História Two Hearts (Jimin) - Capítulo 31

-Não estou mentindo. –apenas omitindo, Namjoon informou a algumas semanas que na barreira que ele colocou em volta da casa, algo esta tentando insistentemente invadi-la por isso a alguns dias nenhum de nós ousou sair por ela, com a barriga de S/N crescendo cada dia mais com o meu filho em seu ventre, me preocupava que ela pudesse se machucar ou coisa pior.

Os olhos de S/N me encaravam desconfiados enquanto eu sentia meus lábios tremendo enquanto eu tentava manter meu sorriso em pé no meio de sua ameaça de ir embora.

-Não se preocupe lobinha... –murmurei passando minhas mãos pela sua cintura e a puxando para perto. –Independente do que acontecer... Irei te proteger até a morte...

-Não quero proteção Jimin... –respondeu se afastando e passando a mão pelo seu ventre protetoramente. –Quero uma pessoa para estar ao meu lado que não me esconda coisas, quando sei que tem algo errado e eu sei que não é somente de mim que vocês estão omitindo, Yu-bi tentou ouvir de algum jeito mágico, mas vocês bloquearam ela, Taehyung é tão desligado que nem liga para o que vocês estão fazendo e Jungkook é o seu beta, não ira te questionar nunca. –suspirou enquanto se apoiava na parede olhando pela janela, conseguia ouvir seu coração disparado e o calmo do bebe, seu cheiro adocicado se tornando um pouco mais amargo e amadeirado enquanto sua raiva crescia. –Não queria te contar, pois eu não sei ainda se realmente esta acontecendo o que eu acho, Taehyung conseguiu algumas pílulas para que eu tome durante a gestação, mas é muito provável que eu não consiga prosseguir com a gestação.

-Não estou entendendo...

-Me sinto estranha algumas vezes, não sei explicar direito, meu corpo esta fraco e minha pele parece estar mais pálida, pode ser o sol, mas acho que pode ser anemia, eu as vezes sinto dores... como pontadas que podem significar trocentas coisas, mas são coisas que nunca irei descobrir, pois não tenho os equipamentos necessários... –explicou e percebi que ela estar ali ao meu lado poderia custar a sua felicidade, coisa que acabei ignorando sinais por querê-la ao meu lado, mas talvez...

-Jin pode te ajudar. –disse dando as costas para ela e indo em direção a porta tentando abri-la, mas a voz de S/N me parou.

-Não é essa a questão Jimin...

-Você se arrepende não é? Mesmo que não tivesse escolha, você se arrepende de estar comigo...

-Jimin...

-Me desculpe... –Meu interior queimava, pelo sentimento de impotência que começava a me assolar, já ouvi historias de mulheres que perderam seus filhos durante o trabalho de parto, ou ate mesmo que acabaram falecendo e isso era algo que eu não queria para ela...

Tinha que pensar em algo que impedisse qualquer uma dessas opções, talvez... Do mesmo jeito que ela conseguiu vir para ca, somente talvez eu consiga ir para o seu século desta mesma forma...

S/N P.O.V

Não queria ter contado isso para ele, colocado ou jogado toda a culpa mesmo que indiretamente nele ou na minha estadia aqui.

-Jimin... –o chamei, mas já era tarde, ele já tinha passado pela porta e pude ouvir seus passos apressados para fora do quarto, provavelmente indo procurar por ajuda...

Se ele conseguir ou não sempre irei sonhar com os rostos dos nossos filhos, sejam eles reais algum dia ou apenas sonhos que nunca irão se tornar realidade...

Yu-bi P.O.V

Jungkook fazia uma serie de flexões na minha frente enquanto o observava com um sorriso no rosto, desde o dia em que começamos a morar junto o mais novo não saia do meu lado o que eu achava bem fofo, quando criança a xamã que me criou após a morte dos meus pais viu um garoto que seria destinado a mim no futuro, o garoto que agora estava na minha frente e que atualmente fazia meu coração disparar com a inocência aparente.

Uma gota de suor começou a escorrer pela sua testa passando pela sua bochecha, queixo e caindo na terra entre os seus dedos.

-Kook... Jungkook. –chamei tirando um lenço do bolso da saia que eu vestia, espalmei minha mão direita na pedra ao meu lado o chamando. –Sente comigo...

-AH... Cl-claro... –gaguejou enquanto se levantava e lentava na mesma pedra um pouco distante de mim, sorri cobrindo minha boca, um costume da casa das Gisaens, mostrar seu sorriso verdadeiro a um homem, pode afasta-lo.

-Chegue mais perto Jungkook. –pedi tocando em seu braço, o garoto lentamente se aproximou de mim ao ponto de sua perna encostar na minha, desci meinha mão até a sua, passando pela pulseira que tinha lhe dado e me apoiando nele com o lenço em minhas mãos passei pelo seu rosto secando o suor que escorria por ele. –Tem medo de mim?

-EU? Quero dizer. –se corrigiu limpando a garganta e coçou a nuca de forma sem graça. –Não... Na verdade eu me sinto estranho perto de você Noona... Meu lobo quer te impressionar a todo custo e... Eu também...

-Me impressionar? Sério? –perguntei curiosa e me inclinei colocando minha mão involuntariamente em sua coxa, mas quanto percebi, não quis tira-la. – Por quê?

-Acho que gosto de você... E meu lobo te quer como companheira e mesmo que você não queira, é isso que eu sinto...

-Isso é bom... –murmurei sorrindo e voltando a minha posição inicial. –Também gosto de você Kook.

-Kook... –sorriu abaixando a cabeça.

Deixei o lenço de lado e voltei a me aproximar dele, mas agora de seu rosto, segurei seu quixo o puxando para mais perto e selei meus lábios em suas bochechas, próximo a sua boca de coelho, me afastei vendo a marca vermelha do batom se juntar ao corado do seu rosto.

-Podemos func... –parei de falar quando senti novamente algum tipo de força tentando se aproximar, sabia que Namjoon tinha colocado um tipo de barreira protetora em volta da casa, mas algo ou alguém estava tentando a todo custo invadi-la. –Funcionar juntos... Jungkook, vai para casa um pouquinho, por favor...

Falei me levantando e andando na direção em que a força tentava invadir, pelo canto de olho vi Jungkook se levantando e andando lentamente para casa. Andei em passos calmos até o limite da barreira, meus olhos percorriam pela floresta em busca da pessoa, a magia negra pesava em volta tornando o ar instável suficiente para afastar os animais que tinham por perto e fazer com que as arvores se debatessem.

-Bruxa... –sussurrei.