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História Turn To You - Treehouse


Escrita por: MSCanadian

Capítulo 6 - Treehouse


Margot POV 

Era tão bom poder ter ele perto novamente, mesmo sabendo que seria por pouco tempo e que amanhã já estaríamos nos estranhando novamente. 

Ouvimos um barulho de galho quebrando, Justin me soltou na hora, se escondeu ao lado do balcão e eu voltei pros pratos. 

- Margot? - eu olhei na direção da voz e era meu pai.

- Oi pai! - eu sorri leve e ele veio até onde eu estava.

- O que está fazendo? 

- Estou lavando os pratos. 

- Você? Lavando pratos? Essa é nova. 

- É o poder dessa fazenda - ele riu fraco e beijou o topo da minha cabeça.

- Você precisa aprender muito ainda. Vamos! Está tarde para você ficar aqui fora.

- Mas eu não terminei ainda. 

- Bieber faz isso amanhã - senti um beliscão de leve na minha paturrilha. Sim Bieber, você vai lavar amanhã. 

- Tudo bem. - senti outro beliscão - Ele lava amanhã - meu pai virou de costas, eu dei um tapa na mão do Justin e saí andando com o meu pai. 

[...]

Eram um pouco mais de uma da manhã e eu seguia sem sono. Estava dando uma olhada nas minhas redes sociais, onde só tem gente da França. 

Depois de um tempo sendo consumida pelo tédio, decidi andar um pouco pela fazenda. Eu sei, está tarde, mas eu preciso gastar as energias para conseguir dormir. 

Saí da minha cama, calcei minhas pantufas e saí do meu quarto na ponta dos pés. Tenho que ter todo o cuidado do mundo, porque meu pai tem um sono incrívelmente leve.

Desci as escadas, fui à cozinha e saí pela porta dos fundos. Fui andando até onde estava antes com o Bieber e os pratos já haviam sido lavados. Ri fraco por imaginar que ele deve estar com um ódio mortal. Lembrei do beijo. Por que ele me beijou se da outra vez disse que era errado? Será que ele não acha tão errado assim? 

Continuei andando e cheguei na antiga casa da árvore, que mamãe, pierre, papai e eu montamos juntos. Tantas lembranças nesse lugar. Eu lembro que mamãe e eu conversávamos muito sobre qualquer coisa quando estávamos aqui. Papai ficava louco de preocupação porque sempre esqueciamos de contar onde a gente estava. 

Me permiti subir naquela casa depois de um ano sem a minha mãe. Continuava do mesmo jeito. As nossas fotos espalhadas pelas paredes, os colchões ocupando metade do espaço, os livros numa pequena prateleira e nossos jogos de tabuleiro. Aqui era o nosso canto. 

Peguei uma foto dela e me perguntei novamente como alguém tão jovem pode ter partido tão cedo. Quando dei por mim, eu estava chorando de saudades. Eu prometi que não choraria, mas é inevitável. Eu a amo e não tem um só dia que eu não pense nela. Era minha melhor e única amiga. Fui andando com a foto até a pequena sacada que tem na casa e foi quando senti um vento frio mais intenso que os normais. Será ela? 

- Eu sei. Desculpe. Prometi não chorar. - sequei minhas lágrimas - mas eu sinto tanto sua falta mamãe. Lembra quando brincávamos aqui juntas? Você sempre me deixava ganhar, porque sabe que eu não gosto de perder - eu ri fraco - se estiver me escutando, saiba que eu te amo muito. - eu suspirei. 

- Ela também ama muito você. Onde quer que esteja. - eu dei um pulo de susto e olhei na direção da voz. 

- A Quanto tempo está aí? 

- Acabei de chegar. Eu estava dando uma última olhada pelo lugar antes de ir dormir e vi você aqui em cima. - disse Justin. - O que exatamente é esse lugar? 

- Uma casa na árvore. Tá cego? 

- Não, grossa. Eu sei que é uma casa na árvore. Mas o que faziam aqui?

- Era o lugar onde eu me reunia com o Pierre e meus pais. Só que eu ficava mais tempo aqui com a mamãe. Meu pai vinha raramente e Pierre dizia que não gostava de fazer coisas de garotas. - ele riu fraco. 

