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História Um Belo Erro - Dramione - Um Ótimo Dia de Trabalho


Escrita por: Smel e MillaLyra8

Notas do Autor


Oi, queridos!!!

Queríamos agradecer pelos comentários e favoritos e aproveitar para dar boas vindas aos nossos leitores!

A história já está na reta final, hein?

Aproveitem o capítulo!

Capítulo 35 - Um Ótimo Dia de Trabalho


O meu despertador humano resolveu me acordar com beijos no pescoço naquele dia. Eu gemi, porque queria dormir mais alguns minutos, mas não pareceu o suficiente para colocá-lo no modo “soneca”. Seus braços apertaram em volta da minha cintura com mais força e a sua voz sussurrada fez cócegas na minha orelha.

— Princesa, acorda…

— Não Draco. – Eu protestei, virando de bruços. – Me deixa dormir só mais um pouquinho.

— Não. – Ele disse no seu tom petulante e arrogante de sempre, me confirmando que não iria me deixar em paz se eu não levantasse.

— Ah, lindo…

— Por favor, Hermione. Eu quero ir para o trabalho com o meu avô. – Ele pediu, agora usando o tom da criança carinhosa e eu suspirei, sentindo culpa por não me lembrar da noite anterior. É claro que ele queria passar mais tempo com o avô agora que ele finalmente o conhecera e eu devia apoiar isso. Virei de lado e me levantei, esticando os braços para o alto a fim de me alongar e em seguida o encarei. Ele me avaliava com uma sobrancelha erguida. Já estava pronto para trabalhar e eu me surpreendi com isso, dando um sorriso sonolento. – Você acordou mesmo ou tá só me zoando?

— Acordei mesmo, vou só tomar um banho. – Me levantei, esticando o edredom do meu lado da cama. – Porque não vai ajudar a vovó e o velho com o café da manhã enquanto eu me arrumo?

— Tudo bem! – Ele sorriu e me puxou para um beijo rápido.

Tomei um banho que levou pelo ralo todo o meu mau-humor matinal, escovei os meus dentes e me maquiei em tempo recorde. Como o dia estava quente, resolvi vestir uma camisa regata branca enfiada por dentro de uma saia rodada preta, que descia até alguns dedos acima do meu joelho. Coloquei um arquinho em meu cabelo, prendendo-o para trás e peguei a minha bolsa e a minha pasta sobre a poltrona do quarto, ficando completamente pronta para ir trabalhar.

Quando desci para a cozinha, vi os três sentados na mesa conversando como uma família que era unida há anos e sorri ao ver a realização nos olhos do Draco que compartilhava gargalhadas com o avô. Ele me puxou para o seu colo e fez brincadeiras bem humoradas, contando para o Sr. Thierry toda a nossa história e os sustos que ele me deu, que o fizeram gargalhar.

A comida estava uma delícia, como sempre e eu pude notar uma troca de olhares diferente entre a vovó e o George. Aparentemente a noite havia sido boa para eles, tão boa quanto para mim e para o Draco.

Quando deu o nosso horário nós recolhemos nossas coisas do trabalho e fomos para o carro. Deixei que o Sr. Thierry fosse no banco do carona junto com Draco, enquanto eu me espalhava pelo banco de trás, pegando o meu Ipad dentro da bolsa para checar a agenda online. Tamanho foi o meu desgosto quando eu vi que logo as onze da manhã eu tinha uma reunião marcada com Leo, o ilustrador das capas de Draco e o amante cara de pau que esquentava a cama de motel para o Ronald.

— Que maravilha… – Pensei alto e Draco, me olhando pelo retrovisor, com as sobrancelhas arqueadas perguntou:

— Qual o problema?

— Nada, não, só umas coisas chatas que eu vou ter que resolver. – Respondi, guardando o dispositivo de volta na pasta e procurando pelas propostas de capa que ele havia feito para decidirmos. Se eu escolhesse uma antes de chegar na reunião e soubesse exatamente o que eu queria fazer, tudo seria muito mais rápido e prático e eu não teria que olhar para a cara daquele falso por muito tempo. Mas, como eu era muito azarada, eu havia deixado os projetos sobre a minha mesa do trabalho no dia anterior. Teria que lidar com aquele falso por mais tempo do que eu desejava. Paciência.

Quando Draco entrou com o carro na garagem e o estacionou na vaga reservada, nós descemos e fomos de encontro ao elevador. A sorte não estava sorrindo pra mim naquele dia, aparentemente, porque eu encontrei o babaca maior esperando para subir e ao lado dele estava Leo.

