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História Um amor turbulento - Tobirama - Encontro dos líderes


Escrita por: Haniyashiki

Capítulo 92 - Encontro dos líderes


Fanfic / Fanfiction Um amor turbulento - Tobirama - Encontro dos líderes

04 de junho, sexta-feira

O dia da reunião com os líderes de clãs chegou num piscar de olhos, e todos eles ocuparam uma sala específica para esse tipo de conferência no prédio do Hokage. 

A reunião não foi demorada, uma vez que sua função era apenas informativa, o objetivo era deixar os 17 líderes por dentro do assunto sobre a possível guerra que o mundo ninja enfrentaria, se o Hokage não a tivesse contido.

Hashirama pediu desculpas por ter deixado todos, exceto seu irmão, de fora dessas questões e por ter demorado a contar sobre algo tão importante, garantiu que todos estavam seguros e falou sobre os acordos que fez com o País da Terra e com as pequenas nações. 

Alguns líderes ficaram insatisfeitos devido ao atraso do aviso e protestaram indignados com as grandes perdas que o País do Fogo sofreu, questionavam o Hokage e exemplificavam situações hipotéticas que poderiam ter acontecido. Já outros, pensavam ao contrário e estavam satisfeitos com os resultados, afinal, todos saíram ganhando ao evitar derramamento de sangue.

E se caso, realmente, houvesse a Primeira Guerra Mundial Ninja? O que os shinobis fariam ao saber sobre um acontecimento tão inesperado desse? Eles teriam tempo de se prepararem? Estariam fisicamente e emocionalmente prontos para encarar este tipo de conflito? Konoha teria verba suficiente para arcar os custos da guerra?

Essas foram as perguntas feitas pelos líderes frustrados, e, mais uma vez, Hashirama pediu desculpas. 

Aquele falatório todo já começava a irritar algumas pessoas, inclusive Natsumi, que resolveu se pronunciar mesmo que saísse malvista. 

Natsumi: ─ Hokage-sama, me desculpe pelo que vou dizer ─ começou a falar erguendo-se da cadeira ─, mas eu não concordo com isso!! ─ exclamou com um alto tom de voz enquanto batia os punhos fechados sobre a mesa.

Tobirama, Madara, Daisuke, Hiromi e até o próprio Hashirama se assustaram com o barulho feito e ficaram perplexos com aquela atitude. Eles sabiam que Natsumi era explosiva com Hajime, mas nunca tinha demonstrado ser assim com outras pessoas ou em alguns tipos de situações.

Hashirama: ─ Natsumi-san? ─ perguntou observando atentamente a ira estampada em seu rosto. 

Natsumi: ─ Hashirama-sama, eu sei que o senhor fez e ainda faz de tudo pelo bem-estar de todos e não se restringe apenas aos habitantes de Konoha, também sei que não gosta de conflitos; mas você não precisa pedir desculpas duas ou três vezes para amenizar essa situação, uma vez já é suficiente. O senhor, como um bom Hokage que é, fez o que achou certo e o resultado foi positivo, não foi?

Hashirama: ─ Sim.

Natsumi: ─ Então, líderes, que estão falando abobrinha, tem como vocês se porem no lugar dele? Como agiriam se tivessem que cuidar das pessoas da vila, das missões, dos ataques que três líderes sofreram, da entrada de novos clãs, de sua própria família e ainda possuir o extremo cuidado com o que faz e com o que diz para evitar uma guerra?

"Essa é a minha garota!" 

Tobirama pensou. 

"Está certíssima! Esses líderes aí são um bando de mal-agradecidos!" 

Madara sorriu satisfeito, sem mostrar os dentes para sua amiga.

"Natsumi, nunca achei que fosse explodir aqui." 

Daisuke refletiu.

"É isso aí, Natsu! Continue! Esses velhos têm que comer poeira!" 

Hiromi, definitivamente, era a pessoa que mais se divertia com aquilo. 

"Hatake Natsumi está muito 'solta' pelo meu gosto." 

O líder do Clã Shimura pensou, com os braços cruzados e com uma carranca na cara.

Todos ficaram calados por alguns segundos, e o líder do Clã Shimura resolveu quebrar o silêncio ao se levantar.

─ E você sabe o que sobre isso? Esteve ao lado do Shodaime-sama para acompanhar o andamento de tudo? Ou está querendo nos ensinar a como agir?

Natsumi: ─ Não preciso ser um gênio para compreender os esforços do Hokage, não é? 

"Toma essa!" 

Hiromi exclamou internamente.

