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História TWICE | NATZU - 9 meses para te amar - Ciclone


Escrita por: beartrapxx

Capítulo 5 - Ciclone


A pessoa é você. 


Aquilo ecoou, Tzuyu estava estática, a princípio eu acredito que ela pensou que era uma brincadeira, só que milésimos de segundos do meu choro angustiado provavelmente foi como um balde de água fria. Ela não disse nada nos primeiros momentos, apenas pareceu absorver aquilo, ainda sem acreditar, até que finalmente ela falou.


_Você... -Ela engoliu em seco. Parecia nervosa. _Gosta de mim? Digo, gosta como...


_Como mulher, Tzuyu. -Soltei. Ela conhecia meu jeito, não haveria problema em falar diretamente contanto que eu fosse sincera. 


_Eu... -Parecia ainda mais confusa. _Você está me zoando? 


_Você sabe que não. -Falei como se tivesse tirado ainda mais peso das costas. 


_Isso é muito para mim, para digerir -gesticulou. _você... Você sempre esteve rodeada de garotos, como pode ser apaixonada por mim? Não está confundindo as coisas?


_Tzuyu, eu não estou mais em idade de confundir as coisas. Eu apenas te disse porque eu tenho certeza absoluta. -Minha voz vacilou, eu iria desabar a qualquer momento. 


_Desculpa, eu preciso... Preciso de distância, isso é muito pra mim, Nayeon. -Se levantou abruptamente, parecia perdida, eu vi nos seus olhos que ela não sabia o que fazer tanto quanto eu. _Preciso me afastar, sinto muito.


Começou a chorar e saiu dali, ouvi a porta ser fechada e caí no choro profundo, alto, doloroso demais. Eu queria ir para casa chorar no colo da minha mãe enquanto minha irmã me enchia o saco. Só isso. 


Eu sentia aquele ciclone se formando na tempestade, ele estava me devastando, doía muito. Eu senti um sufoco no peito, eu praticamente entreguei anos de amizade por um sentimento assim, que ela devia considerar errado e jamais deve ter cogitado isso. 


_Nayeon? -Sana entrou no quarto, ela estava tão machucada quanto eu por sua situação e mesmo assim se abaixou correndo e me abraçou.


Eu não me reconhecia. Apertei o rosto contra o pequeno sofá de couro do quarto do hotel, eu me dei conta de que apertava o lado esquerdo da minha blusa apenas porque Sana tirou minha mão dali e me abraçou de modo a me colocar na cama onde eu me encolhi. 


Ouvi a porta abrir e a voz de Jihyo ressoou. Não sei por quanto tempo chorei, eu queria saber onde Tzuyu estava, ela não podia sair dali tão tarde, era perigoso, eu baguncei sua mente. Sana havia saído aparentemente.


_Nayeon? -A voz de Mina estava mais perto.


Meu choro parou, eu só não conseguia reagir bem, a olhei de canto e Chaeyoung estava ao seu lado.


_O que houve? -Tocou meu rosto. _Ela está com febre. -Falou com alguém.


Vi nosso staff Yoo saindo, encarei Mina e com a ajuda dela e Chaeyoung me ergui de modo a me sentar, eu pensei no que aconteceu, no olhar de Tzuyu, chorei mais ainda. 


_O que está havendo, Nayeon? Estou preocupada, aquele dia você não me-


_Contei a Tzuyu que estou apaixonada por ela. -Falei de uma vez, sem dó, nem ré, apenas uma única nota explícita com todas as notas existentes na minha voz. 


Mina franziu o cenho, olhou para Chaeyoung que me olhou. Eu chorei ainda mais.


_Oh, então é isso. -Mina murmurou. Ela não disse mais nada, apenas ficou ali comigo até Yoo voltar com remédios e um copo grande de suco de abacaxi. 


Eu bebi e me encolhi outra vez, eu só queria ficar sozinha e chorar sobre ter arruinado a única chance de ficar perto dela antes de nunca mais a ver, principalmente depois disso. 


_Se quiser falar sobre isso, estamos aqui com você. -Chaeyoung tocou meu rosto e eu assenti. 


_Querida, descanse, depois conversamos. -Yoo beijou minha testa e saiu junto das garotas. 


Sozinha no quarto, peguei o travesseiro no qual ela havia se deitado mais cedo a tempo de deixar seu perfume e o abracei, inalei seu cheiro divino e chorei até cair no sono. 


