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História Um clichê ambulante- firstprince - Parte 14- Henry


Escrita por: EvannaLaRue

Notas do Autor


Ok, como vcs estão?
desculpa a demora pra postar eu tinha perdido a senha disso aqui e n tava conseguindo recuperar kkkkkk (burro pra porra)
Enfim, espero que gostem desse cap

Capítulo 14 - Parte 14- Henry


Parte 14- Henry

Alex vai me matar. Mesmo. Primeiro por aparecer na minha vida. E então por querer continuar nela. E ainda teve aquela coisa toda envolvendo comidas estranhas. E, depois disso, aquele dia que ele teve a ousadia de me dizer que não iria se afastar. E, claro, teve o beijo. E os beijos depois do beijo. E todos os outros beijos que se seguiram. 

Mas agora o motivo é simples, pequeno e não deveria incomodar tanto: Alex Claremont-Diaz está usando um cropped. E isso não seria um problema normalmente. Porque estou acostumado a ver Alex tirando a camisa para se trocar na minha frente e ele até já dormiu sem camisa do meu lado. Mas é diferente. Estamos em Paris e acabamos de acordar de um sono que foi… bom, nada inocente. Envolveu toques, apertos, suspiros e mordidas. Não sei como nenhum de nós gozou ainda. Não sei como conseguimos nos desvencilhar e fazer algo de útil com nossos corpos. Não sei como consegui sair da cama ainda vestindo minha calça. 

Tive que reunir toda minha força de vontade para sair da cama depois que June mandou mensagem dizendo que iríamos a um show no centro de Paris. E então eu levantei, tomei banho e me troquei. Coloquei uma camisa simples, jeans claros, tênis e uma jaqueta de couro. O que Alex fez foi golpe baixo. Inadmissível. Ele colocou a porra de um cropped. Ele prendeu o cabelo em dois coques absolutamente lindos, um de cada lado da cabeça, que nem a princesa Leia. E tem alguns fios soltos em volta do seu rosto. E seu short é de cintura baixa. Eu quero rasgá-la ao meio. Alex e o cropped. Desde que eu possa enfiar meus dentes e minha língua nele eu realmente não me importo com mais nada. 

— Você tá babando, baby. — Alex diz, me olhando pelo espelho. 

— Você não tem coração, Alex. 

Quero continuar essa conversa, quero poder conversar com Alex tocando seu corpo e o seduzindo pouco a pouco. Eu tinha esquecido de como fazer um homem estremecer pode ser bom, tinha esquecido de como eu era bom nesse jogo. Melhor que Alex, bem melhor que Alex. Mas infelizmente temos pouco tempo e logo June bate na nossa porta, dizendo que está na hora de ir. 

 

***

 

Alex me toca o tempo inteiro. No caminho até o show, suas coxas grudadas na minha no banco do táxi. Na fila para o show, pegando minhas mãos e colocando na sua cintura. A pele quente de sua barriga embaixo das minhas mãos me faz estremecer e lembrar dos dias em que eu costumava me enfiar em banheiros de baladas para ficar com estranhos. Não que Alex seja um estranho. Mas eu não me importaria em me enfiar em um banheiro com ele. E, durante o show, sua língua macia tocando a minha, suas mãos quentes puxando os fios do meu cabelo com suavidade. 

Sei que deveríamos prestar atenção no show, porque Bea disse que essa é uma das maiores apostas do cenário musical europeu. Não consigo escutar letra nenhuma. Eu dou risada nas horas certas e tento manter uma conversa decente, mas não obtenho sucesso. Preciso tocar Alex. E, pelo jeito que ele me olha, sei que não aguenta nem poucos segundos sem me tocar. O resto do pessoal faz um grunhido exasperado quando Alex me puxa para um canto mais afastado. Eu não ligo. Vou tentar recompensar Bea por isso depois. Posso levar ela no show daquela banda londrina que ela gosta e depois àquele restaurante vegano que ela sempre me diz para ir com ela. 

