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História Ultraviolence - Sixth


Escrita por: magizc

Notas do Autor


Desculpa a demora, mas seja bem vindas as novas leitoras, comentem o que acham da fic, espero que estejam gostando <3

Capítulo 6 - Sixth


Fanfic / Fanfiction Ultraviolence - Sixth

 

Ela recostou a cabeça na parede, escondeu a lanterna e os livros, se sentiu cansada e dormiu mesmo que seja algo que dure vinte minutos, era um pequeno descanso daquilo tudo que estava acontecendo. 

CRYSTAL FOSTER 

DIA SEGUINTE

 

Acordei e notei uma luz, logo a imagem de Harry se aproximando. Será que dormi até o dia seguinte? Espero, porque já não aguento ficar aqui. 

 

– Já pode sair daqui – ele disse 

 

Me sentia fraca provavelmente por não ter comido, me levantei com cuidado, a luz me cegava mas era confortante sair dali. Entreguei os livros e a lanterna para Harry, fui até a sala e me sentei no sofá, bem mais confortável que o chão frio. 

 

– Crystal, você leu os livros? 

 

Olhei para Harry que entrava na sala, seu olhar era desconfiado, por milésimos fiquei em dúvida, então escolhi mentir. 

 

– Eu só dormi, não deu tempo de ler, por quê? 

– Nada – saiu da sala 

 

Respirei de alívio, tudo menos um novo ataque do Harry, me levantei, precisava comer. Ao chegar na cozinha, vi que havia comida pronta, enchi meu prato e comi, escutei os passos dele mas não liguei, continuei com a atenção no prato e comi até ele estar completamente vazio. 

Quando me levantei, estava de frente com Harry, parecia que ele havia me esperado terminar de comer, isso com certeza não é bom. 

– Você leu – afirmou 

– Não – neguei 

– Tenho certeza que você leu 

– Pensava que era um anjo caído, não um vidente louco – ironizei

– Não me tira do sério – segurou maxilar – última chance de falar a verdade

– Eu não li merda nenhuma, seu maluco – me soltei dele

 

Harry se afastou e sentou-se na cadeira, olhou pra mim e parecia pensativo.

 

– D. vai se livrar de você logo, está causando problemas

– Problemas? O que eu fiz?!

– Nasceu – respondeu – com pais errados e no lugar errado

– Harry olha pra mim, eu nunca fiz nada, pelo menos nada de ruim

– Isso não é problema meu

– Me deixa ir embora, por favor, eu não quero morrer

– Parece que alguém ficou desesperada – sorriu satisfeito

– Idiota – me afastei

– Ei – segurou meu braço – fica aqui, ainda não terminei

– Então fala logo

– Preciso ver sua marca 

– Pra quê? – revirei os olhos já nervosa

– Vai logo!

 

Coloquei o cabelo para o lado mostrando a marca, Harry se levantou, deslizou sua mão sob meu pescoço, causando uma dor, como se houvesse queimado, me afastei de novo e passei a mão pelo pescoço.

 

– Por acaso me queimou? Ficou ainda mais louco?!

– Não fiz nada, prometo – riu

– Então por que doeu?

– Se eu tivesse feito algo, admitiria com certeza – sorriu

– Te odeio, você sorri sempre que me vê mal

– Esse é meu trabalho – piscou

– Preciso falar com a Anne e se ela estiver mal?

– Pra ela você está viajando, não se preocupa com isso

 

Harry foi interrompido por um barulho vindo da sala, não era apenas a voz do D., e sim outra voz com um sotaque inglês carregado e parecia nervoso. Fui até a sala e D. segurava um homem que logo olhou pra mim, nunca o vi pessoalmente, mas seu rosto era familiar... exatamente igual aos das fotos que Harry me mostrou de quem ele dizia que era... meu pai.

 

– Elijah? – o chamei

 

Ele me encarou e D. desistiu de segurá-lo.

 

– Você é a Crystal, minha filha, tem que ser – se aproximou

– Sou eu – apenas consegui dizer isso

 

Ele continuou me olhando, muitos anos atrás eu pensei como seria esse dia... nada parecido com isso que estou vivendo agora, mas o sentimento imediato por ele é bem real, o abracei, não fui correspondida por um tempo, porém ele me abraçou.

 

– Essa cena ridícula me dá náuseas, melhor parar antes que eu mate os dois

– Como não avisou que ela estava viva – o encarou – me prometeu que ela tinha morrido 

– Talvez eu tenha mentido – D. logo sorriu 

– Esse garoto trabalha pra você não é? - disse se referindo à Harry – você quer corrompê-la, eu sabia que tinha alguma coisa nesse seu bom humor – se aproximou dele

– O que vai fazer? Me deve tudo que tem, eu te salvei 

– Minha filha não está em jogo 

– Blá, blá, blá – revirou os olhos – Elijah você nunca nem viu a garota... só fingir que não viu nada – disse como se fosse a coisa mais simples do mundo 

– Você é doente – eu finalmente falei algo 

– James v... 

