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História Um amor turbulento - Tobirama - Maldição hereditária


Escrita por: Haniyashiki

Notas do Autor


Substitui o S/n por Natsumi. Podem manter o nome que escolheram para a personagem, não me importo se não for o que escolhi. Só fiz isso para tirar essas letras mesmo e espero que não se importem ^^

Capítulo 57 - Maldição hereditária


Fanfic / Fanfiction Um amor turbulento - Tobirama - Maldição hereditária

Alguns dias antes do Clã Uzumaki chegar em Konoha, o calendário marcava o dia 12 de fevereiro, um dia após o incidente com os ninjas da Cachoeira no porto do País do Redemoinho. 

Também era manhã de uma sexta-feira, um dia frio como todos os outros da estação, e nove horas era o horário que Hajime se destinava à cozinha para saciar a fome que se acumulara em seu corpo desde que chegou, na tarde de ontem, em casa.

Ele encontrou um sanduíche em um prato na geladeira, se sentou na pequena mesinha de centro da sala e, enquanto comia, percebeu que algo estava errado com sua irmã. Na maioria das vezes, Natsumi acordava antes dele e até agora não havia sinais dela pela casa. 

"Ontem ela teve uma missão bem problemática, talvez acorde tarde por causa do cansaço, mas e se eu estiver errado? Acho melhor conferir."

Hajime nem terminou de comer seu café da manhã e foi ver sua irmã. A encontrou dormindo, suando e fazendo uma expressão nada boa, era nítido que estava sentindo muita dor.

Hajime: Natsumi-chan disse enquanto a balançava devagar, tentando acordá-la com um semblante preocupado.

Ela abriu os olhos e sentiu um ardor muito intenso por um tempo prolongado, não aguentava nem se mexer na cama direto, que a dor persistia.

Natsumi: Você está bem? perguntou como se nada estivesse a incomodando.

Hajime: Sim, mas você parece que não. 

Natsumi: Que bom. Forçou um sorriso que não deu muito certo.

Hajime: O que está sentindo? 

Natsumi: Muita dor de cabeça, um ardor infernal no machucado e mal-estar; também acho que estou com febre e não consigo me mexer direito sem sentir dor. 

Hajime: Vou agora mesmo chamar o Madara.

Natsumi: De pijama? 

Hajime: Vai ser menos tempo de sofrimento que terá que aguentar se eu for com ele. 

Natsumi: Tudo bem.

Hajime saiu correndo do quarto e foi, literalmente, voando até o hospital usando sua Invocação. Se fosse correndo, gastaria 15 minutos e ele não queria que sua irmã passasse todo esse tempo sentindo dor. 

Hajime: ─ Nori, fique aqui, eu não vou demorar. 

Nori: ─ Certo, pode ir.

Depois de deixar seu falcão numa rua afastada da área hospitalar, correu para o hospital e entrou apressado. Perguntou na recepção se Madara estaria ocupado com algum paciente e quase aconteceu um acidente depois de ter uma resposta negativa da recepcionista, Hajime havia virado o corredor e por pouco não esbarrou em Madara.  

Madara: Você já se esqueceu de que tem que ficar atento ao andar por aqui? Além do mais, por que veio de pijama?

Hajime: É que eu preciso da sua ajuda urgentemente!

Madara: O que aconteceu?

Hajime: A Natsumi-chan se feriu na missão de ontem e está sentindo muita dor. 

Madara: Venha comigo ─ ordenou dando meia-volta, e Hajime o acompanhou, às pressas, até o consultório. O que causou o ferimento? ─ perguntou tirando o jaleco que usava.

Hajime: Eu não sei. As únicas coisas que posso dizer é que a vi tremendo e suando muito. Além disso, ela disse que estava com muita dor de cabeça, mal-estar e o resto eu esqueci. 

Madara: Deve ser uma inflamação, agora eu já sei o que fazer. 

Madara colocou todos os utensílios médicos que iria precisar em uma maleta e saiu do hospital na companhia do Hatake.  

Hajime: Madara, venha por aqui! ─ alertou andando extremamente rápido, quase correndo.  

Madara: ─ Por quê?

Hajime: Deixei minha Invocação esperando, nós temos que voltar com ela. 

Madara: ─ Então vamos lá. 

Depois de se encontrarem com a Kuchiyose, voaram para a casa dos Hatakes, entraram e foram imediatamente ao quarto de Natsumi.

Hajime: ─ Natsumi-chan, trouxe o Madara ─ admitiu aproximando-se de sua cama.

Natsumi: ─ Obrigada.

