História TWO - MiMo , MinaYeon - 24 - A aventura da maluca, biruta e da tola.

[ Kim Dahyun P.O.V ]

- Como que você descobriu esse lugar?- Chaeyoung me questionou encarando a quadra de longe.

Nós duas tínhamos chegado ali depois de caminhar por longos minutos, ainda não tínhamos pego as chaves para abrir o lugar e entrar ali. Mas aparentava ser um local enorme.

Eu e a Chae estávamos sentadas em um pequeno barranco, enquanto comíamos um pouco de salgadinho olhávamos para o cenário ao nosso redor. Tinha esse lugar que eu queria entrar roubando sem querer as chaves da professora, ao redor só tinha várias e várias árvores.

- Eu acabei ouvindo a conversa da Jessica e da Yeeun, a nossa professora de educação física queria dar um pulo aqui mas a Yeeun não gostou da ideia.- Me expliquei terminando de comer meu salgadinho, amassei o saquinho e enfiei no bolso da minha blusa.

- Que coisa feia, unnie. Ouvir a conversa dos outros.- Revirei os olhos.

- Você faz isso o tempo inteiro, Chaeyoung.

- É, eu faço, mas eu esperava mais de você.- Me acusou e repeti meu ato anterior, eu ia retrucar ela e quem sabe fazer ela cair da onde estávamos sentadas, quando um barulho atrapalhou meu comentário.

Olhamos ao redor procurando pelo autor do barulho, não tinha ninguém ou algo por perto. Franzi o cenho confusa e encarei Son, que levantava o tronco para olhar para frente e procurar por algo.

- Deve ter sido algum bicho.- Comentei dando de ombros, ela concordou.

- Hm..será? Talvez tenha um assassino aqui no acampamento! Igual Sexta-feira 13.- Fiz careta com o comentário idiota da minha amiga e neguei.

- Para de falar merda, amada.- Ela parou de falar.- Isso não existe.

- Como sabe? Já viu um assassino?- Neguei sem entender.- Então como pode provar que não existe se nunca viu?

- Eu...- Fechei os olhos e respirei fundo.- Fica quieta.

De novo o barulho. Parecia de algo se quebrando, posso até dizer que parecia madeira sendo quebrada ou algo assim.

Me levantei e puxei a menina do meu lado, desci derrapando do barranco e ajudei Son a descer sem cair de cara no chão e se machucar. Me agachei e comecei a caminhar em direção ao som e fui imitada por Chaeyoung, que se agarrou na minha mão.

- Eita porra...- Murmurei ao avistar uma pequena cabana de madeira, e na frente dela tinha uma mulher que aparentava ser bem mais velha que nós duas, ela usava uma roupa um pouco suja e cortava madeira com um machado enorme. Arregalei os olhos com o último fator.

- Puta que pariu, não acredito que vou morrer por uma mulher que veio da idade da pedra.- Me virei só para bater na testa da mais nova e voltei a olhar pra frente.

Algo chamou minha atenção. Mais do que o machado super gigante e acho que desnecessário pelo tamanho. Tinha uma blusa vermelha em um cabide na varanda, ele se mexia pelo pouco do vento que tinha por ali. Cerrei os olhos tentando me lembrar daquele pedaço de pano, era familiar.

- Ue aquela blusa não é da Nayeon?- E como um estalo me lembrei daquela blusa, Nayeon estava usando ela antes de dar um perdido em todas nós.

- Você acha...?- Sugeri e deixei minha voz morrer, Chaeyoung ficou branca igual papel.

- Meu Deus! A gente tem que avisar as professoras!- Ela exclamou em um sussurro.

E como se fossemos um imã, a atenção daquela mulher desconhecida foi atraída por nós. Arregalei os olhos ainda mais de possível e fiquei de pé, sai correndo igual uma bala e percebi que Chaeyoung me seguia.

- SOCORRO!- Gritei desesperada, avistei Sana e Mina caminhando na entrada dos alojamentos que os alunos estavam. Me joguei em cima da minha namorada, abraçando ela.

Chaeyoung passou direto pela gente porém voltou alguns passos e se apoiou na Mina, tentando recuperar o fôlego. Ela desistiu e se jogou no chão mesmo.

- Ei ei, calma aí. O quê aconteceu, Dah?- Sana questionou me afastando delicadamente dela e me encarando com uma mão no meu queixo.

- TEM UMA MULHER ASSASSINA NO MEIO DA FLORESTA!- Chaeyoung gritou em resposta a pergunta da mais velha.- ELA PEGOU A NAYEON-UNNIE E VAI ROUBAR OS ÓRGÃOS DELA E VENDER NO MERCADO NEGRO! MEU DEUS EU AMAVA A UNNIE!

- ELA NÃO MORREU!- Gritei saindo de perto da Sana e chacoalhando a minha amiga que estava deitada e chorava.

