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História Um Canalha de Primeira - Ringue de luta


Escrita por: urben

Notas do Autor


A atualização deveria ter sido feito semana passada, mas eu estava sem meu pc e como o capítulo estava nele... acabou rolando um atraso.
Lotem os comentários com suas opiniões, anjinhos!

Ps: é o penúltimo capítulo aa

Capítulo 66 - Ringue de luta


 

O ar romântico havia se esvaído e o que restava agora eram apenas quatro bêbados que não falavam nada com sentido completo e os demais que tentavam guiar os que exageraram no álcool — Jimin, Hoseok, Manila e Jungkook.

— Nossa, como vocês são baixinhos — gritou Jimin, atraindo a atenção de todos, inclusive S/n, que tentava levantar o Jeon que acabara de cair após tentar saltar sobre as costas de Hoseok, que estava tão bêbado quanto Jungkook e recebia ajuda de Joe para sair do chão.

Até os que mal conseguiam processar a cena corretamente por conta do álcool se chocaram ao ver o Park no topo de uma árvore. Como diabos ele foi parar ali?

— Park Jimin, desce já daí! — Sua noiva soou como sua mãe com tal fala.

— Para um bêbado você tem bastante equilíbrio. — Joe zombou, recebendo de sua irmã um tapa na nuca.

— Ajudem ele a descer! — gritou nervosa.

Carregando a maior calma do mundo em sua face, Jimin desceu se segurando nos galhos; mesmo não sendo tão alta, cair de um lugar como aquele seria no mínimo doloroso.

— Não se estressa, meu amor. — Beijou a testa da garota docemente.

Suas pernas fraquejaram e ele acabou por cair de joelhos; algo tão simples o fez gargalhar incontrolavelmente. De repente parou, arregalando os olhos e colocando a mão sobre a boca. Sem pensar duas vezes, a jovem correu para uma direção qualquer, fugindo do que veio logo em seguida.

— Que nojo, Jimin! — Taehyung coçou a cabeça inquieto ao ver o que se encontrava no chão sorrindo enquanto limpava o canto da boca. O cheiro insuportável se espalhou pelo ar.

— Boa sorte em beijar essa boca amanhã, S/n. — Sehun brincou, causando uma revirada de olhos de sua ex.

— Ele vai escovar os dentes um milhão de vezes se necessário, mas eu nem chego perto dessa boquinha se estiver com cheiro de vômito.

— Ai S/n, eu achei que você me amava. — Fez um biquinho.

— Eu te amar não significa que eu vá enaltecer qualquer tipo de líquido que sair de você — proferiu de forma inocente, sem notar o duplo sentido de suas palavras.

O Park sorriu de forma maliciosa e após pensar um pouco no que havia dito, ela se deu conta do teor sexual que sua fala carregou.

— Você é estranho! — disse envergonhada pelo que acabou dizendo em meio aos seus amigos.

— Sinto que qualquer piada que eu acabe fazendo sobre o ocorrido possa ser mal interpretada devido ao nosso passado — referiu-se à S/n, citando o relacionamento que ambos tinham.

A namorada de Taehyung observou a cena completamente confusa, seriam necessárias algumas conversas para entender o que aconteceu entre todas aquelas pessoas. Sehun namorou S/n e anos depois a traiu; antes do relacionamento com ele, a garota namorou Joe, que mais tarde se tornou seu irmão adotivo; outro que teve sentimentos românticos pela noiva de Jimin, foi Hoseok, o que não resultou em muita coisa além de um beijo... Parando para pensar, cinco das treze pessoas — se é que no estado em que Jimin esteva ele poderia ser considerado um humano —ali presentes já se apaixonaram pela futura esposa do Park. Claro, sem contar com o própria S/n, que convenhamos, era uma mulher tão incrível que nem ela resistia a si mesma. Oh céus, que mulher!

Olhando ao redor, a jovem suspirou a notar o quão longa seria a noite que antecede seu casamento. A pobrezinha pediu ao universo que a ressaca do Jimin não o destruísse na manhã seguinte. Um noivo cambaleante e com dor de cabeça definitivamente não traria um ar bom à cerimônia.

Foi necessário S/n piscar por um segundo e o Park simplesmente foi de encontro ao chão, desmaiando de forma dramática. Antes que ela pudesse surtar de preocupação, Joe e Sehun cataram o corpo molenga do chão, apoiando os braços do adormecido sobre seus ombros.

— Vamos deixar vocês em um táxi e levar os outros nos carros. Certo? — Joe sugeriu.

