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História Um chamado para o coração - Out of Sight, Out of Mind.


Escrita por: Miraah

Notas do Autor


Minhas aulas começaram :((

Capítulo 25 - Out of Sight, Out of Mind.


Fanfic / Fanfiction Um chamado para o coração - Out of Sight, Out of Mind.

— Trafalgar Law

Trafalgar ouviu sua voz sendo chamada à medida que seus olhos forçavam-se a abrir, dando espaço para o ambiente iluminado. Não demorou muito para que sua visão fosse coberta por um rosto. Era a garota do cassino. Ela pareceu aliviada quando Law a fitou de volta.

— Você... – Law impulsionou seu corpo para cima, sentindo seus braços doerem com o movimento, ele apalpou o lençol macio e ajeitou-se melhor na cama, de maneira que seu torso ficasse erguido. Nami afastou-se um pouco e ficou ao lado da cama.

— Eu estava começando a ficar preocupada que você não iria acordar, sabe? – A garota suspirou. Law a encarou. Ela não estava mais usando o vestido vermelho chamativo. Estava vestindo uma calça jeans simples e uma camiseta azul escura. Os cabelos ruivos bagunçados.

Law baixou os olhos para seu corpo. Os botões de sua camiseta estavam abertos e suas calças surradas e sujas. Havia alguns arranhões pequenos pelo seu peito.

— Ei, não vá pensando nada estranho! – Nami franziu o cenho. — Eu só queria ter certeza que você não estava machucado. Além do mais, você vomitou um pouco na sua camiseta e eu tive que limpar.

— Vomitei... ?  - Law grunhiu ao sentir sua cabeça arder.

— É, foi bem nojento. – Ela fez uma careta. — Até quanto da noite passada você lembra?

— Eu... – Law levou uma das mãos sob o rosto. — Eu me lembro de eu saindo do cassino puto por que alguém torrou todo meu dinheiro...

Nami sorriu timidamente.

— E então, eu vi aquele cara apontando a arma na sua cabeça, eu fui pra cima dele e eu não lembro mais depois disso...

— Sim, foi isso que aconteceu. – Nami concordou. — Depois, você vomitou e ficou meio-consciente. Então, eu trouxe pra minha suíte. Eu pensei em te levar pro hospital, mas não sabia se você estava de acordo. Você não parecia tão mal, de qualquer forma.

— Você fez bem. – Law não queria nem imaginar como seria a reação de Corazon se ele recebesse uma ligação do hospital a respeito do seu sobrinho estúpido que ficou bêbado e se meteu numa ‘’briga’’ em Las Vegas.

— Você também. – Nami sorriu brevemente para ele. — Mesmo estando bêbado, o que você fez foi muito corajoso. Eu sou realmente grata.

Law sorriu curtamente para ela. Em meio a tudo que estava acontecendo em sua vida no momento, um pedido de obrigado era um tanto excêntrico.

Nami cruzou os braços.

— Então... O que Trafalgar Law está fazendo em Las Vegas? Você não deveria estar em uma reunião de negócios ou algo do tipo?

Law ergueu uma sobrancelha.

— Eu fiz uma pequena pesquisa sobre você. – Nami mordeu o lábio, ao sentir o olhar suspeito de Law sobre ela. — Um cara tentou me matar ontem e você acha que eu te deixaria ficar no mesmo quarto que eu sem saber quem você é?

É – Aquilo estava correto. Law deu de ombros.

— Aqui. – Nami tirou a carteira de Law de seu bolso e estendeu para ele.

Law pegou sua carteira e guardou-a, ainda mantendo a expressão acusatória para Nami, ele começou a abotoar os botões da camiseta.

— Estou fugindo dos meus problemas. – Law não iria contar a história inteira. Não era necessário e ela provavelmente não tinha interesse naquilo também. Além do mais, pensar em Kid apenas faria sua cabeça doer mais. — É por isso que vim pra cá.

Assim que abotoada sua camiseta azul escura, Law encontrou os seus olhos com o de Nami, que agora se encontrava com o corpo apoiado numa pequena mesa.

— E quanto a você? – Law perguntou, de modo alheio, como se tivesse colhido a primeira pergunta que surgiu em sua mente. — O que está fazendo aqui?

— Estou faturando um bom dinheiro. – Nami sorriu travessa. — Sabe quantos idiotas tem por aqui? Eu nunca achei que conseguir dinheiro fosse tão fácil.

— É... – Law murmurou em desagrado. Ele era um daqueles idiotas.

— E, bem... – A voz de Nami suavizou um pouco. — Pode-se dizer que estou fugindo de problemas também, mas os meus devem ser um pouco mais complicados que o seu.

Law riu curtamente.

— Isso é algo que eu gostaria de ouvir.

— Talvez outra hora. – Nami sorriu minimamente. — Eu tenho que ir embora.

— Agora... ?

— Sim... – Nami moveu-se em direção a duas malas, que estavam escoradas contra a parede. Ela agarrou as alças de cada e disse: — Eu não tenho certeza se é seguro ficar aqui depois do que aconteceu. A única coisa que me prendia aqui era o que eu ganhava com as apostas, mas agora eu não tenho mais nenhuma razão para ficar.