- Bem a cara do Pierre de fazer essas coisas. - eu olhei a foto mais uma vez e não consegui segurar. Comecei a chorar novamente. Justin ficou me olhando por uns três segundos, mas logo me puxou pra um abraço - Pode chorar - ele embrenhou as mãos no meu cabelo e ficou me confortando - não alivia, mas ajuda um pouco. 

- Eu sinto tanto a falta dela - eu funguei 

- Eu sei exatamente o que você sente. E ainda está muito recente, a dor só está começando. Ela nunca vai embora, mas você se acostuma com o tempo. - eu o olhei.

- Eu queria ela aqui. Tenho tantas perguntas pra fazer. Tantas coisas pra contar. Eu tô sozinha. 

- Você não está sozinha, Margot - ele segurou meu rosto com as duas mãos - eu estou aqui com você. Tá, você é insuportável​ as vezes, muito patricinha, enche meu saco num nível que eu já tenho um lugar especial no céu - eu ri fraco - mas mesmo assim, eu não vou deixar você. Estarei sempre aqui. 

- Você não entende coisas de menina. - ele riu - do que está rindo? 

- Eu sou perfeito. Entendo de tudo. Manda qualquer coisa aí que eu sei. 

- Ah é? - eu me soltei dele e cruzei os braços.

- Sim!

- Tudo bem então. Vou começar com uma fácil. 

- Pode mandar que eu respondo.

- O que é TPM?

- TPM é quando o capeta resolve entrar no corpo de vocês, pra acabar com a vida da gente. Ele aproveita que já estão lascadas jorrando sangue pra tudo quanto é lado e quer foder mais ainda com a vida de vocês. Aí te deixa com espinhas, com ódio do mundo, chorando pela formiga, mas nunca felizes. - eu ri e ele também - viu que eu sei das coisas? 

- Ainda não terminei, Bieber. 

- Mande outra. 

- Pra que serve a sombra? 

- Pra passar na pálpebra móvel dos olhos - eu gargalhei - eu errei? 

- Não! Mas falou pálpebra móvel. Parece até uma menina entendida. 

- Mas eu sou entendido das coisas. Só não sou uma menina. 

- A última. O que é um curvex?

- Um curvex? Porra! É aquele bagulho que parece uma tesoura? 

- Não sei. 

- Eu acertei tudo até agora. Me da uma dica. 

- Claro que não. 

- Deixa de ser chata. Só responde o que eu perguntei então. 

- Parece uma tesoura. 

- Então eu sei. É pra botar os cílios pra cima. 

- Botar os cílios pra cima? 

- É! Pra deixá-los eretos igual homem excitado - eu gargalhei novamente. - tá certo? - ele riu - sabia que estava certo. 

- É pra curvar os cílios. 

- Isso! Curvar. Eu não lembrei dessa palavra. Mas eu expliquei direito pra que servia. 

- Tem razão. Você sabe das coisas mesmo. - rimos juntos - Obrigada! 

- Pelo que? 

- Por me fazer esquecer por um momento. 

- Eu disse que nunca vou deixar você sozinha. - eu sorri fraco e o abracei.

- Desculpa por qualquer​ coisa. 

- Me desculpa também por qualquer coisa. 

- Eu desculpo se você desculpar - eu o olhei. 

- Isso já tá ficando fresco demais - eu ri fraco - mas estamos de boas. Eu desculpo você. 

- Então eu também te desculpo - ele beijou minha testa e me apertou no abraço. - mamãe, esse é o Justin. Você provavelmente o conhece porque ele já trabalha pro papai a tanto tempo. Ele é chato, resmungão, pé no saco, mandão, esquisito, exibido e... 

- Chega de elogios né? Sua mãe de onde quer que esteja deve estar querendo voltar só pra casar comigo agora. - eu dei um tapinha nele. 

- Como eu estava dizendo... E acha que é a última bolacha do pacote. Mas, ele me protege. Obrigada por ter ido e lembrado de mim. Sei que o Justin foi um presente seu pra mim. 

- Uau! Apaixonei! - eu o olhei e ri. - Um presente desses até eu quero. 

- Idiota! - ele passou a mão no meu rosto e ficou me olhando. 

