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História Um Lance Perfeito - Taekook (ABO) - 04 - Me sinto bem com você.


Escrita por: yoonsilva

Notas do Autor


Olá pessoas bonitxs❤️
Cês tão bem?!

Cheguei gente KKKKK aí eu fico euforia quando tem att desses lindos. É tão quentinho escrever com eles ^^.
Ahh!! Vocês viram o edit novo??? AAAAAA
Eu tô apaixonada nesses moços. Coloquei as tattoos de como estão no cats e AAA ficaram lindos. Os créditos da fanart estão na imagem, pra quem quiser procurar no twitter, eu recomendo.
Bom mas vamos ao que interessa né KKKKK. Esse capítulo tem tipo uma segunda parte que vai ser continuado no próximo, já que iria ficar muito grande e iria passar da minha meta descrever tudo nesse, então o próximo vai ser bombástico, se preparem.

Recomendações 🔴
Polaroid, Acoustic — Jonas Blue, Liam Payne...
Cravo e canela — Anitta, Vitin
Surpresa de amor — Turma do pagode
Te rouba pra mim — Onze:20
Você é tudo — Jammil e uma noites

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Um Lance Perfeito|| Tae&JK🥀, nome oficial.
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Um Lance Perfeito || Tae&JK🥀

Obs: Perdoe-me pelos erros ortográficos.

Boa leitura~❤️.

Capítulo 5 - 04 - Me sinto bem com você.


Fanfic / Fanfiction Um Lance Perfeito - Taekook (ABO) - 04 - Me sinto bem com você.


Capítulo 04:🥀

Taehyung, Luan

Dias depois.

Sala de estar, apartamento do Taehyung, Morumbi, Zona Sul, São Paulo, Brasil.

17 de maio; 13:08 p.m.

Pois é, já fazem seis dias que o doido do José veio aqui e tentou… vocês sabem.

Após isso, iniciei o projeto! Mas vai levar muito, mas muito tempo para termos resultados, meu trabalho agora é visitar constantemente Paraisópolis e rever as plantas para decidirmos com maestria todos os detalhes.

Quem está amando a minha presença por lá é o José, vive aparecendo igual a um fantasma para me ver. Ele sempre me trás sorvete ou um pedaço de bolo divino da confeitaria da sua tia.

São muito bons, eu recomendo.

Sem contar as cantadas e selinhos roubados que o indecente me tira sempre. Ele é louco, mas muito companheiro e me ajudou a esquecer bem o traste do Hoseok.

Tal criatura que não vejo a um bom tempo… porém não faz a mínima diferença.

Ah! Quase esqueço, minha irmã chega amanhã e os meus tios ligaram que estão voltando de Nova York.

Nunca estive mais feliz, todos viriam para o meu falecido casamento, porém agora eles vem para rever a família e meu tio Seokjin fofocar sobre o povo lá de fora. Ele ama isso. Por causa das visitas, mamãe decidiu dar um jantar para a recepção de todos. 

Dito isso, estou agora, após minha sessão de yoga, decidindo que roupa irei usar na comemoração.

— Já disse que o ter branco é lindo. — IU disse apontando para o conjunto branco sobre o sofá.

— Ainda prefiro o verde lodo… mas o preto também é uma opção. — A mesma revirou os olhos.

— Oh meu dengo, assim fica difícil. — Soltou os cabides no braço do estofado escuro. — Você é pior que eu. Santo Cristo!

— Se reclamar mais, vou com um dos seus vestidos!

— Fique longe dos meus bebês… — Apontou o dedo na minha direção. — Mas sério, escolhe logo… sabe que vai ficar gato com qualquer um.

— Vou com o preto! Coloco um top de renda branca aqui e pronto. — Peguei o paletó preto e estendi sobre o meu corpo. — Vai ficar bonito…

— Ótimo! Vou arrumar essa bagunça agora. — Fez uma trouxa com todas as minhas roupas e subiu as escadas. — Faz o café! 

— Eu acabei de fazer minha sessão, não quero ficar inchado Yasmin. — Olhei minha silhueta no espelho enorme que tínhamos na sala. — Já estou com muito peso.

— Não vou nem falar nada… — Subiu a escada apressada.