Madara: ─ Como pensei, sua coxa está mesmo inflamada ─ disse depois de desenrolar as ataduras. ─ Vai ter que tratar melhor no hospital, agora eu só posso aliviar os sintomas e dar um jeito para que você aguente até lá.

Natsumi: ─ Tudo bem, só de fazer essa maldita dor parar já é um alívio para mim. 

Madara usou o Shōsen Jutsu (Jutsu da Palma Mística) para reter o leve sangramento e curar a dor de cabeça. O chakra verde que saía de suas palmas cessou, e a líder agradeceu pela ajuda. 

Madara: ─ Antes de ir ao hospital, precisamos dar um jeito nesta febre. 

Hajime: ─ Eu vou buscar o balde com água e um pano. 

Madara: ─ Tudo bem. E aí? Como conseguiu esta proeza? ─ perguntou depois do Hatake sair. 

Natsumi: ─ Um ninja me atacou por trás com uma espada e fez um belo de um estrago como pôde ver. 

Madara: ─ Isso é meio difícil de acreditar. Você notaria alguém se aproximando. 

Natsumi: ─ Acontece que ele passou até pelos sensores de Tobirama. 

Madara: ─ Que estranho.

Natsumi: ─ Até ele não acredita que isso aconteceu.

Madara: ─ Mudando de assunto, notei que você e, principalmente, Hajime estão esquisitos hoje. O que houve?  

Natsumi: ─ Ontem nós perdemos o Eiji, um membro do time dele, para os ninjas da mesma vila que nos atacaram na missão. 

Madara: ─ Agora está explicado. E que vila é essa?

Natsumi: ─ Vila da Cachoeira. 

Hajime: ─ Cheguei ─ alertou entrando no quarto e colocou o balde perto da cama.

Madara: ─ Vocês estão num momento delicado agora, mas talvez as coisas melhorem com a notícia que vou contar ─ disse enquanto o Hatake torcia o pano encharcado e o colocava na testa de Natsumi. ─ O objetivo da missão de uma semana que tivemos que realizar era de encontrar uma cura para a Yuriko-san em outro país, nós concluímos a nossa meta, e a paciente recobrou a consciência e não possui nenhuma chance de ter a doença novamente. 

Os dois irmãos se olharam com uma felicidade enorme, e Hajime não se conteve em abraçar Natsumi mesmo que estivesse deitada.

Hajime: ─ Quando a minha tia vai poder voltar para casa? 

Madara: ─ Em breve. Ela já passou por alguns exames e mais tarde irá fazer outros só para garantir e provar que tudo está bem, mas depois dos resultados, ela vai ser liberada.

Natsumi: ─ Que alívio. Isso vai levar mais ou menos de 15 a 20 dias, né? 

Madara: ─ Exatamente.  


P.O.V  MADARA


Hajime ficou tratando da febre da irmã, e eu retornei para o hospital. Eu teria que ficar observando a Yuriko-san e acompanhar todos os exames que ela teria que fazer e, para isso, eu não poderia ficar por muito tempo na casa deles.

À tarde, acompanhei a paciente em seu tour pela área verde hospital, nós tínhamos acabado de realizar alguns exames; e ela não queria voltar tão cedo para a cama. Depois desse passeio, deixei-a no quarto e segui para o laboratório/sala dos pesquisadores.

Soube por Itama que Kazuki vai embora depois de amanhã, no dia 14, mas antes disso, preciso falar com a paciente sobre a doença que possuía. 

O problema é que estou muito preocupado com a saúde dela. Se eu vier com uma pergunta dessa, talvez seu corpo não responda positivamente. Por outro lado, também não posso perguntar depois que Kazuki voltar para seu país, visto que posso precisar dele e não quero que seja tarde quando isso acontecer. Até dá para fazê-lo voltar à Konoha, mas a burocracia que tem por trás disso não é nada animadora, então a melhor hora para aproveitar de suas habilidades é enquanto ainda está na vila.

O lado bom é que a mãe da Natsumi aparenta estar super bem, mas ainda assim preciso ter cuidado com o que vou falar. Vou ser cauteloso quando começar com o assunto, contudo, se eu perceber que isso será um problema, paro na mesma hora e espero até estar mais seguro independentemente de Kazuki estar aqui ou não. 

Estava anoitecendo quando decidi ir ao quarto dela, a cumprimentei enquanto lia um livro numa cadeira perto da janela; e ela virou o corpo na minha direção depois de cessar com a leitura. Yuriko-san me cumprimentou de volta e deixou o livro fechado no colo. 

Madara: Como está se sentindo?

Yuriko: Estou super bem. Me respondeu com um sorriso radiante. 

Madara: Não sente alguma dor ou incômodo? 

