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História Um Dia - jikook - Bônus: De Jeju para a Vida


Escrita por: SafiraOpaca e SafirArmy

Notas do Autor


Oi pessoinhas ><
A inspiração pra terminar o bônus bateu ontem e hoje de manhã eu acrescentei os últimos detalhes :')
Eu sempre fico triste e feliz quando termino uma fic e, apesar delas não atingirem mts pessoas, eu tenho um carinho mt grande pelas histórias que escrevo. Espero ter passado pelo menos uma parte do amor desse jikook pra vcs e possa ter melhorado pelo menos 0,1% do dia de alguém :3

Boa leitura, perdoem os errinhos e até as NF!
Obs.: tem um lemon perdido por aí.

Capítulo 5 - Bônus: De Jeju para a Vida


Fanfic / Fanfiction Um Dia - jikook - Bônus: De Jeju para a Vida

Jeju era paradisíaca, muito além das fotos que Jimin abria na tela do celular para dividir com Jungkook enquanto se planejavam. A grama era mais fofa, os montes mais charmosos e a imensidão da água parecia etérea mesmo de dentro do avião. O hotel era simples, dentro do valor que poderiam arcar sem que grandes prejuízos ameaçassem os serviços de ornamentação de Jimin ou o futuro curso de música de Jungkook. Foram luxuosos o suficiente para escolherem um quarto com sacada, mas fora esse detalhe, apenas uma televisão e um banheiro bem arrumado completavam os metros quadrados que ocupariam pelos próximos dias.

 E nenhum deles poderia estar mais satisfeito.

– Ah! –  foi Jungkook quem suspirou, o corpo comprido se esticando horizontalmente na cama enquanto ele fechava os olhos e deixava um sorriso genuíno nascer ao se espreguiçar – Nem acredito que estamos realmente aqui.

 Jimin sorria pela cena, sorria pela aliança dourada na mão esquerda, sorria ao abrir as cortinas e se deparar com o mar.

– Ei – a voz de Jungkook quebrou o torpor ao qual Jimin havia se lançado ao reparar na vista que teriam. Virou parcialmente o corpo para encontrá-lo apoiado em um dos braços, um sorriso sapeca quase infantil nos lábios ao dizer – Você é muito lindo, senhor Park-Jeon Jimin.

 Ainda inebriado por tudo o que acontecia nas últimas vinte e quatro horas, Jimin gargalhou do comentário bobo e deu a volta na cama para poder engatinhar sobre o corpo do marido. Ao passar na frente da TV, entretanto, percebeu os fios desgrenhados da parte de trás da cabeça e fez uma careta inconformada ao grunhir, desgostoso.

 – Tem certeza que ainda me ama mesmo depois de ver meu cabelo-de-algumas-horas-de-voo? – a pergunta mansa fez Jungkook rir enquanto o observava engatinhar sobre seu corpo. O puxou pelos braços propositalmente para que Jimin cedesse ao seu encontro, acariciando o rosto comprimido em risinhos bobos e o encarando de forma apaixonada antes de responder.

– Tenho certeza que te amo mesmo todo amassadinho da viagem – e riu ainda mais quando Jimin o acertou um tapa de repreensão antes de devolvê-lo aquele mesmo olhar, o olhar que oferecia apenas a ele: de amor e devoção, carinho e cumplicidade.

 – Eu também amo você, senhor Park-Jeon Jungkook – anunciou por fim, as bocas prestes a se esbarrarem, os olhos entregando o verde e dourado que pintou aquele beijo.

 Os lábios finos de Jungkook alcançaram com familiaridade os carnudos de Jimin no momento exato em que ele se inclinou na sua direção. As mãos firmes do alfa equilibravam a cintura delgada e se perdia nos macios fios loiros e Jungkook suspirou quando o peso da palma de Jimin fez pressão em seu peito. Adentrou a blusa dele no momento em que sentiu a língua desbravar sua boca, os sabores se misturando pela milésima vez, mas tendo um tempero adicional: eram casados, definitivamente um do outro, para o resto de suas vidas.

 Esse poderia ter sido o motivo de Jungkook sorrir no meio do beijo, mas quando ele gargalhou ao ponto de deixar a cabeça cair de volta na cama, Jimin só precisou lhe lançar um momento de atenção para entender o que tinha acontecido.

 – Desculpa, amor – ele ainda teve a coragem de pedir – Mas não aguentei quando meu dedo agarrou no seu ninho de passarinho.

