Nunca cheguei ao ponto de sentir necessidade de estar com alguém. Mas tudo o que sinto agora é vontade de correr até o seu quarto e procurar amparo para tudo o que estou sentindo. Sei que é errado, mas pra quem já fez tantas merdas como eu, o que é passar por mais essa? Saio do meu quarto e desço as escadarias correndo para chegar o mais rápido possível ao bar antes que o velhote o feche.
- Espera – chego ofegante e o impeço de fechar a porta –Deixa eu pegar algumas coisas para marcar na minha conta, é rapidinho- entro no bar enchendo a sacola de salgadinhos e algumas bebidas, o velho estava me observando
- Eu vou viajar agora. Irei voltar só segunda, se puder, cuide do Felix, acho que ele não sabe nem cozinhar um ovo
- Me admiro ele saber se vestir sozinho- sorrio de canto
- Fiquei sabendo que ele estava na sua casa agora a tarde, bom saber que ficaram amigos. O convide para jantar com você
- Tá – falo seco e saindo pela porta, suas malas já estavam sendo colocadas dentro do táxi pelo motorista –Eu dou o que comer pra ele – sorrio e subo para o apartamento vizinho batendo na porta, Felix abre a porta e ao me ver vira as costas e deixa a porta aberta para que eu pudesse entrar.
- Meu vó foi viajar, volta apenas segunda – ele fala sem nenhuma expressão e eu me jogo no sofá
- Eu sei – dou de ombros e derrubo tudo o que comprei em cima da mesa de centro, o loirinho fica olhando e vai reto na barra de chocolate –Vai comer dessa barata mesmo?
- Melhor do que nada. Faz muito tempo que não como chocolate – ele come com vontade, parecia mesmo estar com vontade.
A gente mal encostou nos salgadinhos, mas os refrigerantes praticamente já foram todos, Felix está com a cabeça deitada sobre minha perna enquanto assistimos um filme qualquer na televisão. Seu cabelo era tão macio que dava vontade de ficar fazendo carinhos para sempre. O que pensar quando se vê algo tão bonito assim em sua frente? Pegaria mal eu dizer que queria ver isso todos os dias a partir de hoje? Não acredito que cheguei ao ponto de estar confuso sobre um filhinho de papai.
- Changbin – ele se ajoelha no meio das minhas pernas e me olha. Estou me segurando para não imaginar nada, mas com esse rostinho eu... –Isso é pecado?
- Hã?
- É pecado eu querer ficar com você?-ele se apoia no sofá e senta no meu colo de frente para mim passando seus braços em volta do meu pescoço –Minha mãe dizia que se eu gostasse de meninos, seria pecado – ele morde meu lábio e eu solto um gemido baixo
- Qual santo vai ousar nos dizer o que é pecar? – começo a beijar ele.
Minha intenção não era fazer outra coisa, mas Felix é muito provocativo, ele já tinha feito eu deitar e agora esta por cima de mim me fazendo sentir um trilhão de coisas ao mesmo tempo. Ele abre o zíper minha calça, e como o esperado, eu estava excitado. Felix sorri e senta em cima do meu membro ainda coberto com a roupa íntima, me levanto sentando e o abraçando, colocando mais pressão do seu corpo no meu, quando iria tirar sua blusa ele me impede escondendo seu rosto no meu peito
- Não vou conseguir – ele sai de cima de mim e eu fico sem entender –Me desculpas, você está realmente empolgado, não é? – ele olha para o meu membro e sorri, após coloca sua mão por dentro da minha roupa íntima o tocando. Ele está brincando com ele, fazendo alguns movimentos de cima para baixo e dando beijinhos, e eu estou indo a loucura, ele lambe a cabeça e me olha com seus olhinhos de inocência. Ele coloca suas duas mãos e continua os movimentos sempre alternando. Tiro a minha blusa e Felix leva seus lábios aos meus mamilos, me arrepio mais ainda –Tá gostando? – ele para um segundo para perguntar
- Con...tinua – falo com dificuldade entre gemidos, ele começa a colocar na boca, mas já estava no fim
- Vou encarar isso como um sim – ele sorri e massageia meus testículos, nesse momento acontece a ejaculação e ele se assusta, mas logo começa a me beijar, um beijo calmo, muito calmo, ele morde a minha orelha e para terminar sela seus lábios nos meus.
- Felix, eu ... – não faço ideia do que falar sobre isso. Talvez eu estivesse sonhando ou sobre efeito de alguma bebida ou droga, mas, parecia ser muito real.
- Vamos... sei lá. Tomar um banho e depois jantar – ele me empurra até o banheiro e me joga embaixo do chuveiro – Já volto – ele sai. Entro embaixo do chuveiro e apoio meus braços na parede colocando minha cabeça sobre a água que caia para ver ela descendo sobre os fios do meu cabelo. Que sentimento louco, de todas as coisas que eu já tive a oportunidade de experimentar essa foi a melhor, com a melhor pessoa – Voltei – ele sorri e me entrega uma toalha com as roupas.
- Você vai tomar banho comigo?
- Acho que não, gosto de te observar- me sinto corando ao ouvir tais palavras
- Você dança? – resolvo tirar a minha dúvida
- Eu fiz ballet por 7 anos, e dançava outras coisas também. Dançar é meio que a minha vida, por isso me mudei para cá, já que tem muitas academias de danças boas.
- Eu gosto de te ver dançar- sorrio pegando a toalha, mas ele a pega da minha mão e começa a me enxugar
- Gosta?
- Sim. Um dia, não sendo hoje porque estou cansado, você dança pra mim? – falo erguendo meus braços para ele enxugar
- Com todo prazer – ele sorri e me entrega as minhas roupas –Vista-se que eu vou cozinhar algo
- Teu vô falou que você não sabe nem cozinhar um ovo
- Ah – ele cora
- Por isso trouxe tudo aquilo, pode ir comendo que eu já vou comer com você
- Não precisava se incomodar, pelo menos colocar a água esquentar para fazer um macarrão eu sei. Eu não passava fome onde eu morava embora não saiba cozinhar
- Com certeza pagava alguém para cozinhar pra você- acabo rindo e ele dá as costas
- Não vou brigar porque eu pagava um cozinheiro mesmo – ele ri e sai.
Irei dormir aqui hoje, levei um choque quando entrei em seu quarto e vi a mudança que Felix fez, nem parece o mesmo quarto sem graça com cara de velho.
- Vamos dormir, estou com sono – ele deita e eu me deito ao seu lado
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