A manhã seguinte foi normal entre as meninas, eu só não conseguia ver Tzuyu perto. Ela me evitou. Me evitou na ida para o Chile, trocou de lugar com Sana no avião e eu não falei nada. Eu não conseguia. Me isolei delas, não conseguia postar fotos, tentei ao máximo soar bem no aeroporto enquanto acenava para os onces só que era difícil. 


No hotel em Santiago eu pedi para ficar sozinha em um outro quarto, eu pagaria por minha conta. Escolhi um no último andar, distante dos outros, Yoo seria o único que estaria ali perto e outros três staffs estariam com as garotas nos primeiros andares. 


O que fazer? Eu definitivamente seria a primeira idol a se assumir abertamente ou seria uma bundona covarde igual as que eu já ouvi falar? Eu estava com tanto medo, tudo que eu queria era poder ter um tempo com Tzuyu, ama-la, mas céus somos duas mulheres, isso jamais entraria na mente dela. 


Tínhamos um show no dia seguinte, ficaríamos em Santiago duas semanas e iríamos para o Brasil depois da estrutura ser montada no Rio de Janeiro. O calor no Chile estava absurdo, o fuso horário me impedia de manter uma conversa com meus pais, eu queria algo gelado e pedi ao staff um açaí. Quando ficamos no Chile para o music bank eu não tive a chance de comer muito do açaí deles. 


Meu corpo estava cansado, enquanto eu comia a tigela de açaí, pensei sobre o quão irresponsável eu fui em ter contado isso no meio da turnê. E se JY ficasse sabendo? Meu Deus!


_Hey, açaí? -Ouvi a voz de Jeongyeon, eu assenti e ela se sentou do meu lado na cobertura. Estendi a tigela e ela pegou um pouco na minha colher e colocou na mão. Olhamos a cidade adiante. _É um belo lugar. -Disse sorridente. _Posso me acostumar com a América do Sul, no caso, estou ansiosa pelo Brasil.


_Quero provar o açaí deles. -Falei sem muito ânimo e ela percebeu. Senti seu abraço de mal jeito e retribui. 


_Não sei oque está havendo, mas sei que vai passar. -Apertou minha bochecha. _Para o que precisar eu estarei bem aqui. 


Ela deixou um beijo em meu rosto e ficamos em silêncio observando a cidade, era bem diferente do que conhecíamos, por isso eu amava viajar pelo mundo e ver tantos prédios históricos e gente diferente. 


Depois que Jeongyeon saiu, eu fui me vestir com outra roupa mais fina para a reunião antes da prática pro show. Conversamos sobre diversos aspectos do palco, das apresentações e das músicas. Eu notei que as vezes Tzuyu me olhava e desviava o olhar, deveria estar me odiando. 


Por fim, ficamos no hotel o dia todo e a noite fomos até a estrutura montada, estava incrível. Ensaiamos um pouco e voltamos para descansar. 


O dia se foi rápido, o show correu bem e a despedida foi fantástica, teríamos mais um show ali e outro numa cidade próxima. Não deveria demorar tanto.


E não demorou. As duas semanas voaram e lá estávamos nós indo para o Brasil. 


_Quantos graus? -Dahyun perguntou quando descemos no aeroporto. O staff respondeu que era 36C.


Centenas de fãs esperavam, eles não gritaram e gentilmente nos entregaram cartas, presentes e claro, aproveitei para tirar fotos. 


_Está muito quente. -Dahyun reclamou quando chegamos na van. 


_Preciso de uma ducha. -Sana disse se ajeitando no lugar. 


Eu sentei entre Mina e Jeongyeon, esperei até cairmos na estrada para o hotel perto do estádio onde seria o show. A praia estava repleta de pessoas, o clima era incrível, o sol brilhava no céu sem nuvens.


Assim que descemos, fomos para nossos quartos na cobertura, o calor diminuiu quando entrei porque o ar condicionado funcionava no máximo. Deixei minhas coisas sobre a cama e fui olhar a cobertura. A vista era perfeita. 


_Tem açaí no restaurante do hotel. -Jeongyeon falou ao abrir a porta do meu quarto, saí quase que imediatamente, dei de cara com Tzuyu que desviou o olhar e seguiu andando mais rápido. 


Aquilo foi como um soco no estômago, eu tentei ignorar. Ela precisava de seu espaço.


Assim que chegamos no restaurante, eu pedi uma tigela enorme de açaí com tudo que tinha e me sentei para comer. 


_Banana, isso eu não sei o que é -Jeongyeon apontou uma espécie de farinha. _e nem isso. -Apontou um tipo de bala. _Mas deve ser bom. 


E era tudo muito bom.


