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História Uchiha: Boku no Hero. - All Migth


Escrita por: Canjik

Capítulo 6 - All Migth


O vento se intensificou quando All Might avançou com velocidade absurda, os músculos de seu corpo se contraindo ao máximo. Seu primeiro soco explodiu contra o peito do Nomû, lançando a criatura para trás com força suficiente para fazer o chão rachar sob seus pés. Mas, para o choque dos alunos e dos heróis presentes, o monstro mal pareceu sentir o impacto.


O Nomû rugiu, sua forma grotesca se movendo de maneira inumana. Antes mesmo que a poeira baixasse, ele reapareceu diante de All Might em um instante, seu punho gigantesco já vindo na direção do herói. O impacto foi ensurdecedor. O ar ao redor explodiu como se uma bomba tivesse sido detonada, e All Might foi lançado para trás, deslizando pelo solo e criando uma trilha de destruição até se estabilizar.


— Ele… empurrou All Might! — Midoriya murmurou, incrédulo.


Os alunos ao redor estavam paralisados. Nunca antes tinham visto alguém capaz de enfrentar o Símbolo da Paz diretamente.


Mas All Might apenas sorriu, mesmo sentindo a dor latejante em seu abdômen.


— Hah… Então é isso? — Ele flexionou os braços, seu sorriso se alargando. — Muito bem, monstro. Então vamos lutar de verdade!


Com um salto explosivo, All Might se lançou para cima do Nomû, desferindo uma sequência de socos tão rápidos e potentes que pareciam borrões aos olhos dos espectadores. Cada golpe criava ondas de choque, destruindo o ambiente ao redor e fazendo janelas estilhaçarem. O Nomû bloqueava alguns ataques, mas não conseguia impedir que All Might o acertasse diversas vezes no rosto, no peito, nos braços.


Mas o que mais impressionava era a resistência absurda da criatura. Apesar de receber ataques que destruiriam prédios inteiros, ele continuava de pé.


Shigaraki ria ao fundo.


— O Nomû foi criado para isso, All Might. Ele tem choque absorção e regeneração avançada!


O herói franziu a testa.


— Então é por isso…


Ele olhou para o Nomû, que já havia se recuperado completamente dos danos.


— Mas absorção não significa imunidade!


Antes que o monstro pudesse reagir, All Might desapareceu num borrão de pura velocidade.


CAROLINA SMASH!


Um golpe brutal, carregado de força concentrada, explodiu no crânio do Nomû, enterrando a criatura no chão com um impacto violento. O solo rachou em um raio de vários metros, poeira e destroços voaram por toda parte.


Mas, quando a poeira baixou, o Nomû estava lá, sua cabeça já se regenerando.


— Tch… — All Might limpou a boca.


O monstro se ergueu de novo.


E então, a luta recomeçou.


Dessa vez, Nomû atacou primeiro. Sua velocidade era surreal. Com um piscar de olhos, ele estava atrás de All Might, desferindo um soco brutal que o jogou contra uma das estruturas da U.S.J. O impacto foi tão intenso que o prédio desabou parcialmente.


Mas antes que pudesse comemorar, All Might já estava de volta, segurando o braço do Nomû e o arremessando pelo ar. O monstro voou como um míssil, atravessando colunas de concreto antes de finalmente se recuperar.


All Might avançou, seu corpo tremendo devido ao esforço máximo. Ele sabia que sua forma estava se esgotando, que o tempo estava acabando.


— É agora ou nunca!


Ele inspirou fundo, reunindo tudo o que tinha.


PLUS… ULTRA!


Com velocidade e força além do imaginável, ele se lançou para cima do Nomû.


O monstro tentou reagir, mas foi tarde demais.


 SMASH!


O golpe desceu como um meteoro, carregando toda a fúria e poder do Símbolo da Paz.


O impacto foi devastador.


O Nomû foi lançado para o cima.


O silêncio reinou.


Todos os alunos e heróis apenas olharam, sem palavras.


