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História Um Desconhecido - Versão SCC - Capítulo 2


Escrita por: Daijo

Capítulo 2 - Capítulo 2


N.H. Sakura Card Captors e seus personagens não me pertencem...




Despertei dos meus devaneios ao lembrar-me de quem eram os olhos que me fitavam. O meu futuro marido, do qual eu não sabia nada. Vai saber que espécie de homem ele era. Minha mente começou a imaginar os mais variados gêneros de homem. Todos com os piores defeitos, desde um psicopata a um...
- Filha você está bem? – indagou meu pai; seu rosto demonstrava preocupação.
Eu sacudi levemente a cabeça para tirar aqueles pensamentos.
- Sim, estou bem. – respondi com um sorriso amarelo. Virei-me, então, para o desconhecido. – Boa noite, senhor. – fiz questão de frisar bem o tratamento.
- Boa noite. – ele disse gentilmente. – Mas, por favor, me chame apenas de Shaoran.
Eu assenti com a cabeça, e fui sentar-me à mesa. Para minha infelicidade, fiquei de frente para ele. Como eu iria conseguir comer, com aqueles olhos ambarinos me fitando com curiosidade? Impossível.
Logo ele e meu pai voltaram a conversar; e os olhos me deixaram em paz por instantes. Mas quando o jantar foi servido, senti-me novamente encurralada. De vez em quando lançava olhares para mim. Ora gentil, ora cobiçoso. Difícil decifrar sua expressão.
Já eu mantinha-me num conflito interior. Sentia-me ao mesmo tempo irritada e orgulhosa, pelo interesse do homem a minha frente.
Quando acabamos o jantar, fiquei imensamente aliviada. Já ia saindo para meu quarto, quando escutei a voz de minha mãe.
- Agora você e Sakura poderão se conhecer melhor. – disse ela para Shaoran. Soltei um longo suspiro. Teria que conversar com ele.
Fui para a sala e joguei-me no sofá inconsolável. Depois de alguns instantes ele chegou; sentou-se ao meu lado. Eu senti minhas pernas tremerem levemente. O cheiro que ele emanava era embriagante. De uma hora para outra senti meu rosto esquentar, quando ele pegou em minha mão.
- Por que não me fala um pouco mais de você, Sakura? – sugeriu o homem, fazendo uma leve pressão em minhas mãos.
- Bom, me chamo Sakura e tenho vinte e um anos. – comecei, tirando delicadamente minha mão do aconchego da dele. – Acho que é só isso. – Eu não estava com a menor vontade de conversar com ele. Queria deixar claro que não estava feliz com aquele casamento.
- Interessante. – ele sorriu divertido. – Bom, eu me chamo Shaoran Li. Tenho quarenta anos. Eu estava em Hong Kong, minha terra natal, cuidado de negócios.
Ele continuou contando coisas sobre sua vida. No começo eu balançava a cabeça, fazendo pouco caso do relato. Mas um tempo depois comecei a me interessar pela sua história.
Shaoran me confessou que nunca tivera uma namorada. Segundo ele não tinha tempo para isso; para ele os negócios da família eram mais importantes. Fiquei realmente curiosa para saber mais daquele solteirão de meia-idade.
- Então seu pai me contou sobre você. – disse, completando seu monólogo. – Fiquei encantado com o que ele me disse. E agora vejo que ele não mentiu em nada.
Fiquei ruborizada com o elogio. Virei rapidamente o rosto para que ele não visse.
- Você é tão tímida. – comentou, novamente pegando minha mão. Fiquei mais vermelha ainda. – E um pouco geniosa também, pelo que percebi. Gostei disso.
Geniosa?
Virei o rosto de volta, para dizer algumas verdades. O que eu encontrei não me agradou.
Shaoran estava com seu rosto próximo ao meu. Seus olhos castanhos fitavam meus lábios rosados. Ele pegou uma mecha de meu cabelo e começou a enrolá-la com seu dedo. O rosto dele estava mais perto, tão perto que podia sentir a sua respiração.
De repente a sala começou a esquentar. Meu coração parecia que ia sair pela boca.
Mirei os lábios do homem a minha frente. Eles sorriam. Mordi o meu lábio inferior em sinal de nervosismo. Ele pareceu se encantar mais ainda.
O rosto mais próximo. Naquele momento achei que ia desmaiar de ansiedade. Quando as bocas estavam prestes a se juntar, passos interromperam a cena.
- E então Shaoran? – meu pai entrou na sala. Eu já estava longe de meu futuro noivo; com a cabeça abaixada de vergonha. Meu pai pareceu não notar nada de estranho. – Já mostrou o presente a ela?
- Ainda não Fujitaka. – respondeu ele, normalmente como se nada tivesse acontecido. – Mas acho que agora é uma ótima hora.
Enquanto meu pai chamava minha mãe com um grito, eu arrisquei um olhar para meu futuro marido. Ele tirava uma pequena caixa, forrada com veludo, do bolso interno do paletó. Fiquei assombrada; será que era aquilo?
Minha mãe chegou à sala como um furacão. Notei que seus olhos estavam marejados. Ela postou-se ao lado de meu pai. Ele abraçou-a pela cintura.
Shaoran levantou do sofá e ajoelhou-se a minha frente. Eu mirei-o nos olhos. Era tão fácil se perder naquele âmbar. Ele pegou, de novo, minha mão.
- Sakura Kinomoto, a partir de hoje somos oficialmente noivos. – ele abriu a caixinha. Retirou um anel e depositou-lhe em meu dedo.
Senti uma lágrima rolar pela minha face. Na confusão de sentimentos, não sabia explicar se era de felicidade ou tristeza.


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