Olhar para o Ruggero, me fez sentir algo estranho, uma sensação de paz. Não sei se foi amor a primeira vista. Mas acho que eu realmente, estava gostando dele.
— Me disculpa, eu não te vi aí... — afirmei novamente, dessa vez ele sorriu. Um sorriso sincero.
— Sem problemas cara! — ele deu dois tapinhas no meu ombro e foi rumo ao seu grupo de amigos.
Ter o primeiro contato com ele foi mágico. Bom, não foi bem uma conversa, mas foi bom. Talvez dessa venha muitas.
— O que foi isso ? — Karol perguntou ao entrar na sala e sentando, assim como eu.
— Nada de mais, apenas pedi desculpas por esbarra nele e ele disse: "Sem problemas cara" — encenei ele falando e ela riu.
— Ah, sendo assim. Acho melhor teeminarmos nosso dever, o professor vai já entrar. — e foi isso que fizemos, voltamos a fazer o dever.
E assim... A aula continuou.
***
Todas as aulas acabaram, e eu estava voltando pra casa, sozinho. A Karol ficou na casa da avó, então eu segui sozinho. Ao chegar em casa, subi pra meu quarto, joguei a mochila em cima da cama e fui mexer um pouco no celular. Procurei por "Ruggero Pasquarelli" no facebook, e achei vários, fui vendo todos os perfis e eu achei o dele. A foto do perfil era tão linda. Ele estava sentado em uma grade, em frente um grande rio. Que logo depois dele, tinha alguns prédios.
Entrei no perfil dele e comecei a fuçar, tinha várias fotos, todas lindas claro, e com quase mil likes. Bom, ele era famoso né, o que esperar?
Cansado de olhar o perfil dele, fui passear um pouco no parque que ficava bem perto de casa. Ao chegar lá, sentei em um pequeno banco e comecei a ouvir minha playlists favoritas.
***
Acordo com o som estranho do meu despertador, confesso que não queria sair daquela cama. Estava tão boa. Mas tinha que ir pra escola, e contra minha vontade, eu levantei.
Fiz tudo o que tinha que fazer e desci pra tomar meu delicioso café. Fiz umas panquecas e um suco de laranja, nunca gostei de café.
Após acabar, peguei minha mochila e as Chaves. ao sair na porta, ouvi gritarias na casa dos novos vizinhos. Ao ver o autor dos gritos, que era o Ruggero, mw escondi entre uns arbustos e fiquei ouvindo.
— VOCÊ NÃO MANDA EM MIM! EU JÁ TENHO 20 ANOS E FAÇO O QUE EU QUISER. — ele gritou e saiu furioso.
Talvez eu saísse e o consolasse, talvez eu isse junto pra escola com ele. Bom, isso eram apenas pensamentos. Se eu aparecesse na frente dele, era capaz de eu lavar um soco bem dado dele. Então eu esperei ele sumir de vista.
— AHÁ! — Karol apareceu abruptamente, me assustando.
— Karol!? — repreendi — quer me matar do coração, coisa. — reclamei com a mão no coração, igual aquelas idosas quando tomam um susto.
— Espionando o Ruggero, Mike? — ela retruca com um sorriso malicioso
— Que? Não! Ele é bonito, mas não chegaria a esse ponto — falei — aliás, ele é meu vizinho. Como não soube disso? Eles se mudaram a alguns dias eu nunca o vi. Estranho.
— Ah, eu já sabia. Ele tava com a mãe, naquele bairro chique aqui perto. Ela foi pra florida e ele veio pra cá.
Não fazia a mínima ideia de como a Karol soube daquilo, como também não queria saber. Eu só achava estranho o fato dele brigar tanto com o pai, não eram pra ser unidos? Quem sou eu pra falar alguma coisa, vivo brigando com minha mãe.
— Ele e o pai brigam muito, eu ouvia gritarias a noite. Uma vez não consegui durmir. Mas vamos pra escola, estamos quase atrasados. — falei e Fomos pra escola.
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