All Might permaneceu imóvel por um instante, antes de respirar fundo e soltar um suspiro aliviado.


— Bem, agora acabou...


E então, lentamente, ele se ergueu, vitorioso?


Mas pra o espanto de todos, Nomû voltou dos céus, seu corpo já se curando do ataque devastador. 


O ar ao redor tremeu quando All Might avançou, seus músculos tensionados ao máximo. O chão estalou sob seus pés, criando crateras no momento em que ele se lançou para cima do Nomu com um soco devastador. O impacto foi como uma explosão, levantando uma nuvem de poeira e gerando uma onda de choque tão intensa que os vidros das estruturas próximas se estilhaçaram instantaneamente.

Seus olhos vazios não demonstravam emoção alguma. Ele simplesmente absorveu o impacto, seu corpo monstruoso se ajustando ao golpe com uma resistência anormal.

O quê...? — Midoriya murmurou, arregalando os olhos.

Isso não pode ser... Esse soco teria destruído qualquer um! — exclamou Kirishima, incrédulo.

Heh... Então é assim que funciona, não é? — All Might sorriu, erguendo o punho e se preparando para continuar. — Parece que finalmente tenho um desafio de verdade!

Mas antes que pudesse atacar de novo, o Nomu desapareceu em um borrão.

Ele é rápido! — Todoroki disse, olhos arregalados.

De repente, uma sombra surgiu atrás de All Might.

Droga! — o herói percebeu tarde demais.

O Nomu desferiu um soco brutal contra as costas de All Might. O impacto reverberou por todo o campo de batalha, e o corpo do Símbolo da Paz foi lançado para frente como um míssil, atravessando uma parede de concreto e rolando pelo chão.

Os alunos assistiam, atordoados.

All Might! — Midoriya gritou, preocupado.

Mas o herói não ficou caído por muito tempo.

Com um salto poderoso, ele se levantou da cratera onde havia caído, sacudindo a poeira de sua roupa.

Heh... Esse foi um bom golpe.

Ele levantou os olhos, encarando o Nomu.

Mas agora... é a minha vez!

All Might desapareceu.

Ele surgiu diante do Nomu tão rápido que nem mesmo os vilões puderam acompanhar. Seu punho se moveu como um borrão, acertando o monstro em cheio no abdômen.

TEXAS SMASH!

A onda de choque resultante foi tão intensa que o solo tremeu. Uma enorme rachadura se formou no chão, se estendendo por metros. O Nomu foi lançado para trás com brutalidade, se chocando contra uma das estruturas da U.S.J. e atravessando-a completamente.

Conseguiu! — Kaminari comemorou.

Mas a celebração durou pouco.

O Nomu saiu dos escombros como se nada tivesse acontecido. Seu corpo já estava regenerado, e ele não parecia sentir dor alguma.

All Might franziu a testa.

Então é assim... Você tem regeneração acelerada.

Shigaraki, que assistia à luta com um sorriso cruel, riu alto.

Você entendeu rápido, All Might! O Nomu foi criado para te derrotar! Ele não só absorve impactos, como também se regenera de qualquer dano. Não importa o quanto o acerte... Ele sempre voltará!

Os alunos sentiram um frio na espinha.

Isso é loucura... — Asui murmurou.

Então All Might está lutando contra um monstro invencível?! — perguntou Sero, nervoso.

Mas o herói não recuou.

Ele limpou o sangue no canto da boca e sorriu.

É mesmo...? Então vamos ver até onde essa regeneração consegue ir!

Ele flexionou os músculos, fazendo o chão rachar novamente.

E então, o verdadeiro inferno começou.

All Might e o Nomu avançaram um contra o outro ao mesmo tempo, e seus golpes se encontraram no ar com força cataclísmica. A pressão dos impactos era tão devastadora que a U.S.J. inteira parecia estar tremendo.

O Nomu atacava com brutalidade inumana, desferindo socos capazes de demolir prédios. All Might esquivava de alguns, bloqueava outros, mas inevitavelmente sofria impactos. Seu corpo era lançado para trás diversas vezes, mas ele sempre voltava, sempre contra-atacava.