Sim, ela estava chorando.

- Meninas que tipo de bobagem é essa?- Mina perguntou confusa, olhei pra ela ofendida.

- A sua namorada está possivelmente morta e você diz isso? Céus, que tipo de monstro você é Myoui Mina?!- Ela me olhou ofendida e eu neguei com a cabeça.

- A gente precisa salvar ela. A Nay-unnie não iria morrer sem lutar.- Chaeyoung se levantou em um pulo.- Sabe de quem precisamos pra isso!?

- Sim! Vamos buscar ela.

- Nem que eu tenha que passar por cima da Jihyo.

- Vamos lá.

E deixamos as duas japonesas para trás sozinhas. Eu não podia ficar ali e explicar exatamente tudo, depois que eu e as outras duas salvarmos a vida de Nayeon iríamos explicar tudo. Quem sabe ficar famosas por esse ato heroico também? Talvez.

Precisamos da Tzuyu. Ela geralmente sempre bola nossos planos de tudo, ela é a mente e eu e a Chaeyoung são quem agem de acordo com esses planos.

Chegamos na onde Tzuyu iria ficar até pelo menos amanhã, na enfermaria. Analisamos o lugar e percebemos que Park Jihyo não estava ali, podíamos atacar então.

- TZUYU!- Gritei e fechei a cortina com rapidez, me virei para ela que me olhava assustada e confusa.- A gente precisa de você.

- Pra quê?- Ela questionou.

Chaeyoung se sentou na poltrona e eu afastei os pés de Chou de perto de mim, me sentando no espaço disponível.

- Para salvar a vida da Nayeon-unnie.- Son respondeu com a voz séria, ela parecia pensar seriamente sobre tudo aquilo.

Nayeon não assistia filmes de terror? Será que ela não sabe o quão perigoso é sair por aí sozinha, sem ninguém e ainda por cima, no meio da floresta? Eu entendia que ela tinha ficado irritada com tudo que aconteceu durante hoje, mas agir assim era muito idiota.

- O quê houve com a Nay-unnie?

E eu expliquei a história inteira, do começo ao fim. De até as teorias sobre o sumiço dela e do que a velha poderia fazer com ela. No final do relato a Tzuyu me encarava horrorizada.

- Não sei se posso sair daqui.- Ela murmurou com o olhar perdido, ela ficou afetada com a história assim como Chaeyoung e eu.

- Eu vou dar um jeito!- Chaeyoung saiu e deixou a cortina aberta, e para minha infeliz surpresa Jihyo apareceu ali.

- Oh, oi. Por que a Chaeyoung parece estar triste?- Ela perguntou preocupada depois de ter me abraçado e dado um beijo na minha bochecha.

Jihyo-unnie é incrível, eu sei.

- Por...- Lancei um olhar fulminante para Tzuyu que parou de falar, ela me entendeu. Não poderíamos espalhar isso para todos, mesmo sendo a Jihyo, a gente tinha que proteger a vida das meninas também.

- Sabe, não foi lá um dia muito legal.- Respondi dando um pequeno sorriso.

- Pronto voltei, vamos embora, Chou!- Suspirei aliviada com a voz da Chaeyoung e Tzuyu sorriu animada.

- Embora?- Park questionou curiosa e um pouco mais confusa. Bati na minha testa, droga.

- É, a enfermeira disse que ela podia sair daqui. Pode voltar amanhã só pra ela ver algumas coisas.- Son respondeu dando o sorriso mais forçado que eu já vi na minha vida.- Só que a Tzu não pode se esforçar muito né, sabe...pra sei lá, não ter uma falta de ar ou algo relacionado à isso não sei.

- Ok e vocês vão arrastar a minha namorada para onde?- Olhei maliciosa para Chaeyoung que olhou do mesmo jeito para Chou, que negou com a cabeça.

- Vamos ir ver um negócio, a Dahyun descobriu algo e temos que ajudar.- Jihyo concordou mesmo parecendo desconfiada, ela ajudou Tzuyu a sair da cama e a tirar o soro sem arrancar uma veia ou algo assim.

- Toma cuidado, ok?- Jihyo pediu assim que eu quase grudei na Tzuyu.- Te amo, e vocês duas não quebrem a menina.

- Prometo!

- Não prometo nada.

- Te amo também e fica tranquila, volto inteira mais tarde.- E nós afastamos dela.

- Qual o plano?- Perguntei agarrada no braço da taiwanesa.

- A gente precisa ficar camufladas, precisamos de alguma coisa para se proteger e de...só.- Concordei.

- Vamos para minha cabana, a gente se arruma.

- Ah, por que ela é só sua né?- Chaeyoung questionou indignada.

- Você me entendeu pirralha.

- Pirralha é sua mãe, aquela fedida.

- Aquela o quê, Son Chaeyoung? Repete.

- Ah você não manda em mim, licença.