- Eu não vou deixar que nada machuque você. Eu prometo. - balancei a cabeça positivamente - E se eu sentir que posso te fazer mal, vou me dar uns socos e sair da sua vida.

- Não! Pode dar os socos, eu iria adorar ver você se batendo - ele riu fraco - mas não sai. Você fez falta quando esteve longe. 

- Tem certeza? 

- Hum rum. 

- Tudo bem então. 

- Prometa! 

- O que?

- Que não vai sair da minha vida. - ele suspirou

- Eu prometo. 

- Agora eu acredito. 

- Não sei se é errado falar disso, mas... Eu gosto de você, Lamartine. De verdade. Não falo isso apenas para receber um aumento. Se quiser dar, estou aceitando. - eu ri. 

- Não pro aumento. - ele bufou - sobre achar errado... Por favor, para de achar as coisas erradas, se você quer falar, pode falar. Somos amigos, você não tem que me poupar de nada. Sobre gostar... É... Valeu. - ele me olhou surpreso e eu ri - também gosto de você, mesmo sendo chato, pé no saco, exibido e...

- Podia ter parado no "também gosto de você" - eu ri - você tem um sorriso lindo, Lamartine. 

- Olha, eu sou cem por cento linda, sabe? 

- Depois eu que sou o exibido. - ele disse e revirou os olhos. - eu gosto de ver você sorrindo. Fica mais bonita que o normal. Eu acho que tenho um amor platônico pela sua boca. Acabei de descobrir isso. - ele ficou olhando pra minha boca - eu quero muito beijar você. - ele voltou a olhar pro meus olhos.

- Beija logo! 

Ele praticamente me atacou. O beijo dele é tão bom, que se eu pudesse, não pararia de beijá-lo nunca. Ele é meu fruto proibido. E eu quero ele pra mim independente das consequências. 

Ele foi andando comigo até o interior da casa. Eu deixei a foto por cima dos jogos de tabuleiro e abracei o pescoço dele. Justin me deu impulso e no segundo seguinte, eu estava abraçando a cintura dele com as pernas. Ele me prendeu contra uma das paredes e desceu os beijos pelo meu pescoço. Naquele momento eu já não sabia o que era sanidade. Passei a mão no cabelo dele e apenas deixei o momento seguir o fluxo. Não sei se estou preparada pra passar disso, mas eu sei que quero ele perto de mim. 

Justin foi andando comigo ainda no colo dele, até os colchões. Ele deitou comigo ali e voltou a me beijar. Será que eu tô pronta? Ele pôs uma das mãos por dentro da minha blusa, foi quando o pânico tomou conta de mim e eu o empurrei de leve. 

- O que? - ele perguntou ofegante. 

- Agora não. 

- Tá! Tudo bem. - ele ia voltar a me beijar, mas eu o afastei novamente - o que? 

- Você entendeu o que eu quis dizer? 

- Margot, eu não vou fazer nada que você não queira. Se você diz que agora não, então, agora não. 

- Tudo bem. Desculpe. 

- Não! Eu não quis parecer grosso. Me desculpe. 

- Tá tudo bem. - eu abracei o pescoço dele - você não foi grosso. 

Justin voltou a me beijar e um tempo depois ele estava sem camisa. Que corpo. Eu não sabia que ele tinha tantas tatuagens assim. Explorei toda a área desnuda do corpo dele com as mãos e um tempo depois, eu estava sem a blusa. Ele disse que não vamos fazer nada que eu não queira, então, se eu quiser parar, é só pedir que ele pare. 

- Hum... - eu gemi baixo quando ele apertou um dos meus seios. 

- Se quiser que eu pare, é só dizer. - ele disse entre beijou no meu pescoço. 

- Eu sei. - eu respondi. 

Ele desceu uma das mãos até a barra do meu short de moletom e no segundo seguinte a mão dele já estava dentro e ele estava me tocando por cima da calcinha. 

- Ah Margot! - ele disse e riu fraco. 

- O que? - eu perguntei inebriada. 

- Você não tem noção do quanto está molhada. E você está assim pra mim. - ele me deu um selinho - quer que eu pare? - eu balancei a cabeça negativamente. 