— Só por favor, não deixa ele vomitar no carro alheio. — Sehun alertou sua amiga.

— Acho que ele já vomitou o suficiente pelos próximos cinquenta anos. Não se preocupem.

Após minutos demorados o automóvel chegou, aliviando os que carregavam Jimin em seus ombros. Assim que a porta foi fechada, os olhos atentos do garoto se dirigiram a sua noiva, a surpreendendo pelo repentino acordar. Sua cabeça logo se endireitou sobre as coxas semicobertas pela saia que ela usava, e um suspiro inocente antecedeu a fala que provou o quão bobo Jimin poderia ser quando bêbado.

— Suas pernas são fofinhas. — A forma que as palavras saíram mostraram que não era uma tentativa de soar engraçado; ele realmente falou a primeira coisa que veio em sua mente.

— Certo, Jimin. Fica quietinho para dormir. — Sorriu enquanto acariciava os cabelos do garoto.

Observou todo o trajeto pela janela, variando o olhar entre as casas que preenchiam as ruas e a face serena de seu amado. O carro parou em frente à casa alugada e S/n anunciou a chegada:

— Amor, já voltamos. — O salto inesperado do Park causado pela esquisita animação que sentiu por voltar ao local casou uma tontura, e antes que um desesperado “não!” saísse dos lábios da garota, um forte xingamento foi proferido pelo motorista.

— Droga, Jimin! — gritou, fazendo o corpo do outro se encolher. — Já íamos entrar, não podia esperar para fazer tamanha sujeira lá dentro? — O odor azedo se alastrava pelo ar, e a face petrificada do taxista apenas deixava a situação ainda mais tensa.

Os demais chegaram logo em seguida, estranhando o fato de ainda estarem dentro do táxi. Joe foi até o automóvel, se deparando com a face imunda do motorista.

— Subam, eu resolvo tudo. — Abriu a porta para a irmã e seu cunhado saírem.

— Mas...

— Sobe e cuida do Jimin. Tenta não perder a paciência com ele, certo?

— Eu vou... tentar. — Ajudou seu noivo a rumar à casa, mesmo que parcialmente contra sua própria vontade.

Já no quarto, o silêncio seria perturbador se não fosse pelas vozes no andar abaixo.

— Eu vou tomar banho. — O Park teve sua fala ignorada por S/n, que mantinha os pensamentos fixos na situação que ocorreu minutos atrás.

Os passos incertos entregavam que manter o equilíbrio estava difícil para o que exagerou no álcool. Ao cair de joelhos por conta de seus passos descoordenados, ele sentiu sua cintura ser abraçada por sua noiva.

— Nunca mais exagere na bebida, ouviu? Ou te deixo tomar banho sozinho.

Assentiu com um sorriso bobo nos lábios.

— Sim, capitã!

 

[...]

 

Adormecendo rapidamente, o garoto mal viu seu filho pelo resto da noite. Já S/n passou horas com o pequeno que decidiu atrair a atenção de sua mãe com expressões fofas pelo resto do dia.

 

[...]

 

— Jimin! — O grito de quem o Park imaginava ser Hoseok ecoava dentro de sua cabeça, causando-lhe uma terrível sensação. Era definitivo: aquela era a pior ressaca de sua vida.

— Para de gritar — sussurrou se revirando na cama na tentativa de voltar a dormir.

— Seu idiota, sabe o que vem depois da despedida de solteiro louca que você teve ontem? — Jimin sentiu um lado da cama afundar — O seu casamento! — gritou irritado por seu amigo ainda estar de olhos fechados.

— Que casamento? — Fez uma careta por conta da dor, ainda de olhos fechados e deu as costas ao Jung.

— Sabe a garota que trabalha na PZ? Aquela que é mãe do Myung, que por acaso, é seu filho. Então, hoje é seu casamento com ela.

— Ah... — Se sentou na cama calmamente, ao contrário de Hoseok que estava prestes a deixar uma marca roxa no rosto de Jimin.

— Você tem 30 minutos — Se levantou da cama e poucos segundos antes de fechar a porta, o Park se pronunciou.

— Pra que?

— Se arrumar pro seu casamento com a S/n.

Ouvir o nome de sua amada foi o suficiente para Jimin dar um pulo da cama, descendo as escadas apressado.

— Parabéns, seu grande idiota, você vai se atrasar logo hoje! — falava, irritado consigo mesmo e fazia uma espécie de massagem em sua cabeça, na tentativa de a dor se esvair do local.

