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História Um chamado para o coração - Complicações


Escrita por: Miraah

Notas do Autor


Oi,genteee.Venho aqui eu novamente com mais de uma semana de atraso KKKK.Minhas sinceras desculpas por essa super enrolação minha.Espero que gostem do cap.

Capítulo 7 - Complicações


Fanfic / Fanfiction Um chamado para o coração - Complicações

Luffy abriu seus olhos lentamente.

Estava sonolento na manhã, como sempre, mas isso não impedia seu coração de palpitar: Noite passada ele e Law haviam trocado beijos mais demorados do que usualmente. Luffy estava começando a pegar o jeito.

Havia duas semanas já que Law se abrira a respeito de seus sentimentos sobre Luffy. Algo que ele realmente não esperava, principalmente de alguém como Law. Sentia todo seu corpo tremular só de pensar no mesmo. Mas aquilo era errado? De alguma forma parecia errado, mas por que o fazia sentir tão bem?

Luffy se encontrou sorrindo sozinho ao lembrar-se do que Law havia o dito naquela noite. Ele se sentia um idiota. Era estúpido dizer que já estava apaixonado?

Cessando com seus próprios pensamentos, Luffy apalpou o lado esquerdo da cama. Percebendo que Law não estava lá, levantou-se da cama e desceu as escadas a caminho da cozinha. Chegando lá, não viu algum sinal de Law por perto.

Após mover seus olhos pela cozinha, enxergou um prato coberto com um guardanapo em cima do balcão. Aproximando-se do balcão, Luffy viu um bilhete ao lado do prato.

“Querido, Luffy. Eu sai para tratar de algumas coisas importantes do hospital e também de negócios. Nesse prato, tem uma panqueca de banana que eu preparei para você, e dentro da geladeira tem alguns sanduíches que eu fiz também caso eu chegue muito tarde e você fique com fome. Não tem nenhuma porcaria na geladeira, então não adianta procurar. Não saia de casa e tente não quebrar nada.

Obs: Não mexa no fogão ou com qualquer material inflamável.

Law.”

Que egoísta... Eu queria sair também... - Pensou Luffy, enquanto abocanhava um pedaço da panqueca. Por que ele tinha que ficar trancado naquela casa assustadora enquanto Law podia sair à vontade?

No momento em que essas coisas rondavam a cabeça de Luffy, a porta foi aberta bruscamente sem aviso prévio.

— SURPRESAAAA.

Já abrindo um sorriso em seu rosto, Luffy reconheceu a portadora da voz imediatamente. Luffy moveu seus olhos em direção à porta: Nami estava na porta com um vestido amarelo rodado, o cabelo preso para o lado direito e com uma caixa grande quadrada e embrulhada em um papel de presente de bolinhas coloridas em suas mãos.

Com o tempo, havia tornado-se um hábito de Nami chegar à casa de Law sem aviso prévio, o que já provocou alguns momentos um tanto vergonhosos entre os três.

Law havia dado uma chave a ela, já que se não desse, ela arrombaria a porta de qualquer forma e ele teria que se incomodar em providenciar outra fechadura.

— Oi, Luffy!

— Oi, Nami!

Luffy enfiou o resto da panqueca em sua boca e correu em direção de Nami, abraçando-a após a mesma ter deixado a caixa no chão.

— Luffy, que bom te ver. - Nami sorriu. — Nossa, por que você tá tão cheiroso?

Luffy sentiu as bochechas esquentarem. Desde que Law e ele estavam passando um pouco de tempo demais juntos, aquilo provavelmente podia ser explicado pelo perfume do maior.

— Ah, n-não sei, deve ser porque eu estou usando shampoo de gente rica. - Luffy riu nervosamente.

— É, deve ser mesmo. - Nami riu também, divertida.

Logo após isso, os dois se separaram e Nami moveu seus braços em direção à caixa no chão.

— O que é isso? - Luffy perguntou curioso.

— Um novo micro-ondas para o Law. - Respondeu Nami.

— Que legal! Pena que o Torao não vai me deixar mexer...

— Esse micro-ondas é padronizado por comando de voz. Agora, ele só explode se você pedir para ele fazer isso. - Disse ela, de forma empolgada, enquanto botava a caixa em cima da mesa.

Nami olhou ao redor, parecendo procurar por alguém.

— Falando no Law, onde é que ele está?