— Ora, bom dia! – Ele disse com o sorriso cretino de sempre.

— A noite com a sua vagabunda foi boa? – Eu mandei a indireta e Leo olhou nervosamente para o chão enquanto Ronald arqueava as sobrancelhas.

— Não deve ter sido melhor do que a sua com esse filho da puta rabiscado.

— Filho da puta é você! – Draco retrucou se colocando na minha frente.

— Não precisa me defender, amor. Afinal, a justiça é quem vai julgar quem é o filho da puta aqui. – Ergui o queixo da forma mais desafiadora que eu consegui e Ronald me fuzilou.

— Você não vai ganhar nada, Granger. Você não tem provas de nada.

— Ah, não? Ok… – Encolhi os ombros, cinicamente e ele me avaliou. Nesse momento o elevador chegou.

— Vão vocês dois nesse. A gente pega o próximo. – Draco sibilou e Ronald passou por nós com a maior cara de filho da puta, apertando o botão de seu andar.

— Tenha um ótimo dia de trabalho. – Eu acenei com o sorriso mais doce e antes da porta fechar, meu aceno se transformou em um dedo do meio.

— E vá para a puta que te pariu. – Draco completou, me fazendo gargalhar no momento em que a porta se fechou. – Se eu entrasse no mesmo elevador que ele, eu ia quebrar a cara daquele cuzão.

Esperamos mais dois minutos até o próximo elevador chegar e nós entramos juntos. Mal tive tempo de me acomodar em minha sala, pois assim que chegamos eu já tive que pegar o catálogo com os projetos de capa ir para a sala de reuniões me encontrar com Leo.

Como sempre, eu cheguei antes que ele e me sentei em uma das laterais da enorme mesa, batendo a sola do meu scarpin no chão, ansiosa para vê-lo depois de ter descoberto o que eu descobri. Eu teria que me segurar para não estragar o plano mandando indiretas ou falando coisas fora de hora. Precisava manter essa informação em segredo até o dia do julgamento.

Para tirar as idéias assassinas da minha cabeça eu comecei a folhear o catálogo que ele havia preparado. Em todas as imagens haviam montanhas russas, em uma ela iria direto para a boca de um demônio medonho, em outra ela estava pendurada na estrutura de um looping com as pessoas caindo, em outra ela atravessava um círculo de fogo vermelho e na última ela chegava a um trilho despedaçado, prestes a cair em um mar de sangue. Era tudo muito assustador e bizarro, capaz de me deixar com um arrepio na espinha. Mas a minha mente criativa imaginou Leo e Ronald em cada um daqueles carrinhos indo para o inferno de alguma forma.

A porta se abriu lentamente e Leo entrou, tirando a minha atenção dos projetos. Ele olhava para mim com certa insegurança, como se soubesse do que eu já sabia que ele havia feito. Como se sentisse culpa por ser um canalha mentiroso tal qual o Ronald foi.  Quase não consegui conter a minha vontade de enfiar a mão na cara dele, mas foi extremamente profissional ao reagir apenas com um levantar de sobrancelhas cético.

— Olá. – Ele deu um sorrisinho tímido e eu assenti.

— Estou com um pouco de pressa, tenho uma reunião na hora do almoço e não posso demorar. Será que poderemos ir logo com isso?

— É… Claro que sim. – Ele se apressou para se sentar ao meu lado. – Você escolheu alguma capa?

— Na verdade… – Eu havia escolhido, mas estava disposta a dificultar a vida dele, apenas por diversão. – Eu quero a do looping, mas com a estrutura do looping feita com fogo vermelho. Quero o fogo metalizado. – Eu pedi e ele anotou em seu caderninho. – Quero que o carrinho pendurado esteja prestes a cair em um mar de sangue e eu quero que o sangue do mar forme a cara de um demônio. Em relevo. E quero mais pessoas caindo do carrinho e eu quero que o demônio pareça estar rindo dos idiotas que estão indo direto para o seu estômago. E que ele tenha olhos bem azuis e grandes. Como os de Ronald. Dá pra ser?

Ele estava com os olhos arregalados.

— Dá pra ser? – Insisti, da forma mais grosseira que eu consegui e ele acenou freneticamente.

— Claro. Claro que sim. Como você quiser.

— Ótimo. Você precisa que eu repita tudo?

— Não. Eu já anotei tudo, te mando alguns esboços até sexta.