Justin pôs a mão por dentro da minha calcinha e me penetrou com um dedo. Ele já sabia que eu ia fazer algum barulho, então, ele me beijou e ficou fazendo movimentos de vai e vem com o dedo. Eu já estava me contorcendo nos colchões. 

- Hum... - eu arfei de leve. 

- Você tinha que se ver excitada. Pena que esse privilégio​ é só meu. - eu o olhei - você é tão linda, Lamartine. 

Eu o beijei novamente e meu corpo inteiro tremia de prazer. Ele é tão bom. Eu não quero que pare nunca. Ele se apoiou nos joelhos sem parar o que fazia em mim, pegou uma das minhas mãos e colocou por cima da calça dele, mais especificamente, em cima da zona de excitação dele. Eu não sei o que fazer. 

- Não me olha com essa cara de interrogação. - ele disse

- Eu não sei muito bem o que fazer. 

- Eu te ensino - ele deitou por cima de mim e ficou bem próximo do meu ouvido - você vai desabotoar a calça, use sua outra mão pra ajudar. - eu fiz exatamente o que ele disse - agora você baixa um pouco - ele mordeu de leve o lóbulo da minha orelha e eu me desconcentrei.

- Com você fazendo essas coisas é difícil me concentrar. - eu ri fraco

- Aprenda a se concentrar, Lamartine.- Com a ajuda dos meus pés, consegui descer um pouco a calça dele - agora, você põe uma das mãos dentro da cueca, segura o que tiver lá dentro e com a outra mão, você vai tirar o pano que estiver impedindo. - eu pus minha mão por dentro da cueca dele e segurei o membro dele. Com a outra mão, puxei a barra do tecido pra baixo e logo ele estava livre, bem na minha frente - com a mão que você está segurando, faça movimentos de vai e vem. Alterne entre rápido e devagar e não aperte. - comecei com movimentos leves e aumentei gradativamente. Ele gemeu baixo e voltou a me beijar, o que talvez significa que eu estou fazendo certo. 

Ele continuou com os movimentos dentro de mim. Gemiamos juntos entre beijos. Baixo. Infelizmente não podiam nos ouvir, porque se pudessem, com certeza estariam nos ouvindo agora. Eu queria mostrar pro mundo que ele estava me dando prazer e que eu também estava dando prazer a ele. Ficamos um bom tempo lá nos tocando, até que ele antingiu o limite dele e jorrou em cima de mim. Eu teria me importado se ele tivesse se importado. Não parei com as mãos até ele terminar de gozar. Quando eu pensei em parar, ele pôs a mão por cima da minha e me forçou a continuar. 

Ele desceu um pouco meu short e minha calcinha, abriu mais minhas pernas, voltou a me penetrar com um dedo e ficou me estimulando com o polegar. Eu voltei a me contorcer e todas as vezes que eu parava, por um milésimo de segundo, de masturbá-lo, ele me fazia voltar a fazer o que eu estava fazendo. Ele deitou novamente por cima de mim e voltou a me beijar. 

- Jus-tin! - eu gemi entre o beijo. 

- Quer que eu pare? - ele perguntou 

- Não! Quero que vá mais rápido - ele me deu um selinho e aumentou a intensidade dos dedos na minha intimidade. - OH! - eu gemi alto e ele me beijou pra abafar. 

- Não podemos fazer barulho, Lamartine. Por mais que eu queira ouvir você gemendo alto. Gritando o meu nome. - ele foi pra perto do meu ouvido - goze pra mim.

- Hum... - eu mordi o lábio para conter o gemido - Ah! - eu arfei e ele aumentou mais ainda a velocidade com os dedos. 

Um tempo depois eu senti meu corpo estremecer. Justin diminuía e aumentava a velocidade, provavelmente eu tinha atingido meu limite. Um curto tempo depois, ele tirou o dedo de mim e o chupou. 

- Você é deliciosa, Margot. - ele sorriu safado e me beijou. 

Ele ficou no meio das minhas pernas apoiado nos joelhos, pôs uma das mãos dele por cima da minha e me ajudou com os movimentos. Um tempo depois, Justin atingiu o limite dele novamente e jorrou em cima de mim. 

- Fica quieta enquanto eu pego a camisa pra limpar você. - ele disse e eu balancei a cabeça positivamente. 

