História Uchiha: Boku no Hero. - Começo.

Começo.

Uchiha: Boku no Hero.

Sasuke observava a sala de aula com um olhar de desdém enquanto a algazarra acontecia ao seu redor. Os risos cruéis e as provocações direcionadas a Midoriya não escapavam de seu olhar atento. O barulho era ensurdecedor, mas Sasuke parecia alheio ao caos, seus olhos sombrios fixos em Midoriya, que tentava ignorar as provocações e se encolhia na sua cadeira.

O comportamento dos colegas de classe, zombando de alguém por não ter uma individualidade, era deplorável aos olhos de Sasuke. Ele sabia bem o que era sentir-se excluído, embora por razões diferentes. No entanto, a injustiça de ver alguém ser humilhado pelo simples fato de não ter uma individualidade o incomodava profundamente.

Enquanto o tumulto continuava, Sasuke não se movia, mas seu rosto se fechava em uma expressão de frieza calculada. Ele sabia que, no fundo, o comportamento dos outros não mudaria nada, mas observava cada movimento com uma determinação silenciosa, talvez esperando o momento certo para agir ou para enfrentar essa situação de forma mais direta.

Sasuke observava o tumulto na sala com uma expressão séria, seu olhar focado em Midoriya. Apesar de quase não interagir com ele, Sasuke nunca participava das zombarias e sempre o tratava com respeito quando conversava. A atitude de Sasuke era um alívio para Midoriya, que apreciava a consideração e a dignidade com que era tratado, especialmente em meio à hostilidade dos outros colegas.

Mesmo que as palavras entre eles fossem raras, a forma como Sasuke se comportava mostrava a Midoriya que ele não era invisível nem desprezado por todos. A presença silenciosa e o respeito de Sasuke forneciam um pequeno conforto e uma prova de que nem todos na sala compartilhavam do mesmo desprezo.

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Sasuke caminhava pelo corredor, seu passo firme e seu olhar atento ao ambiente ao redor. De repente, um caderno saiu voando de uma das janelas e caiu na fonte d'água que estava localizada ali. O caderno, um pouco desajeitado e com páginas esvoaçantes, mergulhou na água clara.

Curioso, Sasuke se aproximou da fonte. Ele inclinou-se para observar melhor e, ao ver o caderno, notou que era o caderno de anotações de herói de Midoriya. A capa estava um pouco molhada, mas o emblema da capa ainda era visível, evidenciando a importância do caderno para Midoriya.

Sasuke hesitou por um momento, mas então decidiu retirar o caderno da água. Ele o ergueu com cuidado e começou a examinar as páginas, que estavam um pouco amassadas e úmidas, mas ainda legíveis. As anotações de Midoriya estavam repletas de desenhos e anotações detalhadas sobre heróis e técnicas de combate, um reflexo da paixão e dedicação do garoto.

Com um leve suspiro, Sasuke decidiu secar o caderno o melhor que podia. Ele sabia que, para Midoriya, aquele caderno era mais do que um simples objeto; era uma representação de seus sonhos e esforços. Ao devolver o caderno, Sasuke sentiu uma nova camada de respeito por Midoriya, reconhecendo a seriedade com que ele encarava seu treinamento e suas aspirações.

Sasuke levantou os olhos para ver Midoriya correndo em sua direção, a expressão de preocupação estampada em seu rosto. Ele parou e esperou, mantendo o caderno nas mãos.

– A-ah, Uchiha-san – Midoriya gaguejou ao se aproximar, tentando recuperar o fôlego. – Meu caderno...

Sasuke estendeu a mão, entregando o caderno de volta a Midoriya. A água ainda escorria das páginas, mas o caderno parecia intacto.

– Fique com isso. – Sasuke disse, sua voz calma e imperturbável.

Midoriya aceitou o caderno com um misto de alívio e gratidão. Ele olhou para Sasuke, que, apesar de sua frieza habitual, demonstrava um gesto de consideração.

– Obrigado, Uchiha-san – Midoriya disse, ainda surpreso pela ajuda inesperada.

Sasuke apenas assentiu, sem adicionar mais palavras, e se virou para seguir seu caminho. Mesmo em seu silêncio, o respeito entre eles parecia ter se solidificado ainda mais, refletido na pequena, mas significativa, interação.