O tempo voou, fomos conhecer a estrutura do estádio no fim da tarde, caminhamos ao redor e falamos sobre o tamanho do lugar. O clima a noite era fresco, a praia ainda mais movimentada, eu quis ir ao menos colocar os pés na areia de Copacabana. Era um sonho. 


Bem disfarçada, saí sozinha - Tzuyu jamais iria querer vir mesmo que tivéssemos prometido - e caminhei até a orla, alguns casais caminhavam de mãos dadas, nós não tínhamos essa liberdade. Senti inveja, admito. Caminhei mais e mais, o som do português ao longe me confundia, eu ri ao pensar que era peculiar demais. 


Estava prestes a tocar na água do mar quando senti uma mão na minha.


_Você tinha dito que iríamos fazer isso juntas no Brasil. As águas sob o Cristo, lembra? Faz muito tempo. -Ela sorriu meio tímida. 


_Você... -Eu tinha me assustado um pouco. 


_Eu precisava colocar as ideias no lugar. -Falou com sua calma típica. A voz suave se misturava ao som das ondas no mar escuro diante de nós, alguns barcos adiante clareavam um pouco da água. _Eu coloquei. -Ela me olhou. _Enquanto estava com você em casa eu sabia que havia algo diferente na maneira com que me tratava e cuidava de mim, desde sempre. Tentei me convencer de que estava imaginando coisas, mas não. -Riu. _E sendo sincera, não é difícil reparar em você. A mais velha, mais solta, de atitude e linda, todos morrem por você e eu morreria por você* também, em segredo. -Sussurrou a última parte e se virou de frente para mim. _Eu não absorvi de primeira porque ainda tenho medos e dúvidas, mas veja eu já tive mais tentativas de encontrar o amor do que você pode pensar e quando estive olhando para você, antes de você me dizer o que sente, eu pensava: e se o amor já não estiver bem debaixo do meu nariz? 


Eu estava em choque. 


Tzuyu entrelaçou nossos dedos, eu olhei para eles juntos, seu perfume me deixou maluca naquele instante e cega, eu mal podia ver onde estava. Não havia muitas pessoas próximas do mar, apenas eu e ela naquela região. 


_Eu não sei o que fazer, como fazer, só sei que quero fazer com você. -Tzuyu falou com o sotaque forte, ela tocou meu rosto com sua mão livre e eu umedeci meus lábios. 


Ela se aproximou de mim e me beijou, eu quase desmaiei de fraqueza. Sua boca na minha. 


Tzuyu estava me beijando. BEIJANDO. NA BOCA BOCA BOCA BOCA......


Eu reagi quando ela pediu passagem com a língua, abri minha boca e ela segurou meu pescoço, eu envolvi sua cintura e aproveitei cada segundo. Sua língua girava na minha, me deixou louca em pouco tempo. Era diferente de tudo, suave, macio, delicioso. 


_Eu quis fazer isso por um bom tempo. -Confessei. _Eu... -Comecei a chorar. _Desculpe por não ter falado antes. -Suspirei entre as lágrimas. _Eu tive medo de você me odiar, de...


_Mesmo que eu fosse totalmente hétero, eu jamais te odiaria. -Tzuyu disse me dando outro selinho. _Eu também quero você e fico feliz que eu tenha tido tempo de dizer. 


Eu estava sonhando. Fui do inferno ao céu em instantes, eu queria beija-la mais, só que precisava do prazer de andar ao lado dela na orla de Copacabana.


De mãos dadas, andamos pela areia da praia, alguns postes clareavam ali, Tzuyu correu para que eu a pegasse, corremos da água do mar, depois voltamos e molhamos os pés. Perdemos a noção do tempo e voltamos tarde para dentro do hotel, Tzuyu foi para o quarto comigo depois de pegar roupas e a toalha de banho. 


Ficamos juntas depois de um tempo e agora eu podia, aos poucos, tocá-la mais sem parecer estranho. Antes de dormir, Tzuyu me olhou.


_Podemos ir com calma? -Ela murmurou passando o polegar sobre minhas sobrancelhas. 


_Devemos ir com calma. -Eu sorri. _Temos tempo.


Mas não todo o tempo. No meu cronômetro pessoal, tínhamos praticamente menos de 9 meses para nos conhecer mais como queríamos - mesmo que já soubéssemos praticamente tudo uma sobre a outra - e nos amar. Eu tinha 9 meses para amar Tzuyu. 


_Eu só não quero esconder o que sinto das meninas. -Falei e ela assentiu. Mina e Chaeyoung já sabiam, e entendi que elas não contaram para ninguém, eu sabia que Jihyo devia estar desconfiada por causa dos chiliques. 


