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História Um Beijo Inesperado de Natal - Snames - Almoço na Mansão Potter - Parte 2


Escrita por: Salily

Notas do Autor


Oi! Primeiro agradeço os comentários, os 350 favoritos, os pedidos de atualização e todo o carinho recebido no capítulo anterior. Muito obrigada. Aqui está o novo capítulo, espero que gostem. Bjs :D

Capítulo 38 - Almoço na Mansão Potter - Parte 2


Aparataram na propriedade dos Potters e Severus olhou em volta, espantado. A Mansão Potter era de uma grandeza admirável. Nunca tinha visto um edifício tão belo como aquele. Considerado um dos mais antigos do mundo mágico, tinha sido construída no final do século XVII.

 

À sua frente havia um enorme jardim, coberto de neve. As árvores estavam todas nuas de folhas, mas o Slytherin imaginou como seria bonito no verão. Um longo caminho de pedras negras tinha sido limpo propositadamente para a passagem deles até às escadas cor de mármore da Mansão, onde estavam dois leões de cada lado com a boca aberta e com as patas dianteiras levantadas.

 

Um edifício branco se erguia à frente deles, e Severus reparou nas dezenas de janelas com varanda, que tinham todas cortinas. Imaginou que seriam os quartos, com camas king size e banheiro privativo. Das chaminés do telhado vermelho, cobertas de neve, surgiam duas fumaças escuras. 

 

Fleamont ergueu a mão e os portões de ferro, que tornavam a entrada imponente, se abriram, permitindo a passagem. Entraram, avançando em direção à entrada. Lily comentou, enquanto olhava em redor:

– Seu jardim deve ser muito bonito no verão, James.

– É, sim. – Confirmou o Maroto com orgulho – Fica tudo florido e as árvores cheias de frutos deliciosos…

– Que você adora roubar. – Interrompeu Fleamont, divertido.

– Pai! – Exclamou James, fingindo estar amuado – Que eu saiba, não se deve interromper uma pessoa quando ela está falando.

– Só se deve quando se tiver algo importante a acrescentar. – Disse Fleamont, se virando para eles. Piscando um olho, continuou – E eu tinha.

Lily e Marlene soltaram uma risada, enquanto Sirius gargalhava da expressão abismada de seu amigo. Remus e Severus se entreolharam, divertidos.

 

Passaram pelas estátuas dos leões e subiram as escadas de pedra. Uma elfa já se encontrava à entrada, vestida com uma simples túnica azul escura. Se afastando da porta para deixá-los passar, fez uma reverencia e informou, com sua voz aguda:

– Sr. Potter, estamos terminando de pôr o almoço na mesa.

– Obrigado, Melly. – Agradeceu Fleamont, pousando o sobretudo nos ganchos que estavam na parede, sendo imitado pelos mais jovens – Chame minha esposa e a Srta. Prince.

– Com certeza, senhor. – Falou Melly e aparatou. Severus deu uma breve olhada na entrada. Era espaçosa, feita para receber muitos convidados. O chão era forrado por um tapete negro e as paredes muito brancas. Havia candelabro redondo e de cristal, com várias velas iluminando o local. Uma enorme escada de mármore, com um tapete vermelho os levava para os restantes andares. No lado esquerdo havia um grande quadro com várias fotografias dos três Potters, decorando grande parte da parede. Severus viu fotografias do casamento de Fleamont e Euphemia, com amigos e familiares. Havia uma com James, com uma tigela na cabeça, tapando grande parte dos cabelos, e voando baixo em uma vassourinha de brincar. Deu um sorriso, reparando que, por baixo tinha uma pequena mesa de vidro, onde estava um pequeno bonsai e a correspondência daquele dia. Mais ao lado havia duas largas poltronas cinzentas, confortáveis, para que as visitas esperassem. Ao fundo, estava uma porta fechada que, Severus supôs, levasse para a cozinha.

 No centro do hall havia uma pequena mesa redonda com uma escultura de pedra em forma de mocho, com as asas abertas. E, no lado direito, entre as portas para a sala, havia um grande armário com troféus e medalhas conquistadas pelos Potters ao longo de várias gerações. Ao seu lado havia um enorme espelho, dando ao local mais luminosidade e espaço.

                                                      

Se olhou no espelho, arranjando o cabelo. Escutaram passos e se viraram para as escadas, vendo as duas mulheres descendo. Severus observou como o aspeto de sua mãe tinha melhorado desde a ultima vez. Tinha ganhado mais peso, o longo vestido verde claro, de decote em “v”, mostrando uma fina corrente de prata, com um pingente em forma de gota de zicórnia (3), uma cinta de diamantes, revelando suas curvas. Seu cabelo, normalmente oleoso e espigado, estava brilhante, preso em uma trança.

