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História Um Beijo Inesperado de Natal - Snames - Na Enfermaria


Escrita por: Salily

Notas do Autor


Oi! Primeiro agradeço os comentários, os favoritos, os pedidos de atualização e todo o carinho recebido no capítulo anterior. Muito obrigada. Aqui está o novo, espero que gostem. Bjs :D

Capítulo 17 - Na Enfermaria


Entraram na ala hospitalar silenciosa, um local pequeno que aumentava cada vez que apareciam mais doentes, e olharam em volta. Enormes janelas cobriam as paredes douradas e quadros de medibruxos famosos de séculos passados, que paravam seus afazeres e os olhavam curiosos. Havia cerca de seis camas protegidas com biombos e, naquele momento, só havia duas camas ocupadas.

Remus estava sentado em uma cadeira ao lado de seu namorado, com o rosto tenso. Sirius estava sentado na cama, encostado aos travesseiros e deitava olhares mortais a seu irmão caçula, que se encontrava do outro lado. Ambos tinham a cabeça e as mãos engessadas e seus rostos machucados.

– Oi! – Cumprimentou James, tentando quebrar o gelo. A voz de Remus foi a única que respondeu:

– Oi, Prongs! - Severus acenou cortesmente a Sirius, que lhe respondeu com o mesmo gesto. Se aproximou de Regulus, que fitava furiosamente seu irmão. Se sentou na cadeira das visitas ao lado da cama e perguntou:

– Como você está?

– Melhor. – Respondeu o caçula dos Black. Snape observou o lábio ferido de seu amigo – Embora não por muito tempo.

– Porquê? – Perguntou o Slytherin, curioso. Regulus fez uma careta e resmungou:

– Mc Gonagall me tirou cinquenta pontos e tenho de ter detenção junto com aquele idiota.

– Lamento. – Falou Snape, compreensivamente, tocando no ombro de seu amigo que retesou com o toque e se afastou de imediato. Se desculpou – Me perdoe.

– Não há problema. – Respondeu Regulus, observando seu irmão.

– …e depois Minnie veio aqui, deu um sermão para a gente e tirou cinquenta pontos aquele ali. – Escutaram a voz de Sirius, seguido por uma gargalhada. Regulus estreitou os olhos e exclamou:

– Que você está falando, seu idiota!? – Padfoot parou de rir e respondeu, com desprezo:

– Estou dizendo que você perdeu pontos para sua Casa. – Sorriu, debochado – Seus amiguinhos Comensais devem estar furiosos com você.

Os dois Slytherins retesaram e o olharam, furiosos. Regulus estava pronto para pegar em sua varinha quando entrou Madame Pomfrey.

Seu rosto, normalmente sereno, estava marcado por linhas tensas.

– Parem, por favor, senhores. – Pediu a enfermeira, se dirigindo para o caçula. Retirou de dentro do bolso a varinha e acenou, retirando o band aid de um dos braços. Severus observou um fio de sangue se formando e escorrendo pela pequena ferida aberta e a enfermeira desinfetou com rapidez, antes de a cobrir novamente.

– Dentro de alguns dias já estará curado. – Informou a mulher, em voz baixa, para o garoto. – Agora, só precisa de descansar. Nada de esforços.

– Sim, Madame Pomfrey. – Respondeu Regulus, educadamente. A enfermeira se afastou e Snape a observou fazendo um rápido curativo a Sirius, que soltou um queixume. Regulus sorriu ao escutar os gemidos de dor de seu irmão. Dando umas ultimas instruções a Sirius, Madame Pomfrey saiu da enfermaria.

– Tá com dói-dói, né? – Zombou o caçula, satisfeito e o Black mais velho o olhou com ódio, antes de responder:

– Não te interessa, sua serpente traiçoeira.

– Uh, Uh, Uh… – Regulus debochava de seu irmão.

– Cale a boca! – Exclamou Padfoot, se endireitando da cama.

– Venha calar. – Incentivou Regulus. Se sentia, em parte, humilhado, por ter sido vencido por seu irmão. Sirius, desde que ele entrara em Slytherin, nunca mais conversara com ele, o apoiara, como os irmãos faziam. E ele sentia saudades de quando eram crianças e iam para a biblioteca brincar, para escaparem das festas aborrecidas de seus pais. Sirius sempre o protegera quando seus pais o queriam castigar. E, a única forma que ele encontrava para que seu irmão lhe desse atenção era xingá-lo. Como é que a relação deles tinha chegado tão fundo?

