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História Um Desconhecido - Versão SCC - Capítulo 7


Escrita por: Daijo

Notas do Autor


Depois de tanto tempo sem atualizar, voltarei a postar novamente um capítulo nessa fanfiction. Desculpem pelo abandono da história. Espero não precisar mais deixá-la de lado.

Capítulo 7 - Capítulo 7


Nós entramos no templo e eu dei uma rápida olhada no local. Estava enfeitado com algumas flores, que reconheci como jasmins pelo característico cheiro doce.
Os convidados se resumiam apenas nos parentes mais próximos dos noivos. Perto do altar estavam minha mãe e um casal mais idoso, que imaginei ser os pais de Shaoran. Fixei então o olhar no homem a minha frente. Estava perto, quase chegando àqueles olhos âmbares.
Espera o que era aquilo?
Era uma lágrima escorrendo na face de Shaoran. Aquela ação foi o suficiente para que meus olhos se enchessem de lágrimas também. Meu noivo estava muito charmoso em seu quimono preto; também não deixei de reparar naquele detalhe.
Chegamos ao altar e então a cerimônia começou. Admito que fora muito bonita e emocionante. Mas também cansativa.
Fizemos os votos e trocamos alianças. Depois que oficializamos nossa união, com o ritual do sake – onde partilhamos a bebida, sentados numa mesa em frente um do outro, olhando-nos nos olhos, e dando um gole ao mesmo tempo. – finalmente partimos para a recepção.


- Não poderia estar mais feliz. – confessou meu marido, quando entramos no carro. Ele pegou minha mãe e beijou-a. Fiz uma leve pressão na sua, virando o rosto para a paisagem do lado de fora. Estávamos voltando para minha casa, pois a festa seria lá
.
Voltei meu olhar para frente. Com o canto do olho vi que Shaoran também observava a paisagem. Mirei então o retrovisor do carro. Prendi a respiração por um momento.
Olhos negros fitavam-me curiosamente. Aqueles olhos me transmitiam uma sensação estranha. Era inexplicável. Talvez um pressentimento ruim.

Eu apertei a mão de meu marido, que se virou para mim interrogativo.
- Algum problema, amor? – indagou, segurando meu queixo e virando meu rosto para ele.
Fiquei levemente vermelha. Balancei a cabeça negativamente. Ele sorriu e beijou-me docemente. Fechei os olhos, com a sensação que ainda era observada.


Depois de alguns minutos, chegamos a minha casa. Shaoran me ajudou a descer do carro e eu fiquei feliz de sair da mira do motorista.
Durante a recepção eu conheci alguns parentes e amigos de meu marido; ele tinha poucos familiares. Shaoran por sua vez também conheceu minha família, que em comparação aos Li era muito maior.
Cortar o bolo, presentes, discurso. Depois de algumas horas, finalmente Shaoran puxou-me para irmos embora. Mas antes de sairmos, tinha que despedir-me dos meus pais. Minha mãe já estava com os olhos inchados de tanto chorar. Dei um forte e demorado abraço nela.
- Pare de chorar mamãe. – pedi, afagando-lhe as costas. – Esse sempre foi seu sonho.
- Te amo filha. – Foi só isso que ela conseguiu dizer antes de romper em pranto novamente.
Sai de seus braços, para me jogar aos de meu pai.
- Vou sentir saudades. – ele me disse. Eu sorri.
- Eu também vou papai. – falei, me afastando. O choro de minha mãe aumentou.
Após um aperto de mãos entre os amigos, Shaoran guiou-me para fora. Já no portão, me virei para dar a última olhada em minha casa.


A viagem até a minha nova casa fora um pouco longa. Durante o trajeto decidi recostar minha cabeça no peito de meu marido, evitando assim ver aqueles olhos misteriosos novamente. Ali me senti protegida.
Quando o carro finalmente parou, ergui-me para olhar. Por estar escuro não pude ver muito. Ao descer, com a ajuda de Li, fiquei admirada com a mansão a minha frente.
- Obrigado Yuu. Pode descansar. – agradeceu meu marido. Eu apenas vi um vulto desaparecer nas sombras. Senti um arrepio ao lembrar-me dos olhos negros.

Ao entramos na casa, fiquei encantada com o tamanho da sala principal. Não que minha casa não fosse grande, mas aquela era bem maior. E fora bem decorada; surpreendi-me com os quadros pendurados na parede.
- Vamos? – indagou ele, mostrando as escadas.
- Vamos. – respondi e num ímpeto senti meus pés saírem do chão. – Shaoran!
Ele me pegara no colo e soltou uma breve gargalhada com a minha surpresa.
- Ora, isso é uma tradição. – esclareceu, enquanto eu ruborizava. – Não se lembra?
- Eu esqueci. – murmurei constrangida.

