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História Um amor na guerra - A carta


Escrita por: infinitamenteEU

Notas do Autor


Oi galera, quanto tempo não é mesmo? Então eu estou tentando novos horizontes e fiz a fic em primeira pessoa, da uma olhada e ve se ficou bom assim a minha escrita, se gostarem eu continuo se não não...

Capítulo 2 - A carta


Fanfic / Fanfiction Um amor na guerra - A carta

Eu acho que o tempo é relativo, pois por mais que eu tenha passado apenas poucos minutos na sala de estar junto de minha e Violet, o tempos se multiplicava por 10, fazendo de minutos anos... E o pior de tudo , é que foi muito tedioso o tempo em que fiquei lá, ouvindo as duas conversar sobre o motivo do qual Violet se tornou uma atomata, duvido muito que o tempo ia se arrastar dessa for se eu estivesse com John... Mas, por ser uma menina educada decidi por conta própria que iria permanecer na sala enquanto as duas falavam.

 Mas isso não me impediu de fugir pelo pensamento, vagando em memorias antigas e recentes, me levando para perto e para longe de John. Tenho uma em especial, que guardo no fundo do coração, ela me traz esperança, nostalgia e felicidade. Me dá um sentimento de segurança, é como uma corda que eu posso me segurar bem firme e ter certeza de que não vou me afundar nas profundezas escuras do abismo da solidão. É uma promessa...

     Essa memória é doce, que ao contraria da amarga é não é dolorida de se ter, não é aquela que se quer esquecer. É aquela que nós não queremos esquecer, sabe? E uma lembrança de amor...

      Ela se passa no tempo em que eu e John éramos crianças (lá por volta dos 8 ou 9 anos de idade), nós estávamos subindo no grande salgueiro que fica logo atrás do pomar de seu Samuel (pai de John) e de frente para um riachinho raso.

    O clima estava agradável, típico de uma primavera, nem muito quente nem muito frio, mas já o suficiente para procurarmos uma sombra para descansar depois de um dia inteiro de brincadeiras. John estava em um dos galhos do salgueiro comendo uma maçã que aviamos pego de macieira que fica na curta (mas nem tanto assim) estrada que liga as nossas casas.

   Eu estava sentada no chão encostada no tronco da arvore, e enquanto pensava, nós dois assoviávamos a melodia de uma música qualquer que ouvimos por ai... Minha mente como de costume vagueava por lembranças, ideias e pensamentos como o de que era bom estar ali junto de John e de como eu queria ficar ali pra sempre, de como eu queria que o tempo parasse...

   Foi então que algo terrível me ocorreu... “E se não formos assim para sempre? ”... Só de pensar na ideia já me deu um aperto enorme no coração e entrei em desespero, pois não queria perder meu amigo, como hoje não quero perder meu amor...

    Então, com toda a minha coragem resolvi perguntar...” John, o que você vai fazer quando crescer? ”...  Sem perceber a pontada de tristeza em minha voz ele se pois de pé no galho, olhou para o horizonte e disse... “vou ser o maior explorador desse mundo”... falou olhando agora para o céu...” vou vagar pelos oceanos e continentes em busca de tesouros e segredos perdidos no tempo, igual as histórias que meu pai nos conta! ” Falou até empolgado.

    Meu pequeno coração já apertado se estreitou mais ainda, e sem conseguir segurar comecei a chorar feito um bebe, chamando a atenção de John para mim... “Ei o que foi, Bet? ”... Perguntou pulando do galho e sentando-se ao meu lado, passando o braço direito nos meus ombros e me puxando para si... “ Não chore, sabe que não gosto de te ver chorar...”

    Como nunca menti e nem escondi nada de John, resolvi que a melhor coisa seria falar a verdade então comecei a fala... “ é que você vai me deixar sozinha aqui e vai viajar pelo mundo” ...falo com a voz meio embargada.

John olha surpreso e confuso para mim...” Se é esse o motivo, está chorando atoa”...fala ainda me encarando com os seus lindos olhos...” Pois nunca falei que te deixaria aqui sozinha, você é a minha melhor amiga e sempre vais ser! Então não se preocupe, pois comprarei um barco e eu, você e a ameixa viajaremos pelo mundo a fora! ”... Falou sonhador.

