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História Um amor silencioso (Gaara) - Maldito Kankuro


Escrita por: UchihaGabby

Capítulo 36 - Maldito Kankuro


Contamos todos os acontecimentos a Sayuri e Fuyuki, sem ocultar nenhum detalhe. Talvez tenhamos deixado de lado só um ou outro, apenas os acontecimentos mais superficiais deixamos de lado. 

Felizmente quando eu cito o Yashamaru, Karura já tinha se cansado da conversa e ido brincar no quarto. 

Sayuri ficou sem reação. Contei o que ele tinha me dito - e o que não tinha me dito, mas eu sabia por causa do anime - sobre a missão de testas o Gaara e depois deixar a vila. 

— Que filho da... — Kankuro fecha o punho. — É claro que tinha que ser algo dele, sempre é culpa dele. — me surpreendo, Kankuro não costuma expor muito seus sentimentos, mas não está ocultando a raiva pelo falecido pai nesse momento. 

De alguma forma a morte do kazekage mexeu com ele. 

— Foi tudo um teste? — perguntou Sayuri. — Ele atacou o Gaara, quase o fez sucumbir ao Shukaku e deixou uma criança traumatizada por acreditar ser o responsável por sua morte, tudo por causa de um maldito teste do kazekage? — ela esbravejou. — Como ele pode ter sido tão idiota. 

— Meu pai era um grande idiota. 

— Não estou falando do kazekage, ele foi um desgraçado, isso sim. Idiota foi o Yashamaru! Ele simplesmente seguiu essa ordem para que? Provavelmente foi o kazekage que passou ao Orochimaru a informação que Milena era a chave para o Shukaku. — disse ela fora de ri, irada. 

— Ele foi mesmo um tolo, mas estava tentando proteger o Gaara do seu modo. 

— Milena, não ouse defender esse homem. — disse Sayuri firme. — Ainda bem que ele não veio com vocês, eu não sei o que faria se o visse. Animal manipulável, mentiroso! Mentir é algo que ele faz muito bem não é? Atuou como um monstro naquela noite e continua mentindo e mentindo! — percebo que não é relacionado apenas ao Gaara. 

É sobre ela e Yashamaru. É algo que ele disse ou fez para ela. 

— Calme-se. — disse Fuyuki abraçando a irmã. 

— Me acalmar? Como pode me pedir isso? Você estava certo em não gostar do Yashamaru. Ele é um mentiroso nojento. 

— Se revoltar agora não muda o passado e nem o presente. Ele fez merda, ele está vivo em alguma lugar por aí e o kazekage está morto. Mas você tem a Karura, não se esqueça da sua filha. — Sayuri suspira. 

— Ela foi a única coisa boa que veio do Yashamaru. — murmurou. 

Me levanto e vou abraçar Sayuri. 

— Não fica assim, ele é mesmo um idiota. — digo a ela que corresponde meu abraço. 

— Usa voz é tão doce meu anjo. — disse ela. — Amo muito você minha pequena. 

— Eu também amo você... Mãe. — digo meio envergonhada me afastando. 

— Precisamos ir, pelo estado do corpo do meu pai eles querem fazer o enterro o mais rápido possível. — disse Kankuro. 

— Vou pegar a Karura, podem ir na frente. — disse Sayuri. 

— Nós esperamos você. — disse Fuyuki e ela assentiu.

— Acha que ela vai ficar bem? — perguntei. 

— É tão estranho ouvir você falando, com vocês três tagarelando é agora que eu não tenho sossego. — ele sorri. — A Sayuri é forte, ela vai ficar estranha por uns dias, mas logo ficará bem. Mas sendo bem honesto... — ele suspira. — Ela só vai ficar bem mesmo, depois de ter uma conversa franca com ele. O que eu duvido que vá acontecer tão cedo assim. 

Suspirei. 

— Ele jogou tudo fora para cumprir essa ordem do meu pai. — disse Kankuro. 

— Realmente. Perdeu o amor dos sobrinhos, perdeu uma mulher incrível e perdeu a chance de ver a filha crescer. — disse Fuyuki antes de suspirar.

— Vamos? — Sayuri voltou com a filha nós braços. 

— Vamos! 

(...)

Já faziam duas semanas desde o enterro do quarto kazekage. Eu só me lembro que naquele dia, eu não larguei a mão do Gaara enquanto eles enterraram seu pai. 

Teve um discurso de como ele foi um grande líder e um grande pai, mas pela expressão dos irmãos Sabuka em seu enterro, não concordaram muito com aquilo. 

