Entrada do Restaurante Parran's Po-Boys Uptown,Nova Orleans/ às 23 : 07 hrs da noite
As luzes pertencentes aos carros da polícia já se faziam presentes iluminando o local com o seu resplendor.
Uma multidão de curiosos aglomerava o lugar, dificultando o trabalho dos repórteres que tentavam a todo custo entrevistar as testemunhas dos acontecimentos no restaurante
Próximo dali,na recepção do Parran's, Meliodas,Helbram e Gowther estavam sendo ouvidos pelos policiais enquanto Merlin estava tentando ligar para o celular de Diane
Meliodas : ... E então,eu ouvi um barulho muito alto vindo do meu carro e quando fui lá ver, o corpo de Mael estava lá - finalizou sua versão da história
Rou : Ok. Mas vai ser necessário todos vocês irem na delegacia para que seja registrado seus depoimentos - disse o policial - Alione ! Venha cá ! - chamou seu colega
Alione : O que foi, Rou ? gostaria de perguntar alguma coisa ?
Rou : Eles já me explicaram o que houve aqui,mas preciso levá-los lá na delegacia para finalizar os procedimentos - Disse - Só preciso saber uma última coisa : Quais foram as informações colhidas sobre a morte do cozinheiro ?
Alione : A morte do cozinheiro Twigo não foi acidental - afirmou - Alguém provocou a explosão de propósito
Rou : Será que foi a mesma pessoa que matou a vítima lá fora ?
Alione : Talvez... mas seria necessário ele subir mais de dois andares com a vítima de refém para poder atirá-la do alto e tudo isso sem ninguém perceber - Dialogou o policial - Em todo o caso,eu já solicitei as filmagens das câmeras do restaurante para identificar o assassino
Rou : Ótimo ! Assim que terminar,leve essas informações para a central. E vocês... - Disse apontando para o grupo de amigos - Venham comigo
Todos seguiram o policial até sua viatura.
Para o azar deles, tiveram que enfrentar a onda de repórteres que encheram todos eles com perguntas incompreensíveis, já que eram ditas ao mesmo tempo, impedindo seu entendimento. Com muito esforço,conseguiram romper a multidão e adentrar na viatura de Rou
Merlin : Nenhuma delas atende - disse para si mesma - Não seria melhor avisar a polícia que as duas não voltaram até agora ? - sussurrou para Meliodas e os outros
Gowther : Eu acho que é uma coisa sensata a se fazer - afirmou - elas já deveriam ter voltado
Helbram : Concordo
Rou : Sobre o que vocês estão cochichando ? - Suspeitou o policial
Helbram : Estávamos falando sobre nossas duas amigas que não voltaram até agora
Rou : A tal da "Gelda" e da "Diane" que vocês relataram nos seus depoimentos ? - todos assentiram - Ok,vou solicitar uma viatura para procurar elas - e começou a conferir pelo rádio se algum companheiro estava a disposição para procurar as duas
Quebra de tempo
A viatura da polícia se dirigia a delegacia, levando dentro dela,as quatro testemunhas para depor.
Todos permaneciam calados apenas refletindo sobre os ocorridos daquela noite
Quem imaginaria que tudo isso ia acontecer ? Era para ter sido uma noite perfeita,mas infelizmente só teve tragédias
Rou : Olha... eu sei que deve ser complicado para vocês passar por tudo isso - disse ao observar o semblante dos quatro amigos - Mas a vida é assim mesmo ! Cheia de surpresas,sendo umas agradáveis e outras não.
Meliodas : Pela sua experiência como polícial, você acha que essa noite pode piorar ?
Rou : Não posso afirmar com toda a certeza,mas creio que não - afirmou
Meliodas : Ainda bem. Já estamos cansados de coisas ruins por hoje, né pessoal ? - Todos concordaram
De repente,o rádio da viatura começou a transmitir uma voz abafada, indicando que alguém estava tentando se comunicar com Rou
Rou : Aqui é a viatura 345,na escuta. Pode falar - Disse
Cain : Aqui é a Viatura 129 respondendo a solicitação de busca, câmbio
Rou : Entendido,qual a situação ?
