*ANA NARRANDO A LEMBRANÇA*
Eu estava indo para uma praça, tinha acabado de brigar com a minha mãe, ela falou coisas que me magoaram muito de novo, mas ela só estava stressada por causa que meu irmão estava prestes à se casar, sento em um banco, coloco meus fones e fechei os olhos sentindo as notas 'FOR YOU' me invadirem. Logo já havia ouvido quase toda a minha playlist do Bts, isso sempre me ajuda a ficar bem e esquecer de quão ruim minha vida é, eu ainda não me cortava naquela época.
Já estava escurecendo e eu sentia que alguém me observava, me levantei guardei o celular e os fones, comecei a ir para casa, até que alguém me chama, procuro de onde vem a voz não tem ninguém na rua, então me chamam denovo, mas não á nada eu estava sozinha, pelo menos era o que eu achava, até que… "o que faz sozinha a essa hora…" - alguém sussurra ao meu ouvido e toca minha cintura , meu sangue gela e me viro devagar, dando de cara com um homem totalmente desconhecido por mim - "ANA BEATRIZ?" - assim que abro a boca para gritar e ele põem um pano na mesma e logo eu apago…
Acordei e logo senti minha pele ser agredida por um vento frio e cortante, o que me fez perceber que está apenas de roupas íntimas, entro em completo desespero assim que vejo marcas na pele das minhas coxas, marcas de mãos… sinto meus olhos e garganta arderem com a vontade enorme de chorar que sentia, olho em volta e vi que estava em uma espécie de porão? Era escuro úmido e não havia nada além de uma cama, um armário e uma porta, vou até a porta e ele estava trancada - " SOCORRO" - grito com a voz um pouco entrecortada.
Depois de algum minuto escutei um barulho da porta abrindo - “vejo que acordou” - era o homem que me sequestrou! Ele anda em minha direção, que me encontrava tremendo de medo -“agora vamos nos divertir!” - ele se aproxima e eu me escolho - “não faça isso por favor” - falo já chorando ao sentir suas mãos passarem pelo meu corpo - “sabe de quem é a culpa pelo que vou fazer?” - eu nego com a cabeça, enquanto - " a culpa é sua, por ser esse tipinho de garota que se faz de inocente, você merece isso, mesmo com um corpo imundo e quase inútil. Estou apenas te ajudando a ser uma mulher de verdade, não uma mistura esquisita de mulher com jeito de homem".
Ele faz uma cara de nojo, depois volta a passar as mãos em mim, eu só sabia chorar, ele começa a fazer "carinho" em meus cabelos - “não se preocupe garota eu sou bonzinho, você não vai lembrar do que irei fazer, no máximo acordará sentindo as consequências” - ele coloca as mãos nos bolsos e logo tira de lá um remédio e me entrega - " tome isso e se deite, que eu já volto " - ele saiu do quarto de novo, logo comecei a me sentir tonta e cai na cama praticamente desmaiada.
*ATUALMENTE*
EU - depois só me lembro de acorda, com dor em todos os lugares possíveis, com marcas pela barriga, seios e bunda - estou encolhida no canto da cama abraçando minhas próprias pernas - chorei por um longo tempo, depois peguei uma roupa, junto com meus pertences que achei dentro do armário que havia lá, fui até a porta que dessa vez estava aberta, também vi um banheiro onde tomei banho, fiquei pensando se ele realmente fez algo a mais comigo, mas assim que tomei um banho percebi que tinha acontecido mais enquanto estava "dormindo"… - ja não chorava eu apenas tinha meu olhar triste e vazio.
