História Tudo que o tempo não te deu - Um dia de peso

No ginásio de competição municipal de Gotham City, às 10 horas da manhã de domingo, Harley e Pamela estão sentadas na arquibancada aguardando a vez do da equipe do seu amigo Bane entrar em ação, para o levantamento de pesos.

-É isso, galera! Eu quero ver vocês levantarem essas merrecas aí! Nada de moleza!  Levantem pra mamãe aqui, seus bunda moles! Harley grita, deixando a ruiva vermelha com sua atitude típica. Mas ela não reprovava. Só achava tudo muito novo e pitoresco. Julgar a Harley, para Pamela Isley, estava totalmente fora de cogitação.

-Não tô acreditando que você esteja com toda essa energia depois de ontem no teatro e lá em casa. Pamela brinca e dá de ombros.

-Ruiva, você ainda não viu nada. É você que deixa assim.

-Eu? Não, não, não. Você já é assim por natureza, senhorita Quinn.

-Tá bom. Tá bom, mas digamos que sua presença em minha vida tenha potencializado isso mim. Hahaha.

- Ok, Harls Você é demais.

- Ain! Você me chamou de Harls, Ruiva! Harley fala abraça a ruiva.

 

Elas se dão beijinho no meio da arquibancada e não ligam pra quem fizer careta. Mas elas não ficam se agarrando porque sabem de como existem pessoas agressivas ao amor entre iguais e também porque ninguém é obrigado a ver duas pessoas se agarrando em público independente da orientação sexual.

E sorte a delas que até agora Harley Quinn ainda não tinha sido reconhecida.

 

 

...

 

 

-Olha quem tá aqui. Minha louca favorita.

-Olha quem tá aqui! Meu gigante guerreiro bunda mole Baaaine!

Pamela mais uma vez fica ruborizada vendo a interação de Harley com seu amigo.

- Pamela, que bom ver você aqui. E pela cara das duas vocês devem estar doidas pra sair daqui e pegar um ar.

E de repente uma um grupo de pessoas chegam falando: Gente, eu não falei que era ela?  A campeã olímpica Harley Quinn!!! Por favor, tira uma selfie com a gente e Harley prontamente atendeu ao pedido dos fãs.

 

- Ok. Ok, galera. Agora deixem ela, pois precisa ir. Bane tira Harley da aglomeração que se formou em torno dela e Pamela observava tudo de uma pequena distância com um sorriso bobo no rosto.

 

- Meus parabéns pela medalha, Bane, a propósito. Não é, Harls? Pamela disse ao se aproximar dos dois.

-Sim! Claro. Ele sabe que torço sempre por ele. Agora como instrutor campeão mundial, teremos mais medalhas! YEAH! Mas põe esses manés pra ralar. Quero ver vocês no topo. Valeu esse bronze na competição estadual. Harley com uma mão e o dedo em riste e a outra mão na cintura.

-Sim! Com certeza, valeu. Mas queremos o ouro olímpico claro.

-É isso, meu gigante! Agora vai tomar seu banho e tirar esse cheiro de urubu morto de cima de você.

-Eita. Você é terrível. Tô indo. Encontro vocês onde?

-Vamos ao japa, aqui perto.

-Ok. Vejo vocês lá.

 

 

...

 

 

 

No restaurante Japonês

 

 

- Nossa pra onde vai toda essa comida, Harley? Seu metabolismo é algo impressionante. Pamela sempre fica impressionada com a quantidade de comida que Harley consegue comer. E como gosta de comer besteiras.

- Eu estou numa fase de crescimento eterna, ruiva.

- Olha quem vem ali.

-Quem, Ruiva? E olha pro lado e vê Bane chegar com uma mulher morena que elas reconheceram.

- Aquela não é a nossa psicóloga Selina kyle? Pamela indaga franzindo o cenho.

- Nossa! É ela mesma. Puta merda! E agora, Pam?

- Não sei o que dizer, só sei que isso não é nada bom.

-Nossa! Sim! Conflito de interesse. Porra, Bane! Harley leva as mão a testa sem perceber que Bane já estava ao seu lado e Pamela cruza os braços levantando uma das sobrancelhas.

Harely deixa escapar um: puta merda

- Puta merda?  Posso saber o que houve? Bane pergunta colocando a mão no ombro da Harley.

-Oi, Bane! Eu não sabia que você iria trazer o nossa psicóloga pra vir com você, sabendo que estamos nos tratando com ela.

- Você está certa, Harley. Selina interrompe. Mas pode ficar tranquila, pois eu não atendo mais naquela clínica.

- E por que você está dizendo isso só agora? Pamela questiona.

-Olha, gente. Eu não quero causar mal estar com vocês. Eu não sei o que houve. Talvez eles tenham tentado entrar em contato com vocês e não conseguiram.

-Harley, eu também não tenho conseguido falar com você ultimamente. Não me levem a mal, mas vocês duas parecem ter se esquecido do mundo. Bane esclarece.

- Putz! Eu silenciei tudo no meu celular. Harley diz.

 

Harley a Pamela haviam se desconectado completamente de tudo e se esqueceram de comparecer nas suas sessões de terapia. O que não deve ser imitado por ninguém, afinal esse tipo de terapia requer paciência e continuidade e seus traumas são muito sérios.

Mas elas estavam tão absortas e felizes que tudo passou completamente despercebido e depois de checarem seus celulares constaram várias ligações perdidas, e-mails, Whatsapp e sms não lidos. Isso explicava muita coisa.

- Bom, deixa isso pra lá. Agora que já sabemos que não estávamos atendendo a ninguém. Vamos comer juntos! Harley falou em tom comemorativo erguendo os braços.