_Não vamos esconder delas. -Tzuyu abriu um sorriso. _Unnie? -Chamou após um tempo.


_Sim? 


Segurou meu queixo e me beijou mais uma vez naquela noite, era tudo muito novo tanto para ela quanto para mim, suas mãos pareciam querer conhecer mais do meu corpo e eu estava no paraíso. Não podia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo.


Na manhã seguinte, Tzuyu estava bem do meu lado, me abraçava com um braço e sua respiração suave batia em meu rosto. Deixei um beijo em sua testa e me movi de modo que não a acordasse. 


_Você é tão linda. -Sussurrei enquanto a observava dormir. _Linda. 


Me levantei e fui até o banheiro. Seria um longo dia, estava ansiosa pelo show. 


Do café da manhã até subirmos no palco, eu estive presa a Tzuyu e ela, de maneira inacreditável, parecia estar presa a mim. Eu sentia os olhares das meninas, claro que iríamos contar, mas quando ela quisesse. Iríamos com muita calma. 


Antes do show, respiramos fundo, tirei uma foto com Chaeyoung perto de uma parede com um grafite da bandeira do Brasil e postamos. 


Tudo seguiu bem, eu respirava em meio ao ciclone que pairava sobre nossas cabeças. Na noite depois do show, seguimos para um restaurante brasileiro e comemos bastante, eu estava tão hipnotizada por ter Tzuyu comigo que mal notei o quanto eu estava sendo atenciosa demais, ela não me repreendeu por isso, pelo contrário, ela estava fazendo a mesma coisa. 


Tzuyu era surpreendente quando queria. 


Dormimos juntas outra vez após uma longa conversa com Yoo, nosso staff, postamos uma foto no quarto do hotel e eu a abracei de conchinha. Inalei seu perfume e a ouvi rir. 


_Me sinto segura com você. -Ela falou baixinho. _Obrigada por ter tido coragem de falar comigo.


_Obrigada por me dar essa chance. -Eu dei vários beijos em seu ombro, agora eu podia fazer isso sem receios. _E eu vou realmente te proteger. 


Ah, eu iria. 


A semana se foi, os últimos dois shows no Brasil foram emocionantes demais, eu me peguei chorando no avião para a Europa. Tzuyu segurou minha mão e me ajudou. 


Tzuyu estava comigo. 


A tempestade pairava sobre nossas cabeças, as meninas não falavam nada sobre aquilo e eu, num misto de felicidade e tristeza, esqueci que estávamos em público na praça em Madrid junto das meninas e da equipe e envolvi seu pescoço. 


Por pouco eu não a beijei, Tzuyu com toda sua habilidade fez parecer que estávamos brincando de dançar e começou a rir.


_Se controle, Unnie. -Sussurrou no meu ouvido. _Teremos tempo no hotel para fazer isso.


_Desculpe. -Eu estava queimando de vergonha, escondi o rosto em seu pescoço quando entramos na van. 


Aquele dia foi mais tranquilo, conhecemos o espaço do show e eu já estava louca para ficar abraçada a Tzuyu. No jantar, ela se sentou ao meu lado no restaurante vazio do hotel e comemos entre conversas aleatórias sobre as diferenças entre os países. Sana andou chorando por Changbin, Jihyo parece ter falado com Namjoon e isso soava, no mínimo, estranho uma vez que eles juraram não tentar de novo. Talvez fosse hora de quebrar regras. 


_Temos algo que queremos contar. -Tzuyu falou me olhando e eu assenti.


Céus. 


_O que é? -Jeongyeon parecia realmente interessada.


_Nayeon e eu estamos apaixonadas. -Ela disse seriamente.


_Ah, e quem são eles? -Dahyun sorriu. 


Jihyo riu alto, eu a vi trocar um olhar com Mina que riu também junto de Chaeyoung. Momo balançou a cabeça e começou a rir daquele jeito alto dela. 


_Qual a graça? -Dahyun perguntou e após muito olhar pareceu ter reparado. _Espera, vocês estão apaixonadas... -Uma equação surgiu em sua mente. _Você está apaixonada por ela? -Me apontou para Tzuyu. _Mas você não disse que ela é insuportável?


_Sim. Ela mesma me disse, só que isso é amor reprimido, e vamos combinar que eu não era nada santa com você. -Tzuyu me olhou e me deu um selinho rápido na frente das meninas. 


_Woah, eu estou surpresa. -Dahyun levou a mão a boca. _Bom, isso é bom. Eu fico feliz que vocês tenham se resolvido. 


_Obrigada, Hyunnie. -Tzuyu sorriu, sua meia covinha apareceu no canto do seu rosto. Linda. Linda. LINDA. 