Mas, agora, quero tocar Alex. Quero passar a mão pelos seus cabelos, pelo seu pescoço e pela sua bunda. E a melhor parte é que ninguém se importa. As pessoas passam reto por nós, como se isso não fosse nada demais. Não deveria ser, deveria ser o que elas vêem: dois jovens excitados querendo se tocar sem parar. Mas também é o que elas não vêem: um jovem completamente traumatizado tocando um corpo de uma forma íntima pela primeira vez em muito tempo. 

Não estou pensando nas pessoas que perdi e nem nas que posso perder. Sinto tanto desejo por Alex que é como se eu estivesse completamente bêbado. Lembro dos nossos toques essa tarde, na cama do hotel. Lembro do modo como Alex se inclinava para trás, buscando mais contato, do modo como ele passou meus dedos pelo seu corpo de forma delicada e com calma, no modo como ele suspirava com o mínimo toque. 

— Hotel. — Alex diz no momento em que sua boca sai do meu pescoço e chega na minha orelha. — Por favor, hotel. 

    Eu solto um grunhido exasperado e puxo ele pela mão até a saída. Não me preocupo em mandar mensagem para Bea porque acho que ela vai entender o recado. Entro no primeiro táxi que encontro, digo o endereço do hotel e volto a beijar Alex. Ele sorri enquanto me beija e aperta minha cintura com força. Sua maquiagem está borrada, seu cabelo despenteado e acho que nunca o vi tão lindo assim antes. 

    — Você é lindo. — Eu digo, próximo a sua boca. — Tão lindo. 

    O sorriso de Alex aumenta e seus olhos são duas orbes brilhantes como estrelas. 

    — É a primeira vez que você me diz isso. Tipo, de um jeito sério. — Ele diz. 

    — Então eu sou um grande babaca. 

    — Você é. Já discutimos isso. 

    Eu sorrio e me aproximo do seu pescoço e depois da sua orelha. 

    — Alexander Gabriel Claremont-Diaz, você é o homem mais lindo do mundo. — Eu sussurro e vejo seus pelos se arrepiarem. 

    — Eu me odeio por deixar você me desmontar só dizendo meu nome. 

    Dou risada e puxo seus lábios entre meus dentes. 

    — Você sabia onde estava se metendo. Minha reputação me precede, lembra? 

    Alex está ofegante quando me encara. Eu amo vê-lo assim. Nunca pensei que seria eu a desmontá-lo dessa forma, sempre pensei que fosse o oposto. Pensei que Alex tomaria a atitude, que me tocaria e me colocaria no meu lugar no mundo. Mas isso é ainda melhor, posso me encontrar enquanto o coloco no seu lugar. Perto de mim, embaixo de mim. Em cima de mim. Alexander. Gabriel. Claremont. Diaz. Em todos os lugares possíveis. 

    O táxi para em frente ao hotel e Alex e eu saímos correndo depois que ele coloca algumas notas na mão do taxista. Estamos rindo quando chegamos ao elevador e os coques de Alex estão saindo do lugar. Eu enrolo um de seus cachos no meu dedo, mas deixo para desfazer os coques quando estamos no quarto, só nós dois. 

    Alex acende as luzes assim que entramos pela porta e eu finalmente enrosco minha mão nos seus cabelos e desfaço os coques. Passo a mão pelos seus fios e Alex joga a cabeça para trás, aproveitando o carinho. Seu pescoço fica mais exposto e eu aproveito para passar minha língua ali, do ponto atrás da orelha até o começo da clavícula. Quando volto a olhá-lo, Alex está despenteado, ofegante e sorrindo. Puxo ele até a cama, colocando-o embaixo de mim e me encaixando entre suas pernas. Ele não consegue ficar quieto, passando os pés pelas minhas pernas, encaixando mais nossos quadris. 

    — Hey. — Ele diz, colocando as duas mãos no meu pescoço e me fazendo encará-lo. — Tudo bem? 

