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História Um Amor Para Sempre - Omega?


Escrita por: Yan-chan

Capítulo 10 - Omega?



–Você é o Maty? -pergunto calmo, mesmo estando com ciúmes. É apenas uma criança.

Yara levanta-se e me olha, sorrindo lindamente. Meu coração quase para. Como ela é linda sorrindo.

–Carlos, esse é o meu bebe. -ela olha a criança, que está todo sujinho. Roupas velhas, rostinho imundo. O que aconteceu com eles?

–Ola Maty. -digo sorrindo e fico de joelhos, cara a cara.

O engraçado é que o garoto fica sério, me analisando. Isso por uns 3 segundos, mas logo depois sorri lindamente e me abraça. Que gracinha. Já me apaixonei por ele.

–Mamãe, ele é seu companheiro né? -pergunta olhando sua 'mãe'.

–Sim querido. Ele é. Gosto dele? -pergunta como se desse a maior importância de todas.

–Sim. Ele é o ideal pra você, por isso soube. -sorri e abraça Yara.

–Então crianças. -chamo todos, incluindo Yara, que pra mim é uma criança. -Vamos pra casa? Agora vocês dois moraram com agente. –sim, esclareço logo as coisas. Ela é shifter então sabe o que acontece quando companheiros se encontram.

Bastou falar isso que meus três sobrinhos começaram a gritar e fazer a festa abraçando Maty. Rimos muitos com eles. Yara ficou do meu lado, e encosta delicadamente sua cabeça no meu ombro. Isso significa que ela gostou de mim? Tomara, pois já estou amando-a.

Entramos no carro e Maty fica no colo de Pitta. Sim, Pitta o amou e fez questão do menos ficar em seu colo.

–Maty como você saiu daquela sala? Você me deixou extremamente preocupada. Pensei que tivessem te achado. -diz Yara virando pra trás.

–Querida, coloque o sinto e não vire assim pra trás, pode ser perigoso. -peço carinhoso e ela me obedece.

–Mamãe, eu me teletransportei. Você disse que isso poderia acontecer, né? Então eu me foquei nisso. Não queria ficar mais nenhum segundo lá. Tava muito sujo. -diz fazendo biquinho.

–Mas Maty, podiam ter te pego, meu amor. Imagina... -Yara fica um pouco desesperada e coloca as mãos no rosto.

Não queria vê-la assim, por isso coloco minha mão em sua cocha e aperto, dando-lhe força. Yara respira fundo e coloca uma mão na minha.

–Depois conversaremos sobre isso, ok?! -falo.

–Claro.

Então chegamos. Meus sobrinhos, principalmente Pitta, já estava super amigo de Maty. Pego a mão de Yara, que fica vermelha com a atitude, e vejo os meninos brigarem para quem daria a mão para Maty. No fim, fora Pitta de Cris. Entramos e na sala já havia todos os moradores da casa, já sabendo da novidade e super preocupados.

–Carlos, o que houve? -Josh é o primeiro a se pronunciar ao levantar do sofa ao lado de Ely.

–Longa história, alfa. Essa é a minha companheira, Yara.

Na mesma hora que falo a palavra 'alfa', Yara aperta minha mão com uma força mais que necessária. Parecia nervosa. Então, todos ficam em silencio. Ela olhou para Maty, que se mantem sério e olhando para Josh.

–Maty? -pergunta, super nervosa.

Matheus a olha sério, mas logo sorri. Deixa as mãos e corre até ela, abraçando suas pernas, que era onde ele alcançava.

–Mamãe, eles são todos do bem e não faram nada com agente. Gostei muito dessa cidade e não quero mais viajar. Vamos ficar aqui, ok? -sorri lindamente, sendo pegue no colo por Yara.

–Ah querido. Que bom, que bom. -ela o abraça e vejo cair algumas gotas de lagrima.

–Então, ele é seu filho? -pergunta Ely super animada e pulando, querendo chegar até Maty e apertar suas bochechas sujas.

