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História Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Psicólogo e Praia


Escrita por: AnnaEsttevao e LetGirl

Notas do Autor


HEY GALEURA! TUDO BOM? ENTÃO TÁ. MAIS UM CAPÍTULO FRESQUINHO AQUI. ESPERO QUE GOSTEM ;)
JADE É A FOTO DO CAP DE HOJE.
ESPERO QUE GOSTEM E DEIXEM SUA OPINIÃO NOS COMENTÁRIOS ;)

Capítulo 26 - Psicólogo e Praia


Fanfic / Fanfiction Um Ano Nem Tão Incrível Assim - Psicólogo e Praia

Acordei com a voz de Mauro. 

- Tive um sonho meio estranho. Seu pai me deu um belo piano, e depois você veio com um papo estranho de psicólogo. - falei ao acordar ainda meio sonolenta, mas rindo um pouco.

- Mas não era um sonho. Inclusive estamos indo para a sua primeira consulta no psicólogo. - ele disse num tom sério, porém sereno. Olhei para ele arqueando um sobrancelha, incrédula. 

- Um psicólogo? - perguntei, ainda sem acreditar naquilo. 

- Jade, eu tenho percebido que você tem mudado de um estado de humor para outro, quase que, num estalar de dedos. Isso não é normal. Acho que você tem algum distúrbio; bipolaridade, talvez. - ele falou, firme e crente das palavras. Soltei gargalhadas. Ele me olhou sem entender. 

- Eu? Bipolaridade? Fala sério! Você nem está velho mas já está caducando, hein. - falei, quase sem nem uma expressão facial.

- Viu? Mudou de novo. Vamos, já estamos atrasados. - ele disse enquanto olhava para o relógio em seu pulso. Apenas me levantei da cama e o acompanhei, para ver onde é que aquilo iria dar.

- Você está de pijama? - Mauro perguntou ao olhar para mim e se deparar comigo saindo do carro de pijama.

- Você acha que durmo com a mesma roupa que vou para o colégio? E, além do mais, você não me deu tempo para trocar de roupa. Ficou cheio de mimimi. - falei. - Vamos! - o apressei, enquanto ele me olhava com um pouco de reprovação. Sorri e entrei.

- É pela outra porta. - ele me corrigiu. Virei para trás e dei um sorrisinho enquanto entrava pela porta certa.

- Mas é sério que minha roupa está tão ruim assim? - falei para Mauro, enquanto esperávamos, olhando para o meu short estampado, minha camiseta do Pink Floyd e o chinelo preto.

- Não, mas considerando que são três da tarde e estamos em uma consulta em um psicólogo... Talvez esteja. - ele disse.

- Ótimo. Caso eu venha aqui mais uma vez, vou vir com essa roupa de novo. - falei. Ele deu um leve sorriso.

- Você me odeia, não é? 

- Bem, pode ser que sim. Pode ser que não. - um sorriso irônico esboçou-se em meus lábios.

- Jade Gilbert Müller.- um homem chamou pelo meu nome. Metade de seu corpo estava fora da sala. O psicólogo, acho. Me levantei e fui até lá. Mauro foi junto.

- Me desculpe, mas o senhor não pode entrar junto com ela. Sigilo total. - o cara falou. É, ele é o psicólogo. Mauro fechou um pouco a cara, mas saiu. 

- Bem, sente-se. - o psicólogo disse. - Meu nome é Henry Forbes, mas pode me chamar de apenas de Henry. - assenti. - Pode começar a fala. Solte a franga, se quiser. - sorri. 

- Ok. Hum... Não sei por onde começar. - falei.

- Você tem duas horas aqui. Acho que é tempo suficiente para descobrir por onde. Que tal começar do começo? Desde quando você chegou aqui. - ele sugeriu. Duas horas? Meu Deus.

- Vou começar com o meu drama familiar... Quinze anos atrás, aos dezesseis anos meus pais namoravam. Daí ele traiu ela engravidando outra garota. Daí ele largou a minha mãe por motivos convincentes,até. Depois de quinze anos eu vim para Home Sweet Home passar uma temporada de um ano com meu avô. Só que ele sofreu um acidente, e ficou impossibilitado de ficar com a minha guarda. Mauro a conseguiu e agora moro com ele. Acho que resumindo é isso. - falei. Ele assentiu. Ao tirar os olhos de seu caderninho de anotações, se assustou um pouco. Eu estava de cabeça para baixo naquele extenso sofá. As pernas no lugar do tronco e com a cabeça para fora do assento. Ele sorriu.

- Vida amorosa? 