 Ele ria tanto que a face demarcada se coloria em vermelho, os olhos espremidos quase deixavam lágrimas escaparem. Com um semblante indignado, Jimin saiu de cima dele e foi em direção às malas, resmungando enquanto esvaziava o conteúdo e jogava tudo no chão.

 – Muito legal, Jungkook. Vai ser assim então, né? Nem dois dias de casados e já me tratando desse jeito. Bem que minha mãe avisou – no meio do falso discurso de ódio, o ômega encontrou um par de pijamas que abraçou contra o próprio corpo, erguendo-se e girando nos calcanhares apenas para lançar um olhar irritadiço ao esposo.

 – Sua mãe não te avisou nada, mentiroso. Ela me ama, estava era doida para a gente casar – Jungkook fez questão de alfinetar, se movendo rápido na cama quando Jimin bateu os pés fortemente contra o chão, marchando na direção do banheiro. Conseguiu alcançá-lo por pouco, mas com um movimento brusco, ele se libertou do aperto que Jungkook fracamente armara ao redor de seu pulso. E vê-lo com aquele bico adorável em meio aos cabelos bagunçados fez Jungkook sorrir ainda mais, mesmo quando ouviu o estrondo alto da porta do banheiro batendo – Jimin-ah!

 Do lado de dentro, ouvindo a voz de Jungkook se arrastar no “ah”, Jimin sorriu. O reflexo no espelho parecia o quadro de um jovem realizado, confiante de que começava a realizar todos os seus sonhos e conseguiria sonhar outros tantos mais. Um jovem pronto para dividir esses sonhos com o alfa falsamente arrependido que batia na porta da suíte.

 – Amor, me deixa entrar. Eu já pedi desculpas – e contraditoriamente às suas palavras, Jimin ainda conseguia ouvir os resquícios do riso na voz dele.

 Suspirando, abriu o chuveiro e pegou um pequeno frasco de shampoo fornecido pelo hotel, caminhando até a porta com ele  na mão enquanto esperava a água esquentar. Jungkook estava prestes a bater novamente quando a porta abriu, revelando um Jimin desconfiado.

 – Toma. Entra logo que a sua punição vai ser lavar e desembaraçar esse ninho na minha cabeça.

 Segurando a risada, Jungkook concordou e aceitou o shampoo enquanto admirava Jimin voltar para a água morna no rebolado sutil e elegante do seu caminhar. Suspirando, Jungkook se despiu e logo adentrou o box de vidro claro, deixando a água respingar em seu corpo enquanto se posicionava às costas de Jimin, abraçando-o com carinho antes de afundar o rosto no pescoço delicado, estalando um beijo barulhento que fez cócegas no ômega.

– Quem é o ômega mais enfezadinho, em? Quem é?

 Jimin girou apenas para estalar um tapa no peito musculoso de Jungkook, mas foi impossível controlar a risada.

– Vai se foder – foi o que conseguiu conjurar em meio ao riso, vendo o sorriso de dentes avantajados se alargar e Jungkook, ainda com o shampoo em mãos, erguer as suas até selá-las com carinho.

 – Eu estou tão feliz que não cabe em mim, amor – confessou, vendo o olhar de Jimin suavizar enquanto ele levava os dedos miúdos aos fios molhados para ajeitá-los sem real intenção de fazer qualquer coisa além de tocá-lo. O polegar voltou ao rosto de Jungkook e Jimin sorriu ao concordar.

– Eu também, meu amor. Esses têm sido os dias mais felizes da minha vida, mesmo com suas implicâncias – e a risada de Jungkook o fez rir também – E eu sei que essa felicidade é porque eu estou com você. Não poderia ser diferente, Gukie. Com ou sem imprinting, eu nasci para ficar com você.

– E eu com você – na intensidade da troca de olhares, seus lobos também se interligaram, um amor crescente e pulsante que atravessava entendimento e espécies. Eles sorriram cúmplices mais uma vez antes de Jungkook girar Jimin em direção à parede novamente – Agora deixa eu começar a trabalhar no milagre que vai ser desembaraçar isso aqui.

 A mão de Jimin fez um movimento brusco para trás, mirando entre as pernas de Jungkook, que se desviou com um pulo desajeitado. O banheiro ecoou as risadas novamente.