Adoro ver ela bravinha assim. 

Caminhei até a cozinha e rapidamente o Yeontan veio atrás.

— Está com fome, filho?! — O mesmo latiu e subiu na minha perna. — Certo, certo. Já entendi.

Peguei uma pequena vasilha de alumínio e despejei a quantidade de ração. Coloquei a mesma no chão e o peludo rapidamente atacou tudo.

— Bom apetite! — Fui até a geladeira pegar uma das minhas garrafinhas de água com gás.

E sério, vocês já experimentaram a com saber de limão?! Meu deus que maravilha dos deuses.

Mas quase engasguei com a campainha sendo tocada freneticamente. Soltei a garrafa sobre a pia e corri até a porta.

Mas assim que abri não achei ninguém. 

— Oh Deus! — Me surpreendi ao baixar a visão e dar de cara com um buquê grande de rosas vermelhas escorado na parede ao lado.

Peguei o mesmo e fechei a porta rápido.

— Quem era?! — A morena perguntou descendo as escadas e paralisou ao ver o buquê na minha mão. — Não me diga que aquele verme…

— Não são do Hoseok! — Disse me aproximando. — São do Jeon.

Ela arregalou os olhos surpresa.

— Mandou cartão e tudo. — Sorri bobo abrindo o pequeno envelope.

“ Tudo que eu faço me lembra você, denguinho. Espero que goste das flores…

Ass: Seu José.”

— Que romântico… — Sorri pegando o buquê e levando até a mesa. 

— Não sabia que o chefão era romântico assim. — Ela disse enquanto lia o cartão.

— Certeza que não foi ele, Jeon não é romântico. — Gargalhei alto. — Ele queria me coisar no balcão Yasmin, nada romântico. Sorte que não rolou.

— Ainda bem né, nem terminei de pagar esses móveis ainda. — Sua expressão de desgosto surgiu. — Mas vem cá, isso de vocês não tá meio rápido não?!

— A gente não tem nada de mulher, ele é divertido, beija bem e é uma ótima companhia… só isso.

— Hum… — Cruzou os braços. — Me engana que eu gosto. Agora falando sério, Taehyung, o Jeon não é essa simpatia toda, segundo as palavras do Yoongi, ele é perigoso… 

— Eu não acho! — Arrumei as flores no vaso e voltei para a sala. — Não ligo para o que ele faz ou deixa de fazer. Ele foi bom comigo, e isso é o que importa.

— Tae… eu só não quero que você se machuque de novo. — A mesma disse cruzando os braços.

— Relaxa, agora vou me vestir.

— Aonde você vai?! — Me acompanhou com o olhar.

— Agradecer às flores! Beijo. — Subi as escadas rápido para não dar tempo dela brigar.

Eu não acho ele perigoso, Jeon é uma pessoa incrível.

Nesses poucos dias que dividimos ambientação, ele se mostrou o mais gentil possível. Sempre sorrindo e me fazendo sorrir toda hora.

[...]

Praça do campinho, Paraisópolis, Zona Sul, São Paulo, Brasil.

17 de maio; 15:10 p.m.

Desci do táxi, pagando a moça de meia idade, e seguindo em busca do senhor Jeon.

 Avistei o mesmo de costas próximo a entrada do campinho, conversando com alguns caras.

Segui de fininho e assim que me aproximei tampei seus olhos.

— Qual foi tio?! — Disse surpreso.

— Nervoso, senhor Jeon? — Ele sorriu e levou as mãos até às minhas costas.

Se virou rápido e me encarou sorrindo.

— Tá fazendo o que na quebrada num sábado?! — Seus mãos foram de encontro a alguns fios que estavam cobrindo meu rosto, os levando para trás das minhas orelhas.

— Vim agradecer pelas flores… eram lindas. — Sorri. — Rosas vermelhas são minhas favoritas.

— Eu suspeitei, você é delicado e cheiroso igual a uma. — Sorri bobo.

Ele sabe ser fofo às vezes, bem às vezes mesmo.

— Veio só pra isso ou ficou com saudades do Jeonzinho… hum? — Puxou minha cintura com força contra o seu corpo.

