Que péssima amiga eu fui. O fofo fez questão de ir comigo na primeira consulta, tadinho. Vou falar com ele.

-Pensei que fosse seu marido. Pamela responde inda ao lado de Harley de pé.

-Não. Não. Somos melhores amigos. Por quê? Ficou  com ciúme? O humor de Harley já começa a melhorar. Mas ainda com o rosto inchado e vermelho.

-Foi apenas curiosidade. Até porque se fosse teu marido ou namorado você não viria até a minha mesa, trazendo o drink que eu solicitei, espertinha. Pamela dá de ombros.

-Tenho que uma enorme divida de gratidão com meu amigo Bane.

- Eu também. Pamela dispara. E Harley arregala os olhos.

- Posso saber por quê?

- Ora, e como nos conheceríamos não fosse essa consulta?

-Santa mãe dos encontros. Você tem razão. As duas sorriem.

 

Quando Harley abre o celular para enviar mensagem pro seu amigo ela lê de texto que ele a deixou:

 

 

“Bom, como te conheço e sei que o papo seria extenso, resolvi ir malhar e deixar vocês duas a sós. Espero que tenha tido êxito.”

Beijos do seu gigante favorito.

 

 

Harley fica feliz e tranquila ao saber que seu amigo a compreende e respeita seu espaço.

 

-Seu amigo está bem? Pamela pergunta.

-Sim. Ele está bem. A propósito, você disse que está de férias. Sabe o que pensei?

-Não. Fale-me você.

-Vou tirar férias também. Me dei conta de que nunca tirei férias na minha vida!

 

E mais uma coisa as duas tinham em comum além de terem perdido seus pais de forma trágica. Elas nunca tiraram férias.

 

- Nossa! Até isso nós temos em comum? Mas você vai tirar férias assim do nada. E o seu canal?

- E o que mais temos em comum, senhorita Pamela Isley, posso saber?

-Por hora isso. Férias!! Pamela fugiu da resposta, mas Harley sabia que ela escondia algo, porém não quis afrontá-la. Ela julgou ser cedo demais. Apesar de espevitada, ela tem a sensibilidade a flor da pelo. Empatia que se fala?

-Se você está dizendo, então eu respeito. Já temos vídeos para mais duas semanas. Amanhã gravarei o de despedia avisando ao publico que entrarei de recesso por pelo menos um mês.

-Sério que você vai fazer isso, Harley? Pamela pergunta desconcertada mais uma vez.

- Já fiz. Eu preciso de um tempo pra mim também. Não parei a minha vida inteira. Sempre em buscar de resultado. Mesmo fazendo o que gosto, sinto que agora eu realmente preciso de um tempo de um tempo, sou uma jovem senhora de 30 anos. Preciso ver de fora até pra produzir coisas novas diante de outras perspectivas. Sabe?

-Nossa! É isso que eu também tive que fazer, mas no meu caso foi compulsoriamente.

- Por quê? Quer falar sobre isso?

-Eu também trabalho desde sempre.

-Aha! Te peguei! Acabo de descobrir que você também é workaholic! Harley, no fundo sabia que não era só isso, mas tentou melhorar a frequência do ambiente com essa brincadeira depois de seu desabafo tão doloroso.

-Nossa! Já estamos aqui há maior tempão. Pamela que havia sentado exclama.

- Vai fazer o que agora?

-Bom, depois desse longo dia, pretendo ir pra casa, relaxar com um bom banho e por a mente pra descansar.

Harley faz uma cara de carente.

- Não faça essa carinha pra mim, Harley. Amei nosso dia. Mas eu preciso descansar. Foram muitas emoções.

- Quero que vá amanhã na minha casa, conhecer o meu cafofo e meu amigo Bane. Você aceita meu convite?

- Deixa eu ver...é...

- Fala logo, Pam.

- Aceito. Mas com uma condição.

-Sim! Qualquer coisa, fala.

-Seja sempre você.

-Ok. Sim senhora, mas amanhã eu quero saber sobre você, dona misteriosa.

 

 

Elas se despediram do Sal e entraram no mesmo táxi. Dentro carro elas ficam em silêncio olhando uma pra outra como quem está diante do mais belo presente para seus corações. Harley segura a mão e Pamela e isso faz seu corpo tremer no meio de suas pernas repuxar.

Harley se segura por conta do motorista. Mas isso não a impede de dar um beijo no canto de seu boca, quando o carro para em frente a porta da casa de Pamela, na hora de se despedirem.

 

-Até, Pam.

-Até, Harls.

 

 

Aquela despedida depois um dia com tantas emoções conectou ainda mais as duas buscadoras de si mesmas.

 

Quando Harley chegou em casa toda animada por saber que Pamela viria a visitaria no  dia seguinte. Ela estava muito excitada com isso.

Quando pegou o celular depois de ter tomado banho pensando em Pamela ela viu uma mensagem de um número, até então, desconhecido dizendo:

 

“Adorei te conhecer e sentir muito mais do que frio na barriga no dia de hoje. Até amanhã, Harley Quinn”

Pamela.

 

Harley olhava a tela de seu celular com um sorriso largo e sentido borboletas no estômago. Harley deu seu número de telefone quando segurou a mão de Pamela dentro do táxi.

 

 

“Não vejo a hora que chegue logo amanhã pra tomar café da manhã comigo. Estarei lhe aguando às 9 a.m”

Harley Quinn

 

“Ok. Tenha bons sonhos, ou melhor, sonha comigo”.

Pamela Isley

 

 

Agora foi a vez de Pamela sorrir olhando para uma tela de celular. Na adolescência ela não passou por essa experiência, era tudo novo pra ela. E ela estava achando tudo maravilhoso.

 

 

 

 

As borboletas só voam no estômago se a mente estiver em paz com o nosso coração.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


E por hoje é só, feras. Espero que tenham gostado.
Fiquem bem.
Bj bj

Bruna IvyQuinn


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