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História Um Motivo Para Ir - Llegada


Escrita por: autorabea

Notas do Autor


Volteeei.

Boa leitura mores ❤

Capítulo 10 - Llegada


Fanfic / Fanfiction Um Motivo Para Ir - Llegada

Com uma mão segurei firmemente Daniela e com a outra segurei a mão de Isquinho.

— Beatriz — Ouço o grito de Isco e volto a realidade.

Em seguida um estrondo na porta, me viro para trás e vejo Lukas e Helena.

— Ela chegou Beatriz — Lukas fala nervoso. Muito nervoso. — Mas dessa vez ela chegou aqui, aqui no condomínio.

— Meus pais Beatriz — Foi vez da Helena. — Meus pais estão aqui também. Eles querem que eu tire meu filho.

Daniela tornou a chorar e eu não sabia o que fazer. A minha intenção era resolver um problema de cada vez... Mas os problemas combinaram de chegar ao mesmo tempo.



Fechei os olhos e respirei fundo, pensando em como resolverei todos os problemas, mas primeiramente eu iria focar na minha filha.

— Helena vai pro meu quarto e leva a Dani. Já já eu subo — Coloco Daniela no colo de Helena e respiro fundo mais uma vez.

— Tudo bem — Helena começa a subir as escadas.

— Lukas, tem alguém lá em casa? — Lukas nega com a cabeça. — A casa está trancada? Onde estão Arthur e Sophia?

— A casa está trancada, eu estava saindo quando ela chegou. Arthur e Sophia estão na casa da própria, eu estava indo pra lá — Lukas fala aparentemente nervoso. Nem parece macho.

— E a Anaísa está aonde? — Pergunto. Rapidamente se passa um filme na minha cabeça de tudo que passamos. Da dor que eu tive quando ela se foi... Mas agora, depois de saber de tudo que ela fez na vida do meu irmão e do meu sobrinho, eu só tenho nojo e ódio.

— Lá fora, no carro dela. Beatriz ela está calma, chegou como se nada tivesse acontecido, como se não tivesse morrido há três anos atrás. Ela está agindo como se estivesse aqui o tempo todo, como se tivesse saído por alguns dias —

— Amor... Tem algo que eu possa fazer pra te ajudar? — Ouço a voz de Isco fazendo com que me raiva aumentasse.

— Sumir junto à essa mulher, de preferência pra bem longe — Respondo ríspida depois de me virar para Isco.

— Olha só Beatriz, não começa com a ignorância, ou eu...

— Ou você o que? — Praticamente grito, cada palavra que saia da boca de Isco, fazia-me me lembrar da cena que vi quando cheguei, acausando-me raiva, muita raiva. — Você acha mesmo que está em condições de reclamar? Enquanto eu estava chorando por aí, precisando de ajuda, precisando de carinho, amor, atenção... Você estava discutindo comigo por coisa fútil e na primeira oportunidade você coloca uma mulher dentro da NOSSA casa, Francisco. E isso não é nem perto do que me deixa com mais ódio. Essa mulher estava com a minha filha no colo, A MINHA FILHA, enquanto ela estava chorando e cheia de dor, e você o que fez? Porra nenhuma, Isco! Caralho, a sua própria filha estava chorando de dor na sua frente e você estava olhando uma vagabunda qualquer olhar com um sorriso na porra do rosto a minha filha chorar.

Minha garganta coçava e não parava por conta dos gritos. Meu corpo estava infestado de raiva por toda a situação é por ser a única que tinha um peso enorme nas costas.

— Beatriz, agora eu que te peço calma...

— NÃO ME PEDE CALMA PORQUÊ EU CANSEI DE TER A PORRA DA CALMA — Grito novamente. — EU CANSEI DE SER A DONA DE TODOS OS PROBLEMAS.

— Para de drama, Beatriz — Francisco realmente se atreveu a dizer isso.

— DRAMA? EU VOU DAR O DRAMA NA SUA CARA — Tento me aproximar de Francisco mas sou contida por Lukas.

— É melhor você parar de gritar — Sara Sálamo abre a boca pela primeira vez na minha presença. — Está assustando o Isquinho — Ela diz e puxa o menino pra si, o abraçando. A feição de Isquinho que até então era normal, agora exibia incômodo.

— Solta ele agora — Eu falo e sinto-me quente, como se fosse uma fornalha atingindo seu ápice de calor. Podia apostar que meu corpo era a cor vermelha em si.