-Sabia decisão, Harley, porque estou morrendo de fome. Bane disse puxando uma cadeira pra que Selina sentasse e logo em seguida ele se acomodou.

-E como vocês dois se conheceram? Há quanto tempo você está comendo o meu amigo?

- Harley! Pamela diz o nome da loirinha desconcertada mais uma vez.

-Relaxa, ruiva. Só estou fazendo o levantamento de dados sobre eles. Ok?

-Pamela, eu já conheço a peça. Fique tranquila. Mas a Selina não, dona Harley. Você fala ou eu falo pra elas, Selina?

-Deixa eu falo, querido. Então, sempre faço minha caminhada no parque de manhã e na semana passado acabei tendo um mal subido e cair desacordada.  O Bane me viu caída e me levou para o hospital. Resumo. Foi isso.

- Mas como romance começou? Harley dispara sem rodeios como sempre.

- Bom. Você sabe que eu já estava interessado na Selina, Harley. Bane diz todo sem tímido e encolhendo os ombros.

- Foi amor a primeira vista, ok, amiga ciumenta?  Selina termina de dizer e tasca um beijo na boca do gigante Bane que fica ainda mais tímido e sem reação.

 

 

A conversa fluía entre os eles, menos para a ruiva, pois a mesma ficou intrigada com aquela situação. Achou estranho, entretanto preferiu não comentar. Ela pediu licença e levou celular consigo.

-Quer companhia, ruiva? Perguntou Harley.

-Não, não, Harls. Eu só irei ao banheiro.

-Tem certeza? Harley insiste com malícia.

- Tenho certeza, sua dandinha. Pode deixar que eu não irei fugir de você.

 

 

 

 

 

...

 

 

No banheiro do restaurante Pamela liga para Barbara Gordon que atende a chamada:

 

- Pamela, quanto tempo! Você não atende mais esse telefone, nem lê as mensagens. Eu estava preocupada contigo, minha amiga. O que houve?

- Comigo está tudo bem. Você pode ficar tranquila, mas fui atingida por um meteoro.

- Como assim, Pam? Barbara pergunta incrédula.

- Não é no sentindo ruim da palavra, aliás temos muito que conversar. Por isso quero quer convidar pra ir hoje no Bar do Senhor J.

-Quem é você e o que você fez com a minha amiga Pamela Isley? Barbara debocha do convite de Pamela.

- Você vem ou não vem? Pamela responde seca.

-Sim. Eu vou. Amanhã eu trabalho, terei que acordar cedo, diferente de você está de férias. Mas parece que essas férias estão te fazendo muito bem. Mas eu vou porque isso é um evento único. Não perco por nada.

- Ótimo, vou te enviar o endereço e a gente se vê lá às 20hs. Quero que conheça uma pessoa.

- Não acredito!!! Pamela Isley vai me apresentar alguém.

-Tá bom, Barbara. Tenho que ir agora. Até mais.

- Também te amo. Até, estranha.

 

 

 

De volta à mesa, Pamela é recebida pelos lindos olhos azuis que brilham cada vez que encontra os olhos verdes.

- Que tal irmos hoje ao bar do senhor J? Harley pergunta a todos sem saber da total sintonia com a ruiva.

- Eu acho ótimo! Disse Bane, tô precisando mesmo relaxar um pouco, mas por ora vou deixar vocês aqui de levar a Selina.

- Me levar? Pra onde? Selina pergunta surpresa.

- Pra onde você quiser. Bane responde todo animado

-Nossa! Já está pegando fogo o cabaré? Harley dispara.

- Olha quem fala. Bane rebate.

-Gente, por favor, menos. Pamela pondera a situação.

-Também acho, vamos subir o nível seus engraçadinhos. Finaliza Selina.

 

 

 

 

 

 

Na casa de Harley

 

 

 

 

- Ruiva, pode me contar. Desembucha.

- Oi? Pamela se faz de desentendida

-Eu reparei sua carinha de desconforto e a mente vagando. Eu posso ser louca, mas eu estudei psiquiatria. Lembra? Tudo bem que eu não me cheguei a atuar na área, mas acho que nem precisaria pra saber que você ficou extremamente desconfortável com a presença da Selina hoje lá no japa.

- Nossa! Ficou tão na cara assim?

- Apesar de saber que você é avessa aos seres humanos, menos eu, deu pra perceber sim, ruiva. E como deu.

-Convencida você!

- Poxa, eu pensei que eu fosse seu ser humano favorito.

- E é, senhorita Quinn.

-Adoro quando você fala assim comigo, ruiva.

- Bom, deixa isso pra lá, senhorita Quinn. Hoje eu quero que você conheça a minha amiga Barbara Gordon. Afinal já conheci seu o melhor amigo.

- Ah! Pamy! Que fofa. Por isso que você saiu e levou seu celular.

-Pois você é muito perspicaz, loirinha. Vem cá que agora eu quero te beijar todinha.

-Ui. Você não precisa pedir duas vezes, ruiva.

 

Harley pula nos braço da sua deusa grega, elas se admiram com os olhos nos olhos, o rosto da ruiva entre mãos da loira, o coração disparado  batendo no peito das duas, começa o beijo bem lento. Suas línguas fazem um movimento tão harmonioso que o beijo deixa Pamela extremamente extasiada, assim como Harley, e vai aos poucos se derramando no chão com sua loirinha.  Elas vão para cama com uma certa dificuldade de raciocínio devido ao tesão.

As duas fazem sexo a tarde inteira e depois de tanto prazer caem de sono nos braços uma da outra.

 

Não é prudente ignorar os sinais captados pelo coração