– Midoriya. – Sasuke chamou pelo rapaz, que se assustou. Aquela era a primeira vez que Sasuke o chamava. – Por que quer entrar na U.A?

Midoriya parou bruscamente e virou-se para encarar Sasuke, claramente surpreso. O olhar atento de Sasuke parecia penetrar profundamente, e Midoriya respirou fundo antes de responder.

– Bem... – começou Midoriya, um pouco nervoso, mas decidido. – Eu quero entrar na U.A. porque sempre sonhei em me tornar um herói. Mesmo sem uma individualidade, sempre acreditei que posso fazer a diferença. A U.A. é a melhor escola para heróis, e eu quero aprender tudo o que puder para ajudar as pessoas e proteger quem precisa.

Sasuke ouviu atentamente, seu olhar não se desvia de Midoriya. Havia um brilho de compreensão e talvez até de respeito em seus olhos. A resposta de Midoriya era sincera e carregada de paixão, algo que Sasuke não podia ignorar.

– Entendo – Sasuke disse finalmente, suas palavras carregadas de um tom ponderado. – Continue se esforçando. Se é isso que você quer, não deixe que nada te impeça.

Com isso, Sasuke se afastou, mas as palavras que havia proferido ainda pairavam no ar. Midoriya observou Sasuke se afastar, sentindo uma nova onda de determinação.

Enquanto Sasuke se afastava, Midoriya ficou parado, absorvendo suas palavras. A sensação de alguém acreditar nele, mesmo que fosse um gesto pequeno e uma conversa breve, era algo novo e profundamente significativo.

Era a primeira vez que alguém demonstrava fé genuína em seu sonho de se tornar um herói, apesar de não ter uma individualidade. A validação de Sasuke, alguém que não costumava se importar com os outros, deu a Midoriya um impulso inesperado de confiança.

Com um sorriso discreto, mas cheio de significado, Midoriya segurou seu caderno com mais firmeza e se sentiu renovado em sua determinação. A crença de Sasuke em seu potencial era uma luz de esperança em meio às dificuldades, e ele estava mais motivado do que nunca a seguir em frente e provar que seu sonho era possível.

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Sasuke caminhava tranquilamente pelas ruas, sua mente ocupada com seus próprios pensamentos, quando de repente esbarrou em alguém. Ele levantou os olhos e viu Katsuki Bakugou, o garoto conhecido por seu temperamento explosivo. O impacto fez Bakugou se irritar instantaneamente, e sem hesitar, ele empurrou Sasuke para longe com força.

– Não encoste em mim, maldito emo! – Bakugou rosnou, seus olhos faiscando de raiva.

Sasuke não reagiu de imediato. Com uma expressão fria, ele simplesmente virou as costas para Bakugou e começou a se afastar, como se o confronto não fosse digno de sua atenção.

A indiferença de Sasuke foi como um estopim para Bakugou, que cerrou os dentes, sua fúria aumentando ainda mais.

– Não me ignore!! – gritou Bakugou, avançando com passos firmes na direção de Sasuke, determinado a não deixar isso passar.

Mas antes que Bakugou pudesse alcançar Sasuke, este desapareceu como um sopro de vento, deixando Bakugou paralisado e perplexo. Seus olhos se arregalaram de surpresa, enquanto ele tentava entender o que acabara de acontecer.

De repente, Sasuke apareceu atrás de Bakugou, sua presença silenciosa e intimidadora.

– Não pense que eu sou como os outros...–  Sasuke murmurou em um tom frio, a voz quase um sussurro, mas carregada de uma ameaça implícita. – Que aturam seus insultos calados.

Bakugou se virou bruscamente, a raiva ainda fervendo dentro dele, mas algo na postura e na calma perigosa de Sasuke o fez hesitar. Naquele momento, ele percebeu que Sasuke não era alguém com quem se podia brincar ou subestimar.

Sasuke manteve-se firme, seu olhar penetrante fixo em Bakugou, que ainda estava perplexo com a súbita movimentação do Uchiha. O silêncio entre os dois parecia denso, carregado de tensão.

– Eu conheço o tipo de pessoa que você é. – Sasuke disse, sua voz calma e afiada como uma lâmina. – Mas você não faz ideia de quem eu sou.

Havia uma frieza naquelas palavras, algo que fez Bakugou se sentir desafiado de uma maneira diferente. Sasuke não estava apenas falando; ele estava afirmando uma verdade que Bakugou não podia ignorar.