Não souberam dizer quando as risadas a cada agarrar dos dedos de Jungkook virou um carinho suave no couro cabeludo de Jimin, mas o ômega tinha um sorriso insistente nos lábios fartos enquanto os olhos se fechavam e ele inclinava a cabeça para trás, como se buscasse mais do toque dele. O alfa sorriu contido, descendo os dedos dos fios dourados que agora pareciam um centeio de trigo escurecido pela chuva, fazendo um caminho singelo por seus braços antes de tocá-lo na cintura. Os lábios tocaram gentilmente a pele abaixo da orelha de Jimin, que tombou a cabeça para o lado na intenção que ele continuasse. Sentiu o sorriso de Jungkook contra sua pele e se arrepiou inteiro quando ele inspirou profundamente seu aroma.

Entre as pernas do alfa, o membro pesou e latejou, sentindo as reações diretas dos hormônios de Jimin em seu corpo. Mordiscou a pele delicada do pescoço e gostou da forma como ele se remexeu, resmungando sons inteligíveis e empurrando o próprio corpo na direção do seu.

– Gukie… – foi um chamado perigosamente baixo e só então Jimin percebeu o quão afetado estava pelo cheiro do alfa, pelos toques dele. Tudo estava virando uma bagunça de café e red velvet, aromas se espalhando como aromatizadores afrodisíacos pelo banheiro. Jimin abriu os olhos.

– Você também percebeu? – a voz rouca sussurrou próxima ao seu ouvido, os dedos subindo e descendo pela lateral de seu corpo como uma dança hipnótica. Os dedões sempre chegando perto de tocá-lo nos mamilos, mas apenas o suficiente para provocá-lo – Parece que nossos cios já estão se adequando um ao outro.

Jimin já ouvira falar nisso. Alguns casais que passavam muito tempo juntos tinham seus hormônios influenciados pelo parceiro, balanceando seus cios para que chegassem mais ou menos na mesma época e pudessem se satisfazerem juntos. E apesar de poucos dias de casamento, Jimin e Jungkook dividiam uma vida já a alguns anos e o ômega sorriu ao pensar nisso, subindo os dedos até os fios úmidos na nuca do marido.

Como se seus instintos estivessem mais despertos, Jimin teve a sensação de sentir Jungkook em cada mínimo detalhe contra seu corpo. O contorno dos músculos do abdômen contra suas costas, dos bíceps ao rodear sua cintura, das coxas nas suas, do membro contra seus glúteos. Mordendo os lábios, Jimin suprimiu um gemido, mas foi incapaz de conter o sorriso. Abriu os olhos sem perceber que os tinha fechado.

– Eu quero você – murmurou e sentiu o sorriso malicioso de Jungkook contra a pele de seu pescoço mais uma vez. Arfou quando os dentes rasparam a região sensível, ondulando o corpo contra o dele enquanto sentia os dedos segurarem sua cintura com mais firmeza.

– Tudo para o meu Jiminnie – a voz dele parecia incendiar seu corpo e Jimin sentiu a lubrificação natural aumentar, escorrendo por suas pernas e infestando o banheiro com seu cheiro. Como resposta, a dureza de Jungkook achou o caminho entre suas nádegas, estimulando superficialmente a região já tão sensível – O que você quer, meu amor?

Havia algo primitivo correndo nas veias de Jimin, algo que precedia o cio e nublava sua sanidade. Girando nos braços de Jungkook, os olhos se inflamaram em um dourado quente e brilhante, como ouro derretido. Os dedos curtos espalmaram o peito musculoso e quente, sentindo nos dígitos a respiração descompassada. Olhando as pupilas dilatadas quase tomando completamente o verde do imprinting, Jimin sorriu. Umedeceu os lábios, consciente que o afetava como era afetado por ele. Com passos lentos, o guiou até que Jungkook sentisse o frio dos azulejos contra suas costas. Compartilharam nos sorrisos luxuriosos a certeza do que aconteceria nos próximos momentos.

Sem qualquer traço de submissão forçada ou obrigação de casta, Jimin se colocou de joelhos sem tirar os olhos dos de Jungkook. Ele viu as pálpebras do alfa tremerem quando fechou a palma contra o órgão túrgido, sendo saciado pelo som do prazer que escapou pelos lábios entreabertos. Jimin gostava daquela sensação, de tê-lo em suas mãos das mais diversas formas. Um pouco de controle e um pouco de poder nunca fizeram mal a ninguém e sempre amaciava o ego de um lobo.

– Jiminnie – o gemido entregue arrepiou todo o corpo esbelto de Jimin quando esfregou o polegar pela glande inchada. Jungkook pingava por ele, pulsava contra seus movimentos, e isso fazia seu próprio prazer pesar entre as pernas – Por favor, amor.