Ao chegar na sala, coçou os olhos sem acreditar no que via.

— Bom dia, amor. — S/n deu um rápido selinho em seus lábios, logo se dirigindo à cozinha.

— Mas... Mas... — Apontava para a garota, sem entender o que ela fazia ali.

— Você realmente conseguiu acordar ele, Hope. — Joe ria da cara confusa do Jimin.

— Jung Hoseok, o que está acontecendo? — falou já sentindo a irritação percorrer seu corpo e a dor de cabeça se fez presente novamente.

— Eu precisava te acordar cedo, ou você acabaria se atrasando de verdade — se levantou do sofá onde estava. — Sabe, — Colocou a destra sobre o ombro do Park. — eu levo essa minha missão de padrinho muito a sério. — Fechou os olhos, sorrindo convencido e balançando a cabeça positivamente.

— Tira essa mão do meu ombro antes que esses seus lindos dentes deem um "oizinho" ao chão. — Sorriu forçado.

— Vocês ouviram? Ele disse que meus dentes são lindos. — Sorriu largamente, expondo seus dentes brancos e alinhados.

Jimin ameaçou dar um passo em direção a Hoseok, mas antes que perdesse a paciência, sentiu sua cintura ser abraçada.

— Você não vai brigar no dia do nosso casamento, né? — O noivo se virou, encontrando a bela face de sua futura esposa.

— Droga! — Suspirou derrotado. — Você é tão linda que até esqueço minha vontade de socar o Hoseok.

— Obrigada... Eu acho — Riu.

— Parem de ser melosos, daqui a pouco eu preciso te levar pro salão. — A voz de Joe se fez presente.

— Eu? — Os noivos falaram em uníssono.

— Jimin, o seu cabeleireiro será o Hoseok mesmo. — O moreno surgiu com uma tesoura em mãos e um sorriso perverso estampado na cara.

— Iremos nos divertir muito hoje, Chimchim. — Por fim, soltou uma gargalhada de vilão.

— Onde você arrumou essa tesoura, seu maluco? — Tentou cobrir todos os fios de cabelo existentes em sua cabeça.

— Ah, essa é uma tesoura de verduras. Vou preparar seu prato favorito. — Saiu da sala, indo saltitante à cozinha.

— Meu melhor amigo é meio maluco. — Cruzou os braços, rindo.

— Boa piada, amor. — Deu uns tapinhas no ombro do garoto, que nem entendeu nada.

— Piada?

— Sim, isso de vocês serem melhores amigos foi engraçado. — Gargalhou, dando de ombros e indo à escada.

— Mas nós somos melhores amigos. — A garota girou o calcanhar com uma sobrancelha erguida.

— Desde quando você é tão iludido?

— Hoseok, traz pipoca que o barraco vai ser dos bons. — Joe riu, se sentando em uma cadeira para ver a briga de perto.

Parecia uma perfeita cena de faroeste, só faltavam as armas para tudo ficar completo. Os olhos de ambos estavam semicerrados, e antes que Jimin pudesse argumentar, a garota afirmou:

— Todos sabem que eu sou a melhor amiga do Hope. É isto. — Deu as costas, ouvindo Jimin rir abafado e logo lançar um "Ah, tá". — Hoseok, quem é seu melhor amigo?

Os olhos agitados miraram no Jung, que só queria fugir dali antes de o cercarem, impedindo sua fuga.

— Não ouse tirar o pezinho da sala, moço.

— Vamos, responda. — S/n o encarava com uma sobrancelha arqueada, inquieta pela demora de uma resposta.

— Meu melhor amigo sou eu mesmo. Sou um anjo. Que melhor amigo eu poderia ter?

E dando uma volta na situação, ele escapou antes de mais questionamentos vindos do casal. Eles se encaravam com confusão e chateados por não ouvirem o que queriam. Caso um dos dois descobrissem quem era o “favorito” de Hoseok, o altar da cerimônia provavelmente precisaria ser substituído por um ringue de luta.


Notas Finais


Leiam uma fanfic minha que eu particularmente amo muito:
https://www.spiritfanfiction.com/historia/a-unica-que-pode-me-ver-13885728

Dê uma chance a outros artistas
Red Velvet - 'Power Up': https://www.youtube.com/watch?v=aiHSVQy9xN8

ccat: @yunnieswt; https://curiouscat.me/yunnieswt
twitter: @seulgilete; https://twitter.com/seulgilete
perfil secundário: @yunnieswg


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