- Não acredito nessa besteira do amor. Apesar de... 

- Apesar de?

- Nada de importante.

-Tudo o que você falar aqui é considerado importante, Jade. E relaxe. Não vou contar para ninguém. Sigilo total. O que você falar aqui, vai morrer aqui. - Henry me tranquilizou. 

- Bem... - suspirei. - Tem o Joseph. Ao contrário dos outros garotos que já fiquei, ele foi diferente. Os outros garotos eram apenas ficar e adeus. Coisa de adolescente. Estávamos apenas nos divertindo. Mas com Joseph, na primeira vez que nos beijamos, me senti segura em seus braços. Como se neles fosse o meu lugar. Senti uma certa conexão. Não sei explicar.

- Amor. Você está apaixonada. - ele disse como se não fosse óbvio.

- Mas agora ele está agindo como um babaca. Um completo idiota, eu diria. Fora que ele fica com outras garotas como se nada tivesse acontecido com a gente! E isso me deixa brava,

- Bem, vocês são jovens. Faz parte. Sem contar que vocês não estão juntos, ou estão? - essa pergunta me pegou de surpresa. 

- Bem... Não sei dizer. Mas, pelo jeito que ele anda ultimamente, eu diria que não. Mas, pense comigo: você gosta de uma garota. Certo? Certo. Mesmo gostando dela, você ficaria com outras? Não faz sentido!

- Talvez ele queira fazer ciúmes em você, ou algo assim.

- Mas aí seria muita maturidade para uma pessoa só... - ironizei. 

- Ok. Pelo menos pude concluir que você está apaixonada. Perdidamente apaixonada, eu diria.

- Bem, eu diria que o louco aqui e que precisa de um psicólogo é você.

- Não são os loucos que vão ao psicólogo, Jade. São os que querem conversar. Se abrir. Desabafar e tirar o peso das palavras que estão entaladas na garganta. Mas, mudando de assunto, você se considera uma pessoa feliz?

- Se pra você estar longe da pessoa que mais ama, no meu caso a minha mãe, estar ''apaixonada'' é estar feliz. Não, eu definitivamente não sou feliz.

- Você está dizendo que gostar profundamente de alguém é sinal de infelicidade?

- Não. Eu estou dizendo que entregar os meus sentimentos a alguém que eu mal conheço me faz infeliz. Sei que a qualquer momento ele pode espedaçar o meu coração e me deixar frustrada, fraca e infeliz. Como já estou.

- Vou te dizer algo, que muitas pessoas dizem, mas não concordo com isso, ok? Apenas responda: mesmo podendo ter tudo o que quer, na hora que quiser, você se considera uma pessoa infeliz?

- Sim. Completamente. Os meus bens materiais não são capazes de mudar o meu estado de humor. As pessoa a minha volta podem. Minha mãe, meu avô e Rafa podem. Mais ninguém, além deles, tem essa capacidade.

- Acho que você não deveria depositar a sua felicidade nas pessoas. Deveria ser a sua própria âncora.

- Por que você acha que não acredito no amor? Quando me permito ter esse tipo de sentimento, me sinto mais feliz ao lado de certa pessoa do que quando estou sozinha. Me apegando menos as pessoas, consigo encontrar a felicidade em mim mesma. Sem precisar de me machucar caso perdê-la.

- Entendo. 

- Posso ir embora agora? Já me cansei disso aqui. - falei já sem paciência. 

- Bem, falta mais ou menos uma hora para a sua consulta realmente acabar.

- Então considere que tem agora uma hora de folga. Depois me entendo com Mauro. - falei já em direção a porta. Ele sorriu. Saí.

Depois de sair do consultório, liguei Mauro dizendo que iria caminhar um pouco. Era a primeira vez que tive a chance de andar pela cidade sozinha. Ele ficou meio apreensivo, mas deixou. 

É incrível como nessa cidade a maioria das coisas são mais próximas da praia. Atravessei a rua e, com um passo, adentrei na praia. Comecei a andar nela, sentindo a areia atravessar meio chinelo e incomodar um pouco meus dedos. Percebi que havia um grupinho de adolescentes jogando vôlei de praia. Achei interessante. Parei um pouco a minha caminhada e comecei a observá-los. Será que, em algum dia, eu seria feliz como eles aparentemente estavam? Será que, em algum dia, eu teria muitos amigos como eles têm? Será que sou importante para alguém como eles parecem ser um para o outro? Será que a minha existência faz diferença em um universo imenso como esse em que vivemos? Será que sou notada pelas pessoas ao meu redor? São muitas perguntas, que não tenho resposta. Me sentei naquela areia bege, como se estivesse meio suja, e fofa e continuei a observá-los. 

