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História Um final feliz - Capítulo 16


Escrita por: flowers_lk

Notas do Autor


Oi😁




(TEM RECADO NAS NOTAS FINAIS)

Capítulo 17 - Capítulo 16


Renato Vasconcellos

– Ligue novamente, ligue quantas vezes for preciso – ele pediu, enfurecido.

– Estou ligando, mas ela não atende, senhor – disse a secretária, nervosa.

– Então ligue para o Bernardo, diga a ele que traga Renata para casa.

Assim ela fez. Um barulho alto se fez, a porta abriu e Natuza entrou as pressas, sabendo que estava encrencada.

– Desculpe pelo atraso, meu celular estava descarregado.

– Tá, tá, eu só preciso que me diga se Lanza está em casa?

Natuza o olha confuso.

– Não sei, eu não vim de lá, mas esse horário ela já saiu da faculdade – ela andou até uma tomada próxima, conectando o celular em um carregador.

– Tente ligar para ela, não estamos conseguindo contato com Bernardo e nem Henrique.

– O que está acontecendo, porque esse nervosismo?

Ela o encarou, tensa e começando a ficar nervosa.

– Estão atrás dela, Lanza corre perigo, Natuza.

– Droga – gritou, começando a se desesperar.

Correu até o celular na tomada, ligando ele o mais rápido possível. Esperando impaciente.

– Sabe que tudo isso é culpa sua, Natuza – Renato falou.

– Como? – indagou, incrédula.

– Não deveria ter deixado Lanza livre por aí, aonde estava essa manhã?

– Ocupada, eu tenho que dar conta da minha faculdade, dos assuntos pessoais que não nada fáceis. Isso é culpa minha mesmo? – confrontou.

Um homem alto entrou no escritório.

– Temos informações sobre elas, as duas estão em um shopping aqui perto. Bernardo e Henrique estão com os rádios comunicadores bloqueados, suspeitamos que os bandidos estão usando um aparelho que bloqueia sinais de rádio, por isso, se tornam incomunicáveis.

– Eu vou atrás da minha mulher – Natuza saiu em disparada.

– Não tente bancar a valente, Natuza – Renato disse, a seguindo.

– Vai pro inferno – entrou em seu carro, acelerando.

Encontraria a namorada nem que precisasse passar por cada shopping daquela cidade.

Renato seguiu com seguranças atrás.

[...]

Entender sobre esse homem é um tanto quanto complexo. Ele que um dia já teve uma carreira em ascensão, já foi um grande apresentador e um bom jornalista. Foi deixando sua carreira escorrer pelas próprias mãos, fez coisas erradas, se manteve em silêncio, aliás, sem mantém até hoje em completo e absoluto silêncio. Combatendo seu maior inimigo na surdina, sem nenhuma alarme.

Já foi um marido dedicado, um pai exemplar, mas como muitos, se deixou corroer pela ganância, pelo desejo de querer sempre mais do que já tinha. De não achar valor em uma riqueza que já era dele, sua família.

E talvez por castigo, tenha sido o único a ver sua família se esvaindo, e toda noite ao deitar a cabeça no travesseiro ele sabe que é um dos maiores culpados.

Se arrepende profundamente do que fez, nunca esqueceria do dia em que perdeu o amor de sua vida, somente por ganância.

Mas não bastava, já era tarde para se arrepender.

Renato foi perdendo Isabel aos poucos, e ele sabe disso, antes mesmo de sua morte, ela já nem era mais dele. Por diversas vezes tentou convencer sua esposa de que ele não era aquele monstro no qual ela descobriu.

Mas já era tarde.

Isabel estava determinada, e ele não poderia fazer nada para impedir.

Se culpa por não ter deduzido o que fariam com ela, mesmo sabendo com quem ele lidou.

Seu maior inimigo estava mais próximo do que nunca, e planejou acabar com a vida dele.

E agora, Renato estava prestes a passar pela mesma dor.

A de perder um grande amor.

Jamais admitiria seu amor e cuidado com a filha mais nova, não era disso, ele cuidava de longe, se tornou frio e vazio, Lanza era a que mais lembrava sua falecida esposa, não conseguia lhe olhar nos olhos, pois via Isabel. E sentia o mesmo olhar de desprezo ao qual sua esposa o lançou na noite em que descobriu tudo.

Ela gritou, chorou, o perguntou o porquê de ter feito aquilo.

Ele não sabia responder.

Pessoas tolas perdem o amor de sua vida por bobagem, ele era uma delas.

Tentou consertar seu erro, mas já era tarde demais.

Agora, ele cuidava para que não perdesse mais alguém que amava.

[...]

Renata Vasconcellos

– Olha esse vestido, não acha que fica lindo? – perguntou, em frente a um espelho.

– É lindo, Tata, só acho que o decote não valoriza tanto o seu busto – se aproximou.

Renata sorriu com o jeito crítico da irmã. Estavam em uma boutique de roupas, experimentando algumas peças.

– Adoro esse seu jeito – riu, ela pegou outra peça e colocou em frente ao corpo –, e esse? O que achou?

– Esse seria mais para a noite, em uma balada...

– Já vou deixar de volta na prateleira, não vou a baladas – riram.

– Vou experimentar esse macacão, já volto – Lanza saiu em direção ao provador.

Renata sentou em uma poltrona, esperando para ver a irmã, aproveitou para ver seu celular, se assustou com as inúmeras ligações de seu pai. Foi até Bernardo que estava na porta.

– Bernardo, meu pai ligou para você?