Bakugou, sempre acostumado a ser o centro das atenções e a intimidar os outros com sua força e personalidade explosiva, percebeu que Sasuke não se deixava intimidar por ele. Pelo contrário, havia algo no olhar de Sasuke que sugeria que ele havia enfrentado desafios muito maiores do que Bakugou poderia imaginar.

Esse confronto de vontades deixou claro para Bakugou que, apesar de sua confiança, ele estava diante de alguém que não se dobraria facilmente. Sasuke era um enigma, uma força tranquila e letal que não se encaixava nas categorias habituais de Bakugou.

Sasuke continuou encarando Bakugou, sua expressão permanecendo imperturbável enquanto a tensão entre eles aumentava. A determinação de Bakugou estava evidente em seu rosto, mas Sasuke não demonstrava o menor sinal de medo ou hesitação.

– Escute bem. – Sasuke disse, sua voz calma e firme. – Eu não me importo com o que você faz com os outros. Se você quer intimidá-los, isso é problema deles.

Ele deu um passo à frente, aproximando-se de Bakugou com uma presença quase tangível, como se cada palavra carregasse um peso significativo.

– Mas você não vai fazer o mesmo comigo. – continuou Sasuke, seu tom agora frio e definitivo. – Eu não sou como eles, e você não vai me tratar como trata o resto.

A firmeza em suas palavras fez Bakugou recuar ligeiramente, mesmo que ele tentasse disfarçar. A confiança inabalável de Sasuke, misturada com a frieza de alguém que já havia enfrentado desafios muito maiores, deixou claro que este não era um confronto que Bakugou poderia vencer com pura força bruta. Sasuke era diferente, e Bakugou começava a perceber que teria que lidar com ele de uma forma diferente também.

Bakugou piscou, e num instante, Sasuke havia sumido de seu campo de visão. Confuso e irritado, Bakugou girou o corpo rapidamente, mas antes que pudesse reagir, sentiu uma presença logo atrás dele.

– Não é uma boa ideia se colocar no meu caminho. – a voz fria de Sasuke soou, fazendo Bakugou congelar no lugar. – Você vai se arrepender.

A ameaça era clara, mas a calma com que Sasuke falava tornava suas palavras ainda mais inquietantes. Bakugou sentiu uma onda de frustração e impotência, algo que ele raramente experimentava. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, Sasuke desapareceu novamente, como se nunca tivesse estado ali.

Bakugou ficou parado, seus punhos cerrados de raiva, mas incapaz de fazer qualquer coisa. A rua parecia vazia, exceto pela sensação avassaladora de humilhação que o consumia. Sasuke havia deixado claro que, apesar de toda a confiança e poder explosivo de Bakugou, ele não era alguém que poderia ser subestimado ou tratado da mesma maneira que os outros.

Bakugou cerrou os dentes, a raiva fervendo em seu peito, mas a presença de Sasuke ainda pairava ali, como um lembrete silencioso de que ele não era invencível.

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Sasuke estava sentado em uma grande sala de conferências, repleta de outros alunos ansiosos, todos esperando ansiosamente pelo início da apresentação. Entre eles, Sasuke reconheceu Midoriya, que parecia nervoso mas determinado, e Bakugou, com sua expressão habitual de confiança agressiva. Sasuke, por sua vez, mantinha-se calmo e atento, os braços cruzados enquanto observava a sala e seus ocupantes.

No palco à frente, o herói Vocal Presidente Mic se preparava para começar sua explicação sobre o exame de admissão da U.A. O herói estava cheio de energia, como sempre, sua voz ecoando pela sala com entusiasmo.

– Boa tarde, futuros heróis! – Mic exclamou, sua voz amplificada de maneira característica. – Sejam bem-vindos à orientação para o exame de admissão da U.A.! Vocês estão prestes a enfrentar o primeiro grande desafio rumo ao sonho de se tornarem heróis profissionais!

A sala estava em silêncio, todos atentos ao que Mic dizia. Sasuke ouvia atentamente, absorvendo cada detalhe com a precisão meticulosa que lhe era característica. Embora não demonstrasse, ele sabia que aquele exame seria um teste de suas habilidades, e ele estava determinado a não apenas passar, mas se destacar.