— Para com essas coisas! — Empurrei seu peito me afastando. — Foi só um agradecimento, não confunda.

O moreno ergueu as mãos e sorriu sacana.

— Já que tá na área, que come um pedaço de bolo na minha tia?! — Coçou o queixo me encarando.

— C-Conhecer sua tia?! 

Meu deus, meu deus… eu vou conhecer a tia dele…

Nossa senhora, devia ter me arrumado melhor.

Aí vocês me perguntam, mas Tae, você já conhece a metade da família dele. Inclusive uma delas é a tua cunhada.

Sim eu sei, mas do jeito que ele fala da tia ela deve ser muito importante pra ele e não quero fazer feio.

— Tu tá bem magrelo?! Tá branco que nem papel. — Segurou meu ombro me encarando preocupado.

— Sim! Eu estou bem. — Sorri para disfarçar meu pânico mental. — Vamos logo, tá quente aqui.

O mesmo concordou e segurou minha me puxando rua acima.

No caminho ele foi me contando mais sobre a rotina de Paraisópolis, as patrulhas e os problemas que ele tem que lidar, principalmente quando rola invasão ou policiais pela área. José odeia a polícia, ele sempre resolve tudo do seu jeito para nunca envolver os Homi, como ele chama.

Agora eu entendo o porquê dele negar a presença deles quando o carro da IU foi roubado.

No mesmo dia ele mandou devolver pra ela, e ficou por isso mesmo.

— O que aconteceu com o cara do carro?! — O moreno que caminhava à minha frente, parou e me encarou com os óculos escuros rentes ao nariz.

— Nada demais… só demos um corretivo. — Cruzou os braços.

— Que tipo de corretivo Jeon?

Ele suspirou e voltou a caminhar.

— Eu estou falando com você! — Apressei o passo e parei a sua frente. — O que você fez com ele?!

— Isso não te interessa, não acha? — Retirou os óculos os posicionando na nuca. — Devolvi o carro da tua amiga certo?! Morreu assunto.

Desviou do meu corpo e entrou na confeitaria.

— Estranho… — Arrumei a minha postura e o segui.

Fiquei encantado com o lugar, a decoração simples porém chamativa na medida certa e sem contar o cheiro delicioso das massas que tinha no local.

— Fala Bocão! — Falou para o rapaz do outro lado do balcão que sorriu. — Minha tia tá por aí?!

— Ela saiu pra comprar umas coisas, mas logo ela volta. — Pegou um bloquinho de notas e deu a volta no balcão de vidro.

O moreno concordou e me levou até uma mesa perto da janela. 

— O que vocês vão querer?! — O rapaz disse se aproximando.

— Me traz um pedaço de bolo de chocolate e uma água com gás, por favor.

— O meu é igual a o dele. — Jeon disse jogando o corpo para trás.

O rapaz assentiu e caminhou até uma portinha com cortina de pedrinhas.

— Menino gente boa! A mãe tava preocupada que ele desse pra ruim, igual a o irmão. — Me encarou. — Falei com minha tia e ela deu o emprego pra ele.

— O que houve com o irmão dele?! — Perguntei curioso. 

— Seguiu o desgraçado do Jay Zika, ele trabalhava comigo, mas depois sumiu do mapa levando o irmão dele e outro que trabalhava pra mim. — Disse jogando o cabelo pra trás. — Fiquei sabendo agora que estão no comando de outra quebrada…

O mesmo parou de falar quando o jovem apareceu com nossos pedidos. Colocou os pratos na mesa e se retirou desejando uma boa refeição.

— Ele não gosta do irmão ou da forma que ele abandonou a família. — Deu uma garfada no bolo. — O Johny é um babaca e é bom que fique bem longe do meu território.

Suspirei e comecei a comer o meu pedaço. E como sempre estava divino. 

— Que delícia, meu senhor! — Jeon sorriu satisfeito. — Sua tia tem mãos de fada.

— O negócio é bom mesmo. — Abriu a garrafa dando uma golada generosa.

— E os seus pais?! Sente falta deles?

— Às vezes… mas do meu velho. Minha mãe só sabia beber e me bater. — Sorriu fraco. — Por causa disso eles brigava muito… Era doideira.

