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História Um Mundo Sem Cor - III


Escrita por: ckmila

Notas do Autor


olha quem voltooooo <3
vô nem pedi desculpa, poq né...

Boa leitura!

Capítulo 4 - III


"O calor do momento."

 

O suor escorria pela minha pele quente, eu tentava acerta-lo, mas acabava socando o ar. Extremamente frustrante. Theo ria da minha cara enquanto desviava com facilidade de meus golpes.

Ele havia me acordado bem, cedo em pleno domingo, para me treinar. Estávamos numa especie de academia de luta, no porão. Tinham várias coisas que eu não fazia ideia da existência nesse mundo, e coisas que eu conhecia bem. Era tudo bem iluminado, lampadas por toda parte, e uma porta, era de metal e tinha várias fechaduras, perguntei para meu irmão o que tinham atrás dela, mas ele não quis me responder, o que só aumentou minha curiosidade, mas, por hora, é melhor eu não tocar no assunto novamente.
Depois de longas horas de exercícios pesados demais, pra um corpo tão franco quanto o meu, fui liberada, graças ao bom Deus. 

Fui direto para o banheiro, joguei minhas roupas em alguém canto e me atirei debaixo da água gelada. O liquido frio escorria pelo meu corpo quente me causando um leve arrepio, fechei meus olhos e respirei fundo, regularizando minha respiração novamente. Depois de um longo tempo ali, já com meu corpo mais relaxado, dei continuidade ao meu banho.

Logo sai do banheiro com uma toalha enrolada no corpo, me dirigi até o guarda-roupa e vesti uma calça de moletom e uma camiseta qualquer, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e fui até a cozinha. Peguei uma garrafinha com água na geladeira e alguns doces no armário. Olhei pela janela quase se pondo, subi pelas escadas rapidamente, acabei esbarando com Theo, mas nem se quer olhei-o, apenas resmunguei um "desculpe" e segui meu caminho até o sótão. Chegando lá, passei por uma janela e, com certa dificuldade, cheguei no telhado, vi o final do pôr do sol, e fiquei ali, olhando o céu até a escuridão da noite tomar conta de tudo, e o cansaço me dominar. Entrei novamente, e fui cambaleante de sono até meu quarto, e me joguei na cama, dormindo quase que instantaneamente.

 

~~//~~//~~

 

O som irritante do despertador invadi meus ouvidos me fazendo despertar, ao mover minimamente meu corpo para desativar o mesmo, sinto todos os meus músculos latejarem. Meus membros gritavam por socorro enquanto meu celular berrava sem sessar no intuito de me fazer levantar.

Ignorando minhas dores me levantei, desativei o irritante despertador e fui até o banheiro cansada e resmungando de dor. Lavei meu rosto e me olhei no espelho, eu estava cheia de olheiras, não sabia dizer que horas havia ido para cama, e ao ver me reflexo tive certeza de que não foi cedo.

 

Depois de fazer minha higiene matinal, vesti a roupa que Liza disse que eu precisaria usar. Era uma camisa branca, uma saia azul marinho e um blazer da mesma tonalidade da saia, um sapato preto e um par de meias brancas 3/4. Após me vestir, andei lentamente até a cozinha em busca de uma refeição, me deparei com uma mesa cheia de guloseimas, e Regina colocava cada vez mais coisas apetitosas na mesa. Quando a senhora percebeu minha presença, olhou pra mim e sorriu gentilmente.

 

—Bom dia!—eu me sentei a mesa—Não parece ter dormido bem essa noite senhorita.

 

—Nenhum pouco, fui dormir tarde, e meu corpo...—suspirei doloridamente.

 

—Pois não se preocupe, vou te dar um comprimido que vai te deixar novinha em folha!—ele saiu do comodo, logo voltando com uma caixinha branca, e da mesma tirando um remédio e me entregando— Pode tomar, vai se sentir outra logo logo.

 

—Obrigada Regina—eu sorri agradecida e tomei o remédio com um cole de água.

 

—Não foi nada!