"Eu nunca imaginei que ela fosse ter esse lado determinado e decidido. Natsumi exala rigidez e fala sem sentir-se coagida e sem ter medo do que vão pensar a seu respeito. Eu achei que ela fosse uma pessoa mais influenciável e fraca, mas já vi que as aparências enganam. Enfim, foi bom ver esse lado impulsivo dela, visto que tenho que ter mais cuidado com sua pessoa se eu quiser que as coisas deem certo." 

Hagoromo Senichi ponderou e voltou a prestar atenção nas palavras da líder.

Natsumi: ─ O senhor tem razão, eu não estive ao lado dele para saber o que estava acontecendo, mas como eu estava dizendo antes, tenha um pouco de empatia e se ponha no lugar dele. Todos aqui sabem como é difícil e cansativo liderar um clã, agora imagina gerenciar uma vila? Por favor, a guerra foi evitada, isso não é suficiente? Ou querem receber alguma notícia melhor que essa? 

"Ela tem razão, mas eu não queria que a reunião terminasse assim." 

Hashirama respirou fundo e deixou que a líder continuasse com a exposição de suas opiniões.

Natsumi: ─ O Hokage pode até ter cometido um deslize, mas agora eu quero que levante a mão quem nunca fez isso. ─ Os líderes inconformados se entreolharam e permaneceram quietos, no entanto. ─ Como imaginei. Obrigada pelo seu trabalho duro, Hokage-sama, era só isso mesmo que eu queria falar. ─ Natsumi sorriu e voltou a se sentar em seu lugar como se nada tivesse acontecido.  

Hashirama: ─ Obrigado por tudo, Natsumi-san. Bem, o objetivo principal dessa conferência era deixá-los informados sobre tudo que aconteceu com as vilas. Eu não falei nada a vocês antes porque eu não queria causar tumulto, já bastava os conselheiros e eu estarem tensionados com a situação, e não vi vantagem em deixá-los do mesmo jeito. A situação estava sob controle, por isso a omiti; no entanto quero que saibam que, de todo jeito, vocês saberiam de tudo, pois tenho que ser transparente com vocês. 

─ Pensando bem em tudo isso, o senhor fez o que achou ser mais adequado, e agora eu consigo entender melhor o seu ponto de vista. Me desculpe pela desordem, Hokage-sama. ─ O chefe do Clã Shimura se desculpou e voltou a se sentar.

Hashirama: ─ Estou feliz que tenha conseguido me compreender. De qualquer forma, não se preocupem com erros, vou fazer de tudo para que eles não sejam cometidos novamente. E como esse assunto era muito pesado e preocupante, ele precisava ser dito cara a cara e foi por essa razão que eu os convoquei aqui. A reunião está encerrada, estão dispensados!

Os líderes se levantaram em silêncio e três deles deixaram a sala depois de olhar Natsumi com uma expressão séria, a qual foi uma das últimas pessoas a sair e seguiu imediatamente para casa. À tarde, se preparou para o treino que iria ter e se encontrou com Tobirama no campo de treinamento de sempre.

Natsumi: ─ Oi, Tobi! ─ Cumprimentou-o animada enquanto se aproximava.

Tobirama: ─ Oi! Está mais calma?

Natsumi: ─ Com certeza. 

Tobirama: ─ E que surto foi aquele de mais cedo, hein?

Natsumi: ─ Eu não aguentei ficar vendo aqueles líderes sendo incompreensíveis com o Hokage. Como estou tendo que lidar com alguns problemas no clã, sei bem como ele deve ter se sentido e isso me fez perder as estribeiras.

Tobirama: ─ Você o quê?

Natsumi: ─ Ah, é! Eu não te contei ─ confessou meio sem jeito.

Tobirama: ─ Por que não me disse que estava tendo problemas desse tipo?

Natsumi: ─ Não achei que seria do seu interesse. 

Tobirama: ─ Natsumi, nós somos amigos, não?

Natsumi: ─ Somos. 

Tobirama: ─ Amigos ajudam os outros, e eu estou disposto a te ajudar no que for possível. Além disso, tenho mais experiência nessa questão de liderança e posso te nortear em algumas coisas. 

Natsumi: ─ Me desculpe por não ter contado nada antes. 

Tobirama: ─ Tudo bem, esquece por enquanto. 

Natsumi: ─ E o treinamento? ─ perguntou vendo-o se sentar num tronco. 

Tobirama: ─ Vamos começar quando você terminar de me contar o que está acontecendo.

Natsumi: ─ Entendi.

Tobirama: ─ Sente-se. ─ A ninja fez o que ele queria e começou a explicar:

─ No início do mês passado o Clã Hatake começou a ficar bem agitado, eu não sabia direito o que estava acontecendo, mas, com o passar do tempo e com a ajuda da anciã, notei que a família estava ficando dividida no que diz respeito à minha liderança. Agora, neste instante, apenas metade do clã me apoia.