— Nossa… eu sinto muito por você ter passado por isso. — Segurei sua mão por cima da mesa, mas logo ele afastou sua palma e voltou a comer.

— Vamo comer mais e fala menos, certo?. — Concordei e voltamos a comer.

Ele é uma pessoa muito fechada e detesta parecer fraco. Talvez seja pelo instinto de alfa ou só tenha medo mesmo… medo das pessoas acharem que ele é só um coitadinho e perderam a confiança que depositaram nele.

Ficamos conversando um pouco mais e desfrutando da ótima culinária da sua tia. 

Que até então não tinha aparecido.

— Acho melhor nós ir… quero te mostrar umas coisas ainda. — Ele levantou e acertou a conta com o rapaz de apelido engraçado, que sorriu ao se despedir de nós dois.

O moreno colocou os seus óculos e estendeu a mão na minha direção.

Sorri e segurei forte entre seus dedos e logo estávamos colados caminhando de mãos dadas recebendo vários olhares junto a alguns cochichos das pessoas. A maioria eram de ômegas da região, que não foram muito com a minha cara, principalmente por estar junto do alfa lúpus mais desejado da região.

No fundo, surge uma sensação de orgulho. Tipo, eu consegui, risada de vitória e no final mostra o dedo do meio.

Tá, esquisito. Vamos pular essa parte.

Burrr~ — Um arroto escapuliu da minha boca sem querer.

Paralisei por alguns segundos e senti meu rosto queimar de vergonha.

Mas fui tirado do meu transe mental com uma risada alta de Jeon ao meu lado.

BURRR~ — O mesmo soltou um mais alto me tirando risadas. — Oh que porco cê é.

— Você que é, besta. — Rimos alto e continuamos a nossa caminhada.

Tá vendo o porque que eu aprecio a companhia desse doido. Se fosse em outra ocasião ou até mesmo com o traste do meu ex noivo, eu teria murchado de vergonha e chorado no banho. Mas o José me faz rir até com uma coisa nojenta dessas. 

— Jeon, meu filho… — Uma senhora cadeirante parou na nossa frente toda sorridente.

— Opa dona Creuza! Minha bença. — Ele se ajoelhou na frente da senhora que beijou a sua testa e segurou firme suas mãos.

— Muito obrigado pela cadeira nova, você me deu o melhor presente do mundo. — Ele sorriu e beijou os dois dorsos da senhora. 

— Que isso, foi de coração pra senhora. — Levantou e beijou o topo da cabeça grisalha dela.

— Que deus te abençoe meu filho! — A moça cacheada que a acompanhava começou a guiar a cadeira para longe de nós.

Ele pegou novamente a minha mão e voltou a me guiar pela rua.

— Então você também ajuda as pessoas?! — Perguntei enquanto caminhávamos na direção de uma feira de rua. 

— Nos faz o que pode, tá ligado? — Ele falava enquanto comprimentava alguns moradores com acenos. — Eu sou o responsável pela área e principalmente pelo pessoal.

Soltou a minha mão e caminhou um pouco na frente.

— Era o que o meu pai fazia, e eu sigo o exemplo dele e tento fazer melhor. — Retirou os óculos os erguendo na direção da luz, checando se estava sujo. — É isso que eu sou.

Cruzei os braços e fiquei o encarando por alguns segundos.

Senti meu coração palpitar mais rápido só de vê-lo fazendo simplesmente nada. Eu sinto orgulho, orgulho do ser bom que ele é.

A forma como ele ajuda os outros sem medir esforços é mágica.

O moreno me encarou de volta e fez um sinal com a cabeça para continuarmos.

Andei até ele e agarrei firmemente o seu braço tatuado e musculoso.

[...] 

Subimos mais um pouco e após me mostrar seus lugares favoritos de ir e também me apresentar a quase todo mundo de Paraisópolis.

Chegamos num local cheio de carros velhos espalhados, que mas parecia uma oficina abandonada.

— Ali na frente é o Patachoca, que você já conhece. — Apontou para o clube que estava vazio por conta do horário.

E sim eu me recordo muito bem daqui. 

Momentos inesquecíveis.