Ele colocou o amigo dele de volta na cueca, arrumou a calça sem fechá-la, se esticou para pegar a camisa e depois de feito, começou a me limpar com ela. 

- Fica parada. 

- Eu tenho cócegas. 

- Eu já tô terminando. - ele só sossegou quando me deixou exatamente do mesmo jeito que eu estava antes de começamos a fazer o que tínhamos acabado de fazer - pronto! - ele jogou a camisa de lado e me ajudou a arrumar minhas roupas. - pode falar agora. - ele deitou ao meu lado. 

- Falar o que? 

- Qualquer coisa. 

- Eu gostei. - ele me olhou - do que aconteceu. - ele sorriu fraco e deitou de lado.

- Eu também gostei - ele passou a mão no meu rosto. 

- Se você tiver feito isso pra ganhar um aumento, saiba que não vai ter - ele riu. 

- Eu não quero mais um aumento. Eu quero a minha chefe - eu senti meu rosto queimar. - se eu tiver ela pra mim, posso até parar de receber salário. 

- Ai que mentiroso. - ele riu e eu deitei de lado também. 

- Você precisa dormir.

- Eu não estou com sono. 

- Você tá sim. Só não sabe ainda. - ele veio mais pra perto e me abraçou - fecha os olhos e relaxa. 

Eu encostei a cabeça no peito dele e fechei os olhos. Uns segundos depois, senti o cafuné dele. E o sono me consumiu, eu logo estava dormindo. Tranquilamente. E feliz. 

[...]

Justin POV 

- Bom dia! - eu disse entrando na cozinha. 

- Bom dia Bieber - disse o senhor Lamartine. - viu Margot?

- Acabei de vir do quarto dela. Segue dormindo como uma pedra. Até estranhei. - não, eu não estranhei. Ela deve estar bem cansada depois do que aconteceu. 

- Ela realmente não é de dormir muito. Vá chamá-la. 

- Deixe-a dormir mais um pouco. Depois eu mesmo levo alguma coisa pra ela comer. 

- Tudo bem. Sente-se para comer conosco. 

- Ah não! Obrigado. Eu vou comer lá atrás. 

- Não! Você já é íntimo da família. Sente-se e coma conosco. 

- Se o senhor insiste. - sentei ao lado de Pierre e fiz o habitual toque com ele. 

- Eu comprei um jogo novo. Quer estrear comigo quando voltarmos para casa? - ele perguntou. 

- Claro que sim. Se sua irmã me der um tempo, eu jogo com você. E se o seu pai permitir também, claro. 

- Por mim, tudo bem. Mas deve falar com Margot antes - disse o senhor Lamartine. 

- Falarei. - eu disse

- Ela com certeza vai deixar - disse Pierre. 

- Olá Justin - disse a avó dos meninos. 

- Bom dia senhora Pietersen. 

- Como passou a noite? 

- Muito bem. Obrigado. 

[...]

- Margot adora pavê, leve um pouco também. 

- Margot come doces? Essa é nova pra mim. 

- Eu sei que minha neta parece mimada, exigente e todas essas coisas. Mas ela muda quando vem pra cá. Volta a ser uma adolescente normal. - eu ri fraco. 

- Estamos falando da mesma Margot? 

- Sim! Você ficará surpreso de como ela fica diferente quando está aqui. Acho que ela só mudou tanto depois que perdeu a mãe. Fica sozinha naquela casa enorme, presa. É muito hormônio dentro do corpo dela. 

- Pode deixar que eu comecei a cuidar disso dos hormônios​ - eu falei lembrando do que aconteceu na madrugada. 

- Como? 

- Eu vou começar a obrigar sua neta a fazer exercícios físicos. O pai dela já liberou usar a força caso fosse necessária - ela riu. 

- Você é hilário, Justin. Quero ver como você fará Margot se exercícitar. 

- Eu sou muito bom em não desistir. Quando eu quero uma coisa, luto até ter. 

- Você é um garoto muito bom Justin. Por que não namora Margot? - meu coração parou. - estou brincando querido. Você ficou assustado - ela riu e eu ri junto, só que de nervoso. 

- Então, além do pavê, o que posso levar mais para Margot? 

