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História Um Cavaleiro: A história de Áries - Capítulo 5: O despertar de Áries


Escrita por: GiullieneChan

Notas do Autor


Notas: As falas em itálico foram retiradas das edições numero 3 de Cavaleiros do Zodíaco: Episódio G, referentes a aparição de Mu de Áries.

Capítulo 6 - Capítulo 5: O despertar de Áries


Na vila...

—Mas porque mostrou o caminho para Jamiel a um completo estranho? -Reena indagou sua irmã exasperada.

—Ele me pareceu uma boa pessoa, Reena. -respondeu com calma, ocupada com um tecido que bordava.

—Mas se for como os outros que vieram antes? E se quiser ferir Mu? -ficou alarmada, correndo para fora.

—Para onde vai? -Mah indagou em vão, a jovem já estava longe, correndo em direção a Jamiel.

Reena corria o máximo que suas pernas permitiam.

 

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Jamiel...

—Aldebaran de Touro. -Mu o chamou. -Vou lhe mostrar do que realmente sou capaz.

O Cavaleiro de ouro observou intrigado, a mudança do Cosmos de Mu.

“—Apesar de aparentar ser uma pessoa calma, quando se enfurece mostra sua face.” -Aldebaran refletia. –“No entanto, este nível ainda não é o de um Cavaleiro de Ouro! Precisa de mais estimulo, garoto? Pois bem.”

—Prepare-se, Cavaleiro. -avisou Mu.

—Hunf, não me faça rir! -zombou Aldebaran. -Cansei de ser bonzinho! É apenas um moleque que com certeza causará problemas ao Santuário se permanecer vivo!

Mu estranhou a mudança no comportamento do rapaz.

—E o vilarejo também deve ser punido por ter compactuado com sua rebelião.

—O que disse?

—Que se você não me matar, eu o matarei e as pessoas da sua vila também! -ameaçou, diante dos olhares surpresos de Mu e de Koh.

Outra explosão de Cosmos e Mu cai ao chão ferido, a pressão era tão grande de jogou Koh longe também. O gigante chamado Aldebaran tentava aparentar estar calmo, mas em seu íntimo temia estar errado em suas conclusões.

“—Reaja!” -pedia intimamente. –“Vamos garoto. Se é discípulo do Grande Mestre Shion, não pode se deixar vencer tão facilmente! A armadura dourada de Áries não estaria aqui, esperando o momento em que se tornarão um só!”

—Aldebaran... -Mu murmurou ergueu-se com dificuldade. -Ele é forte! Mas não posso ficar parado. E se ele ferir as pessoas da vila...Reena?

—O que vai ser? -provocou o Cavaleiro de Touro.

—Eu não vou permitir que ninguém seja ferido, Aldebaran! -Mu avisou, com uma calma impressionante, ao encará-lo e seu corpo ser envolvido por uma aura dourada.

“—Finalmente!” -Aldebaran pensou admirado.

—Não permitirei que pessoas que vão contra os princípios da deusa da Justiça façam o que bem querem neste mundo! -Atrás de Mu, seu cosmo dourado parecia tomar a forma do animal que representava a constelação de Áries. -E eu vou cumprir a promessa a meu mestre de me tornar um Cavaleiro de Ouro!

Naquele momento, a armadura de ouro de Áries brilhou com o resplendor de uma estrela em super nova ao sair de sua urna, separar-se e cobrir o corpo de Mu com perfeição.

—Já que agora está usando uma armadura dourada, não preciso me conter! -avisou Aldebaran. -GRANDE CHIFRE!

Mu recebeu o golpe, protegendo seu corpo com os braços cruzados diante de sua face, sendo arrastado alguns metros, mas em seguida encarou seu adversário.

—Minha vez. -Abriu os braços. -O golpe que meu mestre ensinou-me antes de morrer e será a primeira vez que eu o usarei...EXTINÇÃO ESTELAR!

Aldebaran recebeu o golpe, e foi lançado ao ar, caindo ao chão em seguida com toda a força. Breves instantes se passaram quando Aldebaran começou a se mexer, sentar-se no chão e retirar o elmo de sua armadura, antes de balançar a cabeça de um lado para o outro zonzo. Depois ele encarou Mu e...

—HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! -a risada divertida de Aldebaran, sentado ao chão depois de ter recebido o golpe, deixou Mu totalmente intrigado e sem graça. -Ah, garoto! Precisou que eu o irritasse para mostrar quem é! Nunca vi um ariano tão calmo! Hahahahahahaha! E que golpe magnífico! Você usa a técnica de criar uma Super nova para dispará-lo? Tem certeza que é a primeira vez que o usa? Que coice você tem!

—Com licença. -falou Mu ainda irritado com a situação. -Pensei que estivéssemos lutando!

—Foi uma luta, garoto! Acontece que inconscientemente você parecia ter receio de liberar todo o seu cosmo. -explicou Aldebaran, erguendo-se e limpando a poeira de sua armadura. -Mas é recompensador imaginar que a perspectiva de ver inocentes sofrerem o fizessem libertar a fera que tem em seu espírito.

—Você...você fez de propósito! -Mu acusou, apontando-lhe o dedo.

—Sim. -sorriu apontando para a armadura de Áries que ele trajava. -É um Cavaleiro de ouro agora. Continue protegendo os inocentes e estará honrando este traje e o que ele representa.

—Aldebaran...

—Meu mestre disse-me isso quando provei ser merecedor da minha armadura. -e sorriu. -Não faz tanto tempo assim.

—Aldebaran...

—Tenho certeza que você será um companheiro digno! -ainda discursava.

—ALDEBARAN!

—O que?

—Vou te matar por ter me feito de bobo! -ameaçou com o punho em riste.

Tudo o que o Cavaleiro de Touro fez foi sorrir sem graça e coçar a cabeça, e dizer:

—Ora, eu sentia que você guardava dentro de si seu verdadeiro potencial. Só precisou de um empurrãozinho. –deu um tapa nas costas de Mu, quase derrubando-o no chão e gargalhou, sendo acompanhado pela risada do jovem cavaleiro de Áries.

Mu suspirou, resignado. Em seu íntimo aliviado por saber que o Cavaleiro por quem simpatizara, e que no início demonstrava ser uma pessoa boa, não era um homem que se levava pelo poder, e sim um bom amigo.

—Bom. Deixe-me ir agora. Preciso voltar ao Santuário. -falou.

—Mas, e as ordens de me levar diante do Grande Mestre, mesmo que seja a força? -perguntou Mu.

—Recebi ordens de levar um garoto indisciplinado diante do Grande Mestre. Sabe, um aprendiz impertinente. -falou serenamente. -Mas diante de mim, está o Cavaleiro de ouro de Áries. Não e a pessoa que procuro.

Koh que observava todo o desenrolar dos fatos em um canto, cruzou os braços, sorriu balançando a cabeça.

—Entregam as armaduras de ouro para crianças crescidas! -suspirou e depois viu sua cunhada chegar quase sem fôlego.

—O que houve? -perguntava enquanto tentava recuperar-se da corrida.

—Estamos presenciando o nascimento de um cavaleiro de ouro. -respondeu Koh sorrindo.

Reena então espantada viu Mu usando a armadura e correu até ele sorrindo, abraçando-o.

—EU SABIA! EU SABIA QUE CONSEGUIRIA!

—Reena! -totalmente envergonhado, com a face rubra. -Calma!

—Estou indo, Mu de Áries. Volto um dia desses para conversarmos, certo? -avisou Aldebaran e depois ele se dirigiu a Reena e piscou. -Cuide bem de seu namorado.

Imediatamente Reena e Mu encararam Aldebaran com ares abobados e se separaram.

—Não sou namorada dele!

—Ela...eu...ela...

Aldebaran gargalhou mais uma vez e foi embora, deixando Jamiel para trás.

 

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Naquela noite, Reena e Koh já havia partido de volta a Vila deixando o jovem cavaleiro sozinho, parado diante da torre, observando o céu estrelado. Tinha somente onze anos e já era um Cavaleiro de Ouro. Sorriu.