Cada vez que o Nomu regenerava um ferimento, All Might aumentava sua força, empurrando os limites da criatura ao extremo.

All Might... Ele está forçando a regeneração do Nomu ao máximo! — percebeu Midoriya.

Se ele regenerar rápido demais... Ele pode acabar atingindo seu limite! — completou Iida.

O embate continuou.

Os golpes de All Might começaram a se tornar mais rápidos, mais pesados, mais devastadores.

O Nomu tentava acompanhar, mas mesmo sua regeneração começou a falhar. Seu corpo não conseguia mais se recuperar rápido o suficiente para lidar com o nível absurdo de destruição que All Might estava infligindo.

E então, o herói viu sua chance.

Chega disso!

Ele reuniu toda a sua força em um único golpe.

PLUS ULTRA...

O Nomu tentou reagir, mas All Might já estava em cima dele.

DETROIT SMASH!

O punho de All Might acertou o Nomu com uma força incomparável.

O impacto foi tão colossal que o monstro foi lançado para o alto, atravessando as nuvens e desaparecendo na atmosfera.

O ar ao redor explodiu.

Uma tempestade de vento varreu todo o local, derrubando vilões e fazendo os alunos se segurarem para não serem arrastados.

Quando tudo se acalmou, restou apenas o silêncio.

All Might ofegava, seu corpo tremendo pelo esforço excessivo.

E então, lentamente, ele ergueu o olhar para os vilões.

Shigaraki olhava em choque absoluto, suas mãos tremendo.

Impossível...

All Might então abriu um sorriso.

E é assim que um herói luta!


All Might ofegava, seus músculos ainda tensionados após o golpe final no Nomu. Apesar do sorriso confiante em seu rosto, qualquer um que prestasse atenção poderia notar que ele estava no limite. Mas isso não importava. Ele precisava manter a imagem do Símbolo da Paz.


Ele endireitou a postura e então lançou seu olhar afiado para os vilões restantes. O vento ainda soprava forte após a destruição causada pela luta, e a poeira no ar fazia seu olhar parecer ainda mais intimidador.


Ele abriu um sorriso desafiador.


— E então...? — sua voz soou firme, carregada de poder. — Alguém mais quer continuar?


O silêncio foi absoluto.


Os vilões olharam para ele, depois para os escombros ao redor. O Nomu, a criatura que supostamente deveria derrotá-lo, havia sido enviada para fora da atmosfera com um único golpe.


O medo começou a se espalhar entre eles.


Shigaraki rangeu os dentes, suas mãos tremendo.


— Droga, droga, droga...!


Ele não queria admitir, mas a presença de All Might era esmagadora. Os outros vilões, antes confiantes, agora davam passos hesitantes para trás.


— O que estamos esperando?! — um deles gritou, sua voz tremendo. — Vamos sair daqui!


A tensão no ar se transformou em puro pânico. Muitos começaram a correr, tentando escapar da U.S.J. enquanto ainda podiam.


All Might manteve sua postura firme, mas, por dentro, ele sentia o tempo se esgotando. Cada segundo contava. Seu limite já havia sido ultrapassado, e a qualquer momento ele voltaria para sua forma magra.


Entre os alunos, apenas dois sabiam da verdade.


Sasuke e Izuku trocaram olhares rápidos.


Eles entendiam o blefe.


Sabiam que, se os vilões percebessem a real situação de All Might, a vantagem mudaria completamente.


Sasuke cerrou os punhos, avaliando a movimentação dos vilões restantes. Se precisasse, ele seguraria todos ali pelo tempo necessário.


Izuku, por outro lado, sentia seu coração disparado. Ele queria fazer algo, mas sabia que estava no limite do que podia aguentar.


Shigaraki estreitou os olhos, observando All Might com mais atenção. Algo parecia estranho...


Ele deu um passo à frente.


— Kurogiri. — Sua voz soou fria. — Vamos sair. Por hoje.