Nami franziu o cenho, abriu a boca e fitou Law de forma misteriosa.

— Eu quero ir para longe. Você deveria ir embora também. Eu devolvi uma parte do dinheiro que ganhei de você. É o suficiente para voltar para o Japão.

Nami virou o rosto, voltando sua atenção às malas.

— Ei... – Law levantou-se com um pouco de dificuldade e agarrou seu braço. — Qual é o seu nome? Seu nome completo?

Ela uniu os lábios em uma linha tênue e sorriu.

— É só Nami. – Ela disse. — Eu não tenho lugar algum para voltar.

Nami desfez-se do aperto de Law e afastou sua mão suavemente.

— Obrigada, novamente.

Então, ela virou as costas para Law e ameaçou girar a maçaneta, até sentir o calor da mão do médico contra a sua.

— Espere. – Law murmurou, encarando-a de forma enigmática.

Nami o fitou de volta, de maneira intrigada. Ainda assim, ela não disse nada.

— Você deveria voltar comigo. – Law disse. — Para Tokyo.

—O quê? – Nami arregalou os olhos em surpresa.

— Eu posso te ajudar. – Law voltou a falar. — Você quer ir pra longe, certo? Eu acho que Tokyo é longe o bastante. Além do mais... – Law desviou o olhar dela, envergonhado. — Se eu voltasse para casa sem dinheiro algum, eu teria problemas.

Law voltou a fitá-la com uma expressão séria.

— Eu acho que é uma troca justa. O que você acha?

— E-Eu... – Nami o encarou de volta, um pouco nervosa. — Eu só acho que... Isso é tão repentino... Você tem certeza? Eu quero dizer, nós nos conhecemos há quanto tempo? Doze horas?

— Eu realmente não me importo com isso. – Law deu de ombros. — Eu apenas pensei que seria algo vantajoso para nos dois.

Law viu os olhos de Nami se iluminaram brevemente, no momento em que ela engoliu em seco, temerosa ou ansiosa demais para pensar no que responder, falar algo. Ele agarrou aquilo.

— Eu posso até te ajudar a ser alguém. Muito mais que alguém que depende de bêbados de cassino pra se manter.

Law soltou um riso curto.

— Mas você não precisa vir se não quiser. É apenas uma proposta.

Nami deu um longo suspiro, franzindo o cenho e olhando para Law de forma pensativa, ela sentiu suas mãos firmarem-se sob as alças da mala quando respondeu ao convite.

 

                                                                ~~~

 

— Eu apenas estou te dizendo. – Nami franziu o cenho. — Eu poderia apenas pegar elas de fininho e te devolver em um instante. O Law nem iria notar porque ele mal fica em casa direito.

— Eu já disse que não! – Luffy respondeu, frustrado. — Nós podemos ter conversado, mas isso não significa que tudo está resolvido.

— Mas isso não tem nada a ver, Luffy. – Nami choramingou.

— É claro que tem! Se eu pegar aquelas roupas de volta eu vou me lembrar... Ah... – Luffy corou, de repente. – E-Eu vou me lembrar de coisas...

Nami riu calorosamente ao ver Luffy desviar os olhos dela, envergonhado.

— E isso só vai me deixar depressivo ou irritado. Além do mais, Ace e Sabo vão fazer muitas perguntas e eu realmente não quero explicar a viagem pra eles.

— Ah, você tem razão. Eu não tinha pensado nisso. – Nami fez uma expressão desanimada. — Mas você sabe, são roupas de alta linha. – Nami suspirou, apoiando uma mão no rosto. — É realmente uma pena, eu quero dizer, você poderia sustentar sua família por uns cinco anos apenas com uma daquelas peças.

A expressão de Luffy se contraiu um pouco.

A ruiva ajeitou-se melhor sob a cama, ela estava sentada próxima aos pés de Luffy.

— Ou vai me dizer que você nem sequer pensou nisso? – Nami mordeu o lábio, encarando Luffy. — Eu poderia te ajudar um pouco também, sabe? A condição de vocês não é a das melhores e não é como se fosse algo muito difícil pra mim.

— É claro que pensei, mas... – Luffy suspirou, fitando a ruiva também. — Isso não seria certo. Por mais que eu e minha família não estejamos muito bem, eu não vejo eles aceitando ajuda dos outros tão facilmente, ainda mais depois de tudo que aconteceu.

Nami moveu os lábios e assentiu com um aceno de cabeça.

— Eu também me sinto assim. – Luffy admitiu. — Todos já fizeram tanto por mim e eu... Eu só quero conquistar as coisas por mim mesmo, entende?

Nami sorriu gentilmente.

— Entendo.

Ficaram em silêncio por alguns minutos, apenas aproveitando a companhia um do outro. Aquilo chegava a ser extraordinário, levando em conta o quanto eles costumavam falar quando estavam próximos um do outro, mas era possível dizer-se pelas expressões em seus rostos que ambos estavam com a cabeça em um lugar bem distante dali.