— A Daniela pode ser sua filha, mas ele não é — A mulher diz com um olhar de superioridade. Quem ela pensa que é para me afrontar na minha própria casa?

— Quem você pensa que é pra chegar na minha casa e questionar a minha relação com o meu enteado? — Me aproximo dela após conseguir sair dos braços de Lukas.

— Sara Sálamo — A mulher responde.

— Vulgo porra nenhuma — Praticamente grito bem na sua cara e isso faz ela largar um pouco a sua postura. — Portanto saia da minha casa agora — Falo depois de me afastar levando Isquinho comigo.

— Jura que vai comprar uma briga comigo? — Ela pergunta parando ao meu lado.

— Essa briga foi você quem comprou no momento em começou a sua “amizade” com um homem comprometido — Eu digo.

— Me desculpa pelo transtorno, Sara. Depois nós marcamos alguma coisa — Francisco fala aparentemente envergonhado. Ele devia estar envergonhado dele próprio.

— É sério?! — Lukas ficou frente a frente com Francisco. — Eu sempre apoiei o relacionamento de vocês, Francisco! Eu sempre fui o maior apoiador e te ajudei a diversas vezes à conquistá-la... Mas se você está pensando que só porquê somos amigos, eu vou ficar do seu lado, você está completamente enganado. Já é perceptível o que está fazendo com a minha irmã e isso eu não vou permitir, está me ouvindo? Se você trair a minha irmã, eu acabo com você.

— Lukas, até você vai se indispor comigo por causa das idiotices da sua irmã? — Isco pergunta e eu sinto vontade de chorar por conta da falta de apoio do meu próprio noivo.

— Não fala assim dos sentimentos dela! Você jurou estar com ela pra tudo, Francisco, e agora no momento em que ela mais precisa do noivo dela, você não está presente — Lukas está realmente indignado. — Eu não admito que você trate ela assim e eu espero que seja coisa de momento essa sua reação, porque eu já estou parando de apoiar você com ela. Já percebo faz um tempo que ela está carregando o relacionamento de vocês nas costas.

Francisco apenas o encara durante longos segundos e sai de casa acompanhado de Sara.

— Vem filho — Isco o puxa e o menino começa a chorar.

— Ele fica Francisco — Eu falo colocando Isquinho atrás de mim.

— Ele é meu filho.

— Mesmo assim. Eu não admito que você leve ele pra casa daquela vagabunda — Falo com raiva.

— Além de você não ter que admitir nada, quem disse que irei pra casa dela? — Isco pergunta.

— Sua testa — Respondo com ironia.

— Eu não quero ir papai — Isquinho diz agarrando minha perna direita.

— Você não tem que querer, agora vamos — Isco ameaça puxar Isquinho novamente.

— Eu já falei — Fico cara a cara com Isco.

— EU JÁ FALEI PRA VOCÊ PARAR COM ESSA PORRA, CARALHO — Ele grita na minha cara e eu me espanto com tamanha agressividade.

— VOCÊ TÁ FICANDO MALUCO?! — Lukas me empurra ficando na minha frente e segurando Isco pelo colarinho. — Eu acabei de falar com você sobre trair a minha irmã, e você grita com ela? Dá próxima vez que você gritar ou ameaçar fazer qualquer coisa com a minha irmã, eu te quebro todo Francisco.

— Pera aí, Lukas — Isco disse tentando se soltar. — Você é meu amigo cara — Ele sempre teve medo dos meus irmãos. Se fosse Lorenzo no lugar de Lukas ele já tinha cagado nas calças ou então já estaria muito roxo.

— Foda-se! Está começando a se tornar um estranho — Lukas o empurra o fazendo esbarrar na parede. — Ela é minha irmã, Francisco! Você não é nada ao lado dela.

— Tudo bem Lukas, mas meu filho está aqui — Na hora que Isco falou isso, eu peguei Isquinho no colo e comecei a subir a escada.

— BEATRIZ — Isco me gritou. — Desce com ele agora.

Caminhei rápido até o meu quarto encontrando Helena sentada na cama e Daniela deitada na mesma dormindo serenamente.

— Ela melhorou — Helena diz sorrindo.

— Graças a Deus — Suspiro aliviada.

— Tia, eu quero ficar aqui com a minha irmã — Isquinho pede com os olhos marejados.

— Você vai ficar meu amor — Eu digo e beijo sua testa.

Segundos após ouço um estrondo na porta, era Isco entrando no quarto. Todos levamos um susto e Daniela acordou chorando, gritando.