Yuriko: Não mesmo. 

Madara: Yuriko-san, preciso te fazer uma pergunta, mas primeiro eu quero saber se está preparada porque ela pode ser muito forte e pode mexer bastante com seus sentimentos. 

Yuriko: Faço uma ideia do que seja. Pode perguntar. 

Madara: Tem certeza? 

Yuriko: Tenho. 

Madara: Os pesquisadores e eu queremos saber se a senhora já sabia da existência dessa doença.  

Yuriko: Sim, eu já sabia. 

Como suspeitamos.

Madara: Pode me contar sobre ela?

Yuriko: Eu não sei quando ou como esse maldito distúrbio surgiu na minha família, apenas sei que ele existe há muitas gerações e que ninguém conseguiu contê-lo ou achar uma cura. Uma hora ele chegava e levava a vida de todos, era conhecido como uma maldição e até outras pessoas deixavam de se relacionar com a minha família para não contrair essa doença. E, através disso, eles foram morrendo até Hajime e eu sermos os únicos que restaram da família.

Madara: Teve algum motivo para não nos contar?

Yuriko: Eu achei melhor que não soubessem, uma vez que seriam apenas informações irrelevantes que os deixariam pressionados.

Madara: Isso foi arriscado, mas não vale a pena ficar remoendo. Sobre os sintomas, você sabe ou já chegou a ver alguém que chegou no estágio do coma?

Yuriko: Não. Eu nunca soube disso porque a expectativa de vida quando alguém descobria que estava doente era de mais ou menos um mês. Então ninguém conseguia sobreviver além desse tempo.

Madara: Me sinto aliviado por conseguirmos estender esse um mês em nove. E os sintomas? Tem algum padrão entre eles?

Yuriko: Em meio às variações, os sintomas mais recorrentes são desmaios, fraqueza e dor de cabeça, esses foram todos os que andei observando nos meus familiares… Madara, algum dia essa doença vai aparecer em Hajime, eu quero estar atenta quando isso acontecer e peço a você e aos pesquisadores que cure-o antes de ter um filho. Eu quero muito pôr um fim nessa maldição, ela já custou a vida da minha família inteira, e Hajime deve ser o último a sofrer com isso. Por favor, me ajude a acabar com isso de uma vez por todas.

Madara: Pode deixar, nós vamos estar aqui quando isso acontecer e vamos dar um fim nela por vocês dois. Sorri gentilmente para ela. ─ Nós vamos curar Hajime, pode ficar tranquila. 

Yuriko: ─ Obrigada, muito obrigada mesmo. 

Madara: ─ De nada. Agora vou deixar a senhora descansar. Até amanhã.

Yuriko: ─ Até. 

Saí do quarto e fui contar aos pesquisadores sobre o que descobri para depois fazer um relatório.

Satoru: ─ Esta história seria uma das melhores se não fosse tão trágica. 

Itama: ─ Satoru!

Satoru: ─ Mas é a verdade. 

Madara: ─ Deixando isso de lado, seria uma boa ideia se falássemos com Kazuki para dar uma olhada em Hajime?

Satoru: ─ Você está se esquecendo de um detalhe nisso tudo aí. 

Madara: ─ Qual?

Satoru: ─ O processo só foi possível porque a Yuriko-san já estava "infectada". Graças a isso, foi possível que as novas células se adequassem às delas e outras tinham a função de substituir as defeituosas. Sem a doença, o chakra novo não vai ter o que substituir.

Madara: ─ Tem razão. Mesmo que ele olhasse não daria em nada... Andou mesmo lendo os relatórios, né? 

Satoru: ─ Claro, os pesquisadores sempre têm que ficar atentos. Itama, está vivo? 

Itama: ─ Estou só observando vocês. Então é isso, Madara, não podemos fazer nada a não ser que Hajime adquira a doença.

Madara: ─ Infelizmente. Vai comigo levar o Kazuki-san no domingo?  

Itama: ─ Vou, eu disse que iria. 

Madara: ─ Só não esquece de levar pílulas de gengibre a mais. 

Itama: ─ Ah, pode deixar, vou levar até em excesso. 

Satoru: ─ Quase morreu pelo enjoo, né? 

Itama: ─ Você parece feliz com isso. 

Satoru: ─ Ah, claro que não, eu só queria ver a sua cara mesmo. 

Itama: ─ Obrigado pela consideração. 

Madara: ─ Vocês são uma dupla e tanto, mas agora eu preciso ir. Tchau para vocês! 

─ Tchau! ─ disseram ao mesmo tempo. Eu retornei para a minha sala e comecei a fazer o relatório.



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