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História Um Caso de Baker Street - Capítulo XVI


Escrita por: GothySmile

Notas do Autor


Boa Leitura.

Capítulo 16 - Capítulo XVI


— O que foi isso? – Pergunto me virando, e olhando para os dois, eu começo a me sentir energético, excitado, nervoso em um bom sentido.

— Daqui há alguns segundos, você se sentirá completamente diferente, poderá curtir a festa, sem ser tão chato. – Ela diz me olhando, e jogando a agulha fora.

— Sabe que não viemos para ficar, precisamos da sua ajuda.

— Acho que já estou calmo agora... – Sorrio o olhando, ele é tão bonito, fico o admirando.

— O que deu pra ele? – Ele diz raivoso a olhando.

— Você sabe o que dei para ele. – Ela diz de costas no balcão.

— Cocaína, não adiantará de nada, principalmente líquida. – Ele se afasta de mim, se aproximando dela, eu volto pra perto dele, e o abraço por trás, quero beijá-lo de novo.

— Realmente não irá, mas acho que te drogar, será mais divertido. – Ela diz, e sinto aquela postura rígida amolecer por um instante. — Vamos voltar? – Ela pergunta se afastando da gente.

— Mulher! John! – Sherlock diz tentando pegá-la, se virando, e ela vai para a porta, a porta se abre, e eu vejo milhares de pessoas nos olhando.

— Sherlock! – Digo animado, me sinto como um jovem adolescente novamente.

Começo a me lembrar da minha filha, que na verdade eu tenho uma filha, lapsos de memórias invadem a minha cabeça com força, arrombando tudo, quebrando e destruindo o que vê pelo caminho, eu o solto do abraço, confuso; logo me sinto triste, desorientado.

— John? O que houve com ele? – Ouço a voz de Irene ao longe, e bem perto, bem grossa, e bem fina; enxergo silhuetas na minha frente.

— A dose que você deu era perfeita para alguém sóbrio... A cocaína agora, provavelmente está agilizando todos os processos mentais dele. – A voz grossa e séria de Sherlock voava ao meu redor, não consigo saber exatamente quando, mas eu me deito no chão.

— Está me dizendo que ele estava drogado? – Tento ficar concentrado na conversa, do modo mais natural possível.

— Não necessariamente, ele tinha alguns traços no organismo recentes. Estava num leve processo de abstinência. – Começo a sentir uma sensação de prazer, e de dor nas costas, ombro, em todo o corpo; dor e prazer na mesma hora, mas que punição cabulosa!

— E você? – Vejo lampejos de luzes em minha direção.

— Estou bem melhor, tenho maior durabilidade em relação a ele. – O mundo gira cada vez mais lento.

— Está acostumado? – Eu pisco forte, para tentar pôr em foco alguma coisa que acho que estou olhando.

— Não, precisamos de um outro médico. – Começo a recobrar os sentidos, meu tato volta, e eu sinto o chão frio agarrando minha pele, que estava suada; estou respirando com dificuldade, mas consigo abrir os olhos, ou ao menos conseguir enxergar Sherlock me olhando apreensivo, e sorrindo ao perceber que estou o enxergando também; perco a noção do tempo.

— Caso ele tenha outro ataque parecido, o levem para um hospital o quanto antes. – Um cara grisalho diz do meu lado, se levantando, eu o olho, como que ele veio parar aqui?

— Não, não. Veja só, eu sou médico também... – Sherlock me interrompe, enquanto eu me ponho sentado.

— John.

— Agora não. – Digo o olhando, e volto para o médico que me olhava com desdém. — E sei muito bem quando estou com um problema, ou devo ir a algum hospital.

— Se estivesse ao menos sóbrio, eu até acreditaria no que diz, mas por enquanto faça o que eu digo. – Ele diz se virando e indo falar com Irene na porta.

— John, vamos para casa.

— Não quero.

— O quê? Como assim você não quer?

— Eu quero me divertir, e por um momento esquecer o que estamos vivendo. Quero esquecer de tudo só essa noite, posso? – Pergunto o olhando e me levantando, não quero nem tão cedo voltar para casa, para o caso; preciso me sentir bem de novo.

— John, se drogar, embebedar... Não vai fazer os seus problemas sumirem, apenas aumentarem. – Começo a rir, o olhando, e Irene e o Médico olham para mim também, sem entender.

— Acreditam nisso? Sherlock Holmes me dando conselho sobre drogas, bebidas e problemas! Sherlock! Holmes! – Falo irônico o olhando, e ele tenta não olhar para mim; começo a rir novamente. — Realmente inacreditável... – Digo e vou em direção à porta.

— John. – Ele diz, e eu me viro o olhando. — Posso não ser a melhor pessoa, o melhor exemplo, o melhor amigo para ser seguido... Mas, uma vez lá, será bem mais difícil sair, do que continuar.

— Terminou?

— Só não quero que acabe como tantos que já vi.

— Percebeu, Sherlock? Todo mundo que te rodeia, sempre acaba no fundo do poço! É incrível. Foi a minha esposa, agora filha, sua irmã, Mrs. Hudson, Irene, todo o mundo! Você que sempre vê tudo, nunca viu isso, viu? – Digo impaciente o olhando, eu realmente preciso mais daquela coisa que injetaram em mim.

Me viro, e vejo Irene e o médico se despedindo, fingindo que não estavam olhando o que estava acontecendo ali. Vou embora daquela sala, e fico na frente do elevador esperando um segurança me deixar passar.

— Com licença, mas quero descer, quero me divertir, ok?

— Apenas com a permissão da Mrs. Norton. – Ele diz seriamente sem olhar para mim, logo o médico vem, ele deixa passar e volta para a posição em que estava novamente.