Assim como Fuyuki tinha dito, Sayuri ficou estranha pelos próximos dias. Ficou mais distraída eu diria, pois tentava sorrir a todo instante. 

A Vila da Folha e a Vila da Areia retomaram a aliança, após os ministros decretarem que o nosso kazekage havia sido morto pelo Orochimaru que logo em seguida assumiu sua identidade, forçando nossa vila a atacar a Folha. 

Tinha meias verdades nisso. Para evitar um conflito, que poderia gerar uma guerra, a Folha aceitou a aliança. 

E fiquei sabendo que a Folha já tem uma nova hokage. Parece que o Naruto e o Jiraiya encontraram a Tsunade. 

Nós por outro lado... Estamos sem um kage para nos liderar. Os ministros estão tomando contra de tudo, enquanto não escolhem o Quinto Kazekage. 

Eu só sei que vai ser o Gaara, mas não sei como que ele será escolhido. É assustador pensar, mas se no Shippuden, com uns 16/17 anos, o Gaara já era kazekage, isso significa que ele assumiu esse posto tendo a idade que tem agora.

E isso é assustador! Uma criança como kazekage? 

Certo que ele se tornou/vai se tornar um grande kazekage. Mas não é muito cedo para dar tamanha responsabilidade a ele? 

E por falar no Gaara, eu quero matar o Kankuro! 

Desde que ele me falou sobre a possível paixão do Gaara por mim, eu tô vendo coisa onde não tem. E comecei até a pensar se eu não teria desenvolvido esse sentimento por ele. 

É algo complicado de entender, afinal eu sei que amo o Gaara, sempre amei, desde a época que ele não passada de um personagem fictício. Depois o amei como um amigo, quando vim para cá. 

Sim, já me imaginei casada com o Gaara, tendo filhos com ele e fazendo outras coisas, mas isso já tinha passado pela minha cabeça quando ele era de um mundo fictício! 

E isso só me confunde. Afinal esse sentimento é real ou não? 

Que vontade de matar o Kankuro por colocar isso na minha cabeça. 

— Millie. — dei um salta ao ouvir meu nome. 

— Gaara não brota assim do chão que você me mata. — falo colocando a mão no peito. 

— Desculpe. — ele diz com um sorriso. — Millie... Lembra-se que eu perdi uma aposta? 

— Que aposta? 

— Aquela que se o Naruto ganhasse eu te comprava um lamen. 

— Ah! Eu tinha me esquecido.

— Sei que o lamen daqui não é como o do Ichiraku, mas o que acha de eu te pagar um? — perguntou e meu rosto corou.

Isso não era um encontro, né? 

Claro que não era, ele tava cumprindo a aposta. Maldito Kankuro que me deixou confusa! 

— Tá, vamos. Mas você vai me comprar duas tigelas. 

— Duas vão virar quatro, que vão tirar oito. — murmurou. — Certeza que você me levará a falência. — eu rio. 

— Não exagera, eu não como tanto assim. 

— Ah, mas você come. — ele ri quando chegamos ao restaurante e pede duas tigelas de lamen. Uma para mim e uma para ele. — Depois que terminar eu peço outra, assim você não come gelado. 

— Esperto você. — digo o olhando. — Agora me fala porque tá com essa cara. 

— Que cara? 

— Essa cara de quem está com dor de barriga no meio de um encontro e com vergonha de ir ao banheiro. — ele me olha com os olhos arregalados e eu coro. Okay, péssimo exemplo. — Não que isso seja um encontro! Eu só... Você entendeu! — maldito Kankuro! 

— Entendi. — ele cora e desvia o olhar. — Você me conhece bem mesmo. 

— Cê tá com dor de barriga?

— Não! — disse rindo. — É que... Me fizeram uma proposta hoje. 

— Eu não deixo. — ele arregala os olhos. — Você tá muito novinha para namorar ou casar! Eu não deixo não viu. — ele ri, com o rosto corado. 

— Não é nada disso não.

— Eu sei, mas você parece tenso e gosto de te ver sorrir. Agora me diga, o que te proporam? 

— Aqui está. — o garçom nos serviu e logo se afastou. 

— Os ministros me chamaram hoje na antiga sala do meu pai. — contou ele enquanto comecei a comer meu lamen, ele apenas encarava o seu. — Eles querem que eu seja o Quinto Kazekage. — parei de me mover por um segundo e então o encarei, abaixando as mãos e largando o prato. 