E viu, espantado, uma camada de base em seu rosto, disfarçando sua palidez natural e as pequenas rugas que já se estavam formando no canto dos olhos e da boca.

 

A seu lado, uma senhora alta e de porte altivo a acompanhava. Seu cabelo prateado estava preso em um coque e usava um longo vestido vermelho de mangas compridas, muito simples. Em seu pescoço um colar de diamantes fazia companhia à pequena tiara que adornava seus cabelos. Usava também um pouco de maquiagem nos olhos, um batom rosa nos lábios e suas unhas estavam pintadas da mesma cor. Seus olhos castanhos observavam todos eles com atenção.

– Boa tarde. – Cumprimentou a anfitriã, se dirigindo para eles e trocando um beijo. Severus ficou espantado quando sentiu sua pele suave como um pêssego contra a sua.

– Boa tarde, Srª Potter. – Cumprimentaram de cada vez. Eilleen a imitou, se apresentando aos convidados. Quando ficaram frente a frente, o Slytherin comentou:

– Você está linda, mãe. – Os olhos negros, que antes eram opacos e sem vida, brilharam em sua direção.

– Obrigada, meu amor. – Agradeceu ela – Também você está maravilhoso.

Acabadas as apresentações, um elfo entrou, informando que já podiam almoçar. Entraram em uma elegante sala, dividida em sala de estar e de jantar. A sala de jantar era espaçosa, com uma mesa de madeira de carvalho com cerca de quinze cadeiras almofadadas. Um tapete castanho impedia que as cadeiras de arrastarem no chão cor de pérola.

 

A mesa estava repleta de entradas deliciosas como camarão, scones (4) recheados com vários gêneros de geleias, batatas recheadas com guacamole, queijos de vários sabores e bolovos, um salgado que consistia de um ovo cozido envolto em carne moída e depois empanado na farinha de rosca e frito.

 

Travessas estavam espalhadas com salsichão, batata frita, bife Wellington, puré de batatas e ervilhas, para acompanharem a carne assada e o peixe frito. Havia garrafas de cerveja de manteiga, xerez, uísque de fogo e vários vinhos e champanhe estavam em cima da mesa.

Para sobremesa, perceberam que havia tortinhas de maçã, pudim de Yorkshire, crumbles de maçã, que era uma mix de frutas, cobertas com uma mistura esfarelada feita com manteiga, farinha e açúcar, salada de fruta, mousse de chocolate e de manga, trifles de frutos vermelhos, que é uma espécie de pavê em camadas e Cranachan, uma sobremesa tradicional da Escócia feita com uma mistura de chantilly, whisky, mel, framboesa e aveia tostada.

 

Se sentaram, os elfos aparatando e perguntando o que queriam. Severus decidiu começar por uns scones de geleia de morango, enquanto via seus amigos pedindo tudo o que viam. Fleamont, que estava no topo da mesa, observava atentamente seus convidados. A seu lado, Euphemia, ordenava em voz baixa para que nada faltasse na mesa.

 

Lily e Marlene degustavam dos bolovos, enquanto respondiam às perguntas dos mais velhos, que estavam curiosos para saber como os adolescentes estavam nas aulas, se estavam aprendendo bem, se sentiam em segurança nos recintos da escola…

 

Eilleen fazia perguntas sobre como todo o mundo tinha reagido à notícia, seu filho respondendo que tinham ficado naturalmente surpresos. Severus, que observava, espantado o cabelo suave e bonito, lhe perguntou:

– Mas, como a senhora conseguiu um cabelo tão bonito em tão pouco tempo?

– Aposto que utilizou a poção “Sleekeazy”. – Respondeu James, olhando com orgulho para Fleamont, que deu um sorrisinho travesso. Todos reconheceram o nome, era a poção para os cabelos mais vendida em todo o mundo bruxo. Conseguia tratar de – quase – todos os cabelos. James já tentaram domar o seu com a poção de seu pai, mas a ela não ajudava em nada. E nenhum deles sabia o motivo, talvez fosse demasiado rebelde.

– É verdade. – Respondeu ela, tocando na ponta da trança com os dedos – Fleamont tem o dom de seus familiares e conseguiu tratar de meu cabelo.

– Como assim? – Perguntou Lily, confusa – Tem o dom de seus familiares?