— Por que ele passou?

— Porque ele teve a permissão da Mrs. Norton. – Logo vejo Sherlock e Irene vindo, eu desvio o meu olhar dele, e foco nela.

— Agora eu posso descer? – Pergunto a olhando, com um tom irônico.

— Deve. Subiu comigo, descerá comigo. – Ela diz com uma postura que me fez sentir como criança.

— Vocês combinam, sabiam? – Digo assim que entro no elevador.

— Mais uma palavra, e você pegará um expresso.

— Quem chamou o médico? – Pergunto assim que saímos do elevador, para Irene; provavelmente Sherlock não ouviu por estar se justificando para Godfrey, que havia oferecido a ele um outro drinque.

— Sherlock. – Ela diz e eu finalmente me enxergo, não acredito que agi feito uma criança como ele, só porque eu queria me drogar ainda mais, e esquecer os problemas que tenho.

Como se ele também não tivesse algum! Caramba como fui idiota... Preciso fazer alguma coisa.

— É uma pena que não possa ficar Sherlock, além do mais, fico te devendo uma esposa. – Ele sorri, e eu chego ao lado de Sherlock, o olhando; ele me olha rapidamente.

— Foi um prazer, obrigado, meu táxi chegou. – Ele diz apertando a mão do advogado, e se afastando de mim.

— Quando você pediu um táxi? – Pergunto o olhando, o advogado divide o olhar entre nós dois.

— Sem conversa, estou atrasado. – Ele diz olhando para o advogado e finalmente me encara seriamente.

— Para ir pra casa? – Pergunto e Irene retira o marido desse meio.

— Não. – Ele me responde secamente, e olha para a mulher.

— Se quiserem um quarto, ainda tenho alguns disponíveis, faço de graça para vocês. – Ela diz nos olhando, e aponta para um canto qualquer, não tive coragem de tirar meus olhos dele.

— Não é preciso. – Digo à ela, e olho vencido para o chão. — Em casa, nós conversamos. – Olho novamente para ele, e ele se despede dela, e vai embora.

Não sei muito bem o porquê, mas fico esperando ele retornar com aquela ridícula parte de roupa que ele está, ficando ali mais alguns minutos, parado, olhando para um lado ou outro. Finalmente retiro minhas raízes, quando vejo uma atraente moça sorrindo para mim, de início não entendo o que ela enxerga em mim, mas logo percebo que estou ridiculamente vestido de uma forma diferente, quase nu, porém vestido. Ela logo segue para onde a festa realmente rola, onde as pessoas dançam, cantam, como Sherlock quando deu uma de cantor ali, junto com os strippers, e comigo, eu estava realmente muito louco para fazer algumas coisas que fiz ali. Sorrio sozinho ao lembrar de coisas recentes, que provavelmente não acontecerão mais.

Enfim, a noite a partir dali fora tranquilamente divertida, descobri o nome da garota, mas não prestei muita atenção. Na verdade, ela me contou sobre toda a história dela, e eu, sobre a minha; o que a bebida não faz comigo? Felizmente, em questão de narcóticos, ou alucinógenos, estamos totalmente sóbrios; mas já não garanto o mesmo na questão sobre o álcool.

— Olha, eu tenho que ir pra casa, você sabe, né? Meu pai vai ficar louco se eu acordar, e ele não estiver lá... Não. Espera... – Ela para, eu começo a rir, por perceber que ela havia trocado as bolas, no caso, as palavras; ela começa a rir também. — No caso, ao contrário... Mas você entendeu. – Eu paro e fico a olhando, a beleza jovial dela me agarra de um jeito, que eu simplesmente sou acordado pela mesma se retirando da mesa, que está muito bagunçado por sinal.

— Eu te levo pra casa, se quiser. – Digo me levantando e a olhando, ela sorri, e confirma com a cabeça.

Ao ficar vários minutos esperando, na frente da boate, passar algum táxi, ou algo do tipo, umas das mulheres do casamento "poli" nos cederam um carro particular, eu só a reconheci pelo vestido, até porque não havia prestado muita atenção nelas, apenas em Irene e Sherlock.

— Muito obrigada mesmo, Mrs. Norton. – Digo depois da garota entrar no carro, a ressaca de muitos shots começa a aparecer, e não só isso, mas tenho a impressão de que o dia também vai começar a raiar.

Eu entro no carro, na qual já sabia o destino, por ter ido diretamente à minha casa. Eu desço do carro, a viagem foi bem silenciosa, algumas vezes ou outra até pensei em puxar assunto com ela, mas acabei desistindo. Não queria que ela me achasse um chato, como o pai dela.

— Então, até uma próxima. – Digo ao sair do carro pela janela onde ela estava sentada.

— Ela também ficará aqui, recebi ordens de mandar vocês ao 221B Baker Street, e voltar imediatamente. – O motorista finalmente se pronuncia, e ela sai do carro.

— Não, não, não, espera. – Digo para ela esperar, e vou falar com o motorista, eu bato na janela, para que ele abra, e logo ele o faz.

— O que quer?

— Leve a moça até a casa dela, não vê que é tarde da noite?

— Na verdade, daqui há poucas horas estará de manhã.

— Eu não posso chegar em casa de manhã!

— Você a ouviu, apenas leve-a até onde puder, o mais perto possível, por favor.

— Não, as ordens que me foram dadas foram claras. Por favor, saia do meu carro.

— Ela não vai sair. – Digo, e entro no carro pela porta aberta, no lugar dela, claro; já que as outras obviamente estariam travadas. — E nem eu. – Eu cruzo os braços, olhando para a cadeira dele.

Ele sai do carro, abre a porta, e tira uma arma do bolso.

— Tem certeza?


Notas Finais


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