Ele subiu a escada, e fomos para seu quarto. Era bem maior que o meu. Colocou-me no chão. Notei então minhas malas a um canto.
- A casa de banho é ali. – Apontou um para um biombo. – Pode usá-la. Eu vou lá para baixo dar algumas orientações aos meus empregados e já volto.
Eu assenti e ele saiu. Fui até minha mala e peguei uma camisola. Era de seda e branca. Tive o cuidado de escolher uma que não deixasse muito a amostra meu corpo.
Entrei na casa de banho; a banheira estava cheia. Experimentei a água e ela estava morna, no ponto que eu gostava. Lembrei-me então de Hikari. Será que me daria bem com minha nova empregada?

Voltei então à realidade. Despi o quimono branco e joguei a um canto. Mergulhei na banheira; muito relaxante. Fiquei surpresa ao ver que o sabonete dali, era igual ao que eu usava em casa. Era pura coincidência, ou Shaoran se informara bem de meus gostos?
Enquanto me esfregava com o sabonete, escutei ele voltar para o quarto. Apressei-me no banho; não queria deixá-lo esperando.

Sai vestida com minha camisola. Ele estava sentado na cama de casal, segurando uma toalha.
- Bom, agora é minha vez. – Shaoran se levantou e mandou-me um sorriso encantador. – Já volto. – Entrou no pequeno cômodo.
Sentei na cama e fiquei esperando. Depois de alguns minutos escutei o ruído do biombo se abrindo. Olhei em direção a ele.
Kami!

Levantei-me bruscamente com a surpresa. Meu rosto pegava fogo.
Shaoran estava apenas enrolado em sua toalha; seu peito estava nu. Os cabelos, molhados, ainda soltavam alguns pingos uma vez ou outra. Ele caminhou devagar em minha direção.
Meu coração havia disparado. Mirei bem o tórax de meu marido; surpreendi-me ao ver que era bem definido e seus braços eram fortes. Os olhos amendoados estavam mais cobiçosos que nunca.
Eu senti que deveria abrir as janelas, pois o ar estava faltando naquele quarto.
Finalmente ele chegou perto, e antes que eu pudesse ter qualquer reação, me puxou para si.
- Adoro esse cheiro. – disse, enquanto seu nariz percorreu meu pescoço. Eu fechei os olhos, sentido um arrepio prazeroso passar em meu corpo. Suas mãos deixaram meus braços e pousaram em minha cintura. Seus olhos voltaram a fitar os meus.
A boca se aproximou da minha e começamos a nos beijar. Não era como os outros beijos inocentes que ele me dera. Era quase igual aquele que trocamos no escritório de meu pai; a diferença estava em suas mãos que passeavam pelo meu corpo. Eu apenas retribuía o beijo, enquanto sentia inúmeras sensações desconhecidas.
Timidamente coloquei minhas mãos em suas costas.
Beijando o meu pescoço, ele me deitou delicadamente na cama. Senti sua mão acariciar sugestivamente minha perna e chegar até a coxa. Eu soltei um gemido baixo, ele então olhou para mim.

Sua expressão era de pura satisfação. Eu devia estar corada como um pimentão, mas ainda assim esbocei um sorriso. Estava na hora de eu conhecer, pessoalmente, as maravilhosas sensações descritas em meus livros.
Ele se declinava mais uma vez para mim. Eu entreabri os lábios a espera de um ávido ósculo. Surpreendi-me quando ele depositou um terno beijo em minha testa.
- Hoje foi um dia longo. – disse, afastando-se de mim. – Vamos dormir.
Shaoran se levantou e remexeu em uma gaveta do armário. Tirou a parte de baixo de um pijama.
Eu estava deitada na cama, ainda na posição que ele me colocara; ofegante e confusa. Por que ele havia parado? Sempre ouvi dizer que os homens tinham suas ‘necessidades’; era para ser nossa primeira noite juntos.
Ele despiu sem cerimônia a toalha. Eu virei meu rosto. Enquanto vestia o pijama, me acomodei em um lado da cama.
Shaoran se deitou ao meu lado e segurou minha mão.
- Boa noite, amor. – disse.
- Boa noite.

Aquele chinês estava sendo cruel comigo. Sempre brincando com meus sentimentos, despertando em mim desejos incontroláveis e não os suprimindo depois.
Virei meu corpo para o outro lado da cama e fechei meus olhos. A partir de daquele momento, minha vida não seria a mesma.


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