Ele gostou da forma como Jungkook pronunciou as palavras, necessitado, e por isso levou os lábios volumosos à ponta do membro, sugando com delicadeza antes de descer a língua pelo corpo inchado. Jungkook gemeu e escorregou minimamente pela parede, procurando os fios de Jimin como ponto de equilíbrio e para descontar o próprio prazer. Ainda com o órgão na boca, Jimin gemeu pelo toque firme, fechando os olhos ao afundá-lo até a garganta antes de se afastar buscando por ar. A mão trabalhava em uma velocidade maior e Jimin podia ver as coxas de Jungkook tremerem pelo prazer. Sugou os testículos, um de cada vez, envolvidos pelo calor e umidade de sua boca, passando a língua no espaço entre eles e o corpo do pênis antes de subir todo o caminho até a cabeça novamente, sentindo o agridoce do prazer dele se espalhar com mais abundância em sua língua quando se concentrou uma última vez ali antes de reiniciar os movimentos. 

Jungkook pensou que pudesse desmaiar tendo a visão dos lábios grossos de Jimin deslizando por todo o seu comprimento, o calor do abrigo úmido parecendo sugar toda a sua compostura. Os lábios ressequidos foram umedecidos pela língua ansiosa antes que apertasse um pouco mais os dedos pelos fios loiros molhados, e esse foi todo o sinal que Jimin precisava para entregar a ele o controle da felação. Jungkook tentava ser gentil mesmo enquanto mexia o quadril contra a boca que o recebia tão bem, mas era difícil quando Jimin gemia sempre que o acertava mais fundo. Jungkook rebolava enquanto o segurava pelos cabelos, gemendo sôfrego sempre que as cordas vocais de Jimin faziam vibrar seu membro, aumentando seu prazer. Dirigiu a ele um último olhar, sendo atingido em cheio pelos olhos suplicantes, os lábios inchados e o rosto corado. O estopim para que se libertasse em um gemido seco, o prazer saindo em jatos quentes na boca de Jimin. Jungkook sentiu seu último fio de sanidade arrebentar quando notou que o ômega se desfazia nos próprios dedos enquanto engolia seu gozo.

Jimin teve apenas um momento para se assustar ao ver nascer as presas de Jungkook, pois logo teve seu corpo erguido pelas mãos fortes em seus braços. Suas costas tomaram o lugar das dele contra a parede e seus lábios foram tomados por uma ferocidade que fez nascer pontos sanguinolentos onde as presas de Jungkook arranharam. Jimin gemeu dentro do beijo, puxando o corpo dele ao erguer uma das pernas á cintura delgada, afundando a língua na boca sedenta e arranhando a nuca com suas unhas curtas. Jungkook o prensava contra a parede, a dureza de uma nova ereção em fricção contra a sua enquanto ele apertava sua coxa e guiava o beijo ao pressionar seu maxilar.

Gostava daquele contraste, de quando ele o tomava de uma forma quase animalesca, tão destoante do alfa suave que tinha em seu cotidiano. Mas sem nunca perder os traços carinhosos, o cuidado intrínseco sentido na forma como os lábios desceram em beijos tenros pelo pescoço do ômega, mesmo que se encontrassem já tão embebidos no prazer.

– Essa sua boca ainda vai me matar, Jiminnie – e ante a confissão rouca, Jimin sorriu ao arranhar os dentes pelo inferior, sentindo o polegar de Jungkook tocá-lo exatamente ali um instante depois. Os olhos febris do alfa no lábio inchado e avermelhado, desenhando suas curvas.

– Espero que de prazer, Gukie – rebateu a provocação, sorrindo junto ao marido quando os lábios dele desceram na direção dos seus, com menos pressa dessa vez. Saborearam do sabor que produziam juntos, das línguas já tão conhecidas se acariciando de novo. 

Os lobos tomavam parte de suas consciências, mas nunca elas completamente.

Com suspiros, se encararam da mesma forma que faziam desde a cerimônia no Eclipse. Jimin tocou a pintinha abaixo do lábio inferior de Jungkook, a mesma que prendera sua atenção quando se conheceram. Com um sorriso nostálgico, a capturou em um beijo, seguindo para a bochecha onde fez o mesmo com a constelação de pintinhas que ali havia. Ouvindo o suspiro que Jungkook deixou escapar, levou os lábios ao pescoço dele, em busca de mais das marquinhas que tanto lhe agradavam.