— Ele escreveu um bilhete dizendo que foi cuidar de algumas coisas e ia voltar mais tarde.

— Sério? Então, vamos fazer alguma coisa legal enquanto ele não está em casa.

— Bem, até que eu gostaria, mas o Torao disse que não é para mexer em nada, nem sair...

— Olha o tipo! Desde quando ele pode te dizer o que fazer? Não é como se ele fosse seu dono. O Law é um chato! - Respondeu Nami, descontraidamente, enquanto revirava as gavetas da cozinha.

— Que droga... Acho que ele mudou o lugar. - Murmurou consigo mesma.

— O que está procurando, Nami?

— Deixa para lá. - Ela suspirou. — Acho que vamos ter que gastar meu dinheiro.

— Gastar com o que?

— Vamos sair um pouco, nos divertir. - Falou sorridente.

— Eeeh? Eu não to muito certo sobre isso... O Torao pode ficar bravo...

— A gente pode tentar voltar antes de ele chegar. - Nami sugeriu.

— Tem certeza?

— Sim! Aposto que ele deve estar fazendo algo divertido, por que não podemos também?

— Tem razão. - Luffy concordou, com entusiasmo. — Espere só eu tomar um banho.

 

~~~

                                              

Law não acreditava que já estava há duas horas naquele hospital. Como a Bonney havia dito, assim que ele chegou lá, ele se deparou com uma “favela ambulante”.

Pessoas doentes deitadas no chão, pessoas tendo ataques cardíacos no meio do corredor e pacientes bebendo água da torneira porque o filtro tinha quebrado. Aquele lugar estava devastável. Agora, as coisas estavam consideravelmente razoáveis, mas há alguns dias não dava nem para respirar direito ali.

Em todos esses anos administrando um hospital, nunca havia acontecido nada daquele tipo em tão pouco tempo, sempre quando Law viajava ele confiava à organização a gerente atual.

Monet havia entrado há 10 meses já e ela sempre aparentou ser muito eficiente, não havia motivo algum para ela sequer ter perdido o controle do lugar por uma semana. Ela também não atendia nenhuma das chamadas de Law.

Law finalizou sua vigésima segunda ligação e foi a caminho de seu escritório, já que tinha uma centena de papéis para assinar.

Chegando lá, Law encontrou um sujeito estranho dormindo no sofá. Ele estreitou os olhos, aproximou-se melhor do mesmo e viu melhor quem era.

— Puta merda, Kid?! - Law exclamou. — Mas que diabos... ?

 Ele abriu os olhos imediatamente ao ouvir sua voz, assustando-se e caindo no chão.

— Caralho, pra que acordar os outros assim, cara... ? - Murmurou Kid, enquanto massageava o recém-galo em sua cabeça.

— Porque este é meu sofá, meu escritório e meu hospital! Que merda você tá fazendo aqui? Como conseguiu entrar?

— A segurança daqui ficou bem mais peculiar do que antes... - Respondeu, enquanto levantava-se.

— Lembra que há algumas semanas atrás você me ofereceu ajuda na festa daquele cozinheiro? Adivinha, aceitei sua ajuda, legal né?

— Aceitou uma ova! - Law soou irritado. — Eu retiro minha oferta de ajuda!

— Você não pode fazer isso.

— Posso sim e vou fazer. Tenho coisas muitos mais importantes para me preocupar no momento que você e sua família, resolva isso sozinho. Não tenho mais nada a ver com isso.

Law caminhou até a porta e abriu, fitando Kid sugestivamente.

Ele abriu um sorriso irônico.

— Eu já esperava por isso.

— Se já esperava por que se deu o trabalho de vir aqui? Eu já disse que não quero mais te ajudar, pode ir embora.

— E quando foi que eu falei que você tem opção?

Law franziu o cenho para Kid.

— Você tem se divertido muito nesses dias, não é Law?

— Do que você tá falando?

— Você sabe muito bem do que eu to falando. Né, Torao?

Law sentiu sua pulsação hesitar, quando fitou Kid nervosamente, que riu ironicamente em resposta.

— Você se acha muito esperto. Levando um pirralho de dezesseis anos pra festas de alta sociedade, falando que ele é sobrinho da sua amiguinha e pronto, todo mundo vai acreditar.

— Eu não faço a menor ideia do que você está falando. - Law tentou parecer desinteressado.