– O exame será dividido em duas partes! – continuou Presidente Mic, gesticulando com entusiasmo. – Primeiro, um teste prático, onde vocês enfrentarão robôs de diferentes níveis de dificuldade. Cada um vale uma quantidade específica de pontos, então preparem-se para dar tudo de si! Depois, teremos a prova escrita, para medir seus conhecimentos sobre o mundo dos heróis!

Sasuke olhou brevemente para Midoriya, que estava anotando tudo freneticamente, e depois para Bakugou, que parecia quase impaciente para começar. Apesar das diferenças entre os dois, ambos estavam ali pelo mesmo motivo: tornar-se heróis. Mas para Sasuke, a motivação ia além de um simples desejo. Ele carregava consigo um propósito mais profundo, uma missão pessoal que não permitiria falhar.

Enquanto Mic continuava a explicação, Sasuke voltou sua atenção ao herói no palco, determinado a absorver cada detalhe. Ele sabia que o exame seria difícil, mas estava preparado para qualquer desafio que viesse em seu caminho. Nada nem ninguém, nem mesmo Bakugou ou qualquer outro, impediria Sasuke de alcançar seus objetivos.

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Eles já estavam no local de teste, um ambiente vasto com enormes prédios que se erguiam como gigantes de aço e concreto. O cenário era impressionante, e Midoriya, com olhos arregalados, não pôde evitar sentir-se sobrecarregado. O tamanho e a grandiosidade do lugar o deixaram paralisado por alguns momentos, e ele acabou ficando para trás enquanto os outros competidores avançavam rapidamente.

– Droga... Fiquei pra tr– – murmurou Midoriya, percebendo que estava se afastando do grupo.

Antes mesmo de terminar a frase, ele se encontrou de repente ao lado dos outros competidores, o que o surpreendeu. Ainda confuso, ele ouviu uma voz familiar ao seu lado.

– Tenha foco, Midoriya... – disse a voz calma e firme.

Midoriya olhou para o lado e viu Sasuke, que o encarava com seus olhos determinados.

– Se vacilar, vai ficar para trás. – Sasuke continuou, sem desviar o olhar do caminho à frente.

As palavras de Sasuke foram um lembrete direto e poderoso. Midoriya respirou fundo, tentando acalmar seus nervos. Ele sabia que Sasuke estava certo; aquele não era o momento para distrações ou dúvidas. Havia muito em jogo, e ele precisava dar tudo de si.

Com uma nova determinação, Midoriya ajustou sua postura e focou sua mente no teste à frente. Estava claro que Sasuke não estava ali apenas para participar, mas para vencer. E, de alguma forma, a presença de Sasuke ao seu lado, mesmo que breve e severa, deu a Midoriya a confiança necessária para seguir em frente com toda a força que tinha.

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Quando os robôs começaram a aparecer, os heróis em potencial entraram em ação imediatamente. Explosões e raios de energia surgiam de todos os lados enquanto cada competidor atacava com tudo o que tinha, tentando acumular o máximo de pontos possível. O ambiente, antes silencioso e imponente, agora era tomado pelo caos do combate.

Sasuke, no entanto, destacava-se de maneira impressionante. Com uma espada de madeira em mãos, ele avançava contra os robôs com uma velocidade e precisão que deixavam os outros ao redor atônitos. Cada movimento era calculado e eficiente, a lâmina de madeira cortando com facilidade através das armaduras metálicas dos robôs. Nenhum adversário, por maior ou mais resistente que fosse, parecia ser páreo para ele.

Os competidores ao redor não podiam deixar de observar, impressionados e confusos. Sasuke se movia com a graça de um guerreiro treinado, destruindo robô após robô, mas algo não se encaixava. Não havia explosões, chamas ou qualquer sinal claro de uma individualidade em uso. Ele parecia estar lutando apenas com habilidade pura, sem depender de nenhum poder especial.

– Como ele faz isso? – um dos competidores murmurou, ainda mais curioso ao ver Sasuke destruir outro robô com um único golpe.

– Ele não está usando a individualidade? – outro competidor questionou, tentando entender como alguém poderia ser tão eficaz sem utilizar uma habilidade especial.

Enquanto os outros se esforçavam ao máximo, utilizando suas individualidades para ganhar vantagem, Sasuke permanecia focado, avançando implacavelmente, a espada de madeira cortando o ar e metal como se fosse uma lâmina de verdade. Cada movimento era fluido e mortal, e os robôs caíam diante dele como se não fossem nada.