O vilão de manto roxo hesitou, mas acenou em concordância.


— Entendido.


Os portais começaram a se abrir, engolindo os vilões restantes.


Shigaraki lançou um último olhar para All Might.


— Você pode ter vencido agora, mas isso não acabou.


E então, num piscar de olhos, ele desapareceu.


Os alunos finalmente respiraram aliviados.


Mas Sasuke e Izuku sabiam que aquela vitória tinha sido por pouco.


Midoriya correu desesperadamente em direção a All Might. Seus olhos estavam arregalados de preocupação ao ver a fumaça começar a emanar do corpo do herói. Ele conhecia aquele sinal.


— All Might! — gritou, sentindo seu coração disparar.


Sem pensar, seus pés se moveram mais rápido. Os outros alunos, ainda confusos com tudo o que havia acontecido, instintivamente correram atrás dele.


Mas antes que pudessem se aproximar, uma barreira de concreto se ergueu no caminho.


— O quê?! — Kaminari exclamou, dando um passo para trás.


— Cementos-senpai?! — Uraraka olhou para o professor, surpresa.


Cementos estava parado ali, sua expressão séria.


— Basta. — Sua voz soou firme. — Os Senseis vão cuidar dele. Agora, sua prioridade é se acalmar e seguir para a checagem médica.


— Mas—! — Midoriya tentou argumentar, mas viu o olhar determinado de Cementos.


— Isso é uma ordem.


Os alunos se entreolharam, ainda preocupados, mas sem escolha a não ser obedecer.


Sasuke, parado um pouco mais atrás, apenas observava. Ele já sabia o que estava acontecendo com All Might, então não tentou se aproximar.


Mas, dentro de si, ele sabia…


Aquilo era apenas o começo.


..

..


Sasuke estava sentado em seu quarto, olhando fixamente para o chão, mas sua mente vagava longe. O ataque na U.S.J. ainda ecoava em seus pensamentos.


Ele se recostou contra a parede, cruzando os braços, o olhar perdido.


Shigaraki…


O garoto choroso que ele havia encontrado anos atrás, em meio às cinzas do que um dia foi sua casa. Agora, um líder de vilões, disposto a acabar com All Might e tudo o que a sociedade heróica representava.


Sasuke fechou os olhos por um momento.


Era frustrante.


Como alguém que ele havia ajudado se tornou aquilo? O que aconteceu no tempo entre aquele dia e agora? Quem o moldou para ser um inimigo da paz?


Ele inspirou fundo.


Aquela luta não estava terminada.


E se Shigaraki quisesse destruir tudo…


Sasuke estaria lá para detê-lo.


Interrompendo seus pensamentos, alguém havia batido na porta de seu quarto. 


Sasuke abriu a porta e encontrou Tsuyu parada ali, com sua expressão serena de sempre, mas seus olhos carregavam uma preocupação incomum.


— Oi, Uchiha. Posso entrar? — ela perguntou, direta como sempre.


Ele deu um passo para o lado, permitindo que ela entrasse. Tsuyu caminhou para dentro do quarto e olhou ao redor brevemente antes de se virar para ele.


— Eu queria te agradecer, ribbit.


Sasuke arqueou uma sobrancelha.


— Pelo quê?


— Por me salvar na U.S.J. Se você não tivesse trocado de lugar comigo, eu provavelmente estaria… — Ela fez uma pausa, evitando terminar a frase.


Sasuke cruzou os braços.


— Não foi nada. Eu só fiz o que qualquer herói faria.


Tsuyu inclinou a cabeça ligeiramente, observando-o.


— Você diz isso, mas eu sei que não foi um "nada". Você se arriscou bastante.


Ele não respondeu de imediato. Apenas olhou para o chão por um momento antes de levantar os olhos para ela novamente.


— E você está bem agora. É isso que importa.


Tsuyu o encarou por mais alguns segundos antes de soltar um pequeno suspiro.


— Você sempre foi assim?


— Assim como?