- Ei, você aí! Vem jogar com a gente! Tá faltando uma pessoa para completar meu time! - um garoto do grupo de pessoas que estavam jogando vôlei me chamou. Realmente faltava uma pessoa ali. Nem a vi ir embora. As perguntas que não tenho resposta me deixaram meio que cega por uns instantes. Era uma garota bonita, mas ela já não estava mais ali. Eram quatro pessoas, agora só há três. Assenti e um breve, e pequeno, sorriso de esboçou em meus lábios. Me levantei e me juntei a eles. 

Eram dois rapazes e uma garota. Todos com roupa de banho. Os meninos com uma bermuda e sem camisa, e a menina estava com a parte de cima do biquíni e um short. Pelo visto haviam se divertido pouco tempo atrás no mar. 

- Você é? - um dos meninos perguntou quando me aproximei. 

- Jade. - falei, um pouco tímida. 

- Relaxa, Jade. Não precisa ficar com vergonha. Eu sou o Ian, esse é meu amigo Charles e essa é Maggie. Gosta de vôlei?- o garoto de bermuda verde falou. Charles, seu amigo de bermuda preta, me olhava procurando por uma resposta. 

- Sim, claro. - eu estava mais tímida do que o normal. Talvez seja porque eu estava de pijama.

- Ótimo. - Charles falou. - Você é do meu time, então. - ele me parecia determinado. 

- Nada disso! Mggie já era do seu time antes de Julie ir embora. - Ian descordou. 

- A culpa não é minha se sua namoradinha deu ataque de ciúmes! - pelo o que percebo, Charles deu início a uma discussão.

- Verdade, Ian. Ninguém mandou você ficar olhando pra cada garota bonita que passava por aqui. - Maggie disse,

 - Ela não é minha namorada! E a gente vai ficar de mimimi ou jogar essa porcaria? - Ian me parecia irritado. Sua pele pálida levemente bronzeada por causa de seu dia na praia ficou vermelha. Seus olhos verdes se depositaram em mim. - E respeitem a garota Jade. Ela está aqui pra jogar, e não pra ouvir nossas discussões bestas. - me encolhi um pouco. 

- Está bem. Mas só porque ela parece realmente querer jogar. - agora os olhos castanho claro de Charles pousaram em mim procurando por algum apoio, talvez.

- É. Vamos jogar, por favor? - uma mecha dos cabelos ruivos e encaracolados de Maggie caiu em seus olhos enquanto me analisava com seus olhos frios cor do céu limpo em dias de verão. Todos concordaram. - Ah, e acho melhor eu ficar no time de Maggie, não? - sugeri para acabar com a briga de Ian e Charles.

- Sim. Mas acho melhor você, pelo menos, tirar a blusa. Estamos na praia, afinal. - ela disse num tom provocativo. Me lembrei que estava de top, mas não me senti confortável o suficiente para ficar sem blusa na frente de três desconhecidos. Então apenas neguei de leve com a cabeça. Sua expressão era de invicta. Qual é a dessa garota, hein? Nada a declarar...

Maggie tentava evitar meus bloqueios. Para que perdêssemos e me chamarem de ruim, provavelmente. Não estou impressionada. Já me acostumei com o fato de as mulheres me odiarem. Meio que já faz parte de mim. Mas, mesmo que ela tentasse repetidas vezes fazer com que perdêssemos, ganhamos. 

- Hora de irmos embora. - falei, enquanto limpava as gostas de suor que desciam pela minha testa. 

- Sim, infelizmente. Onde você mora onde? Talvez eu possa acompanhá-la. - Ian disse.

- Moro na rua Amethyst no bairro Pretty Stones (N/A: huehue, escolher nomes de bairros e ruas vai além do meu limite de criatividade huehue e.e). - falei, quase morrendo para conseguir me lembrar dos nomes, tenho uma péssima memória.

- Engraçado, nunca te vi por lá. Bem, somos vizinhos. - ele disse num tom meio animado. 

- Hum. Bacana. Mas não acho que você tenha que criar problemas com sua namorada por minha causa. - falei.

- Primeiro, ela não é minha namorada. E segundo, é a caminho de casa. Vamos. - ele insistiu. Concordei hesitando um pouco. 


Notas Finais


E AÍ, GALEURA? O QUE ACHARAM? GOSTARAM? DEIXE SUA OPINIÃO AQUI NOS COMENTÁRIOS ;)
BYE


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