O mistério de como Sasuke conseguia fazer isso sem aparentar usar uma individualidade intrigava a todos, mas o próprio Sasuke parecia alheio ao que os outros pensavam. Para ele, o importante era apenas continuar avançando, derrubando cada obstáculo em seu caminho e provando sua força de uma maneira que poucos poderiam entender.

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Conforme o teste avançava, os competidores foram sendo informados de suas pontuações em tempo real. Sasuke, que continuava sua série de destruições metódicas, começou a atrair ainda mais atenção. Quando os pontos foram atualizados, a tela exibiu um número que fez todos pararem por um momento, incrédulos.

Sasuke Uchiha: 127 pontos.

A reação foi imediata. Murmúrios de surpresa e admiração ecoaram por todo o local de teste. Aquele era um feito sem precedentes. Nunca antes na história da U.A. alguém havia alcançado uma pontuação tão alta em um exame de admissão.

– Não pode ser... – um dos competidores exclamou, os olhos arregalados ao ver a pontuação.

– Ele já atingiu 127 pontos?! – outro comentou, claramente impressionado. – Isso é... absurdo!

Os outros competidores, que lutavam arduamente para somar pontos, agora se viam diante de um patamar que parecia inalcançável. Sasuke, porém, não se deixou afetar pelas reações ao seu redor. Com a espada de madeira ainda firme em suas mãos, ele continuou avançando, destruindo os robôs com a mesma eficiência, como se cada ponto fosse apenas mais um passo em direção ao seu objetivo.

A surpresa e a admiração só aumentavam à medida que Sasuke seguia em frente, demonstrando uma combinação de habilidade, força e estratégia que não se via todos os dias. Ele havia estabelecido um novo padrão, uma referência que seria lembrada por muito tempo na U.A.

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Enquanto os competidores avançavam na luta contra os robôs, um enorme robô surgiu no campo de batalha, sua sombra gigantesca cobrindo uma grande área. Seu tamanho impressionante era intimidante, mas havia um detalhe crucial: ele não valia ponto algum. Percebendo isso, os outros competidores rapidamente decidiram ignorá-lo, optando por não desperdiçar energia e fugir do colosso metálico.

Mas então, no meio da fuga, algo inesperado aconteceu. Ochaco Uraraka, uma das heroínas em treinamento, tropeçou e caiu no chão, torcendo o tornozelo. Ela tentou se levantar, mas o robô gigante já estava se aproximando rapidamente. A expressão de pânico em seu rosto era clara – se não conseguisse escapar a tempo, seria pega.

Foi nesse momento que algo incrível aconteceu. Midoriya, que até então não havia demonstrado uma individualidade, se lançou no ar com um salto extraordinário. O movimento foi tão rápido e impressionante que até mesmo Sasuke, que estava observando de perto, ficou surpreso. Seus olhos se arregalaram levemente ao ver Midoriya subir com uma força descomunal, algo que ele não imaginava que o garoto esverdeado fosse capaz de fazer.

Antes que alguém pudesse reagir, Midoriya já estava no ar, acima do robô gigante. Com uma expressão determinada, ele ergueu o punho e gritou com toda a força:

– Smash!!

O impacto foi devastador. O punho de Midoriya atingiu o robô com tamanha potência que o colosso metálico foi despedaçado instantaneamente, seus destroços caindo ao redor enquanto uma nuvem de poeira se ergueu no local. A cena deixou todos os competidores, inclusive Sasuke, em estado de choque.

Sasuke observava o cenário com um misto de surpresa e respeito. Ele nunca teria imaginado que Midoriya possuía uma individualidade tão poderosa, ainda mais porque o garoto até então parecia ser apenas mais um entre os muitos que estavam lutando pelo seu lugar na U.A. Mas agora, após aquela demonstração impressionante de poder, Sasuke sabia que havia mais em Midoriya do que ele e os outros haviam percebido.

Enquanto a poeira assentava e os destroços do robô gigante se espalhavam pelo chão, Midoriya aterrissou com a ajuda de Ochaco, claramente sentindo os efeitos do golpe que havia desferido. Mesmo assim, ele conseguiu salvar a garota, e naquele momento, Sasuke compreendeu que Midoriya não era alguém a ser subestimado.