–Sim, e não... -Yara diz colocando o filhote no chão. -Acho melhor contarmos, não é Maty. -sorri e pega a mão do pequeno.

–Vamos, vamos. Quero falar com a fada. -ele ri e puxa Yara pela mão até chegar a Ely.

–Como ele sabe que sou uma fada? -ela pergunta super feliz e surpresa, abraçando o pequeno e pegando-o no colo.

–Eu sou um Ômega. -ele conta rindo, mas todos na sala paralisam.

Um ômega? Como assim? Pensei que estivessem extintos a eras.

–Por favor, conte-nos mais detalhadamente, senhorita Yara. -pede Josh de boca aberta.

–Sim. -ela diz, mas senti imediatamente que cambaleou. Acho que está tonta. Seguro sua cintura firmemente.

–Alfa, podemos conversar amanhã? Ela não parece se sentir muito bem e os dois estão muito cansados e sujos. -peço olhando nos olhos do meu amigo Josh, que sorri e acena com a cabeça.

–Claro, meu amigo. Descansem e amanhã esclarecemos toda essa situação. Mas senhorita Yara, seja bem vinda e todos aqui estamos felizes pela sua chegada. Parabéns Carlos. -fala sorrindo, como um bom amigo e alfa. Sorrio e volta e aceno.

–Vamos? -pergunto a Yara.

–Sim. Querido? Vamos amor. -estende sua mão para o ruivinho lindo que diz ser seu filho.

–Sim mamãe. -obediente, segue o fluxo junto a sua 'mãe'.

Os levo até meu quarto, que é bem espaçoso e há um sofa cama. Alem da minha cama que é King, dando assim para dormir umas cinco pessoas.

–Então... Posso dar um banho no Maty? -pergunta tímida.

–Sim, claro.

Vou até o banheiro, começando a encher a hidromassagem, sei que vão amar. Coloco aromatizantes e produtos bem legais para pele. Volto pro quarto e vejo que os dois estão olhando atentamente. Sabia que nunca haviam tido contato com uma casa tão bem organizada. Não sei nem se estão fugindo de algo e por isso não tem casa. Mas vou descobrir amanha, pois quero aproveita-los hoje. Pra mim não importa isso. O importante é ter os dois aqui.

–Crianças. Podem ir. A banheira já está pronta e da pros dois. Há produtos na borda pra vocês usarem. Sabonetes líquidos, shampoo, condicionador. Eu vou pegar as toalhas e colocarei em um banco que vocês verão quando entrar. É só fechar a porta que tem na banheira que não verei vocês. Ok?!

–OOOK. -grita Maty animado e corre para o banheiro.

–Maty, seja educado. -repreende Yara, mas depois ri com a euforia do menino. -Nunca o vi assim. Está muito feliz por termos encontrado um lugar seguro. -diz me olhando.

–Quem é ele? Seu filho? -não contive minha curiosidade.

–Na verdade, é meu irmão. Nossos pais morreram assassinados há exatos três anos, ele tinha apenas um. Então tenho tomado conta dele. Chamo-o de filho e ele me chama de mãe, mas sabe que sou sua irmã.

–Entendo. Vocês moravam em algum lugar? Desculpe a pergunta, é que estou curioso e preocupado.

–Tudo bem. É compreensível. -sorri. -Na verdade não. Temos dormido na rua faz um tempo. Estava trabalhando, e com isso ele dormia no meu trabalho e o dinheiro era apenas para alimentação. Ele nunca foi à escola. E nem poderia. Somos quase nômades por causa dos poderes de ômega dele.

–Os poderes são tão intensos assim?

–Sim. Assim como os meus. Mas eu consigo controlar e por isso ninguém sabe. Mas ele não. É apenas uma criança. Por isso acham que eu estou protegendo-o e não faço parte de sua família. Por isso aquele alfa quis me matar. Acho que eu estava escondendo-o, porque só ele tem poderes, mas eu também tenho. -ela parecia muito triste ao falar.