– Gukie – chamou, recebendo um “hm?” que pareceu quase sonolento como resposta. Se afastou do pescoço dele sorrindo, suspirando pelo carinho que os dedos dele faziam na base de sua coluna – Vamos para o quarto?

Jungkook sorriu, passeando os olhos pelo rosto perfeitamente corado pelos atos libidinosos, os olhos brilhando no amor refletido nos seus. Com um impulso que fez Jimin soltar um som surpreso antes da risada, o tomou no colo e fechou o registro antes de caminhar com ele de volta à cama macia. Não se importaram em molhar os lençóis ou fechar as cortinas, para Jimin era mais importante cercar o marido com as pernas levemente trabalhadas. E para Jungkook, era mais imediato tocá-lo com carinho antes de beijá-lo mais uma vez.

Os corpos já se respondiam, as pernas se embaralhavam e as mãos buscavam pontos que já conheciam para estimularem. Jungkook fez Jimin suspirar ao descer um novo caminho de beijos pelo corpo delgado, apertando a pele do quadril enquanto alcançava a virilha com os lábios, deixando chupões ao redor do lugar onde Jimin realmente o queria.

– Jiminnie? – ele o chamou, tendo a atenção curiosa e febril em seu rosto, fazendo-o sorrir. Sentado nos calcanhares, subiu uma das pernas dele até poder sugar a pele da panturrilha, distribuindo o mesmo estímulo até a parte anterior do joelho, fazendo Jimin gemer sôfrego e apertar os olhos – Quero que sente na minha boca.

Os lábios de Jimin se separaram, mas ele foi incapaz de produzir qualquer som. A garganta e os lábios secos, a dor incômoda entre as pernas lembrando-o do quanto precisava de Jungkook. Sentiu quando sua lubrificação molhou ainda mais os lençóis.

Se moveu lentamente, reposicionando os corpos da forma como Jungkook pedira. O semblante rubro se tornou sereno e satisfeito quando uma tapa estalou em sua nádega direita, o corpo se arqueando para que pudesse sentir mais do toque das mãos, buscando pelos lábios dele. Jungkook não esperou outra permissão além da que o corpo de Jimin lhe dava, puxando-o em sua direção até que ele sentasse como queria. Jimin apertou a carne de suas coxas entre os dedos, rebolando uma vez contra o músculo quente que o experimentava. Seu líquido escorria pelo maxilar de Jungkook enquanto o alfa se deliciava com o sabor adocicado entremeado do cítrico tão marcante de Jimin, seu falo endurecendo ainda mais rápido ao tê-lo se remexendo contra sua boca, perdendo a batalha para o prazer.

– Jungkook – o nome saiu distorcido pelo gemido e Jimin deixou o corpo ceder para frente, apoiando as mãos contra o colchão antes de dirigir o olhar à ereção ladina que Jungkook carregava entre as pernas.

Sentiu quando ele gemeu entre suas bandas, seu quadril movendo-se contra a língua dele enquanto o estimulava com a mão apertada em uma masturbação torturante que fazia Jungkook perder o ritmo do beijo grego vez ou outra. Os cheiros se embolavam no ar, aumentando a intensidade e os excitando ainda mais. A língua de Jungkook forçou caminho adentro de Jimin, quente e apertado contra seu paladar, e o gemido dele fez que Jungkook vazasse ainda mais entre os dedos apertados ao seu redor.

– Amor – Jungkook arfou e Jimin tentou se erguer nos braços fracos, entendendo o que o chamado significava.

Assim que tirou um dos joelhos do colchão, no entanto, Jungkook foi mais rápido em girá-los pela cama e prendê-lo sob seu corpo, fazendo Jimin rir com a leveza de um amor jovem. Atrás dele, a varanda se abria com a vista do mar infinito se encontrando com o céu azul celeste e Jungkook pensou que nada poderia se equiparar àquilo, ao que sente naquele exato momento. Tocou o rosto de Jimin, como se gravasse nos dedos as formas dele e percebeu o ômega fechando os olhos para apreciar o toque antes de beijar sua mão.

– Eu amo você – as palavras parecem saltar de sua boca, naturalmente produzidas pela visão de Jimin. O ômega separou as pálpebras, o sorriso parecia impossível de controlar antes que ele, arteiro, roubasse um selinho inocente e suspirasse.

– Eu também te amo, Gukie.