"Não há dúvidas! Essa situação contribuiu para que ela ficasse tão fragilizada no sábado passado."

Tobirama: ─ Por quê? Fez algo de errado para isso acontecer?

Natsumi: ─ Que eu saiba, não.

Tobirama: ─ Já teve reuniões com os que estão contra você?

Natsumi: ─ Teria, se eles me ouvissem... Já me esforcei bastante para contornar a situação, mas o meu esforço foi completamente para o ralo. Eu queria que esse fosse o único problema, mas infelizmente ainda tem mais.

Tobirama: ─ E eu achando que não podia piorar. 

Natsumi: ─ Tudo pode ficar pior, tenha certeza disso. Então, o Senichi vai se aposentar em breve e quer que eu o substitua.

Tobirama: ─ Do nada? Isto é bem repentino. 

Natsumi: ─ Já tem um bom tempo que ele fez essa proposta, e eu estou enrolando-o até hoje. 

Tobirama: ─ E o que a anciã te aconselhou?

Natsumi: ─ Hotaru-sama quer que eu permaneça com os Hatakes, ela também não gosta nem um pouco do líder dos Hagoromos.

Tobirama: ─ Confio nela.

Natsumi: ─ Eu também. Por outro lado, o outro ancião do clã me aconselhou a dar uma chance ao Senichi e quer que eu analise muito bem a proposta antes de tomar uma decisão definitiva, até disse que eu teria mais conhecimento sobre os Hagoromos e que eu ganharia mais experiência caso aceitasse ser a líder deles.

Tobirama: ─ Este ancião está louco para se livrar de você, foi o que deu a entender com tudo isso. 

Natsumi: ─ Ah, sem dúvidas! Ele não gosta de mim e, definitivamente, esse é o seu objetivo. Ele até me recomendou um rapaz como candidato a líder, mas também estou enrolando-o já que não quero que Hatake Toshio fique na minha cola. 

Tobirama: ─ Uma vez você disse que não gostava dele. Existe um motivo para isso?

Natsumi: ─ Não, mas desde que eu era pequena, a antipatia era mútua e até hoje é assim. Eu diria que nós apenas nos aturamos. Eu sempre tomei bastante cuidado com ele e passei a tomar mais ainda quando o meu mestre e a Hotaru me aconselharam a ficar esperta com ele. 

Tobirama: ─ Se quem você confia te aconselhou, é melhor seguir mesmo, talvez eles tenham motivos para não contar o porquê dessa desconfiança.

Natsumi: ─ Eles me enrolavam bastante quando eu perguntava, mas agora eu resolvi aceitar sem questionar. Talvez, algum dia eu descubra.

Tobirama: ─ Sobre isso tudo, já contou ao meu irmão? Ele também poderia te ajudar. 

Natsumi: ─ Fui procurá-lo recentemente, e ele também me aconselhou a ficar no clã. Uma vez que meu sucessor está impossibilitado de assumir o cargo, não posso abandonar o meu posto; e, mesmo que não estivesse, não posso colocar uma bomba para que ele desarme sem ter alguns tipos de conhecimentos. 

Tobirama: ─ Hajime seria o próximo líder?

Natsumi: ─ Sim.

Tobirama: ─ Tem certeza?

Natsumi: ─ Meu irmão é 90% do tempo idiota, mas ainda tem os 10% que o salva. Quando se trata de missão a história muda, e ele fica bem inteligente nessa hora. No caso de liderar um clã, ele com certeza usaria o lado sério dele. 

Tobirama: ─ Entendi.

Natsumi: ─ Se ainda tiver dúvidas, lembre-se de como ele agia quando fomos anexar o Clã Hagoromo... Bem, só desconte a parte em que ele cutucava o nariz.

Tobirama: ─ Não precisa, eu confio na sua decisão.

Natsumi: ─ Mas se bem que já penso em substituí-lo. 

Tobirama: ─ Espere mais um pouco, ainda é cedo para decidir. Você ainda vai ter muito tempo para pensar bem sobre isso.

Natsumi: ─ É, talvez eu esteja sendo apressada, mesmo. Vou esperar mais.

Tobirama: ─ Você falou a opinião de todos, mas e a sua? Se pudesse, iria para o Clã Hagoromo?

Natsumi: ─ Nunca. As insistências do Senichi e do Toshio são estranhas, não confio neles e também não me sinto nem um pouco à vontade naquela família. Os únicos que se salvam de lá são a Asami-san, Maki-chan e o Hikaru.

Tobirama: ─ Já sabe o que vou falar, né?

Natsumi: ─ Sei, mas não se preocupe, ele é um cara legal. Enfim, vou ficar no Clã Hatake e vou dar um jeito de resolver essa situação e, ao mesmo tempo, vou ficar de olho em Senichi. 