–Mas agora eu garanto. Vocês estarão protegidos. Nosso alfa é o melhor de todos. Nossa matilha só não domina o restante por puro desprezo. E todos sabem disso. Ninguém se mete com agente. Só se for louco.

–Ah, isso é muito bom saber. -disse relaxando um pouco. -Obrigada, mesmo. Agora confio em vocês. Meus poderes estão adormecidos, mas os de Maty não. Então, ele dizendo que posso confiar, sei que posso.

–Obrigada. Isso significa muito pra mim. -digo sorrindo. -Agora vai lá. Vou pedir uma roupa emprestada para Ely. Sofia é um pouco mais cheinha, então acho que ficará larga em você. Que ela não me escute. -digo por fim fazendo-a rir.

–Ok. Obrigada mesmo.

–E também trarei uma roupinha de Pitta pra Maty. Sei que ele vai gostar. Amanha faremos compras pros dois no shopping. Precisam de objetos pessoais e roupas. E vou pedir para arranjarem mais uma cama no quarto dos meninos. Finalmente Pitta terá uma companhia da sua idade. Ele fica estressado porque os irmãos já estão falando de meninas e ele não quer nem saber. -mais uma vez ela ri.

–Criança é muito bom. E realmente, Pitta é bem mais novinho que os irmãos. E amou o Maty. Mas... Tem certeza que podemos ficar aqui? -pergunta receosa.

–Mas é claro. Você é a minha companheira. É comum logo depois que nos encontramos, irmos morar juntos. Tudo bem você dormir aqui comigo hoje, junto com Maty?

–É... -ela fica tímida e com vergonha. Com certeza é virgem.

–Eu dormirei naquele sofa ali. Ele é sofá-cama. -sorrio.

–Não. Que isso... Nos dormiremos ali. Você dorme na sua cama.

Vou até ela e lhe dou um beijo na testa super carinhoso.

–Calma. Quero o melhor pra vocês. Durma na minha cama que eu durmo no sofa. Não me importo nem um pouco. -sorrio encorajando-a.

–Ok. Mas eu não estou bem com isso. -diz fazendo um biquinho irritado, muito fofo.

–Ok senhorita biquinho fofo, vá tomar banho, que Matheus já deve ter sujado toda a banheira. Pode usar o chuveiro se quiser.

–Obrigada novamente. -pede e vai andando. Claro que dou uma boa olhada no seu físico. Que corpo lindo. E é uma coelha, segundo ela mesmo havia dito. Quero vê-la transformada.

Vou até o quarto dos meninos e começo a atiça-los, dizendo que Maty agora fazia parte da família. Fui até o banheiro deles e peguei uma toalhinha de Pitta, super fofa e de menino. Vou ao quarto de Sofia e peço se poderia por mais um cantinho para Maty no quarto dos meninos, o que prontamente aceitaram. E Sofia ainda fez questão de me emprestar uma toalha rosa linda dela. Agradeço e vou em direção ao quarto de Josh.

Primeiramente peço desculpas ao meu alfa, como um membro da matilha. Sei que deveria ter dito antes de traze-la. Mas então Josh me da uma bronca, dizendo que a casa era minha também e que ele deveria me dar uns bons tabefes por cogitar pedir permissão para minha companheira ficar. Ely, como sempre, fora gentil e começou a pegar várias roupas dela para emprestar a minha companheira. Eu e Josh só riamos de seu afobamento. Estava completamente afoita. Pegava tudo que via pela frente. Chinelo, calcinha nova, sutiã novo, vestido (e ela só tem vestido por seu uma fada), roupas de dormir, e acredita que até escova de dente ela deu? E ainda disse que gosta de comprar a mais, pois sempre acontece algo e tem novo.