Cain : Algumas testemunhas disseram ter visto as duas na Bourbon Street, câmbio
Rou : Entendido,TKS. Quando achá-las me avise, câmbio - Finalizou a comunicação
Merlin : Até que enfim boas notícias - disse - tomara que achem elas logo
Rou : Provavelmente,elas serão encontradas dentro de uma hora - Afirmou - Podem ficar tranquilos quanto a isso
E assim,a conversa entre eles se encerrou. Cada um ficou perdido em seus próprios pensamentos
NOPD 5th District police station,Nova Orleans
A delegacia se encontrava em pleno caos aquela noite. Diversas ocorrências haviam sido feitas,sendo a maioria delas sobre corpos que haviam sido encontrados abandonados.
Havia policiais correndo de um lado para o outro.
Havia famílias que procuravam informações sobre a identificação dos corpos.
E foi no meio desse caos que Meliodas e seus amigos chegaram ali.
A primeira coisa que Rou fez foi guiá-los entre todo o aglomerado de pessoas para falar com o delegado Escanor. Ao chegarem lá,viram que ele tentava consolar uma das polícias da delegacia que chorava copiosamente.
Escanor : Não chore,Elizabeth - dizia para a mulher de cabelos prateados
Elizabeth : "Não chore" ??? você sabe a dor que estou sentindo nesse momento ? - disse desesperada - Ele foi morto de forma cruel,Escanor !
Escanor : Eu sei que você está sofrendo bastante,mas ficar só chorando desesperada não vai adiantar !
Elizabeth : Tem razão ! Eu tenho que ser forte, Escanor ! - afirmou pensativa - Tenho que saber lidar com essa situação !
Escanor : Exato ! É disso que eu estava falando
Elizabeth : Vou caçar esse assassino e enfiar uma bala na cabeça dele !
Escanor : É isso aí... O QUÊ ???? - arregalou os olhos espantado - Não era disso que eu tava falando ! - mas ela não deu ouvidos e se dirigiu a sala de armamento - Elizabeth ! Não está me ouvindo ? volta aqui agora ! - disse desesperado até que finalmente notou a presença de Rou e das testemunhas - Ah sim,o que deseja,Rou ?
Rou : Eu vim trazer as testemunhas do caso do Restaurante Parran's - apontou para o pequeno grupo atrás de si - Todos os quatro vão depor
Escanor : Ok. Guila ! - Chamou uma mulher de cabelos negros que estava sentada em uma das cadeiras da sala em frente - Por favor,leve essas pessoas para depor,ok ?
Guila : Certo,chefe ! Venham comigo,a sala de depoimentos é por aqui - E começou a guiá-los em direção a um corredor que ficava a direita da sala do delegado
Rou : Posso perguntar uma coisa, Senhor ? - Escanor assentiu - Porque a Elizabeth estava chorando quando eu cheguei ?
Escanor : Há uma hora atrás,uma das nossas viaturas achou o carro do namorado dela parado no acostamento da Perrier Street - Respirou fundo - Ele estava morto lá dentro !
Rou : O Gilthunder morreu ??? - disse surpreso
Escanor : Sim. Alguém virou a cabeça dele num ângulo de 360 ° graus e roubou as roupas dele - Disse indignado - Quem diabos teria força suficiente para fazer isso ?
Do nada, Elizabeth entrou na sala segurando uma Shotgun Benelli 828U. Isso assustou os dois homens de imediato
Rou : Elizabeth,o que vai fazer com isso ? - Perguntou assustado
Elizabeth : Isso não é óbvio ? Vou exterminar esse monstro que matou o meu Guil
Escanor : VOCÊ NÃO VAI MATAR NINGUÉM ! - rapidamente tomou a arma da garota - Sinto muito,mas não vou deixar você destruir a sua brilhante carreira por causa de uma vingança pessoal. Agora,senta nessa cadeira aqui e se acalme !
Em um primeiro momento, Elizabeth até quis resistir a ordem de Escanor,mas acabou se dando por vencida e se sentou,o que deixou o delegado aliviado
Escanor : Rou, você pode me trazer um copo de água com açúcar ? - perguntou
Rou : Claro,chefe. A água com açúcar realmente deve ajudar a Elizabeth a se acalmar mais rápido...