— Luffy! – O chamado do estagiário foi o suficiente para despertar Nami, de maneira que ela virou seu rosto apenas para vê-lo acenando alegremente para Luffy e depois um sorrisinho para ela.

O rosto de Nami se contorceu em uma expressão tristonha após ter visto a maneira com que ele sorriu para Luffy. – Droga, o rapaz estava tão visivelmente apaixonado por ele que apenas Luffy seria idiota o suficiente para não perceber, ou talvez...

Nami subiu seus olhos para Luffy, estreitando os olhos para o modo como ele parecia incomodado. – Ela ainda tinha suas dúvidas a respeito daquilo, mas se ele hipoteticamente sabia, por que ele não havia tomado nenhuma atitude ainda? Ele estava com medo de rejeitá-lo? Ou talvez ele estivesse considerando dá-lo uma chance.

Nami suspirou. – No que ela estava pensando, afinal?

— Eu deveria ir agora. Tenho algumas coisas pra fazer. – Nami recolheu a bolsa de cima da cama e levantou-se repentinamente diante dos olhos curiosos de Luffy.

— Eeh, mas já?

— É melhor eu ir, antes que fique tarde demais. – Disse, enquanto observava as nuvens através da janela: O tempo estava fechando, provavelmente haveria um temporal.

— Nami, antes de você ir... – Luffy chamou, com a voz um pouco vacilante. — Você sabe por onde o Law tem andado? Eu não o vi o dia inteiro.

— Me desculpe, Luffy. Eu realmente não sei por onde ele tem andado. – Nami desviou o olhar de Luffy. Aquilo não era uma mentira, mas ela não pode evitar se sentir um pouco culpada por não ter dito a Luffy o que Law havia visto mais cedo. No entanto, ela não sabia mais se era certo interferir nas coisas entre eles. Depois da pasta, ela acreditava que ela já tinha ido longe demais. Eles deveriam resolver quaisquer complicações restantes entre eles mesmos, sem o dedo dela no meio.

— Até mais. – Nami sorriu curtamente e depois deixou a sala.

 

 

                                                 ~~~

 

— Ei, não empurra! – Nami fez uma cara feia para o homem atrás dela, antes de ser empurrada novamente, dessa vez por outra pessoa.

Nami grunhiu em desagrado. – Era por isso que ela não gostava de voos comerciais.

Antes que ela abrisse a boca para gritar com alguém novamente, Nami sentiu sua mão ser agarrada, de maneira que ela foi arrastada para longe do amontoado de pessoas na porta do avião.

Nami elevou seus olhos para frente: Law ela estava segurando sua mão, conduzindo ela em direção à fachada do aeroporto.

— Ai, ai! Está me machucando! – Nami reclamou.

Law suavizou o aperto sob sua mão e depois a espiou brevemente com os cantos dos olhos, desviando o rosto logo depois.

— Me desculpe. – Law murmurou, com o rosto um pouco contraído.

— Você está bem? – Nami perguntou, reparando em sua situação. As mãos de Law estavam suando em volta das dela.

— Eu estou bem, não se preocupe. – Ele respondeu, a voz saindo um pouco abafada. — Eu só estou um pouco nervoso, agora que estou aqui. Eu estava pensando que talvez... – Law fechou os olhos e balançou a cabeça brevemente. — Bem, não importa.

— Certo... – Nami achou melhor não incomodar ele por enquanto, Law não parecia o tipo de cara que funcionava bem quando estava tenso.

 

...

 

Kid sentiu suas mãos frouxarem no momento em que viu Law saindo do avião. Ele não estava sozinho. Logo atrás dele havia uma garota de cabelos ruivos. Eles estavam de mãos dadas.

Kid apressou-se em sair dali. Não, não queria Law o visse de forma alguma.

Ele correu para o banheiro mais próximo. Uma vez que dentro do cômodo, as pernas de Kid não conseguiram mais sustentá-lo, de maneira que ele deixou seu corpo deslizar lentamente, até que ele estivesse sentado no chão do banheiro, as costas contra a parede e os cotovelos apoiados em seus joelhos.

Ele não se importava com o quão sujo aquele chão estava, nem se alguém o visse ali. Ele simplesmente não dava à mínima.

Então, ele levou uma mão ao rosto e riu. Riu dolorosamente. Não conseguia nem ficar irritado de tão cansado que ele estava.

Não queria entender. Kid não queria nem saber por que diabos Law simplesmente desapareceu por semanas, o porquê de ele não ter atendido uma ligação sequer e agora ele realmente não queria descobrir o porquê dele ter voltado de mãos dadas com uma garota.

Kid respirou pesadamente, tentando controlar seu emocional. – Ele não queria saber. Aquilo já era demais para ele.

Ainda com as mãos tremulando um pouco, Kid alcançou seu celular em seu bolso e discou o número e apoiou o aparelho sob sua orelha.

Não demorou muito para que ela atendesse.

— Eu topo. – Ele disse. — Eu vou embora.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Então, o que estão achando do desfecho desses flashbacks?
Eu acho que vocês já tem uma boa ideia de pra quem o Kid ligou hehe.
Beijinhos e até o próximo cap <3.


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