Eu não aguentava em mim de tanta felicidade. Estava realmente encantado com minha companheira. Volto pro quarto e entro no banheiro. A porta da hidromassagem estava fechada, mas nem por isso deixo de escutar os barulhos de lá de dentro. Pareciam duas crianças. Gritavam, brincavam, pulavam e jogavam agua para tudo quanto é lado. Eu ri muito, mas também não queria fazer barulho e estragar a diversão deles.

Saio e corro para a cozinha. Já passou da hora do jantar, mas não sei onde estão às sobras e nem sei como esquenta-las. Minha noção de cozinha é mínima. Isso se não for nenhuma. Mas então, a salvação chega. Ely entra saltitante com seu vestido rodado e diz que precisa pegar uma papinha para Cintia. Mas claro que lembrou que eu não jantei. Ela sabe que não gosto de comer na rua. Só as crianças comeram. Lembrando disso ela quase da um grito, pois também se lembra de Yara e Maty.

–Vou fazer algo leve e gostoso para eles comerem.

–Mas Elen, é quase meia noite.

–Mas vocês ainda não comeram.

–Mas você vai fazer comida meia noite?

–Querido, querido. Eu aaaamo fazer comida. Faço até 4 horas da manhã se alguém quiser. Não me importo. -ia dizendo, pulando e dançando, rodeando "SUA cozinha", como gosta de chamar, e pegando os ingredientes.

–E ai... Decidiu se vai fazer faculdade de gastronomia?

–Ah Carlos. Amo estar aqui com vocês. Se eu fizer faculdade o que eu mais amo não farei. Não poderia cozinhar todos os dias para o deleite dos meus amores.

Depois dessa, sorrio e me calo. Ela é uma graça. Fico observando sua agilidade e tento ajudar, mas ela da um berro e diz que ninguém meche na cozinha DELA.

Rindo, saio de lá, indo pro meu quarto. Abro a porta e tenho uma visão incrível. Yara está de toalha olhando para todos os lados. Nem vejo Maty pelados correndo ao seu lado pra lá e pra cá. Vejo apenas ela. Mas então o pequeno cai de bunda no chão, ainda pelado, e nos três ficamos rindo.

–Maty, aqui sua roupa. -digo e pego a roupa de Pitta. -Querida, aqui a sua. -entrego a dela também. -A calcinha e sutiã são novos. Há duas escovas novas lá na pia pra vocês.

–Brigada papai. -Maty grita e corre para o banheiro com sua roupa.

Apenas com essa fala, me faz paralisar. Simplesmente paraliso. Ah... Como eu queria ser chamado de papai. E agora eu sou. Já amo o Maty como sendo meu mesmo. Sorrio pensando, a vida não podia ser melhor. Da noite para o dia tudo muda. Fico tão feliz que a mudança foi pra melhor.

–Carlos? Tudo bem? Desculpe por ele ter te chamado de papai. Não gosto, né? -pergunta ela a minha frente, com um misto de suspeita e apreensão.

–Se eu não gostei? Como posso não ter gostado? Sempre quis ser chamado de papai. Estou tão feliz. -sorrio e abraço minha pequena menina.

Por incrível que pareça, ela também me abraça.

–Carlos. Eu não sei, mas... Eu sinto como se estivesse te esperando há tanto tempo. E estou tão feliz que você tenha me aceitado mesmo sendo ômega.

–Mas isso não tem nada haver. Você tem poderes e isso é lindo. Depois quero vê-los, e em falar nisso... Também quero ver sua transformação. Um coelho, não é?

–Sim. -ela ri e se retira do meu abraço. -Somos coelhos. Eu e Maty. Vou te mostrar agora, aproveitar que estou sem roupa. Ok?

–Estou ansioso. Quero te abraçar. Deve ser muito fofa.

Ela ri alto e olha para Maty, que está se arrumando e dançando ao mesmo tempo.

–Preparado? –pergunta voltando a olhar pra mim.

–Eu nasci preparado pra você, meu amor. -afirmo fazendo-a rir novamente.

–ok.

Notas Finais


Fantasmas comentem please v_v'
Bjsss


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