— Deus — Eu sussurro fechando os olhos e tentando me controlar, mas era difícil enquanto escutava o choro desesperado de Daniela.

— Vamos filho — Isco praticamente grita com Isquinho. Francisco Alarcón surtou de vez.

— Não papai, não quero ir — Isquinho começa a chorar.

— Calma filha — Deixo um beijo na testa de Daniela.

Desço da cama e vou fulminante de raiva até Francisco.

— Sai — Aponto para fora do quarto e saio junto com ele. — Não vê o que está fazendo com seus filhos. Está maltratando seus próprios filhos por causa daquela piranha.

— Eu estou maltratando meus filhos? — Ele pergunta incrédulo.

— A Daniela está com dores e agora que ela se acalmou você entra gritando no quarto. Se ela chorar, vai voltar a sentir dores — Eu falo o estapeando enquanto chorava. Já é demais pra saber que minha filha está sofrendo. — E o seu filho quer ficar com a irmã dele. Deixa o menino Francisco, não arrasta ele pra sua putaria.

— Que putaria mulher — Isco leva as mãos até a cabeça.

— Quer saber?! — Pergunta e Isco faz um gesto com a cabeça me desafiando.

— Eu quero você fora dessa casa — Eu falo e Isco começa a rir. — Não fique rindo pôs eu estou falando sério. Francisco quando eu tirar essa aliança do meu dedo, acabou o nosso noivado e acabou tudo entre a gente — Eu disse tocando meu anel e vi seu corpo tenso.

— Amor, para com isso. Estávamos tão bem, curtindo nossa família, nossos filhos — Isco se aproxima e toca meu rosto. — Não cria neurose atoa. Você sabe que eu te amo e você é a única mulher que eu quero pra mim. Sara é apenas minha amiga.

— Se isso é realmente verdade, você vai sair — Eu digo e Isco volta com sua postura rígida. — Pelo amor que você diz sentir por mim e pelo amor que eu tenho certeza que sente pelos seus filhos, nos deixe por um tempo. Eu preciso saber se casar com você não vai ser a maior burrada feita na minha vida.

— Você tem pra onde ir, Beatriz! Eu não tenho — Ele dramatiza sua situação.

— Francisco você tem dinheiro pra caralho. Se hospeda em um hotel, motel, casa da sua mãe, da piranha que está te esperando lá em baixo ou até na casa do meu irmão... Só passa um tempo longe por favor — Eu peço e ele nega.

— Eu não vou sair. Se está incomodada saia você — Ele diz ríspido.

Respiro fundo, tiro minha aliança e jogo contra ele. Essa humilhação já era demais pra mim. Eu poderia muito bem colocá-lo pra fora de casa, já que a residência dele agora está no meu nome, porém eu não o faria. Eu sou muito melhor que isso e sei que será pior se eu for.

— Beatriz — Ele toca meu braço e eu tiro com volúpia e agressividade.

— Helena, arruma uma mala com as coisas das Daniela por favor — Eu peço e Helana fica parada. — Anda Helena, ainda tem os seus problemas pra resolvedora oficial resolver.

— Tá bom — Ela sai do quarto e vai na direção do quarto da Daniela.

— O que você vai fazer? — Isco pergunta atrás de mim.

— Vou deixar Isquinho com a mãe dele — Eu falo e Isco entra na minha frente.

— Ele vai ficar comigo — Isco diz sério.

— Tia, até quando meus pais vão ficar me assustando? — Isquinho pergunta chorando e pelo menos isso comove um pouco seu pai.

— Vem cá filhão — Isco o chama e Isquinho vai para o seu colo. — Desculpa o papai. Só estou estressado, não precisa ter medo.

— Tá bom, mas eu posso ficar com a minha vovó? — Pergunta e Isco se dá por vencido.

— Tudo bem filho — Isco fala.

Caminho até a cama e pego Daniela no colo que observa tudo.

— Desculpa por todo escândalo filha — Digo tentando conter o choro e beijo sua testa. — Mamãe te ama.

— Bea, eu arrumei o básico — Helen aparece com a mala.

— Pra onde você vai? — Francisco pergunta.

— Não te interessa — Eu falo respirando fundo.

— Jura que vai querer comprar outra briga? Você não vai sumir com a minha filha — Isco diz ríspido.

— Isso é o que nós vamos ver — Falo sorrindo.

[...]