    — Tudo. E você? — Eu pergunto. 

    — Não quero que… não quero que você se arrependa. 

    — Eu não vou. — Eu digo. 

    — Certo. — Alex diz e posso ver que ele está nervoso. Só não sei se é por conta das histórias que ele escutou sobre mim no campus ou por conta… bom, de todo o resto. 

    Tento não pensar nisso. Tento fazer um exercício que faço com muita frequência: deixo que os pensamentos passem pela minha mente e vão embora, tento não me prender a nenhum deles. Porque se eu pensar demais, se eu lembrar demais, vou acabar enlouquecendo. Vou acabar desistindo de Alex. E não quero desistir de Alex. 

    Eu me abaixo, encaixando meu nariz no seu pescoço, inspirando seu cheiro bom. Tiro seu cropped e beijo seu corpo de forma suave. Quero fazer devagar, quero sentir cada toque dele porque é como se cada toque afastasse os pensamentos. Minha mente está repleta de Alex e todo o resto são apenas pensamentos passageiros. Todo o resto é passageiro. Alex permanece quando todo o resto se afasta. Isso por si só é reconfortante o suficiente para me deixar cada vez mais disposto. 

    Tiro seu shorts com a mesma delicadeza e solto uma risada quando vejo que ele está sem cueca. 

    — Viva à Liberdade. — Ele diz, tentando fazer graça, mas sei que ainda está nervoso. Eu me afasto dele o suficiente para fechar suas pernas e sentar no seu colo. — Porque você ainda está vestido? 

    Eu sorrio e retiro minha camisa devagar. Alex acompanha os movimentos dos meus dedos, botão por botão, a cada espaço de pele à mostra. Lembro dos toques dele no meu corpo essa tarde, da sensação familiar da ponta dos seus dedos tocando os pelos da minha barriga. Mas foi a primeira vez que Alex me tocou ali e não sei porque sinto que isso é familiar. Só sei que é. Tudo com Alex é familiar, como voltar para casa depois de meses viajando. 

    Alex respira fundo e, como se lesse meus pensamentos, passa os dedos ali. A outra mão está na minha cintura, forçando meu corpo para baixo. Eu fecho os olhos, sentindo minha respiração ficar mais rasa enquanto coloco a mão na sua e faço com que ele siga para baixo. Mais baixo, desabotoando minha calça. Descendo o Zíper. Roçando no elástico da cueca e… 

    Nós dois damos um pulo quando o celular de Alex começa a tocar na mesa de cabeceira. 

    — Mas que porr… — Ele diz, enquanto recusa a ligação. Espero que ele coloque o celular de lado, mas então ele encara a tela e o desbloqueia. Uma ligação aparece na tela de novo, acho que é June. 

    — Alex, o que foi? — Eu digo, me afastando dele para ficar ao seu lado. 

    Ele atende a ligação. 

    — June, o que… — Ele fica em silêncio enquanto escuta June falando e seus olhos se arregalam minimamente. Meu coração entra em um ritmo frenético. 

    Eu sabia. 

    Eu não devia ter me afastado de Bea. Ou de Pez. Ou de Nora e… 

    — Henry, olha pra mim. — Alex diz, segurando meu rosto entre as suas mãos. — Olha, não fica nervoso, ok? A Bea tá no hospital e… 

    Levanto da cama num pulo, procurando nossas roupas pelo chão, enquanto escuto a voz de Alex distante, tentando me acalmar. Não consigo escutar Alex. É como se todos os pensamentos ruins não tivessem ido embora de fato. Eu só os prendi em um canto escuro. E agora eles estão inundando tudo, cada mínimo pensamento coerente escapa de mim e quase posso senti-los levando minha sanidade embora. 


Notas Finais


eeeee? me contem o que estão achando por favor!!
quem sabe quinta eu posto mais um, ok? vou tentar, juro

até mais
beijos, beijos


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