— Até amanhã. – Eu disse, severa. – Eu preciso disso aprovado para sexta. Draco já terminou de escrever o seu livro e eu quero colocá-lo nas lojas em menos de duas semanas.

— Mas… não vai dar tempo. – Ele discutiu e eu dei de ombros.

— Se vire. Você vai conseguir. – Sorri da forma mais falsamente gentil que consegui. – Se estamos acabados, eu preciso…

— Espera, só um minuto. – Ele segurou meu pulso.

— Esquecemos de definir alguma coisa? – Ergui as sobrancelhas e ele negou com a cabeça.

— Eu preciso te falar uma coisa… Eu fiz uma coisa muito errada.

— Sou toda ouvidos. – Cruzei os braços, nem me preocupando em voltar a me sentar.

— Eu… Eu… Traí a sua confiança.

— Ah, é? – O encarei, estreitando os olhos, esperando por sua confissão. Sem que ele percebesse, eu apertei o botão do gravador do Ipad e continuei prestando atenção no que ele falava.

— Eu comecei a sair com Ronald logo depois de começar a fazer a primeira capa para o Malfoy. – Ele disse e eu continuei impassível, ouvindo ele dizer um monte de coisas que eu já sabia. – Ele me convenceu a ir a um jantar. Ele havia me dito que era para falarmos sobre trabalho, mas nós bebemos muito e acabamos em uma cama de motel. E daí por diante foi um caminho sem volta… Nós ficávamos juntos quase todas as noites nos melhores quartos, compramos as bebidas mais caras e comíamos em restaurantes refinados. Eu cheguei a falar para ele que não era justo fazer isso com você e pedi para que ele se divorciasse e ele prometeu que iria assim que conseguisse lucrar o suficiente com os livros de Draco. Mas nenhum lucro é o suficiente para ele. Ele ficou cego pelo dinheiro e não concordou em te deixar para ficar comigo, porque ele sabia que você tentaria tomar a editora dele. Quando você foi embora ele ficou insano e começou a correr atrás de mínimas coisas que te incriminassem para te prejudicar nesse julgamento.

— E por que você está me falando tudo isso?

— Porque hoje ele me pediu para depor contra você, para mentir diante do juíz. E isso vai contra os meus princípios. Ele mentiu para você e estava mentindo pra mim quando jurou se divorciar e agora gostaria que eu mentisse para que ele pudesse sair por cima dessa situação. – Ele disse seriamente. – Eu jamais faria isso. Disse que ele era um canalha mau caráter e que eu nunca mais iria ficar com ele.

— Wow! – Eu arregalei os olhos. – Eu realmente não esperava por isso, mas… bem… obrigada por me contar, eu acho. Você seria capaz de testemunhar isso no tribunal?

— Seria. – Ele respondeu firmemente e eu assenti.

— Meu Deus… eu realmente preciso pensar. É muita informação.

— Completamente compreensível. – Ele sorriu. – Te mando a capa o mais rápido que puder.

— Ok. – Eu suspirei. – Nós nos falamos mais tarde. Obrigada de novo, Leo.

Ele assentiu e começou a recolher o seu material. Eu precisava contar a minha descoberta para o Draco. Agora eu tinha certeza que venceríamos esse julgamento e ele precisava saber de tudo. Saí da sala sem nem me despedir e corri para minha, fechando a porta atrás de mim. Eu estava ofegando e ligeiramente elétrica com a novidade.

— Porra, menina, o que aconteceu? – A voz da vovó me surpreendeu e eu sorri quase instantaneamente. – Você está branca feito um rolo de papel higiênico.

— O que você veio fazer aqui, vovó? – Eu corri para abraçá-la e beijar o seu rosto demoradamente.

— Vim trazer o almoço da minha família, caralho, o que mais? – Ela perguntou irritada e eu ergui as sobrancelhas.

— Ela não quer admitir que ficou com saudades de nós, princesa. – Draco disse zombeteiro, beijando o outro lado do rosto da avó e isso me fez sorrir.

— Claro que eu não fiquei com saudades, moleque. – Ela deu um tapa na cabeça de Draco. – Eu só quis ser gentil nessa porra.

— Podemos discutir isso depois? – Eu pedi, me sentando atrás da minha mesa e sorrindo ansiosamente para os três. – Eu tenho coisas para contar e vocês vão ficar fodidamente chocados.

 


Notas Finais


E aí? Gostaram?

Estamos ansiosas para ler os comentários!

Beijinhos e até a próxima!


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