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História Um amor turbulento - Tobirama - Vítimas


Escrita por: Haniyashiki

Capítulo 62 - Vítimas


Fanfic / Fanfiction Um amor turbulento - Tobirama - Vítimas

P.O.V  HASHIRAMA

Ainda na mesma semana que recebi a resposta da Vila da Cachoeira, enviei outra carta propondo um dia para realizarmos a reunião, e eles concordaram que seria no dia 05 de abril. 

Apesar dos problemas, fiquei feliz de saber que meu irmão foi mais outras vezes com a Natsumi ao hospital até o ferimento dela estar cem por cento curado e com a notícia de que a Yuriko-san recebeu alta do hospital no início do mês de março. 

Depois, tenho que tirar um dia para conversar com ela e ver se vai querer continuar com as missões ninja igual fazia antes ou se vai aceitar minha proposta de atuar como investigadora na Divisão de Inteligência de Konohagakure. Como ela é uma Yamanaka, tenho certeza de que vai se dar muito bem nesse trabalho, e, talvez, ela e o senhor Tatsuo formem uma boa equipe junto com os outros ninjas sensoriais.

Hoje era dia 15 de março, o sol já estava se pondo quando deitei na mesa, apoiando minha cabeça em cima dos meus braços cruzados, apenas pensando na hora de ir para casa. Faltava pouco tempo e, como não tinha mais o que resolver hoje, comecei a refletir sobre tudo que estava acontecendo. 

Desde o ano passado, meu trabalho e minha preocupação triplicaram. A tensão das nações menores com as possíveis expansões territoriais do País da Terra fica me deixando constantemente preocupado e ainda tenho que conferir algumas pendências com o Clã Uzumaki. 

Além disso, tenho que arrumar uma nova equipe para a Hyuuga Akane e só estou aguardando uma boa oportunidade para encaixá-la em alguma. Ainda tem o time de Kawarama e Hajime para ser completado, porém não quero que a minha família e que os Hatakes tenham algum envolvimento com aquela mulher. 

Eu ainda não falei com Tobirama sobre isso e nem quero. Ao invés dele, falei com Madara, e ele e Tōka relataram sobre a necropsia dos ex-companheiros de time da Hyuuga. As suspeitas deles têm sentido, mas não tem provas suficientes, o que dificulta saber se ela tem mesmo alguma relação com as mortes dos ninjas.

Se for levar o relatório em conta, ela seria apenas uma vítima dos dois homens que os atacaram quando retornavam para Konoha; no entanto, o que Tōka e Madara disseram têm muito peso, e não posso simplesmente ignorar.

Nós três pensamos juntos e chegamos a uma conclusão, é uma suposição que pode ser verdade, onde acreditamos que a Akane quer ficar mais uma vez próxima de nós. Para isso, ela poderia ter ligação com a morte de sua equipe para poder se encaixar no lugar de Sarutobi Eiji. 

Se esse for o caso, ela estaria me forçando a tomar essa decisão, uma vez que são os únicos times que estão parados e incompletos. Se mexer nos outros para trocar de membro, eles ficarão desequilibrados; e não quero correr o risco de perder mais ninjas por causa de algo assim. 

Estou numa rua sem saída. Confesso que é uma boa oportunidade para saber o que ela pretende com essa aproximação, mas também vou estar fazendo exatamente o que ela quer e não será nada bom se Tobirama voltar a ser como era antes. Ele está bem melhor agora, e não desejo nunca que isso mude. 

Essa aproximação dela com os Uchihas também me preocupa bastante. É horrível começar a desconfiar de um clã, mas como Madara também suspeita, não posso desconsiderar suas palavras. 

Tōka me disse que o genjutsu que os ninjas foram pegos não teria sido facilmente detectado, então significa que a Akane ou qualquer outra pessoa que esteja ou não envolvida com ela não sabe nada sobre o que descobrimos. 

E se eles acham que não sabemos de nada, dá para ficar um passo à frente e aproveitar a chance para obtermos informações, mas… vale a pena mesmo deixar que ela chegue perto? 