- Suco! Tem um suco de morango na geladeira. Ela adora morangos - bom saber que ela gosta de morangos. - vou pegar para você. 

- Devo colocar torradas?

- Sim! Ela adora comer torradas pela manhã. Mas não esqueça de levar a pasta de amendoim, geleia, manteiga e o presunto. 

- Tô colocando aqui. E queijo? 

- Não comprei cheddar. Margot não come outro queijo que não seja cheddar. 

- OK! Sem queijo. - ela trouxe a jarra de suco e eu enchi um copo para Margot. - água! Ela gosta de tomar água depois que termina de comer. 

- Água tem no quarto dela. Algo a mais? 

- Você sabe cortar as frutas do jeito que ela gosta? 

- Eu tive que aprender. 

- Você sabe quais são? Eu esqueci agora. 

- Melancia, melão, mamão, uva, laranja, abacaxi e se tiver morangos, agora que sei que ela gosta, pode trazer também. 

- Banana? 

- Não! Margot tem ânsia só de sentir o cheiro. 

- Certo. Abacate? 

- Só se for pra passar no rosto - a senhora Pietersen riu com meu comentário.

- Aqui estão. - ela disse quando trouxe uma bandeja com as frutas. 

- Obrigado. Ah, quase esqueci - fui até a fruteira em cima da mesa e peguei uma maçã - se eu esquecesse isso, ela me degolava. 

[...]

- Pronto. Vou subir e fazê-la comer. 

- Fique a vontade.

- Com licença. 

- Toda. 

Saí da cozinha lentamente, com medo de derrubar tudo aquilo. Quinhentos anos depois, consegui chegar ao quarto de Margot. Abri a porta com dificuldade e a Lamartine estava do jeito que eu a havia deixado. Pus a bandeja em cima da mesa e fui até a cama. 

- Margot? - falei baixo, mas foi sem sucesso. Sentei ao lado dela na cama e tentei mais uma vez num tom mais alto - Margot? - ela se mexeu um pouco, mas seguiu dormindo. Fui até as cortinas e as abri. 

- Fecha isso. - ela pôs o cobertor em cima da cabeça. Voltei pra perto dela e tirei o cobertor de cima dela - não Justin. Me deixe dormir. É uma ordem - eu ri e ela me olhou com cara de sono. 

- É uma ordem - eu disse tentando imitar a voz dela e recebi um tapa no braço - Bom dia pra você também. 

- Bom dia - ela disse raivosa. 

- Se não fosse por mim, você estaria acordada a muito tempo. Seu pai ficou enfurecido por você não ter tomado café com todo mundo. 

- Que horas são? 

- Dez e vinte. 

- Eu dormi tudo isso? 

- Acho que você deve ter feito algo que te deixou muito cansada ontem. - ela sorriu. - muito bem. Tem que sorrir mesmo. Agora levanta que eu me matei pra fazer seu café da manhã. 

- Você fez meu café da manhã? - ela sentou na cama.

- Com a ajuda de uma senhorinha muito simpática, que acha que eu devo namorar você. - Margot riu.

- Minha avó acha que você deve namorar comigo? 

- Exatamente.

- Ela tá louca de achar que isso pode acontecer. Eu e você juntos? Não daria certo. 

- Eu não ia surportar essa sua frescura nem por um dia. 

- E eu não ia suportar você sendo mandão o tempo todo. 

- Você ia adorar ficar comigo que eu sei. 

- E você tá louco que eu diga que iria adorar que namorassemos. 

- Eu não! 

- Confessa vai. 

- Quer que eu confesse uma coisa? 

- O que? 

- Eu tô louco pra beijar você. 

- Posso confessar uma coisa? 

- Pode.

- Desde a hora que eu abri os olhos e vi você, que estou louca esperando que me beije. 

Eu sorri fraco e a beijei. Ela veio mais perto e abraçou o meu pescoço. Pus uma mão no cabelo dela e a outra na cintura. Um tempo depois, Margot estava sentada no meu colo, com uma perna de cada lado do meu corpo. 

- Você precisa comer - eu disse entre o beijo. 

- Eu preciso que você me beije. 