— Alguém que tenta carregar tudo sozinho.


Sasuke não respondeu, mas o silêncio já era uma resposta por si só.


Tsuyu apenas assentiu levemente.


— Bom… só queria dizer isso. Boa noite, Uchiha.


Ela se virou para sair, mas, antes de atravessar a porta, lançou-lhe um último olhar.


— Se precisar conversar, sabe onde me encontrar.


E então saiu, deixando Sasuke sozinho novamente.


..

..


A sala de aula estava um caos. Os alunos cercavam Sasuke, bombardeando-o com perguntas, a curiosidade estampada em seus rostos.


— Como assim você conhece o Shigaraki?! — Kaminari exclamou, boquiaberto.


— Você já teve contato com ele antes? — Yaoyorozu perguntou, franzindo a testa.


— Ei, Uchiha desgracado! Fala logo, porra! — Bakugou rosnou, irritado com o mistério.


Mesmo Midoriya, que geralmente não se metia em fofocas, olhava para Sasuke com expectativa. Todoroki, mais afastado, mantinha sua expressão impassível, mas claramente estava interessado na resposta.


Sasuke, no entanto, não parecia nem um pouco incomodado com o interrogatório. Com os braços cruzados e um olhar tranquilo, ele soltou um suspiro antes de finalmente responder:


— Não posso contar.


O alvoroço aumentou ainda mais.


— Como assim não pode contar?! — Mineta quase gritou.


— Quem te proibiu? — Iida perguntou, ajustando os óculos.


Sasuke apenas balançou a cabeça.


— Está fora do meu alcance.


O silêncio caiu sobre a sala por alguns segundos. Era claro que ninguém estava satisfeito com essa resposta, mas, pelo tom firme de Sasuke, insistir não levaria a lugar nenhum.


Todoroki foi o único que não pareceu surpreso. Ele apenas observou Sasuke por um instante antes de desviar o olhar, pensativo.


O mistério ao redor da conexão de Sasuke com Shigaraki só crescia.


– Mas apenas tenham em mente de que ele é um vilão que tem que cair. – Sasuke disse pra toda a sala, deixando todos em silêncio.


O burburinho cessou imediatamente.


Os alunos encararam Sasuke, processando suas palavras. Seu tom era frio, direto, sem qualquer hesitação.


— No fim das contas, ele escolheu esse caminho — Sasuke continuou, seu olhar sério percorrendo a sala. — E vilões devem cair.


O silêncio pesou no ar. Alguns desviaram o olhar, outros pareciam pensativos. Até Bakugou, que sempre tinha algo a dizer, permaneceu quieto por alguns segundos.


Midoriya engoliu em seco. Ele sabia que Sasuke não falava essas coisas levianamente. Havia algo muito mais profundo por trás dessa relação com Shigaraki, mas Sasuke claramente não compartilharia mais do que já havia dito.


Todoroki observou Sasuke com atenção. Ele entendia o peso por trás de suas palavras. Afinal, também sabia o que era carregar um passado complicado.


Por fim, foi Kirishima quem quebrou o silêncio:


— É... No final, ele escolheu ser nosso inimigo.


Os outros assentiram, absorvendo a realidade da situação.


A conversa sobre Shigaraki morreu ali. Mas o que Sasuke havia dito ficaria na mente de todos.

A porta da sala se abriu, e imediatamente o burburinho cessou.


Todos os alunos se viraram para ver quem havia chegado, e seus olhos se arregalaram ao reconhecer a figura na entrada.


— Professor Aizawa?! — Kaminari exclamou, surpreso.


Lá estava ele, de pé, apesar de seu corpo estar coberto por ataduras. Seu rosto ainda apresentava marcas da luta, e um de seus braços estava imobilizado, mas mesmo assim, ele mantinha a postura firme de sempre.


— Bom dia — disse ele, como se nada tivesse acontecido.


A sala ficou em silêncio por um momento. Alguns alunos trocaram olhares, incrédulos com o fato de que ele já estava ali, como se não tivesse acabado de lutar contra dezenas de vilões e quase sido morto.


