Não posso acreditar que a Lizzie vai viajar e me joga uma bomba dessa, logo agora que eu começo sentir essas coisas por ela.
Merda.
Eu não quero que ela vá. Mais é o pai dela, e eu sei que você pode me achar egoísta, e sou mesmo quando se trata de algo ou alguém que quero muito.
Chegamos no estacionamento e abro a porta do carro para ela, que entra em silêncio.
Pego a rota da rodovia Ayrton Senna e sei que irei passar entre São José dos Campos e Taubaté. Quando pegamos a rodovia longa, ela me encara perguntando:
— Para onde estamos indo Ramon?
Sorrio com sua cara de apavorada e digo: — Tenha calma mulher! Não estou lhe sequestrando, embora queira muito.
Tenho um chalé suíço aqui afastado, podemos conversar mais a vontade.
Ela sorri achando graça e acrescenta: — Chalé suíço é? Quantas horas de viagem?
Olho para o relógio e digo: — 2 horas e uns 30 minutos por ai.
Ela balança a cabeça e diz: — O que você não tem hoje não é Sr. Andrews?!
Encolho os ombros e continuo o trajeto em silêncio. Ela logo adormece no banco do carro, e fico todo bobo de ver como é linda dormindo.
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Paro o carro em frente ao chalé e toco em seu ombro para acordá-la.
Ela desperta sonolenta, então desço para abrir a porta do seu carro. Segurando a porta por dentro e fazendo sinal para eu me afastar ela soa: — Quanto cavalheirismo de sua parte, mais eu consigo muito bem abrir a porta de um carro.
Obrigada.
Balanço a cabeça sorrindo e me pergunto como fui me apaixonar por essa mulher. Ela não sabe ainda e não sei se terei coragem de dizer algum dia ou momento.
Ela desce e fica encantanda com a vista.
O chalé suíço fica em Campos do Jordão.
Ele é composto por dois quartos, um banheiro grande e uma suíte, além de cozinha com estilo totalmente rústico. Tudo feito de madeira. Estamos numa área de floresta.
Pego em sua mão e a conduzo para dentro. Vejo preocupação em seu rosto e pergunto: — O que houve Liz?
Caminhando até um banco de madeira, ela se senta e soa: — Andrews, não podemos estar aqui. Eu ainda preciso comprar uma passagem aérea para viajar amanhã.
Confirmo positivamente e digo: — Não se preocupe, já tomei as providências cabíveis.
Ela me fuzila com os olhos e rosna: — O quê? Porque fez isso de novo? Você não pode simplesmente ficar comprando as coisas para mim. Eu trabalho para isso.
Ponho a mão em sua perna e digo: — Posso sim, e sei que você é bem orgulhosa para aceitar. Até então não vi você usando nenhuma das lingeries da La Perla que mandei.
Ela se levanta e para em frente a varanda e fala baixinho: — É. E não entendo como você nos trouxe para um lugar afastado, sendo que nem roupa temos aqui.
Puxo-a para perto de mim e falo: — Isso não será problema, tem muitas roupas aqui.
Arqueando as sobrancelhas ela pergunta ironicamente: — É mesmo? Você costuma comprar roupas para as mulheres que sempre trás para cá?
Respiro fundo.
Que mulher difícil.
Então digo: — Não Lizzie. Nunca trouxe outras pessoas aqui além da minha família. E as roupas que tem são da minha irmã. Novas claro, sempre que ela vinha trazia o guarda roupa inteiro praticamente, então sempre deixa algumas aqui.
Ela fica surpresa e murmura: — Ah... Desculpa. Não sabia que você tinha irmã.
Ponho ela em meu colo e falo: — Você não sabe muito sobre mim ainda Sra. Thompson.
Sorrimos e nos beijamos ao mesmo tempo. E entramos para dentro do chalé.
Lizzie fica mais encantada quando vê o imóvel por dentro. Não era muito grande, mais super confortável e aconchegante.
Do quarto de cima ao acordar, a primeira coisa que você verá é a floresta, e ouvirá o som dos pássaros. Sempre quis ter um lugar calmo e afastado para mim, por isso fiz o chalé aqui.
Vou até a lareira, coloco lenha dentro e ligo no aquecedor.
Vejo ela se aproximar e sentar-se no sofá, então ela fala: — Eu gostaria de tomar um banho, vai me acompanhar?
Você com certeza deve me achar um maior pervertido, e por partes sou sim.
Dou um sorrisinho malicioso e murmuro:
— Eu adoraria, mais tenho que preparar nosso jantar.
Ela fica de boca aberta, e creio que seja pela parte final do que acabei de revelar.
Caindo na risada ela fala: — Uau. Você sabe cozinhar?
Confirmo num sim e ela se aproxima me puxando e me beijando calorosamente.
Afasto-me um pouco, atordoado e digo:
— É melhor você ir tomar banho, antes que eu mude de ideia e te pegue aqui na sala mesmo.
Dou um tapa em sua bunda enquanto ela se vira e sobe para tomar um banho.
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