Para finalizar as preocupações, recentemente o Clã Hagoromo entrou em contato. Se tudo der certo, eles serão novos habitantes de Konoha, e os preparativos já têm que ser feitos. 

Ah, é tanta coisa! Minha cabeça parece que vai explodir. 

De repente, escuto Daichi bater à porta, ordenei que entrasse, e ele perguntou se eu estava bem quando me viu deitado sobre a mesa. Me endireitei e pedi para que falasse o queria dizer.  

Daichi: ─ Senhor, Daisuke, Arata e Hiromi foram atacados agora a pouco e já estão indo para o hospital.

E os problemas acabaram de aumentar; no entanto, não vou permitir que o inimigo fuja igual aconteceu quando atacaram o líder dos Yamanakas.

Hashirama: Chame ninjas que estão disponíveis agora mesmo para irem atrás do agressor, ordene que alguns vasculhem Konoha e que outros saiam pela floresta; e não se esqueça de chamar Mako para pegar o relatório de Daisuke no hospital.

Daichi: Sim, senhor!

Quarenta minutos depois que Daichi saiu para cumprir minhas ordens, Mako apareceu e entrou na minha sala.

Mako: Hokage-sama, com licença. Ela fechou a porta e se aproximou da minha mesa.

Hashirama: O que descobriu?

Mako: Os dois líderes e Arata foram atacados por três ninjas do País das Fontes Termais quando estavam na casa de Daisuke-san. 

Hashirama: Todos estão bem?

Mako: Em geral, sim. Entre os três, o mais ferido é o líder dos Namikazes. Ele quebrou uma perna durante o confronto, e os outros dois estão com ferimentos leves.

Hashirama: Eles descobriram ou sabem de algo que possa ter motivado os ninjas a atacaram?

Mako: Não, senhor.

Hashirama: Ok, muito obrigado.

Mako: Com licença.

Minha assistente saiu da sala, e três ninjas apareceram para relatar sobre os inimigos.

Fiquei aliviado pelos shinobis do País das Fontes Termais terem sido encontrados, mas fiquei decepcionado ao saber que se mataram quando viram que estavam sem saída. Agora, só resta esperar pela autópsia de seus corpos para ver se descubro alguma coisa. 


P.O.V  NATSUMI


Já estava anoitecendo quando Hajime chegou avisando sobre o ataque que Daisuke e os Inuzukas sofreram. Ele tinha ido levar Harumi em casa depois que passaram a tarde toda com a gente e voltou correndo para me dar o recado.  

Me levantei do sofá bruscamente e resolvi ir até o hospital. 

Natsumi: Hajime, não vai vir? perguntei calçando um tênis que deixei no genkan.

Hajime: Claro que eu vou.

Yuriko: Vocês dois, tomem cuidado! O inimigo ainda deve estar à solta! gritou da sala. 

Natsumi: Ok. 

Hajime: Pode deixar. 

A neve já estava começando a derreter e logo a primavera iria chegar, por isso, tivemos cuidado ao andar pelas ruas até chegarmos no hospital. Ao entrarmos, vimos Madara passeando pela recepção e nos encontramos com ele.

Madara: Eu sabia que vocês apareceriam por aqui mais cedo ou mais tarde. 

Natsumi: Claro, eu me preocupo bastante com eles. 

Hajime: Sabe onde estão?

Madara: Sei, é por aqui. 

Nós o seguimos até um quarto, ele se despediu da gente e nos deixou a sós com os Inuzukas, que estavam com curativos espalhados pelo corpo e alguns arranhões.  

Natsumi: Como estão?

Hiromi: Bem respondeu sentada na cadeira de frente para a mesa, e Arata estava em pé. 

Esse "bem" está muito estranho. 

Hajime: Ela está perturbada com alguma coisa sussurrou na minha orelha.

Natsumi: Percebi confirmei aos sussurros. E você, Arata?