– D.! – chamou sua atenção – pra mim chega, sai dessa casa antes que eu mate essa garota 

– D., eu te conheço, crescemos juntos, somos IRMÃOS!

– Mas quando me expulsaram, parece que esqueceu disso não é, irmão? 

– Eu tentei impedir, mas não sou eu que dou a ordem final e... 

 

Senti uma falta de ar, uma queimação bem nos pulmões, tentei respirar a todo custo, Elijah, meu pai, me segurou e sentou-me no sofá, olhou em meus olhos por segundos que pareciam minutos, a dor que eu sentia apenas aumentava com o passar do tempo, ver o desespero em seus olhos não ajudava em nada. 

 

– Vai embora, ou... fique, vê-la morrer em seus braços pode ser uma linda cena pra se lembrar futuramente – escutei a voz sarcástica 

 

Elijah saiu do apartamento imediatamente, quando eu já fechava meus olhos, a dor e a falta de ar haviam parado, relaxei meu corpo no sofá tentando me recuperar mas ainda sentia algo ruim que me causava um desespero, deixando minhas mãos trêmulas. 

 

– Vou atrás dele, cuide dela – D. disse e se retirou 

 

Harry olhou pra mim e se aproximou, tentou encostar em mim mas empurrei sua mão sentindo minhas forças se recuperarem aos poucos. 

 

– Eu quero te ajudar, só dessa vez, mas se quiser morrer logo me avisa que poupa meu grande trabalho 

 

Respirei fundo e apenas assenti, Harry me segurou no colo e me levou até o quarto, pegou um copo d'água e me entregou. 

 

– Ficar um pouco deitada depois que ele faz isso, ajuda bastante 

– Ele já deve ter feito muito isso com você, não é? – perguntei depois do primeiro gole d'água 

 

Ele não disse nada, continuou olhando pra mim de braços cruzados, mas pelo seu olhar era um nítido "sim". No fundo, por mais do ódio que sinto pelo Harry, não é o mesmo sentimento que tenho pelo D., porque eu sei que ele é apenas uma cobaia, provavelmente como meu pai, porém não quero imaginar a imagem perfeita que eu sempre criei na mente, fazendo o mesmo que Harry. 

 

– Melhorou? – ele perguntou baixo 

– Um pouco – suspirei e larguei o copo na cômoda – posso te fazer uma pergunta? 

– Já está perguntando, porém é um milagre você ser educada, então pode 

– Hum... meu pai faz isso que você faz? 

– Provavelmente, ou outro tipo de trabalho, mas se tem alguma esperança, melhor esquecer, D. não tem piedade, ele tem ódio por você e seu pai

– E você? 

– O que tem eu? 

– Odeia meu pai? 

– Não conheço seu pai 

– E à mim? 

– Talvez um pouco, mas demonstro um ódio maior porque D., me faz te odiar 

– Ele controla seus sentimentos também? 

– Me hipnotiza – corrigiu – não sempre, mas as vezes 

– Deve ser péssimo 

– Alguém que você nem conhece controlar sua mente, seus sentimentos e sua vida, por escolha sua? Magina, não é problema – ironizou 

 

Depois disso ele parecia surpreso com o que ele mesmo disse. 

 

– O que foi? 

– Rebeldia – comentou – revolta contra ele, nunca aconteceu antes – me encarou – a culpa é sua, deve estar me enlouquecendo, assim como ele! 

– Eu nem sei como faz isso – cruzei os braços – se soubesse faria você me idolatrar, então faria sanduíche e um suco pra mim, todo dia – brinquei e sorri 

 

Ele fez um sinal negativo com a cabeça, mantendo a expressão séria, odeio esse clima pesado que sempre Harry faz questão de manter, na realidade ele apenas aparenta estar descontraído quando se sente superior, isso me incomoda muito nele.

– Sua marca aumentou – olhou pro meu pescoço – por isso... maldito seja seu pai

– Parece que começou à odiá-lo 

– Porque agora tenho motivos – passou a mão pelos cabelos – com certeza eu vou ser o único fodido no final da história 

 

Fiquei em silêncio e continuei olhando pra ele, com o tempo saiu do meu quarto batendo a porta nervoso, nenhuma novidade. 

Agora fiquei em dúvida de como meu pai descobriu que eu estava ali e simplesmente apareceu? Por mais do D. (como sempre) arruinar tudo, finalmente o conheci. 

Porém eu tenho uma certeza, nem que eu morra, vou acabar com quem quer acabar comigo, isso eu prometo à mim mesma. 

 

continua...



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