A imagem de seu mestre veio à mente e o sorriso desfez. Shion morreu antes de vê-lo conquistar tal honra...Antes de lhe dizer quem eram seus pais. Foi-se levando consigo esse segredo. Será que jamais saberia sobre seu passado? Lembrou-se do velho amigo de seu mestre, talvez o sábio cavaleiro de Libra pudesse ajuda-lo nisso.Com isso em mente, desapareceu no ar.

Sentado em eterna vigília no alto da Grande Cachoeira de Rozan, o velho mestre ancião sorri ao sentir a presença de um jovem visitante.

—Seja bem-vindo, Cavaleiro de ouro... Mu de Áries. -falou com sua voz débil, mas nitidamente satisfeito.

—Parece que nada o surpreende velho mestre. -falou Mu ficando ao seu lado e sentando-se em uma rocha. -Há quanto tempo.

—Sim. -e deu uma risada. –Você cresceu e não falo de seu tamanho. Hehehehe... A armadura de Áries ficou bem em você.

—Obrigado.

—Na primeira vez que seu mestre a usou, ele me dizia que nunca antes havia se sentindo tão pequeno em sua vida. Diante da grande responsabilidade que carregaria deste então. Ele quase morreu para trazer essa armadura de volta ao Santuário. Ele já te contou essa história?

—Infelizmente não. -sorriu triste.

—Um dia lhe contarei. É uma boa história!

—Às vezes tenho medo do que meu futuro me reserva.

—Seria tolice não ter. -falou serenamente. -Mas encarar este futuro com a cabeça erguida, e o coração leve, mostrara que a vida lhe ensinou bem. Mas não creio que veio aqui falar do seu futuro e sim de seu passado.

—Mestre...-Mu sentiu-se engasgar-se antes de falar.

—Eu prometi que não diria nada. -o mestre respondeu olhando a paisagem milenar. -Foi um desejo de seu mestre. Mas...

—Mas? -perguntou esperançoso.

—Seu mestre lhe dirá.

—Mas mestre Shion está morto! -protestou desanimado.

—E deixou suas lembranças escritas. -a lembrança de ter visto Shion escrevendo um diário veio à mente de Mu.

—Preciso ir. -levantou-se rapidamente afastando-se.

—Lembre-se de uma coisa, jovem cavaleiro. -Mu parou e deu atenção ao cavaleiro mais velho. -Não importa nossas raízes, quem eram nossos pais ou ancestrais. O passado é passado e nada pode ser mudado, embora seja o maior desejo de um homem retornar e refazer suas decisões e erros. E sim o que fazemos, o que somos hoje, é o que realmente importa. Pois nosso futuro depende de nossos atos de agora. Para que não haja arrependimentos depois.

—Preciso ir, mestre Ancião.

Mestre Ancião concordou acenando discretamente a cabeça, e assim que Mu se foi observou as estrelas.

—Sentiria orgulho dele, meu amigo. -imagens dançavam diante dos olhos do ancião, cenas de batalhas futuras. -Ele saberá honrar seu destino.

 

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Amanhecia em Jamiel, e Mu ainda não havia dormido. Passara a noite toda vasculhando cada quarto, cada cômodo, cada móvel na torre a procura do diário de Shion. Um frio percorreu sua espinha ao imaginar que ele poderia ter levado o precioso documento consigo ao Santuário e lá ter permanecido.

—Será que jamais saberei? -murmurou desanimado, antes de encostar-se na parede do quarto que Shion um dia ocupara e sentar-se no chão. -Um dia, quando puder retornar ao Santuário, quando eu sentir que Atena realmente está lá...irei encontrar o diário e saberei quem era você, meu pai. -e suspirou. -E por que me abandonou.

 

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x (aviso: cenas retiradas do Episodio G) x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

 

Depois desse dia, o tempo passou rapidamente diante dos olhos de Mu. Seus dias eram alternados com treinos para aperfeiçoar-se cada vez mais, cavaleiros que vinham ora trazer mensagens do Santuário para que se apresentasse logo ao Mestre, ou outros mais afortunados que traziam armaduras a serem reparadas. Tarefa essa que exercia com maestria, tornando seu trabalho de restauração lendário entre os cavaleiros do Santuário.

Recebia vez ou outra a visita de seu bom amigo Aldebaran de Touro, que sempre trazia notícias do Santuário, que aparentemente estava em paz.