Sirius tentou se levantar, mas foi impedido por Remus e James.

– Parem com isso, por favor! – Implorou Lily, que se encontrava ao lado de Marlene. Suas mãos delicadas tocavam nas costas da cadeira, onde se encontrava Remus sentado.

Regulu se virou para a ruiva e estava pronto para atacá-la, quando uma coruja de penugens negras como a noite entrou pela janela. Se calaram de imediato, sabendo de quem era. Sirius observou a carta que vinha na pata da coruja com indiferença. Estava habituado a recebê-las mensalmente. Mas Regulus engoliu sem seco, se preparando. A coruja pousou o envelope vermelho em cima da cama do mais velho e voou de volta para a janela. James, sabendo o que aí vinha, lançou um feitiço silenciador na enfermaria. O envelope se modificou, formando uma boca e a temível voz de Walburga Black ecoou pelo local:”COMO VOCÊS SE ATREVEM EM DESONRAR O NOME DA ANCESTRAL FAMÍLIA BLACK LUTANDO COMO MISERÁVEIS MUGGLES! DE VOCÊ, SIRIUS – Cuspiu seu nome – JÁ ESTOU HABITUADA, SEMPRE DESPREZANDO NOSSO NOME, NOSSA LINHAGEM! MAS, DE VOCÊ, REGULUS, – O Berrador se virou para o caçula, que estremeceu – ESTOU MUITO DECEPCIONADA COM VOCÊ! NOSSO APELIDO ESTÁ SENDO ALVO DE CHACOTA POR TODA A SOCIEDADE! E SÓ NÃO VOU BUSCÁ-LO E CASTIGÁ-LO SEVERAMENTE PARA NÃO FALAREM MAIS DE NOSSA FAMÍLIA! MAS TEREMOS UMA LONGA CONVERSA QUANDO VOCÊ CHEGAR A CASA, REGULUS ARCTURUS BLACK, PODE TER CERTEZA!

 

Com essas palavras, o envelope se desfez. Os lábios de Regulus tremiam, e estava muito mais pálido. A enfermaria estava silenciosa, em choque, com as ameaças da Srª Black. Severus o puxou para si e o abraçou, lhe dando apoio. Sentia seu amigo tremendo em seus braços. Regulus escondeu seu rosto no peito de Snape e chorou, com receio da ameaça de sua mãe. Sirius ficou observando silenciosamente a interação entre eles. Sacudiu as cinzas de seus lençóis, sem saber o que dizer. Remus o abraçou, sentindo a cabeça sendo pousada em seu peito. James suspirou e retirou o encantamento. As duas garotas se entreolharam, assustadas.

 

Madame Pomfrey regressou pouco tempo depois e se apercebeu de que algo não estava bem. Seus doentes estavam muito pálidos e os acompanhantes tinham expressões sobressaltadas nos rostos:

– Que aconteceu aqui? – Perguntou, correndo para Regulus, que era o mais alterado. Lançou feitiços no Slytherin, que não se desgrudara de seu amigo. Severus a ajudou no que conseguiu: manteve-o quieto ao longo do diagnóstico, ajudou a dar uma poção de sono sem sonhos e a deitá-lo na cama. Regulus adormeceu de imediato, seu rosto revelando uma serenidade que não sentia.

A enfermeira se dirigiu para Sirius e realizou os mesmos procedimentos, ao mesmo tempo que escutava James. Com uma expressão preocupada, lhe deu a poção e, ao ver que ele estava dormindo, falou suavemente:

– Terei de falar com o diretor. É uma ameaça muito grave.

– A gente sabe. – Respondeu Marlene – Mas a senhora sabe que não se deve intrometer na educação de puros sangues. Nunca ninguém o fez.

– E tenho, todos os anos, no início das aulas, de curar estudantes que são maltratados por suas famílias! – Desabafou a enfermeira, furiosa. Vendo as expressões assustadas dos mais jovens, engoliu em seco. Respirou fundo e ordenou:

– Agora, saiam! Esses jovens precisam de descansar!

– Mas, – Começou James, mas Madame Pomfrey começou enxotando-os para a porta. Remus, perguntou, não querendo sair. Queria apoiar seu namorado, mesmo que ele estivesse dormindo:

– Posso ficar com Sirius, Madame Pomfrey, por favor? – Ela o olhou, parando de expulsá-los – Prometo que não faço barulho.

– Só mais uns minutos. – Respondeu ela, depois de ter pensado um pouco. Remus se colocou novamente ao lado de Sirius, o olhando preocupado. O grupo saiu da enfermaria, a porta se fechando atrás deles.