Escanor : E quem disse que é para ela ??? - disse indignado - Se eu não baixar meu estresse vou acabar tendo um treco aqui ! Vá logo buscar essa água
Então,Rou saiu correndo da sala, deixando um delegado pensativo para trás
"Será que esse dia ainda pode piorar ?", Escanor pensou
Charity Hospital,Nova Orleans / às 05 : 22 da manhã
O Charity Hospital era um hospital abandonado há muito tempo. Tudo isso por causa do terrível furacão Katrina que assolou a região em 2005 e ocasionou no fechamento da instituição. Por esse motivo,era um lugar ideal para um vampiro fazer morada
Naquele momento,em um dos quartos abandonados do local,estava uma bela jovem desmaiada em cima de uma cama.
De repente,a garota começou a recobrar a consciência e abriu seus lindos olhos violeta, começando imediatamente a analisar o local
"Onde eu estou ?",foi seu primeiro pensamento.
Lembrava que havia ido atrás de Gelda e visto ela morta no chão,quando foi agarrada por alguém que mordeu o seu pescoço...
A lembrança fez ela tremer, imediatamente colocando a mão no local por instinto
Ainda estava dolorido
King : Ainda está doendo ? - o vampiro falou, assustando Diane imediatamente
Então, finalmente ela pode ver com clareza o seu raptor.
Ele estava no canto mais escuro do quarto, sentado em uma cadeira apenas a observando .
Era muito bonito,ela tinha que admitir. Mas havia um brilho diferenciado em seus olhos cor de mel que avisava para ela do perigo que ele representava
Diane : V- VOCÊ !!! - ela gritou enquanto tentava se afastar do vampiro - FOI VOCÊ QUE MATOU A GELDA, NÃO FOI ? SEU ASSASSINO !!!
King : Isso mesmo. Eu sou o assassino de Gelda - ele sorriu
Diane : Porque fez isso ??? - As lágrimas já começavam a se formar em seus olhos - Gelda nunca fez mal a ninguém ! Ela não merecia morrer !
King : A resposta é bem simples : Eu havia prometido para o namorado dela que a mataria assim como eu o matei também - afirmou calmamente deixando Diane em choque por uns segundos
Diane : Você...matou o Zeldris também ? - Disse espantada
King : Sim,mas foi um tremendo disperdício de tempo - Alegou - Nem ele e nem a tal de Gelda tinham sangue bom
Naquele momento,Diane começou a refletir na última frase do homem
"Tinham sangue bom"... Por acaso,ele era um vampiro ? Vampiros realmente existem ???
Diane : Você é um vampiro,não é ? - Sussurrou, temendo a resposta dele
King : Sim. Mas não se preocupe, por enquanto não vou matá-la - Afirmou - Seu sangue é delicioso demais. Quero tomá-lo o máximo que eu puder,ou melhor,o máximo que você conseguir sobreviver
Diane não disse mais nenhuma palavra. Estava horrorizada demais com as palavras perturbadoras do vampiro
Tipo...
Ele queria transformá-la em uma espécie de "bolsa de sangue" ?
O vampiro pareceu entender o que se passava na cabeça da jovem
King : O que foi ? parece espantada... - e começou a rir da pobre garota - É melhor você se acostumar. A partir de hoje, você é a minha comida,entendeu ? - disse enquanto se aproximava dela
Diane : Se afaste de mim ! SOCORRO !!! ALGUÉM ME AJUDA !!! - Gritou com todas as forças
King : Ninguém vai vir te ajudar, garota - Se aproximou de Diane até que seus rostos ficassem quase colados - E mesmo se vierem te ajudar,eu matarei todos eles. Você é minha e ninguém vai te tirar de mim - afirmou
De repente,King agarrou Diane e a jogou por cima de seus ombros,a carregando para fora do quarto
sob protestos da garota
King : Não vai demorar muito para amanhecer - ele disse,sem dar ouvidos aos berros de Diane - Então,creio que seja melhor voltar a dormir
Diane : ME SOLTA,SEU... O que você disse ???
King : Que vou dormir agora. Nós,vampiros só permanecemos acordados por no máximo 12 horas - explicou - já estou acordado desde as seis da tarde de ontem - disse bocejando
Diane não podia acreditar. Isso era perfeito !