Depois de mais alguns minutos discutindo coisas banais com Francisco, eu voltei para minha antiga casa, agora do meu irmão. Não era muita distância da casa de Francisco mas pelo menos não vamos ficar no mesmo ambiente.

Ainda tinha problemas dos outros pra resolver e eu decidi que não prolongaria isso. Mediante a minha decisão pedi que Lukas e Helena reunissem os pais de Helena e Anaísa na sala de casa.

— Boa noite a todos — Falo descendo as escadas com Daniela no colo.

Em outros dias ou em outra situação eu ficaria encarando Anaísa por horas e horas para ter mesmo certeza que ela estava alí. Mas só na época que eu ainda acreditava que era minha antiga melhor amiga que tinha falecido. Essa Anaísa eu só sinto raiva, ódio por tudo que ela fez pro meu irmão e sobrinho.

— Boa noite — Os três respondem.

— Helena — Chamo a mais nova que estava nervosa mediante a presença dos pais. — Vai até o meu quarto. Pega meu notebook e compra uma passagem que eu reservei pelo celular.

Ela fica parada encarando os pais.

— Vai logo Helena — Eu praticamente grito e ela vai na hora. Minha paciência acabou com tudo e com todos.

Respiro fundo.

— Eu vou ser curta e grossa com todos — Eu digo e os três me encaram. — Se vocês dois fizerem qualquer coisa contra a Helena, o bebê dela ou contra Marco, eu deixo vocês sem um real. Eu tiro casa, trabalho e todo o patrimônio de vocês.

— Você não pode fazer isso — A mãe de Helena fala com toda sua mesquinhez.

— Cala a boca — Meu tio fala para sua mulher. Esse sim sabe que eu posso muito bem fazer isso.

— E você é uma desconhecida pra mim. Some daqui — Eu falo pra Anaísa. — Foi ótimo dialogar com vocês.

Lukas me encara surpreso.

— Eu quero ver meu filho — Anaísa fala.

— E eu com isso? Seu filho com toda certeza não está na minha casa, muito menos na minha família — Eu falo me aproximando dela e coloco Daniela no colo de Lukas.

— Arthur não é seu parente? — Ela pergunta com sarcasmo.

— Arthur Rossetti é meu sobrinho e é da minha família. Se é dele que está falando, está totalmente enganada! Até eu sou mais mãe do Arthur do que você. E OS PAIS DELE SÃO LUKAS E SOPHIA PORTANTO NÃO TEMOS NADA PRA FALAR. — Eu deixo sair um pouco da raiva presa em meu corpo. — Suma de nossas vidas agora, ou os seus próximos dias não serão confortáveis.

— Quem é Sophia? E por que você diz que ela é mãe do MEU filho? — Anaísa finge um desespero que não me comove.

— Minha mulher e mãe do meu filho — Lukas se aproxima. — Eu temi muito esse encontro com você Anaísa, mas porque achei que minha irmã cederia... Mas eu consegui contar toda história e revelar a víbora que você é. Agora eu não tenho nada a temer. Fica longe da minha família ou você vai se ver comigo.

— O que vocês ainda estão fazendo aqui? — Pergunto com tédio para meus tios.

— Vamos Suzana — Meu tio levanta depressa. Dois interesseiros.

— E você? — Lukas pergunta à Anaísa.

— Sua filha? — Anaísa pergunta com um sorriso macabro e se aproxima de Daniela mas Lukas a afasta na hora.

— Não encosta um dedo na minha filha — Eu falo e seguro seu braço a levando até a porta.

— Eu sei o caminho — Ela fala rindo com sarcasmo.

— Nunca mais volte — Eu falo e fecho a porta na cara dela.

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A noite foi passando e por incrível que pareça eu, Lukas, Helena dormimos juntos. Os três na mesma cama e abraçados, enquanto Daniela dormia no berço ao lado da cama. Eu podia reclamar mil vezes sobre te que resolver os problemas de todos porém eu sou completamente apaixonada pela minha família e por eles eu sou capaz de tudo.


Notas Finais


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Minhas outras histórias:

Meia Noite em Turim ( Paulo Dybala ) https://www.spiritfanfiction.com/historia/meia-noite-em-turim-10532688


Antes do Amanhecer ( James Rodríguez )  https://www.spiritfanfiction.com/historia/antes-do-amanhecer-11939440



De Volta ( Marco Asensio ) https://www.spiritfanfiction.com/historia/de-volta-9256344



Comentem rapidinho que eu volto rapidinho 💙


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