— Quinto Kazekage, é? — sorrio. — E o que você disse? 

— Não está surpresa? — perguntou surpreso. 

— Eu mesma disse esses dias que não duvidaria que você virasse o kazekage, só não imaginei que fosse tão cedo. — mentira né, mas a gente finge que não sabia de nada. 

— Ah... — ele abaixou a cabeça e sorriu. — Parece que você tem um bom palpite sempre, né? — dou de ombros. 

— Tenho palpite de sorte. — vamos fingir que é isso, né. — E o que você disse? 

— Ai é que tá, eu não disse, eles me deram um tempo para pensar. 

— Quanto tempo? 

— Não sei, eles só disserem que me dariam um tempo. 

— Eu acho que você devia aceitar. 

— Eu não quero me tornar igual meu pai. 

— Seu pai não é a regra Gaara. Como eu disse naquele dia, acredito que você possa ser o melhor kazekage que a Areia já viu.

— Você é sempre bem exagerada. 

— Estou falando sério! — ele suspira. 

— Millie... Você acha mesmo que a aldeia vai aceitar a decisão dos ministros? — perguntou. — Um jinchuriki não pode ser kazekage. Eles vão ser contra, vão me odiar e isso irá gerar caos dentro da própria aldeia. 

— Pode ser que não aconteça. 

— Mas pode ser que aconteça! 

— Honestamente? Acho que ninguém pode ser um kazekage melhor do que você. — digo a ele. — Gaara você entende os outros, você esteve sozinho e conheceu o pior lado da vila, por isso eu sei que você saberá como conserta-la. E um dia, todos irão ama-lo. 

— Alguém como eu não pode ser amado. 

— Não se atreva a repetir isso. Eu amo você! — digo firme e percebo ombros me moverem de forma diferente, como se sua respiração estivesse pesada. — E seus irmãos também! — me apresso. 

Maldito Kankuro! Me fazendo ver coisas onde não tem. 

Ou será que tem? 

Ah! Não aguento mais essa confusão na minha cabeça. 

— Vocês é diferente, nunca me viram como um monstro. 

— Seus irmãos já viram você como monstro sim. — ele baixa o olhar. — Seu pai fez isso, mas naquele dia, que nós quatro brincamos juntos, eles perceberam que você não era nada aterrorizante. 

— Isso foi graças a você. — ele forçou um sorriso. 

— Mas precisamos ser realistas, ele temiam você por culpa do seu pai. Eles só viam o Shukaku, nunca o Gaara. É a mesma coisa com o resto da vila. Eles se esquecem que jinchurikis também são humanos. — ele sorri. — Pensa a respeito, você seria um ótimo kage. 

— Prometo que vou pensar. 

— Ótimo. Aproveita e me paga outro lamen enquanto pensa que o meu acabou. — ele ri. 

— Eu nem toquei no meu ainda! 

— Ah não tenho culpa, quero outro. — com uma expressão divertida, ele pede outro. 

Ficamos mais algum tempo ali, comendo, conversando e rindo. Deixamos de lado o assunto de ser kazekage e falamos sobre outras coisas. 

Eu sempre me sinto tão leve conversando com ele, me divirto tanto. Ele nem se parece o Gaara do anime. 

Na verdade, ele não é mesmo. Sim, é a mesma pessoa de certa forma, tem os mesmos traumas, mas o meu Gaara se livrou da solidão mais cedo, então seus traumas não são tão profundos e ele não é tão fechado com sentimentos. 

Quando deixamos o restaurante, logo vemos Temari e Kankuro gritando, chamando por nós. 

— Gaara, Millie! Finalmente achamos vocês. — disse Kankuro. 

— O que aconteceu? — perguntei preocupada pelo estado deles.

— A Folha está com problemas e pediram nossa ajuda. — contou Temari. 

— Problemas? 

— Parece que Sasuke Uchiha deixou a vila para ir em busca do Orochimaru. A Quinta Hokage pediu nossa ajuda. 

Ai meu Deus! Ele já está indo atrás do Orochimaru? 

— Precisamos ir. — falei e Gaara assentiu. 

— Baki Sensei e os ministros foram avisados, vamos só nós quatro nessa missão. Vamos logo. 


Notas Finais


Gente eu errei a idade, era para a Milena e o Gaara terem 13 anos na prova chunnin. Como eu errei foi 11 aninhos mesmo.

Eu ia por o nome do capítulo como "confusa" ou "o quinto kazekage", mas ela repetiu tanto "maldito Kankuro" que não deu para resistir 😂


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