— Ah, com toda certeza. E eu também não faço ideia sobre quem é Luffy, muito menos quem é Ace... Sabo.

Law bufou de raiva. O maldito havia vindo o chantagear.

— Pensei que não estava querendo mais nada comigo.

— E você acha que eu viria até você se não tivesse outra opção? Quando nos encontramos em Paris e vi você carregando aquele garoto como uma princesa desemparada, eu sabia que tinha algo errado. Paguei alguém para investigar isso e não demorou muito para eu descobrir do que tem acontecido entre vocês dois.

Law puxou Kid pela gola da camisa e o encarou, nervosamente.

— Fique bem longe do Luffy. Se não, eu acabo com você.

Kid sorriu provocante.

— Relaxa... Eu não vou tocar no seu precioso, mas eu preciso da sua ajuda.

Law soltou Kid, apenas para fitá-lo com mais irritação.

— O que será o Luffy vai pensar do Torao se descobrir que ele fez coisas tão horríveis com a família dele?

Law engoliu seco.

— Sabia que um dos irmãos dele está na cadeia? Um tal de Ace.

— O quê? - Law parecia surpreso. — Quanto tempo tem isso?

— Vai saber... Desde que é você quem está namorando o garoto eu me convenci que você já saberia disso, mas achei realmente estranho você não ter tomado nenhuma atitude.

Law suou frio com o pensamento de Ace na cadeia. Nunca esperava que as coisas tomassem aquela proporção.

Há algumas semanas atrás, após Law ter abrido-se com Luffy, um de seus irmãos, Sabo, havia o ligado perguntando como estavam as coisas já que já haviam sido mais de uma semana desde que Law os mandou arranjarem dinheiro.

Eles haviam passado por bastante dificuldade e disseram ter conseguido apenas uma quantia pequena de dinheiro. Aquilo não era nem a metade do orçamento que o tratamento de Luffy estava lhe custando. Apesar de que, isso de longe, era o menor dos problemas. Law não se importava com o dinheiro, apenas com Luffy.

 

 

-----Flashback da ligação-----

 

— E então, Luffy está bem? Podemos ir vê-lo?

Law ficou pensativo. Como Luffy reagiria ao saber que ele submeteu seus queridos irmãos a aquele tipo de situação? Ele não poderia simplesmente contar a verdade.

— Bem... - Law começou, hesitante. — O vírus está mais avançado do que eu esperava. É arriscado vocês virem agora, ele está bem mal.

— O que?!O que está acontecendo? Por que não podemos ir? - Sabo soou apavorado.

— Chama-se Permitelesise. O tratamento vai sair mais caro e demorado do que esperado. Eu recomendaria que vocês se virassem enquanto tem tempo.

—Mas de onde vamos tirar mais dinheiro? Você-

Antes que ele pudesse continuar, Law encerrou a ligação.

 

-----Fim do Flashback-----

 

 

Aquilo não era tão errado quanto parecia. Tudo bem, talvez um pouco, mas ele planejava esconder aquilo só por um tempo. Depois do que havia acontecido entre ele e Luffy, ele simplesmente não podia arriscar perder ele de alguma maneira, muito menos dessa forma.

— Quanto você quer?

Kid o contou da quantia absurda em simples e calmas palavras.

— O que? - Law tossiu, achando que não havia entendido direito.

— Isso mesmo. Tenho certeza que não é tão difícil para você. Você gosta dele, não é? Eu odeio o meu pai pra cacete, mas não a ponto de querer que ele morra. Me dê o dinheiro e todos ficam bem.

— O que aconteceu com a droga do seu trabalho? - Law perguntou, franzindo o cenho. — Por que de repente você está sem dinheiro?

— Você achou mesmo que eu estava passeando de férias, Law? Eu fui demitido. Depois que seu nome fica queimado em uma empresa grande não é fácil achar outros trabalhos. Por isso que eu fui para França, mas o resultado foi o mesmo lá e meu pai já parou de trabalhar com isso faz muito tempo para ter alguma condição de me ajudar.

— Tudo bem. - Law disse, derrotado. — Eu vou depositar o dinheiro na sua conta amanhã e você vai me deixar em paz.

— Parece ótimo para mim.

— Que bom. Agora, me faça um favor e vá embora daqui.

Kid soltou um leve riso.