— Mas aqui é meu cantinho, sabe, meu cafofo. — Adentrou numa construção semelhante a um galpão, só que com acabamentos de um mini apartamento na parte superior. Interessante. — É aqui que eu mexo com o que eu gosto, carros. A gente arruma os carros que parecem sucata e vendo pra fora e as vezes pro pessoal daqui também.

Adentrei naquele lugar observando tudo ao redor, os grafites nas paredes grandes, os móveis espalhados por todo lugar, uma parte aberta onde tinham pessoas bebendo e conversando e alguns carros espalhados por quase toda parte.

— Olha meus parabéns José Jeon! Você é um empreendedor. — Me virei encarando ele, estendendo minha mão para um aperto.

Ele sorriu e segurou firme minha mão. Ficamos nos olhando por alguns milésimos de segundos e logo o moreno começou a se aproximar de mim.

Levou sua outra mão a minha cintura e me puxou quase abraçando o meu corpo. Nossos rostos foram se aproximando aos poucos, e os sorrisinhos sinicos de canto dele eram dados a todo tempo.

Eu me sentia preso a ele, como se o seu corpo me controlasse e me fizesse o desejar loucamente.

Mas nunca nada é perfeito assim.

— JUNGKOOK! — A voz alta e desesperada foi ouvida na porta.

Me afastei rápido pelo susto e Jeon rosnou raivoso se virando na direção do moreno iluminado que corria na nossa direção. 

— Espero que seja de muita importância, porque se não... eu capô você! — O cara parou de correr e cobriu a genitália rápido.

Soltei um riso baixo por ver a cara do rapaz, coitado.

— Papo reto! — O moreno cruzou os braços raivoso.

— Eu só queria saber se você resolveu o lance da gasolina… eu não quero ficar com o nome sujo de novo chefia. — Jeon arregalou os olhos e partiu pra cima do cara.

— Youngjae meu irmão… olha as visita. — Desviou os olhos nervosos pra mim.

— Olha… eu vou continuar dando uma olhada por aí. — Caminhei até ele acariciando de leve um de seus ombros. — Depois você me encontra.

— Mas magrelinho… — Fez um bico fofinho.

Eu sorri e beijei a sua bochecha saindo rápido de perto dos dois. Ainda consegui ouvir algumas broncas e tapas que o pobre do moreno iluminado sofreu do Jeon.

Sai por uma porta na lateral e continue olhando as coisas por ali.

Na verdade não tinha muito o que ver, só carros e mais carros espalhados e por ventura alguém passava e me comprimentava rápido.

Estava um pouco distraído olhando a estrutura do lugar. Relevem, manias de arquiteto.

Quando senti algo gelado relar na minha minha panturrilha. De imediato meu corpo parou e meu brilho foi sumindo. 

— Minha nossa senhora… que não seja um rato… que não seja um rato. — Fiquei repetindo a frase enquanto me virava lentamente para encarar o que estava se esfregando em mim.

Só não sei se fico calmo ou ainda mais apavorado com o que vi.

Assim que me virei, dei de cara com um Pitbull preto enorme me encarando sentado. 

— Ah! Olá criatura. — Disse nervoso recebendo um olhar julgador do cão. — Você não vai me comer né?! Eu mal tenho carne, só osso… NÃO! 

O cão se assustou com o meu grito e se pôs de pé.

Osso não, pelo amor de Deus.

Mas diferente do que eu achava que iria acontecer, tipo eu sendo achado todo estraçalhado, o cachorro gentilmente se aproximou e deitou nos meus pés.

— Não é pegadinha não né?! — Me agachei devagar e ainda com muito medo aproximei minha mão da cabeça do animal. 

O cachorro fechou os olhos escuros como seus pelos e ficou aproveitando o carinho trêmulo.

Sorri um pouco aliviado por saber que aquele touro gigante tinha ido com a minha cara e não iria me matar, eu espero.

— O Kiko gostou de você, magrelo. — Levantei a vista e vi o moreno sorrindo. — Ele só deixa eu fazer isso com ele.

— Sério?! — Encarei o cão que me olhava fixo com os olhinhos brilhando. — Own! Você é tão fofo, nem parece que pôde matar um...