– Nem nos pudemos despedir deles… – Falou Lily – Merlin, Regulus deve estar sofrendo tanto. Eu sabia que a Srª Black era uma mulher ruim, mas nunca pensei que ela fosse tão cruel com seus próprios filhos…

– Você nem sabe o quanto… – Comentou James, tenso. Sirius já lhe tinha contado como sua mãe os tratava, com frieza. James ficava sempre horrorizado, pensando em seus pais amorosos.

– Vou me refrescar antes de ir jantar. – Informou Snape – Preciso de colocar as ideias em ordem.

– Tá bom. – Respondeu James – Eu já vou para o Salão Principal.

As garotas e Severus se despediram e se afastaram. James olhou em redor e, vendo que estava sozinho, se dirigiu para a porta da enfermaria. Virou a maçaneta e olhou para dentro, vendo Remus beijando a testa de seu namorado.

 

O Gryffindor se virou, sendo seu amigo espreitando na porta. Revirou os olhos e caminhou apressadamente para fora, fechando a porta com um clique surdo.

– Que você quer, Prongs? – Perguntou Lupin, curioso.

– Preciso de um favor seu. – Pediu James – É importante, por favor.

– Diga. – Respondeu o garoto, vendo a ansiedade de seu amigo.

­­– Próximo sábado preciso que você distraia Severus. – Vendo a expressão intrigada do Maroto, continuou – Eu e Lily vamos a Hogsmeade comprar presentes para Sev. Mas não queremos que ele desconfie. Por iss, eu lhe pedia para que você o convidasse para seu grupo de estudos com Padfoot, dizendo que precisam de se praparar para os NIEMS.

Remus pensou um pouco e disse:

­– Tá bom. Tratarei disso, não se preocupe. – James o abraçou e agradeceu:

– Obrigado, Moony.

– De nada, Prongs. – Respondeu o Maroto. Sorrindo, desceram as escadas em direção ao Salão Principal, vendo seus colegas à frente deles comentando sobre o incidente. Ambos ignoraram os sussurros excitados, descendo rapidamente. Entraram no Salão Principal e James viu que seu namorado já se encontrava na mesa de Slytherin. Ao ver as roupas gastas do uniforme, prometeu a si mesmo fazer de tudo para que ele tivesse uma vida melhor.

Se sentou e escolheu um pouco de batatas fritas e dois bifes de vitela, enquanto Remus pegava em um delicioso creme de legumes e conversava com Lily e Marlene.

 

Severus saboreava um delicioso bacalhau com natas, coberto com queijo derretido e um copo de suco de cranberry, uma bebida não muito doce, embora sua cor fosse avermelhada. Observou seus colegas, que conversavam entre eles. Percebendo sua presença, um deles começou:

– Snape…

– Sim… – Respondeu o Slytherin, querendo saber o que eles desejavam.

– O que você achou da luta entre os irmãos Black? – Snape suspirou e deu sua opinião. Já não odiava Sirius Black e tinha achado toda a situação degradante, comentava entre garfadas. Estava quase terminando quando sentiu uma presença trás de si. Seus colegas tinham parado de conversar e observavam o indivíduo. Se virou e viu seu namorado parado, sorrindo para ele.

– Que você quer, Potter? – Perguntou Avery, que estava sentado à frente de Severus, o olhando com desprezo. Ignorando o tom agressivo de seu colega, perguntou a Snape:

– Você quer dar um passeio comigo no jardim?

– Eu gostaria… – Admitiu Snape, o olhando – Mas estou cansado. Foi um dia longo e muito emotivo.

James acenou, compreendendo. Ele também se sentia cansado, mas desejava a presença de seu namorado, ficarem abraçados na grama fresca da noite, enquanto observavam a lua e as estrelas espalhadas pelo céu.

– Posso esperar por você, então?

– Eu já terminei. – Comentou Severus, se levantando – Me acompanha até ao Salão Comunal?

– Claro, meu amor. – Respondeu Potter, o abraçando pelo quadril e saíram calmamente. Antes de deixar seu namorado em frente ao retrato, o beijou apaixonadamente, prometendo encontrá-lo no dia seguinte.

 

Continua…

 


Notas Finais


Oi! Não demorei assim tanto tempo, pois não? Espero que tenham gostado do capitulo. Que vocês acharam do Berrador enviado pela Srª Black? Que acham que vai acontecer no próximo capitulo? Me digam nos comentários, por favor. Bjs :D


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