Continuei o beijo e puxei a cintura dela mais pra cima, o que significa que ela estava sentada exatamente em cima do... Isso mesmo. Comecei a pressionar o quadril dela pra baixo, fazendo-a sentir o efeito que ela tem sob mim. Um tempo depois, ela começou a rebolar e o clima foi apenas esquentando cada vez mais, os beijos ficaram lentos e provocantes, minhas mãos já estavam apertando a bunda dela e as mãos dela já estavam no meu peito. Tivemos que parar por falta de ar. 

- Eu perco a sanidade com você - eu disse enquanto puxava de leve o cabelo dela pro lado, fazendo ela inclinar a cabeça e deixar o pescoço exposto - eu não dormi direito pensando no que aconteceu - eu disse entre beijos no pescoço dela. 

- Por que? Foi tão ruim assim? - eu a olhei. 

- Não foi ruim. Foi bom. E olha que você é inexperiente. 

- Eu aprendo fácil. 

- Eu percebi. Quero te ensinar muitas outras coisas. - ela riu e eu dei um selinho nela - agora você precisa comer. Vamos correr hoje. 

- Correr? 

- Sim! 

- Ah não! Eu não gosto de exercícios. 

- Olha minha cara de quem perguntou. Vamos logo. Você tem que estar bem preparada para as próximas lições. 

- Por que? 

- Porque vai mexer com todos os músculos do seu corpo. Se não estiver preparada fisicamente, no outro dia vai acordar com dor no corpo inteiro. E se Margot já é fresca sem dor, com dor então, não quero nem ver. - ela me deu um tapinha. - vamos. Trouxe apenas coisas que você gosta. 

Ela saiu de cima de mim e foi andando até a mesa onde a bandeja estava, sentou numa cadeira e começou a olhar tudo. 

- Não sei nem por onde começar - ela disse e eu sentei ao lado dela. 

- Por que não começa pelas frutas? 

- Boa ideia. - ela pegou a cumbuca com as frutas e comeu cubo por cubo - isso são morangos? 

- Sim! 

- Você nunca colocou morangos nas minhas frutas.

- Soube hoje que você gosta.

- Mamãe e eu comíamos aos montes. As vezes no seco, outras com chocolate. Desde a morte dela que eu não como morangos. 

- Fiz errado? 

- Não! Claro que não! Está ótimo. 

[...]

- VAMOS MARGOT. TÁ DEMORANDO DEMAIS - eu gritei pela quinta vez.

- Tenho certeza que ela não vem - disse o senhor Lamartine 

- Aí, o senhor terá que permitir que eu a traga pelos cabelos. - eu disse e ele riu.

- Não vai precisar de todo esse carinho, Bieber. Estou aqui - disse Margot saindo da casa. 

- Ótimo! Venha! Vamos correr por toda a extensão da fazenda.

- Achei que era apenas ao redor da casa. 

- Você é ingênua, Lamartine. 

- Ela vai morrer antes de chegar ali na frente - disse Pierre e levou um dedo do meio dia irmã.

- MARGOT! - repreendeu o pai dela

- Ele que começou. - respondeu ela. 

- Vamos! Temos muito o que correr. - eu disse.

- Não podemos conversar primeiro? Eu não vou conseguir correr tudo isso. - ela falou. 

- Problema seu. Larga de frescura. - eu arrumei o tempo no cronômetro e a mochila nos ombros - se reclamar mais, vai correr com a mochila nas costas. 

- Não! Por favor, não. - ela começou a dar leves trotes - já estou indo. 

- Gosto assim! - acionei o cronômetro e fui trotando com ela. - vamos devagar, depois a gente aumenta a intensidade da corrida. 

[...]

- VAMOS MARGOT. DEIXA DE MOLEZA. 

- VAMOS PARAR UM POUCO, POR FAVOR. 

- NÃO! VEM LOGO. - ela tentou me alcançar, mas caiu - Não começa Margot, seu café da manhã foi reforçado. 

- Eu não consigo mais. - ela sentou no chão e eu fui até ela. 

- Larga de preguiça. - eu a fiz ficar de pé - não tem nem meia hora que estamos correndo - virei para seguir correndo, mas parei assim que ouvi o barulho de algo caindo no chão. Virei na mesma hora e Margot estava desacordada. - Margot! - fui até ela e a puxei pra perto de mim. - Acorda Margot! 



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