O beijo era lento e profundo, molhado. Os corpos pouco se mexiam, mas quando o faziam era para que o encaixe fosse ainda mais perfeito. Jimin gostava disso, pensou, da forma como o corpo de Jungkook encaixava no seu. Como seus joelhos se dobravam para recebê-lo entre suas pernas, como o membro túrgido não encontrava qualquer resistência entre suas paredes, como os músculos das costas dele retesavam contra seus dedos. Os gemidos eram abafados, arfados um contra o outro enquanto Jungkook o desbravava. Se tinha inteiro dentro de Jimin e a sensação era de completude. São apenas um, de corpo e alma, e foi olhando nos olhos dele que começou a se mover.

Jungkook não mudaria nada naquele momento. Amava os resmungos de prazer que Jimin deixava escapar enquanto mordia os lábios, amava até mesmo a sensação de queimação nos braços por se apoiar na cama e não soltar todo seu peso sobre ele. Amava a forma como os braços fortes o puxavam para mais perto e como os quadris trabalhavam juntos para criar uma sinergia devassa e gostosa. Era lento e profundo, rebolavam, dançavam juntos. Gemiam numa sinfonia própria até que o prazer roubasse a linha de raciocínio. 

Foi instintivo para Jungkook aproximar os lábios do pescoço de Jimin quando o movimento dos quadris aumentou de intensidade, os lábios entreabertos pairando bem acima da glândula que secretava o aroma inebriante do ômega. As presas incomodaram na boca, crescendo ao ponto de roçarem em Jimin. E ele gemeu mais arrastado, cercando a nuca de Jungkook com os braços e inclinando a cabeça para trás, como se oferecesse espaço para que continuasse.

– Jiminnie – em um último instante de clareza, ele o chamou. Verde e dourado brilharam juntos, as investidas de Jungkook ainda ritmadas de maneira a arrancar suspiros dos dois – Eu posso, amor?

Algo quis encher e transbordar o coração de Jimin ao notá-lo ainda tão cuidadoso, amando-o em todos os momentos. Assentiu para a pergunta, relaxando contra a cama e acompanhando os movimentos de Jungkook enquanto ele voltava a se aproximar. O hálito dele o tocou primeiro, seguido de seus lábios e Jimin tremeu inteiro quando a língua experimentou de sua pele. Um instante depois, no mesmo momento em que o falo pulsante alcançava sua próstata, as presas de Jungkook se afundaram na base de seu pescoço, marcando-o como dele.

Foi como implodir. Sentiram quando todas as sensações duplicaram de intensidade, os estômagos embrulhando de prazer e os corações transbordando de amor. Os corpos se contorceram, a dor foi esquecida e chegaram a um instante do ápice juntos. O sangue de Jimin era quase doce no palato de Jungkook, as unhas arranhavam seu coro cabeludo, mas o alfa não se importava. Se apertavam tanto um contra o outro que foi quase errado quando enfim se afastou, passando a língua por cima dos dois furinhos vermelhos que deixava para trás.

Estava feito. O ultimato da entrega, o maior gesto de união entre dois lobos. Feras e homens ligados para sempre.

Foi Jimin o primeiro a quebrar o torpor causado pela marca, empurrando Jungkook até que ele estivesse sentado. Girou, tendo a vista de Jeju a sua frente também e empurrando o próprio quadril para que Jungkook voltasse ao que faziam antes. Faces rubras, corpos suados, olhos coloridos. Jungkook o penetrou mais uma vez, forte e fundo, sentindo as investidas de Jimin contra seu pênis enviarem ondas de prazer líquido por suas veias. Era intenso, insano. Sentia por ele e por si mesmo, homem e fera saciadas pelo ômega que se encaixava perfeitamente em seu corpo, em seu coração.

 Jimin gemeu alto quando as mãos forte de Jungkook o apertaram na cintura e pescoço, o suficiente para lhe dar equilíbrio, o suficiente para que as investidas se tornassem mais fortes, frenéticas, desesperadas. A língua quente encontrou a marca novamente, enviando outra onda de arrepio por Jimin. Os gemidos desencontraram, os corpos próximos a esgotarem as energias, mas incapazes de impedir a entrega mútua que acontecia entre eles. Ao longe, barcos pintavam o azul do mar e morros coloriam de verde a enseada. Foi olhando o sol passando um poucode seu pico que Jimin se desfez enquanto se movia contra as investidas de Jungkook, buscando os fios úmidos com os dedos enquanto resfolegava, rebolando até o último instante, sentindo a insanidade quase bestial do requebrar do quadril até que o prazer dele o preenchesse por dentro.