— Sabe o que eu acho engraçado? Você viu a oportunidade perfeita de manipular uma família só por diversão, mas agora a mesa virou contra você. Você está apaixonado pelo moleque. O karma é uma coisa maravilhosa, não?

— Eu não estou apaixonado. - Law respondeu, impaciente. — Você pode ir embora agora, Kid.

Law abriu a porta para Kid novamente, o convidando para sair. O mesmo fez seu caminho para fora do escritório sem pestanejar, mas não sem antes direcionar um sorriso zombeteiro em direção a Law.

Law bateu a porta com irritação. - Quem ele pensava que era para dizer aquilo? Law, apaixonado? Nem em um milhão de anos. Sim, ele sentia atração pelo Luffy e admitia que a presença dele não era assim tão ruim, mas de maneira alguma estava apaixonado.

Law pegou as chaves de seu carro sob a mesa e fez seu rumo para fora do escritório.

 

(...)

                                                        

Aproximadamente a meia noite, fora o horário em que Law havia chegado em casa.

Abriu a porta, mas a única coisa que o recebeu foi um profundo silêncio, algo bem estranho. Luffy sempre vinha correndo da cozinha assim que Law chegava.

— Luffy?

Law caminhou até a cozinha. Chegando lá, ele encontrou um papel em cima do balcão. O mesmo balcão onde havia deixando um bilhete para Luffy mais cedo.  Law aproximou-se um pouco mais, pegando o pedaço de papel.

“Oi, Law! Se você está lendo isso, significa que eu e Luffy saímos pra nos divertir um pouco. Vamos voltar já já. Comprei um micro-ondas inteligente pra você.

Beijinhos, Nami”

Law não estava acreditando naquilo. Antes que ele pudesse sequer pegar seu celular para mandar uma mensagem para Nami, ele ouviu a porta ser aberta ao som de risadas altas.

Law foi em direção ao corredor, deparando-se com um Luffy e uma Nami bem risonhos.

— Onde vocês estavam? - Law aproximou-se, cruzando os braços e fechando o rosto. Eles estavam com os cabelos e roupas bagunçados, sem falar que estavam ambos cheirando a bebida.

A voz de Law assustou Nami, que estremeceu quando o viu e logo em seguida Luffy, que olhou para o chão para não ter que encarar o maior.

— Ah, eu vou tomar um banho. - Luffy anunciou, subindo as escadas apressado.

— Law! - Nami moveu seus olhos para Law, sorrindo nervosa. — Quanto tempo, estava com saudades...

— Onde vocês estavam, Nami?

— Nós só fomos para uma festinha.

— Que festinha?

— Ah, daquela pessoa lá...

— Que pessoa?

— O Franky...

— O que?! - Law ficou pasmo por um breve momento. — Vocês foram para a festa daquele arquiteto maluco? Só tem gente chapada nas festas dele! O Luffy não pode ficar consumindo álcool desse jeito. Você cuidou dele? Não viu ele comendo ou pegando nada suspeito?

— Relaxa, Law. Não aconteceu nada demais, eu fiquei do lado dele o tempo todo. E nós só fomos no Franky agora. Ficamos a tarde inteira passeando pelo shopping.

Law estreitou os olhos para Nami.

— Por que está me olhando desse jeito? - A ruiva perguntou, incomodada. — Não confia em mim?

— Nem um pouco.

Nami suspirou.

— O Luffy não é uma criança, Law. Ele já tem quase dezessete anos.  Não tem nada de errado deixar ele se divertir um pouco de vez em quando. Ficar só nessa casa o tempo inteiro deve ser muito entediante.

— Ele é uma criança, sim. Uma criança de dezesseis anos com mentalidade de cinco. E você é uma compradora compulsiva e inconsequente. Eu só não acho que é uma combinação muito boa.

Nami ergueu uma sobrancelha.

— Uma criança de cinco anos com quem você se agarra, então.

Law sentiu seu rosto esquentar imediatamente.

— C-Cale a boca! Isso não vem ao caso!

 — Você é que está sendo rude! Eu não fiz nada de errado, até comprei um micro-ondas novinho pra você!

— Obrigado pelo presente. Voltando ao assunto, eu falei no bilhete que não era pra sair. Você acha que é fácil de controlar ele? Se começar a mimar ele, ele vai querer sair toda semana e sabe o que vai acontecer? Ele vai quebrar a janela do quarto para fugir, vai tentar descer pela parede, vai cair no chão e vai destruir toda a sua estrutura óssea.