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Alguns dias haviam se passado desde o exame, e Midoriya não conseguia deixar de se preocupar. Ele sabia que tinha se saído bem no teste escrito, mas no exame prático, as coisas não haviam ido como ele esperava. Ele não conseguiu fazer nenhum ponto e isso o deixava atormentado. A ideia de não ter feito o suficiente para entrar na U.A. o consumia, enchendo seus dias de ansiedade.

Sua mãe, Inko, também estava preocupada. Ela via o quanto seu filho estava aflito, e isso a deixava ainda mais angustiada. A tensão na casa era palpável, com o silêncio sendo interrompido apenas pelo som da televisão ou pelos suspiros pesados de Midoriya, perdido em pensamentos.

De repente, a quietude foi quebrada por duas batidas na porta. O som ecoou pela casa, fazendo Midoriya se sobressaltar. Ele se levantou rapidamente, com uma mistura de esperança e temor, correndo até a porta. Talvez fosse alguma notícia sobre o exame, algo que finalmente esclarecesse seu futuro.

Quando abriu a porta, porém, ele ficou surpreso. Não era um oficial da U.A. nem uma carta de resposta. Era Sasuke Uchiha.

– Uchiha-san? – Midoriya exclamou, a surpresa evidente em sua voz. Ele nunca esperava ver Sasuke ali, na porta de sua casa. Embora soubesse que não moravam muito longe um do outro, Sasuke nunca havia feito algo assim antes.

Sasuke estava parado ali, com sua postura calma e seu olhar sereno. Havia uma curiosidade discreta em seus olhos, mas também algo mais, algo que indicava que ele havia feito questão de vir até ali por um motivo específico.

– Como você está, Midoriya? – Sasuke perguntou, sua voz tranquila como sempre.

Midoriya piscou, ainda tentando processar o que estava acontecendo. A preocupação que o consumia nos últimos dias pareceu diminuir um pouco ao perceber que Sasuke havia vindo até ele, aparentemente para saber como ele estava. Aquilo era inesperado, mas de certa forma, reconfortante.

Um sorriso tímido começou a se formar no rosto de Midoriya, sua ansiedade momentaneamente esquecida diante do gesto de Sasuke.

– Eu... estou bem, eu acho... – Midoriya respondeu, sua voz hesitante, mas havia uma felicidade sincera em suas palavras. – E você?

Sasuke deu um leve aceno de cabeça.

– Apenas quis ver como você estava. – ele disse, com simplicidade. – Não deixe a preocupação te consumir.

Aquelas palavras, vindas de alguém como Sasuke, tiveram um impacto maior do que Midoriya poderia imaginar. Ele sentiu uma onda de alívio e gratidão, sabendo que, de alguma forma, Sasuke se importava com ele. Era um pequeno gesto, mas para Midoriya, significava muito.

Midoriya deu um passo para trás, permitindo que Sasuke entrasse na casa. Enquanto eles caminhavam em direção à sala, Midoriya não pôde deixar de expressar a preocupação que estava pesando em seu coração.

– Eu estou preocupado, Uchiha-san... – ele começou, a voz carregada de ansiedade. – Eu me saí bem no teste escrito, mas... no exame prático, eu... não fiz nenhum ponto.

Ele hesitou por um momento, olhando para o chão enquanto falava. Saber que Sasuke estava ali, alguém que havia alcançado um feito incrível no mesmo exame, só fazia sua insegurança parecer ainda maior.

– Diferente de você, que conseguiu a maior nota da história da U.A. – continuou Midoriya, tentando não deixar a amargura transparecer. – Eu... eu queria tanto me tornar um herói, mas agora... eu nem sei se vou conseguir entrar na U.A.

A comparação entre eles era inevitável para Midoriya. Sasuke havia sido um exemplo de excelência, alguém que superara todas as expectativas. E ali estava ele, Midoriya, sentindo-se pequeno e incapaz de alcançar o mesmo nível. Ele mordeu o lábio, tentando segurar as lágrimas que ameaçavam surgir, mas a pressão do momento era esmagadora.

Sasuke cruzou os braços, uma expressão calma tomando conta de seu rosto. Um leve sorriso se formou em seus lábios, algo raro para ele, mas que transmitia uma certa confiança e tranquilidade.

– A U.A. gosta de pregar peças. – ele disse, sua voz firme, mas com um tom quase divertido.