— E-Ei, o senhor já deveria estar de pé?! — Uraraka perguntou, preocupada.


— Não. — Aizawa respondeu simplesmente, caminhando até sua mesa. — Mas ficar deitado não vai ensinar nada a vocês.


Bakugou soltou uma risada baixa, impressionado.


— Tsk. Esse cara é durão.


— Muito durão — Sero concordou.


Enquanto isso, Midoriya sentia uma mistura de admiração e preocupação. Aizawa claramente ainda estava ferido, mas sua determinação em continuar treinando os alunos era inabalável.


Sasuke, por outro lado, apenas observava em silêncio. Ele já esperava algo assim de seu professor. Aizawa não era do tipo que se deixava abater por qualquer coisa.


O clima na sala havia mudado. Se o professor deles estava ali, mesmo após tudo o que aconteceu, então eles também tinham que seguir em frente.


Aizawa suspirou, cruzando os braços.


— Antes de começarmos a falar sobre o Festival da U.A., há algo que preciso dizer.


A sala ficou em silêncio novamente, todos atentos às palavras do professor.


— Sei que passaram por uma situação difícil na U.S.J., algo que nenhum de vocês deveria ter enfrentado tão cedo. — Sua voz era séria, mas havia um tom de reconhecimento nela. — Ainda assim, todos demonstraram coragem e pensamento rápido. Fizeram o que puderam, e isso merece reconhecimento.


Os alunos se entreolharam. Alguns sorriram discretamente, sentindo-se orgulhosos por terem enfrentado a ameaça dos vilões de frente.


Aizawa, então, desviou seu olhar para Sasuke.


— Mas devo destacar um aluno em especial. Se não fosse por ele, nem Tsuyu, nem eu estaríamos aqui agora.


Os olhares se voltaram para Sasuke, que permaneceu calado, impassível como sempre.


— Sasuke Uchiha.


A sala explodiu em cochichos e murmúrios.


— Sabia que ele tinha sido incrível, mas não nesse nível… — Mina comentou, impressionada.


— Caramba, cara. Você salvou o Aizawa-sensei também?! — Kaminari arregalou os olhos.


Tsuyu, sentada mais à frente, olhou discretamente para Sasuke. Ela não havia esquecido o momento em que ele apareceu no lugar de Shigaraki para salvá-la.


— Você teve um papel crucial naquela batalha. Seu raciocínio rápido e suas habilidades fizeram a diferença. Bom trabalho. — Aizawa finalizou.


Sasuke apenas assentiu, sem expressar muita emoção. Ele não precisava de reconhecimento, havia feito o que achava certo.


Mesmo assim, não pôde evitar notar Kyoka, um pouco mais afastada, sorrindo discretamente.


Aizawa olhou para os alunos, percebendo que a maioria ainda estava animada com a menção ao nome de Sasuke. No entanto, ele não estava ali para prolongar esse momento.


— Certo, agora vamos falar sobre algo importante. — Ele disse, fazendo a turma se acalmar. — O Festival Esportivo da U.A. está se aproximando.


A sala ficou ainda mais animada ao ouvir isso. O Festival Esportivo da U.A. era um dos eventos mais importantes do ano, transmitido nacionalmente e assistido por milhões de pessoas. Para os alunos, era uma grande oportunidade.


— Como sabem, o Festival da U.A. substitui as olimpíadas no Japão e é uma vitrine para as grandes agências de heróis. — Aizawa continuou, sua voz firme e direta. — Os heróis profissionais observam esse evento de perto, procurando possíveis estagiários. Se quiserem garantir um futuro promissor, esta é a chance de mostrar do que são capazes.


As palavras do professor fizeram a sala se encher de murmúrios excitados. Todos sabiam o quão importante esse evento era, mas ouvir isso de Aizawa tornava tudo mais real.


— O festival consiste em três etapas principais, e apenas os melhores avançam a cada fase. Não há espaço para erro.