 

Trocando um olhar divertido com Fleamont, que decidiu explicar a história de sua família. Todo o mundo adorava saber de onde surgiram os Potters: Eram uma família antiga, mas que nunca tiveram uma presença muito importante na sociedade bruxa. Descendiam de Linfred de Stinchcombe, um homem do século XII, amado e cêntrico por seus vizinhos, que o apelidaram de ‘ Potterer’. Com o passar do tempo, se corrompeu, se tornando no apelido de família.

 

Explicou que os Muggles nunca se tinham apercebido que era bruxo, embora suas curas fossem milagrosas, quase mágicas. E que tinha sido graças a Linfred que, tinha realizado uma série de experimentos e poções, como a Esquelesce e a Poção Apimentada. Graças às suas invenções, conseguiu encher os cofres da família, ajudando seus sete filhos após sua morte.

 

O filho mais velho de Linfred, Hardwin, se casou com Iolanthe Peverell, neta de Ignoto Peverell, nascida em Godric´s Hollow, a cidade natal de Godric Gryffindor. Os Potters continuaram se casando com seus vizinhos, muitas vezes, Muggles, e vivendo no Oeste de Inglaterra por várias gerações, cada um acrescentando fortunas aos cofres da família.

 

Com o passar do tempo, os Potters chegaram até Londres, e dois membros da família se sentaram na Suprema Corte dos Bruxos: Ralston Potter, que foi membro de 1612 até 1652, e que era um grande apoiante do Estatuto do Sigilo (oposição em declarar guerra aos Trouxas, como muitos membros militantes desejavam) e seu pai, Henry Potter (Harry para os íntimos), que era um descendente direto de Hardwin e Iolanthe, e serviu na Suprema Corte de 1913 até 1921. Henry causou uma pequena desordem quando publicamente condenou o então Ministro da Magia, Archer Evermode, que havia proibido a comunidade mágica de ajudar os Trouxas na Primeira Guerra Mundial. Seu posicionamento a favor da comunidade Trouxa foi outro forte fator contribuinte na exclusão da família dos “Sagrados Vinte e Oito”.

 

Lily tinha arregalado os olhos, chocada, e se lamentando o porquê de não darem esses assuntos em História da Magia, sendo acompanhada por seus colegas.

 

O Auror continuou, sua mãe o tinha chamado de Fleamont Potter, por causa do desejo incessável que perpetuasse seu sobrenome de solteira, que de outra forma sumiria. Admitiu que tinha carregado muito bem esse peso, revelando que sua destreza em duelos ao número de vezes que teve de lutar com as pessoas em Hogwarts depois de fazerem brincadeiras com seu nome. James deixou escapar um sorriso, orgulhoso de seu pai.

 

Falou um pouco de sua invenção, a Poção Capilar Alisante (“duas gotas domam o mais rebelde dos cabelos”, entoou) e que tinha vendido a companhia, lucrando muito, e entrando para os Aurors para combater a ameaça de Voldemort. (4)

 

– Fantástico! – Exclamou Sirius, espantado com a história. Sabia que os Potters tinham ganhado muito dinheiro graças à poção, mas não sabia quase nada sobre os antepassados de seu amigo.

– E a Srta. Prince? – Perguntou Remus.

– Eu o quê, meu querido? – Perguntou ela, confusa.

– A senhorita não se importa de contar um pouco sobre si, pois não? – O receio era visível no rosto do Maroto – Poderia contar para a gente como era Hogwarts no seu tempo. Se é muito diferente de agora…

– Oh! – Exclamou ela, ficando espantada – Vocês querem saber o que os jovens do meu tempo faziam?

– Sim! – Exclamaram os adolescentes, em uníssono. Eilleen contou que tinha sido capitã do Time de Bexigas de Hogwarts, e também presidente do clube. Revelou que tinha sido um jogo popular entre os bruxos jovens, jogado com pedras especiais, semelhante ao jogo trouxa jogo de bolas de gude, exceto que quando um jogador perdia um ponto, a bola, em seguida, cuspia um líquido fétido no jogador. Todos escutavam o relato, se perguntando o porquê do jogo já não existir. Não falou sobre sua família, embora tenha comentado que seus familiares sempre tinham sido excelentes pocionistas.

 

Marlene falou que tinha pertencido ao clube de xadrez, mas que desistira para se focar nos NIEM´s. Lily revelou que ajudava Madame Pince na biblioteca aos sábados de manhã. Sirius e James falaram sobre seu time de Quidditch e que estavam confiantes de que iriam vencer mais uma vez, a Taça das Casas.