Midoriya levantou a cabeça, um pouco surpreso com o que ouviu.

– O que quero dizer é que eles sabem como desafiar a gente, mas isso não significa que você falhou. – continuou Sasuke, mantendo o olhar fixo em Midoriya. – Você só precisa manter a cabeça no lugar e confiar no que você é capaz de fazer.

Midoriya absorveu aquelas palavras com atenção, o sorriso suave de Sasuke lhe dando um inesperado conforto. O leve sorriso de Sasuke carregava uma mensagem clara: ele não estava julgando Midoriya por suas falhas, mas sim encorajando-o a manter o foco e não desistir, mesmo diante das dificuldades.

Sasuke já estava de saída, caminhando em direção à porta da casa dos Midoriya. Midoriya o seguiu até a entrada, ainda processando as palavras de encorajamento que havia recebido. Quando Sasuke alcançou a porta, ele se virou, segurando a maçaneta por um breve momento.

Com um sorriso ainda sincero, Sasuke olhou para Midoriya e disse calmamente:

– Espero que possa se dar bem com o One-for-All, Midoriya.

Antes que Midoriya pudesse reagir, Sasuke fechou a porta atrás de si, saindo da casa.

Izuku ficou parado por alguns segundos, os olhos arregalados em choque. As palavras de Sasuke ecoavam em sua mente, deixando-o completamente atordoado. Como Sasuke sabia sobre o One-for-All? Apenas All Might conhecia esse segredo... como Sasuke poderia saber também?

Sem perder tempo, Midoriya correu até a porta e a abriu rapidamente, esperando encontrar Sasuke do lado de fora. No entanto, quando olhou para o corredor, ele não viu ninguém. Sasuke já não estava mais ali, como se tivesse desaparecido tão rápido quanto surgira.

A mente de Midoriya estava em turbilhão. A revelação inesperada de Sasuke deixava claro que havia muito mais sobre ele do que qualquer um sabia. E agora, Midoriya tinha uma nova preocupação: como Sasuke poderia ter conhecimento sobre algo tão secreto quanto o One-for-All?

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Sasuke estava de volta em sua casa, o ambiente tranquilo e silencioso. Ele caminhou até sua mesa, onde uma carta aguardava sobre a superfície de madeira. Sem hesitar, ele pegou a carta e, com um movimento preciso, a abriu. Assim que o fez, um holograma se projetou diante dele.

Era All Might, o herói número 1, em toda a sua glória. A imagem holográfica brilhava com uma presença imponente, mas a voz do herói era calorosa e cheia de energia.

– Uchiha-shounen!! – All Might começou, com um grande sorriso no rosto. – Parabéns! Você alcançou um feito extraordinário ao conquistar 127 pontos na prova prática, o maior número de pontos já registrado na história da U.A.!

O holograma de All Might fez uma pausa, como se estivesse dando tempo para Sasuke processar a magnitude de sua conquista, antes de continuar.

– Mas isso não é tudo... – All Might prosseguiu, seu tom de voz ganhando uma nota ainda mais animada. – Estamos lhe concedendo 35 pontos extras por sua atitude heroica ao ajudar o jovem Midoriya logo no início do teste. Você demonstrou não apenas habilidade, mas também o verdadeiro espírito de um herói, colocando a segurança dos outros em primeiro lugar.

Sasuke permaneceu imóvel, seus olhos fixos na figura holográfica de All Might. Mesmo que não demonstrasse uma reação extrema, havia uma satisfação tranquila em sua expressão.

– Com isso, Uchiha-shounen, é uma honra para mim informar que você foi aceito na U.A!! – All Might declarou, finalizando a mensagem com um sorriso que parecia capaz de iluminar qualquer ambiente. – Espero ver você brilhando ainda mais forte como o herói que está destinado a ser!

Com essas palavras, o holograma se dissipou lentamente, deixando Sasuke sozinho novamente no silêncio de sua casa. Ele ficou ali, pensativo, o conteúdo da mensagem ressoando em sua mente.

Ser aceito na U.A. não era apenas uma validação de suas habilidades; era um passo crucial em seu caminho para se tornar o herói que ele estava determinado a ser. E, embora soubesse que essa jornada ainda estaria repleta de desafios, Sasuke estava pronto para enfrentá-los de frente.

Próximo capítulo: U.A