— Que imaginação horrível, Law! É sério, você tem que parar de ficar superprotegendo o Luffy e começar a confiar mais em mim, ainda levando tudo o que acontece-

Antes que Law pudesse responder, o celular de Nami começou a tocar, interrompendo a conversa entre eles.

— Só um momento... Alô? N-Não... É claro que eu não esqueci! Eu estava a caminho daí agora mesmo, haha... Sim, daqui a pouco eu chego aí... Beijos.

— Quem era?

Nami franziu o cenho para o telefone.

—Uma vadia do estúdio de fotografia. Tenho que ir à festa de inauguração da empresa dela. - Respondeu Nami.

— Bom, eu vou indo, Law. Até mais tarde.

Nami deu um beijo na bochecha de Law e saiu pela porta apressadamente.

Law observou a figura de Nami se afastando com os olhos cansados. Nami era uma terrível influência para Luffy, ele tinha que ter mais cuidado com ela. Não que ele não fosse, mas não é como se ele estivesse arrastando Luffy para festas como aquelas. - Tudo bem, talvez ele estivesse fazendo algo ainda mais pior que isso.

Law virou seu rosto para as escadas, hesitando um pouco enquanto olhava-as. Sentia sua consciência pesar um pouco quando pensava a respeito de Luffy.

Não estava tudo bem esconder todas aquelas coisas dele, mas agora o irmão dele estava preso e ele ficaria imensamente triste e decepcionado com Law. Ele iria dar um jeito de tirar Ace da cadeia, mas antes disso tinha que organizar melhor as coisas em sua cabeça.

Law subiu as escadas e entrou em seu quarto, deparando-se com um Luffy pós-banho: Ele estava com os cabelos molhados, e vestia apenas uma bermuda escura, com o peito exposto. Uma visão no mínimo, interessante.

Luffy virou o rosto para Law assim que o viu, sorrindo abertamente e o envolvendo em um abraço logo em seguida.

— Não vi o Torao o dia inteiro, estava com saudades... - Luffy sussurrou, manhoso.

Law o afastou quietamente, o que o fez adotar uma expressão preocupada no rosto.

— Está bravo comigo, Torao? Eu não sabia que ia ter bebida nessa festa, nem essas coisas. Eu juro que não fiz nada de errado.

— Não tem nada a ver com você, Luffy... Eu só estou cansado.

— Ok, então... Vamos dormir?

— Sim...

Após a recente conversa e após Luffy ter tomado seu remédio. Luffy e Law haviam se deitado na cama. Law um tanto mais distanciado de Luffy, o que definitivamente, chamou sua atenção.

Apesar disso, ele estava hesitante em se jogar para cima de Law como ele geralmente fazia. Mesmo dizendo que não, ele podia estar irritado com Luffy por causa de ele ter saído com Nami.

Mas o que havia de errado naquilo, afinal? Ele passava dias naquela casa enorme, apenas passando os canais da televisão e esperando até Law chegar na boca da noite.

Luffy era uma pessoa que não se contentava em ficar parado por tanto tempo, ele podia ter paciência quando se tratava de Law, mas é claro que aquilo não iria durar para sempre.

Luffy fitou as costas do maior, perguntando-se se ele estava realmente chateado com ele.

Luffy aproximou-se de Law e cutucou sua bochecha.

— Torao. - Falhando na primeira tentativa Luffy tornou a cutucá-lo. — Torao...

Law abriu lentamente os olhos, por um minuto achando que tinha acordado numa espécie de devaneio: Luffy estava sem camisa, debruçado sobre ele e com as bochechas levemente coradas. Ele estava sonhando?

— Luffy, você ainda ta sem camisa? - Law murmurou, tentando ignorar a situação atual em que ele se encontrava com Luffy em cima dele. — Vai pôr o pijama...

—Tá muito calor. - Luffy resmungou.

Não que Law se incomodasse de ver Luffy sem camisa, era totalmente o contrário. Apesar disso, não queria que ele ficasse exposto à friagem. Desde que uma gripe poderia matá-lo sem problemas.

— Torao, está bravo comigo?

Law franziu o cenho para Luffy.

— Por que eu estaria?

— Você tá muito quieto...

— Sim, eu acho que a maioria das pessoas não fala enquanto dorme, com exceção de você, é claro.

Law ajeitou-se na cama.