– Meu celular está no carro então não sei ao certo, mas se fosse algo importante ele comunicaria no rádio.

– Certo – voltou para a loja, vendo Lanza sair do provador com um macacão branco –, está linda – disse, admirada.

– Eu gostei, acho que... – parou de falar quando ouviu seu nome.

– Lanza – Natuza falou, ofegante.

– Amor, o que faz aqui e por que está assim? – se aproximou.

– Vamos embora, as duas, agora – mandou.

– Ir embora? Como assim? – questionou, a mais nova.

Antes que Natuza pudesse responder, tiros começam a serem ouvidos e uma certa gritaria de quem andava pelo local. Natuza empurrou as duas para dentro da loja, as mandando deitar no chão, pelo vidro podia ver a movimentação dos seguranças e também de pessoas correndo.

– O que está acontecendo, Natuza? – perguntou, desesperada.

– Corram para trás do balcão da loja, se escondam lá – mandou, enquanto se agachava e se preparava para ir até a porta.

– O que você tá fazendo, Natuza? Quer morrer – Renata indagou, nervosa ao ver a cena.

– Obedeçam.

Renata conseguiu puxar a irmã para ir até o balcão, se escondendo atrás dele junto de outras pessoas que estavam na boutique.

– Tata – chamou –, estou com medo – sussurrou.

– Calma, tudo vai ficar bem – ela abraçou a irmã e não conteve as lágrimas, também estava com medo.

Natuza viu algumas pessoas no chão, e um deles era Henrique, ele estava próximo a ela, que não pensou duas vezes em rastejar até lá e pegar a arma que estava caída ao lado dele.

– Bernardo, pra aonde ele foi? – indagou, assim que viu o homem cruzar o corredor.

– São cinco homens, estão bem armados, correram para a praça de alimentação, aonde estão elas?

– Atrás do balcão, aproveita que essa área tá limpa – parou ao ouvir os disparos voltando novamente, o barulho ecoava por todo o shopping –, tira elas daqui, eu vou ajudar.

– Tem certeza?

– Vai – mandou.

Ela se levantou e caminhou com total cuidado, segurando a arma com as mãos trêmulas, suando frio. Assim que virou dois corredores viu um dos homens, que atirou contra ela, e por sorte, ela foi mais rápida e se escondeu atrás da parede. Vendo o estrago que o tiro fez ao pegar na vidraça de uma loja. Respirou fundo e pediu para que iemanjá a protegesse. Tirou os saltos que faziam barulhos, segurou novamente a arma e andou pelo corredor agora vazio.

Parece que boa parte das pessoas conseguiram ou sair do shopping ou se esconder nas lojas, pois não havia corpos pelo local e nem pessoas. O barulho cessou, avistou a praça de alimentação no andar de baixo, vendo cadeiras reviradas e mesas quebradas. Nesse momento ela ouviu sirenes, provavelmente as pessoas que procuravam por Lanza e Renata já estariam longe dali a muito tempo.

– Ei – uma voz surgiu atrás dela.

Que se virou no susto, apontando a arma.

– Abaixa essa arma – O homem de capuz pediu.

Natuza tremia muito, pensou em apertar o gatilho.

– Eu tenho um recado para dar. Então abaixa a arma – mandou.

Ela deixou a arma no chão, chutando para longe dela. Seus lábios estavam secos e sua pele pálida.

– Ele mandou avisar que é melhor o seu Renato esquecer ele, senão a coisa vai ficar feia e ele não vai ter dó.

– Por que não me diz quem é o seu chefe?

– Pergunta para o seu chefe, ele sabe – deu as costas, mas voltou –, e antes que eu me esqueça, tem mais isso aqui ó – Ele atirou contra ela.

[...]

O homem saiu correndo e Natuza caiu no chão, sua visão começou a ficar turva e ela sentia dor.

Pensamentos rondaram sua mente e em todos eles estavam o seu grande amor, Lanza, a mulher que a conquistou de uma forma intensa, a dona de seus pensamentos e do seu coração.

Não queria perde-la.

Desejava estar para sempre ali com ela.

[...]

Lanza Mazza

Ela estava em silêncio no banco de trás, abraçando a irmã. No banco da frente, seu pai dirigia e lhes olhava constantemente.

– Não vai nos dizer o que aconteceu? – a primogênita quebra o silêncio.

– Quando chegarmos em casa vamos conversar melhor, o importante é que estão bem – disse, olhando para Lanza.

A menina mantinha o olhar distante, parecia triste e apreensiva.

– Está tudo bem, Lanza? – seu pai perguntou.

Sem tirar o olhar da janela, ela responde:

– Aonde está Natuza?

– Ela deve estar a caminho de casa, não se preocupe.

– Quero ouvir a voz dela, aonde ela está?

Renata intercedeu e passou a acariciar os cabelos da irmã.

– Calma, Lanza, ela está bem...

– Pergunta pro Bernardo, liga para ele, Tata, o Henrique morreu, e se...

– Não diga isso – a jornalista a impediu, respirou fundo –, ela está bem, assim que chegarmos eu ligo para ele.

– Que nada tenha acontecido com ela – sussurrou, Lanza.

[...]


Notas Finais


Vai ter continuação de "Amar dói" sim, demorou mas ela vem aí. Com uma capa lindíssima, e um lindo desfecho para os protagonistas.
Quem não leu ainda, vai lá.
Nos próximos capítulos eu trago uma data certa de postagem.

Att. Lhiuu🌹


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