EU - quando sai de la já era outro dia - depois de um pausa volto a falar - fui até a minha amiga Dany que estava na cidade naquele dia, e expliquei a ela minha situação, pedi para ela contar a minha mãe que eu dormi no hotel com ela, não quis contar a minha por medo da sua reação, já que ela era bem clara quando dizia que eu deveria me casar pura - lembro dela falando isso para mim diversas vezes e dou um sorriso sem emoção - e isso foi só mais uma das várias coisas que não pude cumprir… - lágrimas insistentes descem - depois disso eu fiz uma lavagem cerebral em mim mesma, primeiro tentei fazer com que eu achasse que eu fiz aquilo por que quis, que aquele homem estranho era o garoto que eu gosto, mas vi que era impossível e acabei ficando pior e comecei a me cortar - olho para minhas coxas - nem sempre os cortes foram nos pulsos, antes eu não queria que ninguém visse, só queria sentir algo que mostrasse que eu ainda estava viva, então apenas cortava minhas coxas - passo a mão pelo local que se encontra coberto pelo shorts - eu fiz outra tentativa de mudar as lembranças daquela noite, onde para mim nada demais aconteceu, ele apenas me deu um susto e foi embora, e mesmo que fisicamente eu soubesse que não era nada, consegui manter minha saúde mental e achar que ainda era uma "menininha pura" - fiz aspas com as mãos - mas as vezes quando me encontro sozinha ou dormindo, acabo por lembrar ou sonhar, o que eu vi ele fez quando estava acordado e com eu dormindo - me encolhi mais e escondi o rosto nos joelhos - é tão horrível ter mãos passando pelo seu corpo, tocando onde não deveria e… fazendo o que não deveria, parecia que a pele dele era feita de lâminas que rasgavam a minha pele e levou a única coisas que tinha.
Naquele momento era como se eu pudesse sentir as mãos dele em mim de novo e isso é horrível.
EU - depois eu percebi que tudo aquilo transformou minha vida em apenas "Blood Sweat & Tears" (trad: sangue, suor e lágrimas), só que diferente da música eu não queria de jeito nenhum, mas eu devo ser muito doce para esses filhos da puta quererem tanto - aperto meus punhos - se eu não tenho o corpo considerável bonito, porque eles fizeram aquilo? - levo as minhas mãos ao meu cabelo e puxo eles - porque? - eu grito - porque comi… - sou interrompida por braços fortes me puxando para um abraço, e fico mais surpresa ao perceber que o dono daquele abraço era jungkook.
JUNGKOOK - desculpe, mas eu não consigo mais te ver chorando - sua voz está baixa e percebo que ele também está chorando e pela primeira vez desde que eu comecei a contar a eles sobre isso, eu olho para eles, e todos estão com os olhos vermelhos.
EU - desculpem… eu não queria falar isso para vocês, mas, vocês são a única coisa nesse mundo todo que mantém a minha sanidade e eu achei que se vamos ter uma convivência, vocês precisam saber quem sou de verdade - todos eles vêem e se jogam em cima de mim, em um abraço - mas por hoje acho que só isso está bom - o abraço deles me deixa tão segura.
JIN - Ana - eles me desfazem o abraço, e Jin levanta meu rosto pelo queixo fazendo eu o encarar - você é linda, não importa o que aquele homem ou qualquer outra pessoa te disse, você é perfeita, não mais que eu claro - eu dou uma risada nasal - mas chega perto - aquilo me deixou feliz de uma maneira fora do normal.
TAEHYUNG - e você realmente não é uma criança, é uma baby - ele começa a apertar minhas bochechas.
EU - não faz isso Tae - falo com um sorriso no rosto e ele me solta também rindo - vocês não tem noção do quanto eu dependo de vocês - eu não consigo parar de sorrir e parece que eles também não - bem… - me levanto da cama e me viro para o banheiro - agora eu preciso de um ban…
YOONGI - você não vai fazer nada demais não é? - ele me interrompeu segurando meu braço, seu olhar transborda preocupação.
EU - eu prometo que não - levanto minhas mãos em redenção - só preciso de um banho, eu estou toda suada da festa - olha para ele que da um sorriso sem mostrar os dentes, pego uma roupa e já ia entrar no banheiro mas eu lembro de algo e paro - pera aí quando eu cheguei vocês falaram que me seguiram?
JIMIN - ahh Ana isso não importa agora - ele vem até mim e coloca mão no meu ombro.
JUNGKOOK - esqueça isso e vá tomar um banho, você deve estar realmente suada depois de dançar tant… - ele tampa a própria bica rapidamente, Jimin bate na própria testa e escuto Yoongi respirar fundo.
EU - quando eu sair daquele banheiro - aponto para o mesmo - espero que já tenham uma explicação formada, e nem inventem de sair desse quarto por que eu vou atrás de vocês até em baixo da terra se possível - falo bem seria e vejo eles engolirem em seco, entro no banheiro com sorriso divertido no rosto - eu amo muito vocês - falo sorriso igual boba para a porta fechada, ao ouvir eles terem uma discussãosinha.
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