Ela tinha doze horas para tentar fugir de seu sequestrador ! A garota praticamente vibrou de alegria e esperança
Mas tudo isso foi por água abaixo quando King chegou em seu destino final :
Era um pequeno quarto com apenas um objeto em seu interior,o que assustou Diane
Diane : UM CAIXÃO ????
King : Sim. É aqui onde eu durmo e você vai dormir comigo também - afirmou - Não posso correr o risco de você fugir de mim
Diane : O QUÊ ??? - gritou desesperada enquanto King empurrava a tampa do caixão com o pé - VOCÊ NÃO PODIA PELO MENOS DORMIR NA CAMA ONDE EU ESTAVA ???
King : Nem pensar ! Daí eu correria o risco de alguém se aproveitar do meu cochilo e cravar uma estaca no meu peito - alegou - Dentro de um caixão,um vampiro fica mais protegido.
Diane : Mas...mas...- disse enquanto King a colocava no objeto fúnebre e se deitava sobre ela - e-eu tenho medo da escuridão !
O vampiro apenas riu
King : Há algo mais assustador do que a escuridão aqui com você,garotinha - sussurrou para Diane enquanto colocava a tampa sobre eles.
No meio da completa escuridão,Diane sentiu King se ajeitando confortávelmente sobre si, repousando a cabeça em seus seios.
King : Sabe... as batidas de seu coração são uma sinfonia maravilhosa para mim - afirmou - A propósito, ainda não sei seu nome. Como você se chama ?
Diane : E-Eu me chamo Diane - disse com dificuldade
King : Diane...- ficou pensativo - É um nome bem bonito para uma bela jovem como você - alegou,fazendo o coração de Diane se acelerar ainda mais por causa do elogio inesperado - Bons sonhos,minha Diane...
E ficou em silêncio depois disso. Havia dormido
Diane ainda ficou um bom tempo refletindo sobre o que devia fazer.
Achou melhor apenas tentar dormir também.
NOPD 5th District police station,Nova Orleans/ às 07 : 03 hrs da manhã
O dia já havia raiado e os raios de sol já começavam a iluminar algumas partes da delegacia de polícia.
Em um dos bancos de espera,estava Meliodas. Ele tinha decidido dormir na delegacia a fim de esperar notícias sobre a busca por Diane e Gelda. Além disso, já havia informado ao delegado Escanor sobre o desaparecimento do seu irmão.
Porém,seu sono foi interrompido por alguém que chamava seu nome
Elizabeth : Senhor Meliodas ? Acorde, senhor Meliodas !
Meliodas : Daqui a pouco eu levanto mamãe... - Sussurrou
Elizabeth : Eu não sou sua mãe,seu anãozinho loiro ! - Disse indignada - Sou a polícial Elizabeth, e estou aqui para te trazer algumas informações importantes.
Meliodas : É sobre meu irmão ??? - levantou-se em um salto - ou sobre a minha cunhada e a Diane ?
Elizabeth : É sobre ambos os casos - respirou fundo - Bem... senhor Meliodas, achamos o seu irmão Zeldris e a sua cunhada Gelda também - disse com um semblante triste
Meliodas : Ufa ! - Foi só o que disse. Rapidamente,se sentou de volta no banco e relaxou - E onde eles estão ? Na casa do Zeldris ?
Elizabeth : Eles estão mortos, Meliodas
E um silêncio absoluto se fez presente naquele momento
Meliodas só conseguia encarar a mulher a sua frente com uma cara de desespero. As palavras não conseguiam sair por de sua boca
Elizabeth : Encontramos os corpos hoje de madrugada. Todos batem perfeitamente com a descrição que você nos deu
Meliodas : Não ! Não ! você deve estar enganada ! Todos vocês devem estar enganados !!! - disse chorando
Elizabeth : Se você quiser,pode ver os corpos com seus próprios olhos - disse tristemente - Quanto a sua amiga Diane... não a encontramos ainda.
Meliodas : Deve ter morrido também... - Sussurrou - Pode me deixar sozinho,por favor ?
Elizabeth : Claro - e se afastou
E foi nesse momento de desespero e agonia,que Meliodas prometeu a si mesmo não descansar até matar os assassinos que tiraram dele as pessoas mais importantes da sua vida.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.