_Se machucar ela, eu mato você. -Ouvi o sussurro de Jihyo no meu ouvido e ela sorriu. _Espero que sejam felizes juntas, Nayeonnie. -Falou alto. 


Quando estávamos subindo para os quartos, Sana passou por mim cheia de gracinhas, eu a empurrei e Tzuyu veio logo atrás bocejando, envolveu meu braço e me deu um beijo rápido. 


Desejamos boa noite as meninas, mandei mensagem para os meus pais e finalmente me deitei com Tzuyu. Ela se deitou de frente para mim e me beijou, e que beijo. Sua língua era ágil, apesar de ser um pouco lenta para falar, para beijar era outra história. 


Segurei seu rosto e quando me assustei ela estava sobre meu corpo. O som de nosso beijo ecoava, Tzuyu chupou minha língua várias vezes seguidas, eu estava ficando louca de vontade de ir além, mas o desejo de ir com calma me impedia de fazer qualquer coisa. 


Ela se ajeitou entre minhas pernas, eu suspirei com o contato de seus seios nos meus, por ser mais alta ela meio que se esfregava contra mim causando um atrito delicioso. Toquei sua barriga sob a blusa, deslizei as mãos até suas costas sentindo a pele se arrepiar. Senti o fecho de seu sutiã e coloquei as mãos por baixo dele, desci arranhando sua pele. 


Eu quase engasguei quando a senti montar sobre minha coxa e fazer alguns movimentos vai e vem, ela estava quente naquela região. 


Tzuyu se ergueu e me olhou ofegante, sua boca estava avermelhada, passei as mãos por sua barriga erguendo sua blusa e a vi tirá-la. 


_Vamos com calma, não precisamos fazer tudo, só... 


_Uns amassos. Só isso. -Completei e ela riu. 


_Uns amassos. 


Ela voltou a me beijar sem blusa, sua coxa pressionava entre minha pernas e eu sentia o calor dela contra a minha própria coxa. Eu devia estar sonhando. 


Senti a mordida em meu lábio inferior e me dei conta de que não era um sonho. Eu estava pegando fogo, levei as mãos dela até a barra da minha blusa e ela tirou, senti seu calor absurdo contra meu corpo e me arrepiei. Era deliciosa a força que ela impunha contra meu sexo, quando quebramos o beijo eu a abracei e ela diminuiu o ritmo aos poucos. 


Quando me olhou eu me senti como se uma deusa estivesse na minha frente. Tzuyu estava ainda mais linda, sua melanina parecia mais intensa na luz fraca do quarto, toquei sua boca e ela chupou meu dedo. Nunca havíamos feito isso, o instinto era puro.


Tive mais de seus beijos em meu pescoço quando ela se inclinou, sugou minha pele, mordiscou meu ombro. Gemi baixo quando a tive apertando meus seios e gentilmente os tocando sob o sutiã. Os mamilos enrijecidos pareciam agradar ela.


_Estou louca para colocar a boca aqui. -Disse com um tom rouco próximo dos meus seios. _Se não pararmos eu não vou conseguir me controlar, você é mais gostosa do que pensei.


"Chou Tzuyu?" Pensei e senti meu rosto queimar, aquele tom de voz e aquele olhar. Céus, a mulher quieta sumiu. 


_Eu acho melhor pararmos porque estou quase implorando para que você faça isso logo. -Falei e ela sorriu assentindo. Iria dormir com a cabeça sobre minha barriga, por mim estava tudo bem. 


Quando amanheceu ela estava vestindo roupas após um banho, de blusa cacharrel e sobretudo cinza, ela veio até mim e me beijou com vontade.


_Bom dia. -Murmurou e me abraçou. Senti seus dedos passeando pela minha clavícula e soltei meu sutiã, voltei ao meu eu de sempre, a mesma que fingiu rebolar sobre o colo dela uma vez. 


_Vou tomar banho, Tzu. -Disse como quem não quer nada. _Pena que você já tomou. -Deslizei a ponta da unha por seu rosto, me levantei e terminei de tirar as roupas.


Seus olhares eram diferentes desta vez, pingavam desejo e eu amava saber que a mulher que eu desejava, me desejava de volta. 


Ela sorriu erguendo os braços como se estivesse se rendendo e eu entrei no banho. Eu estava tão feliz que parei de notar o ciclone que se aproximava, eu só notaria quando ele, definitivamente, me levasse junto dos destroços do que viria. 



Notas Finais


Nota: *I would die for you in secret (verso de Peace, Taylor Swift)


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