 

Remus comentou que não participava em nenhuma atividade por motivos de saúde. Não queria contar à Srta. Prince que era um licantropo, mas que gostava muito de DCAT e que gostaria de ser professor, mas sua saúde não o permitia. Tentou ser o mais evasivo possível, temia sua reação. Percebendo que Eilleen queria saber mais e reparando em sua expressão preocupada, Fleamont a interrompeu. James já lhes tinha contado qual a verdadeira “doença” de Remus e não queriam constrangimentos naquele almoço.

– E você, Severus? – Perguntou, curioso. Eilleen olhou para seu filho, curiosa para saber como era sua vida em Hogwarts. Eles nunca podiam falar sobre magia em casa. O Slytherin, que degustava de um delicioso bife Wellington, com batatas assadas, se virou para o Auror, limpando rapidamente a boca ao guardanapo, e engolindo rapidamente. Viu como os adultos o olhavam com curiosidade.

– Que os senhores querem saber? – Perguntou, cautelosamente.

– Gostaríamos de saber como foram seus anos em Hogwarts. – Pediu Euphemia – Saber um pouco sobre você, o que faz, que gosta de estudar, se tem muitos amigos…

 

Severus observou James, que tinha o rosto pálido. O Maroto, percebendo seu olhar, olhou de volta e lhe agarro na mão por cima da mesa, lhe dando forças para começar.

 

 

OoOoO

 

 

 

Contou tudo o que se lembrava. Das humilhações de seus colegas, principalmente dos Marotos, de sua amizade com Lily, que tinha sido desfeita, que tinha sido sua única amiga, da esperança desfeita ao chegar a Hogwarts de ter uma vida diferente, mas como tudo tinha ficado na mesma. Os mais velhos escutavam, horrorizados, algumas das peças mais terríveis que tinha sofrido. O rosto de Eilleen estava doentiamente pálido que nem a maquiagem conseguia disfarçar. Euphemia tinha o rosto escondido nas mãos, tentando não chorar, e Fleamont estava demasiado chocado para o interromper.

 

Quando terminou, havia um silêncio anormal na sala. Os Marotos estavam tensos e envergonhados, sem saberem o que fazer, ou o que dizer. Lily e Marlene estavam quietas, esperando a bomba rebentar. Fleamont olhou para o filho, seu rosto não revelando nenhuma emoção. Seu filho era um bully! O que ele mais detestara quando andara em Hogwarts eram pessoas que se pavoneavam só por serem puro sangue. Ele também sofrera bullying por causa de seu nome, mas seus colegas não se atreviam a ser mais duros por sele ser puro sangue e um excelente duelista. Mas descobrir que seu filho machucava os mais fracos…Tinha sido um golpe cruel para ele.

 

Eilleen se levantou de um salto e correu para seu filho, o abraçando por trás. Nunca imaginara que ele sofrera tanto a escola, como em casa. Sempre pensara que ele era feliz, que tinha amigos, não que era desprezado e, muito menos, humilhado por ser pobre e mestiço.

– Porque, James? – A pergunta de Euphemia os assustou a todos. Olharam para a Srª Potter, que tinha uma expressão sofrida no rosto. Sempre soubera que seu filho era muito brincalhão, mas descobrir que ele machucara seu – agora – namorado da maneira mais desprezível, como um covarde…. – Porque você fez isso com ele?

– Eu…eu… – Tentava responder, mas sem sucesso.

– Eu pensei que tinha educado melhor você, meu filho. – Falou ela, se levantando da mesa, e saindo da sala com o porte altivo. James fechou os olhos, sabendo que tinha desiludido seus pais, e não fazendo a mínima ideia de como recuperar novamente a confiança deles.

 

Continua…


Notas Finais


(1) Oi! Que acharam do capítulo? Gostaram de saber um pouco mais sobre os Potters? Eu adorei escrever sobre eles.
(2) Aquilo que prometia ser um dos melhores almoços, se tornou dos piores para os pais de James, que souberam que seu filho maltratava os outros para se divertir, e Eilllen como seu filho era tratado. Que acham que irá acontecer no próximo capítulo? Espero ansiosa vossos comentários.
(3) Se alguém estiver interessado em ver como é o vestido de Eilleen e o colar:
Vestido. https://shoppingcity.com.br/vestido-longo-ever-pretty-verde-claro.html
Colar: https://www.wdjoias.com.br/Colar-de-Prata-925-Pingente-Gota-de-Zirconia-MJCP03
(4) biscoitos que podem ser acompanhados por geleias ou manteiga.
(5) Se quiserem ler o texto sobre os Potters na íntegra: http://lendocomobiel.blogspot.com/2015/09/jk-rowling-publica-texto-sobre-familia.html
Bjs :D


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