Dias se transformaram em meses e depois em anos. Mu sentia que seu cosmo cada vez mais amadurecia, crescia à medida que aprendia a controlar seus ímpetos e sua natureza. Ele tornou-se mais sereno, mas calmo.

Um dia, no entanto, quando estava no auge de seus quatorze anos, sentiu mudanças no ar, como se um cosmo sombrio tentasse libertasse e cobrir toda a Terra. Sentiu que os dias das Grandes Batalhas estavam chegando e suas suspeitas foram confirmadas diante da visita de um jovem e explosivo Cavaleiro de Ouro chamado Aiolia de Leão.

Chegou acompanhado por Aldebaran e uma menina tímida, mas de espírito forte chamada Lithos. Sentia a apreensão no rapaz, preocupado em consertar sua armadura dourada, seriamente avariada em uma batalha.

—Para você ter vindo até aqui, seu desejo deve ser consertar sua armadura. -com um gesto, usando sua telecinesia, trouxe a urna para mais perto, causando espanto a todos com seu retirá-la da urna, constatou desanimado. -Contudo, não sinto mais a vida fluindo nessa armadura.

Seu comentário enfureceu Aiolia, que não estava disposto a aceitar que não poderia consertar a armadura sem vida. O cavaleiro de leão chegou a atacá-lo, mas desviou-se do golpe usando de sua técnica de teletransporte. Ciente de que o rapaz agira movido por seu coração passional, não revidou. Preferiu imobilizá-lo para que não se ferisse ou outros com seus atos.

—Tentar controlar as pessoas pela força não é uma atitude que eu aprecie. -Mu o advertiu. -Será que poderia desistir...e ir embora? De qualquer forma a armadura está condenada...você não me pareceu um ser digno de usá-la. Tenho pena da Armadura de Leão. Ela sacrificou-se para proteger sua vida...E agora, a armadura de ouro que sobreviveu desde a era dos deuses...a Armadura de Leão...está morta.

Então, Mu presenciou o ato de Aiolia que não se conformava com a ideia de que sua armadura não tinha mais vida. Com a intenção de se libertar do poder telecinetico de Mu, a Armadura de Leão deu mais uma demonstração de que seu cosmo ainda resistia e protegeu o rapaz eleito para usá-la. Aiolia estava pronto para desferir o golpe e o fez.

No entanto, o ataque que parecia dirigido a Mu, que assustou a jovem menina que o acompanhava, estava destinado a um indesejado recém chegado. O ariano ficou satisfeito ao notar que Aiolia já havia percebido, como ele, que o inimigo já estava à espreita pronto para atacar e precisava ser convencido a aparecer. Achando que dois Cavaleiros de Ouro lutariam entre si, o fez revelar-se.

Neste momento Mu de Áries se viu diante de seu primeiro oponente de valor, um dos Titãs. Sabia que teria que lutar com todas as suas forças. Usando a armadura de ouro, protegeu a si mesmo e aos seus visitantes do ataque de Iapeto das dimensões, utilizando-se de seu Muro de Cristal e em seguida teletranportando os cavaleiros e Lithos para longe de Jamiel.

Uma grande batalha se seguiu então.

 

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Na vila próxima a Jamiel, o choque dos poderes do Cavaleiro e o Titã havia repercussões em suas proximidades, causando grande medo em seus moradores. Reena olhava os céus escuros, brilharem vez ou outra como se sóis se chocassem.

—Mu... -ela começou a caminhar na direção do centro da batalha, mas foi impedida por Koh que segurou firmemente seu braço. -Me deixe ir!

—Está louca? -Koh apontou para Jamiel. -Não é uma simples luta entre Cavaleiros. Este cosmo é imenso! Nunca antes vi algo assim. Mu está lutando contra um ser divino!

—Não importa! Ele vai vencer e quando isso acontecer, vai precisar de mim! -soltou-se do braço que a prendia e caminhou para Jamiel.

—Ah, menina tola. -murmurou Koh, sabendo qual era o verdadeiro sentimento que a impulsionava ir até um lugar tão perigoso.

 

Continua...

 



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