Lá está ela me olhando de novo. Não fosse esse cheiro delicioso eu já teria conversado com a garota, mas estou aqui em silêncio, desse jeito só vou despertar mais a sua curiosidade.
"Será que ele está bravo?", seus pensamentos viajam quando me tem dentro do seu olhar. Focalizando o castanho dos seus olhos vacilo e uma brisa me presenteia com uma volúvel e passageira fragrância do seu sangue. Embarco num devaneio:
"Em um instante estou perto dela, seguro seus braços, a faço levantar e seu corpo cola no meu. O calor do seu corpo faz meu corpo inteiro arder de desejo. A saliva inunda minha boca e engoli antes de sorrir com o olhar, a satisfação está no meu rosto e Bella sorri e pisca, seus cílios tremem e as iris dilatam. Consegui seduzi-la." , um chute na perna da minha cadeira me assusta e encaro o Jasper com fúria, mas me desculpei.
É perigoso se deixar levar.
Procuro aquele olhar interessado, mas ela está rindo para o capitão do time. Insisto uns segundos e sou premiado, o sorriso morreu nos lábios, seus olhos demonstravam um interesse acentuado e seu corpo girou na minha direção. Qualquer dúvida remanescente do seu interesse por mim morreu e eu fiz questão de enterrar.
Sorri diante da minha idéia, Bella retribuiu com incredulidade. "Damon Edward sorriu para mim?", pisquei para confirmar. Foi breve e ninguém da minha mesa notou. Que sorte ninguém poder ler meus pensamentos.
Antes do fim do intervalo nos levantamos da mesa e seguimos para a sala de aula. Minha aula de agora é na mesma sala daquela delícia. Vi Bella entrar na sala. Parou, conferindo o meu bom humor e ajeitou a alça da mochila começou a caminhada até nossa mesa. Sorri de leve e ela abriu a boca numa expressão indecisa entre riso e cinismo, mas ela gostou. Sentiu um arrepio e calor pois estremeceu de leve. Excitada?
Sentou ao meu lado e uma descarga elétrica surgiu entre nossos corpos e ficou, sei que ela sentiu pois ficou tensa, muito embora ainda mais interessada. Seu olhar me estudando.
_ Olá, novata!
_ Oi.
_ Desculpa por não falar... Na outra aula.
Acenou a cabeça com firmeza _ Que bom que falou agora. Em que posso ajudar?
Respirei fundo contendo os pensamentos sobre a resposta para essa pergunta, ninguém dessa sala de sula precisa saber disso também.
_ Está gostando da neve?
Sua repulsa quase me fez rir.
_ Não gosto de neve... Nem de frio, ou molhado.
_ Por que você está aqui, então, garotinha?
A ultima palavra a fez corar, notou que flertei.
_ Meu pai é tranquilo. Um porto seguro. Já a minha mae quer viajar com o namorado.
_ Você não quer viajar?
_ Sinto que atrapalho.
Reconheci essa sensação, a minha família odeia o meu dom sombrio. Saber o que eles pensam o tempo todo, também não é o céu para mim.
_ Sei como é?
_ Sabe?
_ Casais gostam de privacidade, não é mesmo?
Seu olhar sobre o meu demonstrou entendimento. É fato sabido que minha casa e o retrato do paraíso, exceto por mim que estou sem Eva.
O professor chegou distribuindo o material de aula e descrevendo o exercício. Revezamos no comprimento da tarefa até terminar.
_ Não fica solitária? O seu pai trabalha muito, não é mesmo?
_ Está me oferecendo companhia?
_ Posso te mostrar a nossa cidade.
_ Não tem muito pra ver _ desabafou desapontada.
_ Você tem certeza?
Vacilou, ficou curiosa _ O que poderia ter aqui que eu ainda não vi?
_ Nada. Você viu tudo, mas acho que deixou escapar tudo. Posso te mostrar o que você não notou?
Afirmou mordendo o lábio inferior na repreensão de um pensamento que nem se formou, pois ela o repreendeu antes e eu fiquei sem saber o que era.
_ O que acha de três? Passo na sua casa.
Afirmou e seguiu para sua próxima aula.
Quem disse que o convite precisa partir da vítima?
As três em ponto toco a campainha da casa do xerife. Penso na possibilidade de matar aquela doçura e só provar do doce no seu sangue uma vez e nunca mais. Aperto as unhas na palma da minha mão desocupada e sinto a dor que ressalta meu desagrado. Quero o seu sangue como meu privilégio exclusivo pelo resto da minha existência profana.
Escuto uma corrida e alguns objetos mudando de lugar sob a interferência da garota nervosa, seus coração está acelerado e abre a porta respirando profundamente antes de me encarar.
_ Entra? _ oferece e eu aceito, consegui assesso livre a sua casa, agora.
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