Arata: Só estou um pouco dolorido, mas vou ficar bem.  

Natsumi: Que bom. Cadê Aomaru e Shiro? Não os vi em lugar algum. 

Arata: Foram para casa. Eles também estão doloridos e cansados. 

Hajime: ─ E Daisuke?

Arata: Parece que ele está em outra sala engessando a perna, e a Harumi está esperando por ele no consultório desse mesmo médico.

Hajime: Entendi.

Natsumi: Credo! 

Estremeci quando lembrei do tempo que tive que andar com muletas por causa da entorse, e pensar que Daisuke também pode sofrer com isso ou com cadeira de rodas, me deixa agoniada.  

Arata: Está tudo bem?

Natsumi: Ah, está sim, eu só pensei demais. Vocês estavam de saída?

Arata: Sim, nós já fomos liberados.

A Hiromi está muito estranha. Tirando Haji, ela é a que mais fala entre nós e até agora só falou uma palavra. Estou preocupada com ela e também estou curiosa para saber o que aconteceu. O jeito que ela olha para o nada, como se tivesse em seu próprio mundo, está me deixando aflita. 

Natsumi: Arata, vamos ali rapidinho? 

Arata: Vamos.  

Natsumi: Haji, fique de olho nela, tá? interroguei sussurrando.

Hajime: Tá. 

Passando pelo corredor, vimos Tobirama se aproximando, ele nos cumprimentou com um aceno e seguiu seu rumo sem falar nada.

Arata: Por que me chamou aqui, Natsumi-chan? perguntou quando paramos ao lado do filtro de água, que se localizava num espaço pequeno e distante, era um lugar perfeito para que ninguém nos ouvisse.

Natsumi: Porque estou preocupada com a Hiromi. Afinal, por que ela está daquele jeito?

Arata: Acho que algo a surpreendeu. 

Natsumi: E o que seria?

Arata: Daisuke-san.

Natsumi: O que ele fez?

Arata: Daisuke-san não era para estar com a perna quebrada, era para a minha prima estar. 

Natsumi: Então ele se sacrificou por ela? 

Arata: Isso mesmo.

Natsumi: Que fofinho! 

Arata: Por acaso você está torcendo para que eles fiquem juntos? 

Natsumi: Pode apostar que sim.

Arata: Também estou torcendo para que isso aconteça.

Natsumi: E pelo jeito que a Hiromi ficou, me fez acreditar ainda mais que ela está gostando dele. 

Arata: Ela gosta, só que não quer admitir. 

Natsumi: Aí complicou, mas se Daisuke precisar de ajuda com a perna, eu tiro a Harumi da jogada e você coloca a sua prima, ok?

Arata: Vai fazer isso mesmo?

Natsumi: Claro. 

Arata: Tô dentro!

Natsumi: Está combinado então. Olha, eu não queria falar nada, não; mas... cadê o seu cabelo, Arata?! 

Arata: ─ Ah, eu resolvi cortar, estava grande demais.

Natsumi: Ah. 

Arata: Por quê? Não ficou bom?  

Natsumi: Não é isso, eu só não vou poder fazer tranças maiores nele. Enquanto eu falava, escutei passos de alguém se aproximando.  

Arata: Mas ainda dá para fazer. 

Natsumi: É, tem razão. 

Tobirama: Ei, vocês dois.

Natsumi: Tobirama? 

Tobirama: Daisuke quer falar com vocês.

Natsumi: Ah, sim, obrigada. 

Tobirama seguiu na frente, e nós fomos atrás dele. 

Natsumi: Não se esqueça do que falei, tá? perguntei em tom baixo.

Arata: Eu não vou, não se preocupe. 

Vi Tobirama olhar de relance para trás. Pelo que pude ver, sua expressão era neutra, e ele continuou andando e sem falar nada pelo corredor.

Que estranho, hoje ele está muito quieto e também parece estar desconfiado de algo.

"Eu só vim ver como Daisuke e a Hiromi estavam, mas por que esse cara tinha que estar junto?"



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