 Os olhos de Jimin brilhavam enquanto as respirações tentavam achar seu ritmo novamente. O nó o preenchia, Jimin estava cheio. E era tão certo que houvesse tanto de Jungkook em si.

Relaxou contra o peito dele, sentindo quando as batidas do coração se acalmaram aos poucos, entrando em sintonia. Em momento nenhum ele o soltou, acariciando sua barriga, coxas e cintura. Os lábios e o nariz passeavam pelo pescoço, nuca e costas e Jungkook parecia verdadeiramente fascinado pela marca que fizera no marido, vez ou outra voltando para beijá-la ou lambê-la. Na quinta vez, Jimin riu.

– Você vai gastar sua saliva inteira em mim se continuar assim – provocou e recebeu uma mordida implicante no ombro como resposta.

– Eu preciso ajudar a cicatrizar mais rápido, amor – ele comentou, todo preocupado. Jimin se derreteu nos braços dele, tirando o membro já flácido de seu interior quando o nó se desfez.

Ajoelhado na cama, puxou Jungkook para deitar ao seu lado, ocupando o peito dele como seu lugar de direito, suspirando contra o café acentuado de seu cheiro.

– Você está bem? – a voz dele buscou respostas, a mão gentil puxando seu rosto para que se encarassem.

Ele ainda era o mesmo alfa gentil de traços delicados, ainda que fortes, sob os olhos de buracos negros. Ainda o atraía como nada no universo fazia. E tinha aquele corar maravilhoso das bochechas, o brilho que ainda esfriava nos olhos, mostrando tudo o que tinham feito sobre aquela cama. Jimin sorriu, se erguendo minimamente para selar a boca dele. Era um carinho singelo, mas Jungkook o segurou pela cintura quando ele não o desfez rapidamente. Era gostoso senti-lo assim, calmo contra seu corpo, amando-o intensamente mesmo nas pequenas coisas. E agora Jimin podia realmente sentir esse amor, correndo em suas veias como se impulsionasse seus próprios sentimentos por ele. Quando se separaram, Jungkook tinha um sorriso infantil que revelava parte dos dentes avantajados e Jimin soube que ele sentira também, sentira o quanto o amava.

– Eu estou mais do que bem, Gukie – respondeu enfim, voltando a abraçá-lo com mais força, inspirando tão profundamente que foi capaz de sentir algo que o fez sorrir: seu cheiro, agora eternamente misturado ao dele.

Mesmo que de poucas coisas na vida tivessem certeza, eles dois, juntos, eram uma das quais nunca duvidariam.

 

 

Jimin perdera a conta de quantos minutos passara estático sentado de frente à tela do notebook, os lábios entreabertos, as sobrancelhas arqueadas. O tapete felpudo sentiu o aperto de seus dedos enquanto os olhos reliam pela centésima vez o email recebido.

Nós da Kim Resources ficaríamos imensamente satisfeitos em estabelecermos uma parceria com a Sonho de Ouro e convocamos o senhor Park Jimin para uma reunião na próxima segunda-feira, 22, para estabelecermos os termos do contrato que melhor atendam ambas as partes.

Ansioso para trabalhar com o senhor,

CEO Kim Seokjin & 

Gerente de Relações Kim Namjoon.

Os dedos trêmulos de Jimin passearam pelos fios dourados, os olhos marejados em puro alívio. Tentava uma parceria como aquela desde que decidira expandir os negócios da ornamentação e a Kim Resources era a empresa de empreendedorismo melhor conceituada em Seul. Ter uma parceria com eles seria o primeiro passo para fazer crescer seu nome e dar mais vida a sua pequena Sonho de Ouro, que aos poucos ganhava reconhecimento local pelos eventos orquestrados. Seu coração palpitava tanto pela possibilidade que ele mais sentiu do que percebeu quando Jungkook chegou em casa.

– Jiminnie? – a voz misturava certo receio e preocupação. Jungkook podia sentir o bater desenfreado do coração do ômega ressoando no seu, seu próprio lobo farejando o ar como se procurasse uma ameaça. Trazia nas mãos algumas correspondências coletadas da caixa metálica no andar térreo, uma delas já aberta.

Os olhos de Jimin viajaram até ele, percebendo primeiro a echarpe de seda com estampa amarela que abraçava o pescoço bonito e escondia a marca que o próprio Jimin havia feito ali, poucos dias antes. Seu coração ainda palpitava com a ideia de marcá-lo de volta, de tê-lo como seu nos mais diversos sentidos e perceber que ele se orgulhava disso. Jungkook não via a hora da cicatrização findar e poder mostrar ao mundo que pertencia ao ômega de sua vida. Jimin sorriu, como se a realidade enfim se ajustasse ao seu redor, se erguendo num ímpeto e correndo até estar seguro nos braços dele.