   ...” Acho que uma gatinha mimada como a ameixa nunca entraria em um barco”... falo pensativa.

 ...” Então teremos de ir de carroça”... fala ele dando risada e me puxando para uma também, minutos depois, eu acabei dormindo encostada no ombro de John, e nesse momento me senti protegida e ama. Me senti bem, como a muito não sinto.

                (^_^)

         Depois de andar pelo belo caminha cheio de arvores e que sempre me vem o cheiro de amoras silvestres (é por que tem amoras silvestres por lá, talvez?), me dei com o grande campado que tem o velho posso, lugar que também me traz doces lembranças...

         Ao chegar no posso me sento na beira e começo a puxar a corda que prende o balde que antigamente pegava a agua, mas que agora só me traz as cartas e desenho que John me manda. Quando o bale já está alcançável, o agarro e retiro de dentro dele uma velha caixa de madeira que antes era rosa com detalhes azuis, ela retinha o presente que John me deu antes de partir, um belo par de sapatos azuis que combina com o meu vestido perfeitamente ( por ser tão especiais os uso só em ocasiões especiais), mas agora infelizmente a bela caixa de madeira esta desbotada da cor...

      Dentro dela encontro vários papeis, entre eles está um desenho que acho incrível, é de minha mãe arrumando o meu cabelo para o casamento do meu irmão mais velho, que agora mora na cidade. Minha mãe acha que ele nos abandonou e sofre muito com isso, eles nunca se deram bem mas sempre se amaram, já meu pai acha que ele fez a coisa certa de viver uma vida fora da nossa fazenda, espreitando novos horizontes, ele até fala que se tivesse a idade de Daniel faria a mesma coisas, só que eu sei que ele nunca deixaria mamãe e a fazenda para traz, pois isso é tudo para ele.

   Pego o desenho e aprecio o seu belo talento, é incrível o jeito dele traçar o lápis no papel e sair algo que parece real e quase perfeito.... Como é talentoso!

   Guardo de volta na caixa e tomo coragem de abrir o envelope que carrega a carta, e reconheço instantaneamente a caligrafia de John, ponho-me a lê-la...

         

   “Querida Elizabet Hanson...

           

               Queria que você estivesse aqui, pois essa calmaria melancólica me dá arrepios, meu pelotão não está na guerra (como você já deve saber...), pois ficou como reserva ou coisa do tipo  estratégia militar...), mas temo que vamos entrar em guerra logo, pois a tenção que os meus superiores está cada vez mais acirrada.

             Mas não é motivo para se assustar, sei sobreviver nas trincheiras, já sobrevivi uma vez, então sobreviver duas é moleza, não é?

            Sabe, minha mãe me mandou uma carta, e por mais que ela tente ser forte por mim, deu para perceber que o medo e a tristeza já fazem parte da rotina dela, tenho medo de ser assim para você, sempre me pego pensando... “ Será que estou reconfortando ela? ”... Tenho medo de encontrar você e não ver mais aquele brilho tão apaixonante que tem nos seus olhos. Sabe que eu nunca gostei de te ver chorar, não é Bet? Então eu te peço mesmo para não chorar por mim, pois estará chorando atoa, pois eu vou voltar, vou sim e por você, pois mesmo que eu tenha que matar cada nazista para te ter de novo em meus braços!

             Bom, estou vendo as estrelas agora e me lembrando das vezes em que fugíamos de casa e íamos para o campo do velho posso ver as estrelas e acabávamos dormindo lá... era muito bom, doce tempo que não voltará mais, não é?

      Olha, o tempo está curto e o cansaço está batendo, então vou encerrando por aqui, mas se prepare por que não vai se livrar de mim por tanto tempo... te amo muito!!!

           O.B.S.: Queria um favor seu, gostaria que fizesse companhia para minha mãe e minha irmã, para acalmar o coração delas, por favor!

                                                                                Assinado... John Scarly... que ama muito Elizabet Hanso”


Notas Finais


tomara que tenhão gostado e prometo lançar o novo cao logo!!!


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