Ele levantou rápido e me deu uma lambida bem no centro do rosto.

— Para Kiko! — Jeon disse firme e o cachorro rapidamente correu até ele, sentando ao seu lado. — Tá tudo bem magrelo?!

Assenti sorrindo e ergui meu corpo, enxugando o excesso de saliva na manga da minha blusa.

— Então esse é o menino que você me falou naquele dia?! — Perguntei me aproximando dos dois.

— Um deles, ainda tem mais dois. — Sorriu enquanto acariciava a cabeça do cão. — Normalmente o Kiko fica por aqui, enquanto os irmãos dormem. Espera um minuto.

Ele tirou um pequeno apito pontudo no bolso levando até a boca e soprando rápido. 

— Pra que isso serve?! — Ergui a sobrancelha meio confuso.

— Tu vai ver! — Sorriu.

Fiquei ao seu lado né, vai que ele tenha chamado um tigre com esse troço. José Jeon é imprevisível.

Mas ao invés de tigres, surgiram mais dois cachorros enormes correndo na direção dele.

— Misericórdia… — Disse levando a mão até a boca. 

Os cães sentaram à sua frente o encarando com as línguas para fora.

— Formação pessoal! — Fez um sinal com a mão e rapidamente os três cachorros estavam sentados em fila bem quietos. — Olha, esse aqui você já conhece, o Kiko, o branco é o Floquinho e o outro é o Coração. Meus filhos.

— É… olá pessoal. — Acenei para os animais que latiram juntos na minha direção. — O meu bebê se perde mesmo no meio deles.

— Trás ele aqui um dia, eles vão se comportar, confia no pai. — Sorriu me puxando para mais perto.

— Está certo! — Ele sorriu satisfeito.

— Vem! Falta você conhecer o meu lugarzinho.

Ele me puxou novamente para dentro e subiu comigo pelas escadas.

Abriu uma pequena porta de madeira e me deu a passagem.

— Bem vindo a minha humilde residência. — Disse sorrindo.

O lugar era bem arrumado para um marmanjo daquele tamanho. Tinha uma salinha, uma cozinha bem enxerida no estilo cozinha americana e ao fundo o quarto e um banheiro. 

Bem convencional para ele que vive sozinho.

— Sua casa é linda! — Sorri enquanto olhava os detalhes da simples decoração. — É você aqui?!

Apontei para um porta retrato posto no pequeno centro na sala.

— Olha que gracinha…

— Sou eu e meu pai. — Me abraçou por trás e sorriu ao ver a foto. — Ele amava esse lugar, vivia me trazendo antes da construção da oficina para ver as estrelas. Aí eu resolvi que tinha que morar aqui, pra sempre lembrar dele.

— É muito lindo você pensar assim. — Virei de frente para ele passando meus braços em volta do seu pescoço. — Você é cheio de surpresas, José.

— Esse nome feio até que fica chave quando você fala. — Se aproximou do meu rosto deixando um selinho rápido no meu lábio superior e outro no meu nariz. 

— Eu acho um nome bonito… e o dono dele também não é de se jogar fora. — Ele sorriu e voltou a me beijar.

Me sinto realmente seguro quando estou em seus braços e super confortável no ambiente que ele vive, com tudo que é de seu respeito.

— Tá com fome?! — Afastou seu rosto e me encarou. — Come alguma coisa antes de voltar pra casa.

— O que você sugere?! — Me afastei dele colocando o porta retrato de volta no lugar e o segui até a cozinha.

— Tem uns biscoitos aqui e café feito de manhã… topa?! — Disse enquanto coçava a nuca.

— E porquê não? — Ele sorriu e puxou a cadeira para mim.

Pegou duas xícaras e o saco de biscoitos colocando tudo sobre a mesa.

— Me conta mais sobre o lance do jantar. — Ele disse sentando ao meu lado.

— Não é nada demais, mas como minha mãe é extremamente comemorativa, então a chegada dos membros da família foi a desculpa perfeita pra isso. — Me servi colocando um pouco do café e alguns biscoitos para molhar no líquido.

— Esse povo aí estava longe a muito tempo?! — Disse num tom de curiosidade.