Tobirama: ─ Então foi a pressão que vem sofrendo que te fez entender melhor o meu irmão… Está tudo bem mesmo ficar vindo para cá?

Natsumi: ─ É igual aquele dia, quando você disse que o treino era a sua fuga… ele também está sendo a minha. Do contrário, vou enlouquecer se ficar o tempo todo enfurnada dentro de casa. Aqui eu posso esfriar a cabeça, me distrair um pouco e ainda ficar mais forte. Só saio ganhando.

Tobirama: ─ Se você acha que é melhor assim, por mim, tudo bem. Bom, os conselhos que eu te daria já foram dados. Agora, vamos treinar? ─ perguntou levantando-se do tronco.

Natsumi: ─ Ah, é verdade! Já tinha me esquecido disso. 

Tobirama: ─ Você já consegue manipular bastante shurikens, vai acrescentar mais? 

Natsumi: ─ Com certeza! 

Enquanto os líderes se preparavam para dar início ao treinamento, no hospital, Madara se dirigia à sala dos pesquisadores com dois cafés nas mãos.

Não era novidade que os cientistas passavam muito tempo ocupados com seus trabalhos, mas agora que surgiram novos desafios, estavam ainda mais tensos e atarefados.

Madara se preocupava com o estado de todos, porém Itama ganhava um certo destaque. O Uchiha não queria que ele voltasse a se cobrar demais igual fez há alguns meses e, mesmo que o Senju mostrasse frieza quando focava em seus estudos, Madara sabia melhor que ninguém que aquilo não passava de uma máscara para esconder seus sentimentos.

Por causa disso, decidiu ver como estava o andamento das pesquisas e conferir a situação dos cientistas. 

Madara: ─ Itama, Satoru, posso entrar? ─ perguntou dando dois toques na porta. 

Itama: ─ Pode. 

Madara entrou na sala e viu Itama super concentrado em um microscópio, colocou as xícaras em cima da mesa e perguntou: ─ Conseguiu encontrar alguma coisa a respeito de Kawarama? 

Itama: ─ Nada.

Madara: ─ Onde está Satoru? 

Itama: ─ Foi dar uma volta. 

Madara: ─ Ah, ele nunca está quando venho aqui. De todo jeito, ele achou alguma coisa? 

Itama: ─ Ele descobriu algumas coisas e chegou às mesmas conclusões que eu. Porém, apesar de estarmos evoluindo, tem uma parte da pesquisa que ainda está muito abstrata e está levando tempo demais para conseguirmos achar uma solução ─ explicou parando de olhar o microscópio e pegou o café que Madara trouxe. 

Madara: ─ Só conseguimos repor os minerais que faltavam nele, mas a doença em si está bem difícil.

Itama: ─ Tudo está ficando semelhante ao caso da Yuriko-san, só que o do meu irmão não dá para dar um jeito. Ele, simplesmente, não mostra sinais de que está querendo sair do coma. 

Madara: ─ E para "melhorar" a nossa situação, também é uma doença que nunca vimos antes. Além disso, temos que nos preocupar em achar uma cura para Hajime. 

Itama: ─ Outro empecilho que não ajuda muito, mas não importa, vou superar estes dois desafios de todo jeito!

Madara: ─ Estou achando que a gente vai acabar pedindo ajuda ao País do Demônio, igual fizemos na vez da Yuriko-san.

Itama: ─ Eu também acho, mas não podemos depender deles a vida toda, temos que dar um jeito de evoluir ou vamos ficar muito moles, dependentes e sem melhorias nas pesquisas e no hospital de Konoha.

Madara: ─ É, eu sei, mas tem hora que acaba sendo a nossa única saída se quisermos reverter o quadro dos dois.

Itama: ─ Isto é, se a Medicina Negra deles for capaz de lidar com o estado do meu irmão. 

Madara: ─ Não seja pessimista. Eles nunca viram algo semelhante ao caso da Yuriko-san e mesmo assim conseguiram curá-la. Acredito que isso também deve se aplicar a Kawarama.

Itama: ─ Pode até ser, mas eu só vou contatá-los em último caso. Até lá, quero levar mais um tempo para achar a solução. 

Madara: ─ Não demore muito. A doença do seu irmão não espera, já a do Hajime dá para controlá-la por mais um tempo. 

Itama: ─ Pode deixar.

Madara: ─ Mais tarde, vamos embora juntos? 

Itama: ─ Eu ia ficar mais um pouco aqui. 

Madara: ─ Itama, nem preciso te lembrar que...

Itama: ─ Tudo bem, nos vemos em frente ao hospital depois do expediente.

Madara: ─ Ok.  



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