— Torao besta! Não é isso, você... – Luffy corou levemente. — Você parecia muito irritado quando você viu eu e Nami chegando e desde então você está muito quieto... Sem falar que nem me beijou hoje.

Law arqueou as sobrancelhas com um sorriso maldoso no rosto.

— Você quer que eu te beije?

Luffy sentiu suas bochechas esquentarem mais ainda.

— N-Não é isso! Eu só queria saber se você está bem!

— Não precisa se preocupar comigo... Para de ser idiota, Luffy. - Falou suavemente, enquanto entrelaçava os dedos de Luffy com os seus.

— Eu não gosto de te ver assim. Eu...

— O que foi?

— Eu posso te beijar? - Luffy perguntou já não se importando mais com o estado de vermelhidão de seu rosto.

Law sorriu serenamente. Um sorriso bonito e sincero, raro de se ver em seu rosto. Não era um de seus sorrisos de deboche e ironia. Era simplesmente o Law sorrindo.

Luffy sentiu seu coração bater mais rápido diante de tal visão e não conseguiu evitar soltar um suspiro. O moreno era simplesmente bonito demais para ser real.

— Não precisa pedir para fazer isso.

Luffy não hesitou mais um segundo e uniu seus lábios ao de Law, que pediu espaço em sua boca e foi prontamente recebido. Aquele beijo era diferente dos beijos usuais deles... Tinha algo mais sublime que Luffy não conseguia desvendar.

Conforme os movimentos da boca deles se intensificaram, os dois tiveram que se separar-se por um breve momento apenas para respirar. E então, Law aproveitou para inverter os papéis, botando Luffy abaixo dele e subindo no corpo do menor.

— Torao...

Antes que Luffy pudesse falar mais alguma coisa, Law o havia calado com mais um beijo quente e intenso que fez o estômago de Luffy embaralhar-se.

Law e Luffy trocavam beijos ansiosos e famintos por mais.

Luffy suspirou ofegante ao sentir Law passando a mão pelo seu tórax, fazendo leves caricias por ali.

Até que não foi uma má ideia, Luffy não usando um pijama. - Law pensou, enquanto explorava o corpo do menor.

Logo, Law separou os lábios de Luffy e desceu a caminho de seu pescoço, onde começou a dar beijos delicados e alguns chupões naquela área enquanto passeava suas mãos pelo peito de Luffy, fazendo o mesmo arfar.

Os dois estavam queimando de calor, mas não é como se nenhum deles fosse recuar um centímetro sequer.

Law retirou os lábios do pescoço de Luffy, que já se encontrava bem vermelho e parou seus olhos no rosto do mesmo, que estava com os olhos cerrados e com a face corada.

— Você gosta disso, Luffy?

— S-Sim... - Respondeu, subitamente, ainda de olhos fechados. Não entendia muito bem o que estava acontecendo, mas Law o estava fazendo sentir-se tão bem. Ele apenas queria mais um pouco daquilo.

— Está tudo bem se eu... Você quer continuar?

Apenas mais um pouco. Queria sentir os lábios de Law sob sua pele, só mais um pouco.

— Quero...

Law beijou Luffy de forma tão faminta quanto o menor retribuiu. Em seguida, levou suas mãos para a própria camisa, retirando-a.

Law debruçou-se novamente sob Luffy, mas antes que pudesse fazer mais alguma coisa ouviu a campainha tocar em som alto. Luffy abriu os olhos, em surpresa.

— Torao, a porta...

— Deixa para lá... - Respondeu, mordendo o lóbulo da orelha de Luffy, sentindo o mesmo o puxando para mais perto.

— Ahn...

E então, a campainha soou em alto som novamente, dessa vez acompanhada de palmas. Law se irritou profundamente.

— Tá tudo bem... Vai lá, Torao.

Law se levantou com mau gosto, vestiu a camisa de volta e desceu as escadas.

Ao chegar à porta, pergunta-se quem diabos poderia ser a àquela hora. Já havia pensado em mais de um milhão de xingamentos para insultar o bendito ser que estava do outro lado daquela porta.

Após abrir a porta, Law ficou simplesmente estático, sentindo os olhos arregalaram-se. Sem saber o que dizer, as lágrimas caíram de forma involuntária pelo seu rosto.

— Corazon?


Notas Finais


Foi isso gente.Comentem ai oque acharam e não me matem por interromper o possível lemon <3


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