 

Logo Liza se juntou a nós, e as três tomamos café da manhã juntas, Theo já havia saído, tinha coisas para resolver. 

 

Quando terminamos de degustar aquela maravilhosa refeição, eu e Liza nos dirigimos até um carro preto que nos aguardava em frente ao portão. Nós entramos no mesmo, me acomodei no acolchoado e coloquei minha bolsa em meu colo logo após por o cinto de segurança.

Então o carro seguiu viagem. Foi até que bem rápido, em pouco mais de 20 minutos já estamos nos portões do colégio. Quando saímos do carro, olhamos em volta e estava tudo deserto, olhei no celular que horas eram.

 

—Ai meu Deus! Já são 7h24!—eu disse entre uma mistura de pânico e surpresa.

 

Liza me olhou com os olhos arregalados e saímos correndo, ela foi para um corredor, e eu para outro, no papel que estava anotado minha classe estava escrito "1-C, falar com a Emily". Por um momento olhando o papel e correndo esbarrei com uma garota, ela era mais alta que eu, cabelo bem cumprido e loiro, olhos azuis claros como o céu, a pele café com leite. Eu murmurei um "desculpe", e ela me olhou de cima a baixo com desdém e passou reto, sinto que ela não gostou de mim. Olhei um pouco mais a frente e finalmente achei a sala, bati de leve na porta e um homem abriu a mesma, ele tinha um sorriso gentil estampado no rosto era bem mais alto que eu, moreno, com o cabelo preto e os olhos verdes.

 

—Posso ajuda-la?—sua voz era grave, mas gentil.

 

—E-eu sou nova aqui, acabei me atrasando, perdão!—eu sorri sem graça e ele deu passagem para mim entrar na sala.

 

—Não tem problema.—eu entrei e todos na classe olharam pra mim— Essa é a...— ele deu fez um sinal com as mãos pra mim continuar a frase.

 

—Addie—ele concordou com a cabeça.

 

—Ela é nova aqui, e espero que a recebam bem. Gostaria de de apresentar senhorita?

 

—Hm... Meu nome é Addie Morgan, tenho 17 anos, como a maioria aqui, eu suponho... É um prazer conhece-los...—eu não sabia mais o que falar, então apenas sorri.

 

—Seja muito bem vinda! Pode se sentar ali—ele apontou uma carteira vazia atrás de uma ruiva, era a última da fileira do meio da sala, eu me sentei.

 

Foi tudo muito bom na primeira aula, ele era meu professor de história, era muito gentil e explicava muito bem, gostei muito dele. O único problema foi, a garota sentada na minha frente, era uma peste, não parava de falar, e ainda ficava empurrando a cadeira para trás, me deixando cada vez mais apertada. Foi frustrante, mas logo acabou.

 

No fim da aula, uma garota negra, do meu tamanho, com o cabelo todo cacheado e volumoso, sem falar que era tão colorido quando um arco-íris, veio falar comigo.

 

—Bem vinda! Eu sou a Emily, a representante de turma!

 

—É um prazer conhece-la.—eu sorri minimamente.

 

—Eu adoraria falar mais contigo, mas agora eu tenho que ajudar a professora Stuart, de artes, ela sempre se atrapalha quando trabalhamos com tintas.—ela deu uma risada sem graça e se despediu com um beijo em minha bochecha, antes dela cruzar a porta, ela se virou para mim novamente— Se importa em me fazer um favor?—eu dei de ombros— Vai na sala do lado da 1-A e pega todos os pincéis que achar.—assenti— Obrigada!

 

—De nada—sorri e ela saiu.

 

Fui andando calmamente pelo corredor vazio, até achar a sala. Parecia um galpão de artes, tinha telas, cavaletes, tintas, aventais, tudo espalhado por toda parte. Fui procurando dentro se gavetas de armários até bolsos de aventais, pegando todos os pincéis, havia uma caixa cheia encima de um dos armários, o mais alto. Peguei um banquinho e fiquei na ponta do pé tentando pegar, quando de repente ouvi a porta se abrindo e me assustei, me desequilibrei e bati no armário do lado que estava cheio de potes de tinta, tudo transbordou em cima da pessoa que havia entrando, a mesma loira de mais cedo.