– Eu consegui, Gukie! – exclamou, o sorriso espalhado no rosto, os olhos reduzidos a riscos charmosos e os braços puxando Jungkook cada vez mais perto num abraço celebrativo – A parceria com a Kim Resources, eles me responderam e querem que eu vá até lá! Eu consegui, amor.

Um instante depois Jungkook pôde sentir o peito encher de genuína felicidade e não apenas aquela que Jimin sentia e era compartilhada pela marca, mas a sua própria se condensando a dele pela vitória tão trabalhada e merecida. O ergueu enquanto o girava pela sala, a risada alta ecoando pelas paredes como sinos à porta do paraíso. O olhou de baixo, sorrindo seu maior sorriso antes de abaixá-lo, buscando os lábios macios em um selar carinhoso de parabenização.

– Eu sempre soube que você conseguiria, amor. Eles não seriam loucos de não apoiar o maior pequeno empresário de Seul – a frase fez Jimin sorrir ainda mais, apertando-se mais uma vez contra ele, afundando o nariz no pescoço protegido pela echarpe, buscando na calmaria dos grãos de café a sua própria.

Foi quando notou que Jungkook sentia algo mais além daquela felicidade compartilhada, ele estava nervoso. Uma inquietude boa, salpicada de uma felicidade contida para comemorar com Jimin. O ômega se afastou, procurando os olhos negros e encontrando-os sorrindo em sua direção. Um milhão de estrelas presas naquele gesto.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou enfim, a mão pousada no peito dele, sentindo o coração disparado antes de ser tomado pela cintura e o olhasse novamente.

– Eu também consegui, amor – ele sussurrou, a felicidade mal contida, os olhos brilhando enquanto mostrava a correspondência já aberta com o emblema da universidade – A Nacional de Busan. Eu consegui entrar, Jiminnie.

Jimin descobriu naquele dia que a felicidade podia doer quando era tanta daquele jeito. Seu peito doía, suas bochechas doíam, seu corpo inteiro tremia enquanto pulava mais uma vez no colo de Jungkook, se afundando no pescoço dele enquanto era apoiado pelas coxas e apertado com tanto amor de volta. Afastou minimamente a echarpe, deixando um beijo bem em cima da marca ainda em tons róseos. Ouviu Jungkook suspirar antes de repetir seu ato, selando a cicatriz já delicadamente prateada em sua pele.

– Eu te amo tanto, Gukie. E estou tão, tão, tão feliz que a gente conseguiu – se afastou para encará-lo, viu as lágrimas retidas nos olhos grandes e riu, percebendo que não estava muito diferente. Tocou-o com todo o carinho do mundo, percebendo o verde e dourado entremearem seus olhares – Estou tão orgulhoso de você, amor.

Jungkook fechou os olhos quando sorriu, entregue às palavras de Jimin, àquela felicidade que parecia impossível de tão pura. Sentiu a testa dele tocar a sua e o beijo suave que trocaram disse tudo o que seus corações eram incapazes de transformar em palavras, as línguas macias e familiares uma na outra, os suspiros que já tinham decorado se embaralhando até que as bocas se descolassem, mas os corpos permanecessem juntos.

– Eu também te amo muito, Jiminnie – disse, deixando um último beijo no nariz de boneca – É a primeira de muitas conquistas, amor.

Jimin assentiu antes de abraçá-lo novamente, as risadas quase nervosas enquanto a realização do que tinham conquistado caía suavemente sobre os dois.

Jungkook estava certo, Jimin pensou. Era apenas o começo de todos os sonhos que realizariam. E estavam mais do que prontos para sonhá-los juntos

 


Notas Finais


É isso, galeris!
Olha que monstrengo de cap kkkk só eu pra fazer um bônus maior que o restante da fic, mas td bem. Espero que tenha agradado pelo menos e que vcs não tenham morrido de tédio na metade dele shuehsue
Obrigada de vdd a quem deu uma chance pra nós, essa fic foi especial mesmo que tão simples e me ajudou muito quando eu precisava me distrair de outras coisas... espero que tenha sido assim pra vcs tb :3

Por favorzinho, me digam o que acharam do que leram até aqui ~
Até uma próxima vez *-*
XOXO


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