Aizawa então começou a detalhar as fases:


— A primeira fase geralmente é um evento de resistência, onde precisam demonstrar suas habilidades físicas e intelectuais. Pode ser uma corrida de obstáculos, um combate em grupo ou qualquer outro tipo de prova que teste sua capacidade de superação.


Ele deu uma pausa, observando as reações da classe antes de continuar.


— A segunda fase normalmente envolve algum tipo de combate estratégico, seja em duplas, trios ou times. Vocês precisarão não apenas de força, mas de trabalho em equipe e estratégia.


— E a última fase… — Ele olhou para os alunos. — Combates individuais.


O ambiente ficou pesado por um momento. A fase final era a mais intensa, onde os alunos batalhavam diretamente entre si para decidir quem era o melhor da turma.


— Cada etapa é feita para testar suas habilidades ao máximo. Vocês não podem se dar ao luxo de relaxar.


Os alunos começaram a sussurrar entre si, alguns animados, outros nervosos. Bakugou, como esperado, exibia um sorriso confiante. Midoriya parecia preocupado, enquanto Todoroki permanecia calmo e pensativo.


— Isso não é apenas um festival. — Aizawa reforçou, olhando para cada um deles. — É uma chance de chamar a atenção dos heróis profissionais e, mais do que isso, mostrar o verdadeiro potencial de cada um de vocês.


A sala inteira absorveu suas palavras.


— E antes que perguntem… sim, todos devem participar. Não há opção de desistência.


Os alunos ficaram em silêncio. Alguns já esperavam isso, enquanto outros pareciam um pouco apreensivos.


— O festival é uma tradição, e vocês estão aqui para se tornarem heróis. Se querem um futuro nessa profissão, precisam enfrentar desafios como esse de frente.


Após essas palavras, Aizawa pegou um pequeno caderno e virou-se novamente para a turma.


— As instruções oficiais e horários das competições serão divulgados em breve. Até lá… treinem. Se preparem. Não venham chorar depois se não conseguirem dar o seu melhor.


O professor finalizou, deixando a responsabilidade no ar.


O Festival da U.A. estava próximo, e nenhum deles podia se dar ao luxo de falhar.


..

..


O refeitório da U.A. estava animado como sempre. Os alunos conversavam despreocupadamente enquanto comiam, trocando piadas e discutindo sobre o Festival Esportivo que se aproximava.


— Então, quem vocês acham que vai ganhar? — perguntou Kaminari, jogando um olhar para Bakugou, Todoroki e Sasuke.


— Eu, obviamente! — Bakugou respondeu de imediato, com um olhar desafiador.


— Tão convencido… — Kyoka murmurou, tomando um gole de seu suco.


— Sasuke também é um forte candidato. — Ojiro comentou, olhando para o Uchiha, que comia sem dar atenção à conversa.


— E Midoriya? — Uraraka interveio, sorrindo para o amigo.


Midoriya se engasgou com a comida, nervoso.


— O-o que? Eu?


— Sua individualidade é parecida com a do All Might, né? Quem sabe… — Mineta comentou, apoiando o queixo na mão.


Antes que Izuku pudesse responder, um silêncio tomou conta do refeitório.


Todos os alunos se viraram para a porta quando viram uma silhueta familiar se aproximando.


Era All Might.


Seu rosto estava sério, o que era incomum. Ele normalmente tentava manter uma postura amigável diante dos alunos, mas agora parecia que algo importante estava prestes a acontecer.


— Midoriya. Uchiha.


Ele chamou diretamente, sem rodeios.


Todos da sala olharam para os dois.


Midoriya gelou. Sasuke apenas ergueu os olhos para o professor, terminando calmamente de mastigar antes de se levantar.


— Precisamos conversar.


O tom de All Might não deixava espaço para discussão.


Os alunos trocaram olhares curiosos e surpresos enquanto Midoriya e Sasuke se levantavam, seguindo o herói número um para fora do refeitório.


O que ele queria com os dois?


Próximo capítulo: Conversas 




















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