 

—Sua vadia!—ela berro tirando o excesso se tinta do rosto e me olhando com ódio.

 

—Eu sinto muit--

 

—Vai se foder garota! Você vai me pagar caro por isso, guarde minhas palavras sua estúpida imunda.—eu não queria pior as coisas, mas ela tinha me irritado.

 

—Vai você garota, eu não sou obrigada a escutar esse tipo de coisa de uma pessoa quem me conhece. Tomara que você tenha trago outras roupas, por que essas tintas ai são acrílicas—ela olhou pra roupa encharcada de tinta com dó, e depois voltou sua fúria em minha direção.

 

—Você não perde por esperar!

 

Ela sai da sala bufando e resmungando palavras de baixo calão. Eu ri da situação, o estado dela era completamente hilário, voltei minha atenção para os pincéis, consegui pegar tudo, fui em direção a sala de artes que ficava no final do corredor, eu vi o rastro de tinta deixado no chão pela garota, e não pude deixar de soltar uma risada, o que chamou a atenção de todos para mim, fiquei ruborizada de vergonha e fui depressa para a sala.

Entreguei os objetos para a Emily, e me sentei na frente de um cavalete, um garoto passou entregando aventais, ele era alto e tinha o cabelo preto com mechas vermelhas, seus olhos eram vermelhos e tinham um brilho intenso, seu sorriso era gentil e calmo.

Logo a professora entrou na sala, era uma moça, não parecia muito velha, tinha cabelos castanhos longos, olhos castanhos mel que eram realçados pela maquiagem em tons escuros por volta dos mesmos, usava um batom caro que iluminação discretamente seus lábios, não era muito alta, usava uma saia rodada lilás de cintura alta, um stiletto simples de cor preta nos pés, uma camisa branca simples e um óculos de grau em seu cabelo. Ela segurava sua bolsa preta junto de vários papéis, sorridente e animada jogou tudo na mesa designada ao professor.

 

—Bom dia!—ela disse animada olhando a sala— Peguem seus pincéis e formem duplas! Quero que um tente expressar o sentimento do companheiro na tela, e ninguém vai sair daqui hoje sem terminar sua obra.—ela expressava um belo sorriso no rosto.

 

Logo vi todos formando duplas e tive um leve sentimento de desespero, onde eu ia arrumar uma dupla? Fiquei quieta e estática apenas observando, quando sinto uma mão repousar sobre meu ombro.

 

—Oi Addie.—era o garota q estava entregando os aventais— Eu sou Caleb, amigo da Emily, você tá sozinha não é?—assenti— Quer fazer comigo?

 

—Claro!

 

Ele pôs seu cavalete a frente o meu, eu vi Emily com uma garota do outro lado da sala, ela também me viu e acenou sorrindo abertamente, respondi com um sorriso tímido.

 

A aula passou bem rápido, fiz meu melhor naquele quatro, porém não ficou como eu esperava, já o trabalho de Caleb ficou surpreendentemente maravilhoso, foi um pouco humilhante, mas ele conseguiu cativar tudo o que eu estava sentindo, foi até um pouco constrangedor, pois me senti um pouco transparente para ele. A professora elogiou muito o trabalho dele, já o meu... Dizer que foi um dos piores da classe, ainda seria um elogio, mas tudo bem, ainda tenho muito o que aprender.

 

Em seguida tivemos aula de física, o professor era um tanto quanto rígido, e praticamente ignorou minha presença ali, o que na verdade me fez ser grata, não quero ficar chamando a atenção toda hora, nem por chegar atrasada, ou por fazer desastres com tintas, ou qualquer outra coisa.

A aula foi bem tranquila, mas fiquei bem confusa, nunca fui muito bem em física, e na minha antiga escola estávamos vendo outra matéria, o que me fez ficar completamente perdida, porém, não sera impossível me recuperar e entrar no ritmo das aulas daqui.

 

Está tudo indo tão bem!

 

 


Notas Finais


Até a próxima <3


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