— Bastante, principalmente meus tios, eles casaram e já se mudaram para Nova York. — Só de falar neles já me bate uma saudade enorme.

O tio Namjoon sempre foi um exemplo pra mim, a sua pose durona e a dedicação extrema a tudo que faz e linda. Ele conheceu o tio Jin numa festa bem aleatória que ele foi convidado e lá rolou o tchan dos dois.

Lembro até hoje do dia que o tio Jin foi conhecer a nossa família, ele e a cunhada, minha mãe, viraram melhores amigos rapidinho. Mas é quase impossível não gosta dele.

— Vai ser um reencontro e tanto. — Sorri. — E só de imaginar que eu não vou ter aquele imbecil ao meu lado, fingindo ser o noivo perfeito, já me deixa aliviado.

— Eu concordo! — Deu um gole do café.

— A única pessoa que gostava realmente dele era a minha avó, mas ela está com Alzheimer, então acredito e espero que tenha esquecido dele. — Terminei o meu café e fiquei encarando o moreno que comia igual a uma criança, se sujando todo.

Não me julguem, ok?! 

Mas não sei o que me levou a fazer esse convite inusitado.

— Jeon… você quer ir comigo no jantar?! 

Ele soltou o biscoito que estava em sua boca e me olhou surpreso.

— C-Como?! — Sorri da forma que suas bochechas ficaram infladas.

— Eh! Eu não quero ficar sozinho lá, e se quiser pode levar o Yoongi também, a Yasmin vai está lá.— Disse desviando o olhar do rosto dele. — Não é um evento que você está acostumado a frequentar, mas eu queria muito que você fosse.

Ele ficou de joelhos apoiando os cotovelos na minha coxa.

— Você está me convidando para conhecer a tua família?! — Os olhinhos dele brilhavam como estrelas.

— Meio que é… então, você topa?!

Ele levantou rápido e me levantou da cadeira me colocando em seu colo. 

— É claro que eu vou! — Começou a me girar e gargalhar junto a mim.

— Tá, tá, já chega. — Bati no seu ombro e o mesmo me colocou no chão. 

Antes de falar alguma coisa o mesmo me agarrou pela cintura e me deu um beijo.

Era um beijo com necessidade, porém, dava pra sentir um sentimento envolvido.

— Obrigado… — Encostou a sua testa na minha e fechou os olhos.

Meu coração estava batendo muito rápido naquele momento, eu só queria proteger ele e colocar num pote.

Acariciei seus fios e beijei a sua testa.

Ficamos ali por um tempo curtindo o momento e ele me puxou de volta para terminarmos de comer.

[...]

Porta da frente, apartamento do Taehyung, Morumbi, Zona Sul, São Paulo, Brasil.

17 de maio; 17:59 p.m.

— Está entregue! — Sorriu de canto.

— Muito obrigado pelo dia de hoje… — Passei meu polegar pela sua bochecha e beijei rápido seus lábios. — Nem vi a hora passar.

Ele sorriu e me puxou para um abraço.

— É só colar quando sentir minha falta. — Piscou para mim e se afastou.

— Combinado! Então, até amanhã, José. — Assentiu, me beijando novamente e correndo na direção do elevador.

— Até, magrelo. — As portas se abriram e o mesmo adentrou.

Suspirei bobo e me virei para abrir a porta.

Assim que adentrei o apartamento, notei que tudo estava muito silencioso.

— Será que a Yasmin teve outro plantão?! — Fechei a porta, tirei os sapatos e caminhei até a sala.

Vi que o meu pequeno estava deitadinho no sofá e assim que sentiu a minha presença abanou o rabinho peludo.

Caminhei até ele o pegando no colo e recebendo uma conferida com o pequeno focinho escuro, por causa dos outros cachorros.

— Tudo bem, eles são legais. — Yeontan latiu e começou a me lamber.

— Quando você ficou tão bonito assim?! — Ouvi uma voz feminina vinda das escadas e sorri ao reconhecer de longe aquela voz linda.

— Jisso! — Me virei rápido e encarei a mesma sorrindo escorada no corrimão.

Não acredito que ela esteja mesmo aqui, meu deus.

Minha irmãzinha está de volta!


Notas Finais




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