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História Um pé de quê ? - Não cutuque a onça ...


Escrita por: MahObachan

Notas do Autor


Oiii voltei 😉
Declaro aberta a temporada de tretas nessa fanfic 🤣🤣🤣🤣
Vou tentar att duas vezes na semana. Então ficará no sábado e na segunda ( minha folga linda maravilhosa)
Espero que gostem desse capítulo

Capítulo 5 - Não cutuque a onça ...


Fanfic / Fanfiction Um pé de quê ? - Não cutuque a onça ...

Sasuke seguiu para casa naquele dia, com o cavalo do Haruno, diferente de como pensou que iria acabar a noite, chegou em casa tranquilo, não sabia dizer o porquê, mas mesmo assim colocou o cavalo na baia, entrou em casa e rumou direto para o quarto, tirou a roupa que tanto lhe desagradava, colocou seu pijama velho e deitou na cama, achando que dormiria, pois a adrenalina havia baixado dando lugar ao cansaço, mas não. A lembrança da Diaba Rosa estava fresca em sua mente, bonita e arrogante, nem mesmo aquela onça seria tão astuta quanto ela, e a vontade de toma-la para si parecia maior agora depois de ver toda a arrogância que ela tinha e constatar que ela nunca seria domada por ninguém. Fechou os olhos para dormir e rezou para não ter sonhos com Sakura.

No dia seguinte foi cedo para a fazenda Ouro Verde, devolver o cavalo que não lhe pertencia.

Seus pais o ensinaram a nunca ficar com o que não era seu. E seria uma desonra a memória deles ficar por tanto tempo com o animal.

Fugaku faleceu quando Sasuke tinha quinze anos, um infarto fuminante no pomar de maçãs o levou, então Itachi tomou o lugar de proprietário da fazenda, a mãe deles Mikoto entrou em uma depressão profunda e mesmo com todos os esforços de Sasuke e Itachi ela veio a falecer um ano depois. O médico da cidade disse que ela morreu de tristeza, pela partida do amor de sua vida.

Depois disso os dois começaram a administrar a fazenda. Sasuke nunca tendo paciência para negociar nada, deixou tudo nas mãos de Itachi que já estudava para isso.

Na época da morte de Mikoto a fazenda Mangekyo estava mal, cheia de dividas e perdendo muitas plantações porque os dois se dividiam entre a saúde abalada da mãe e as terras, Sasuke assumiu de vez os pomares e começou a plantar novas frutas, e também passou a vender legumes e hortaliças, enquanto Itachi procurava novos clientes em Konoha e nas cidades vizinhas até chegar a capital. Com muito esforço eles conseguiram reerguer a fazenda, pagar as dividas e agora viviam confortávelmente, fato que os dois se orgulhavam. Manter o legado dos pais para os dois.

Devolveu o cavalo a Kakashi e já ia partir de volta no cavalo que trouxe da Mangekyo, quando Kizashi apareceu na cocheira.

 - Bom dia Sasuke ! - ele não entendia como alguém conseguia estar alegre antes das sete da manhã. - eu gostaria de conversar com você.

 - Hn. - Sasuke assentiu mal humorado.

Caminharam para dentro da casa, as empregadas corriam com o café da manhã que pelo jeito ainda não fora servido. Mesmo com todo o trabalho, Sasuke ouviu as risadinhas das moças olhando para si. Ele nunca soube se estavam rindo dele ou para ele.

Sasuke ingênuo.

Desde adolescente ele chamava atenção das moças, mas agora adulto além da beleza Sasuke era forte, viril e vivia com a camisa meio aberta o que deixava as moças desconcertadas, mesmo sem ser intenção dele causar isso.

Entrou no escritório, duas estantes cheias de livros a esquerda, uma mesa de carvalho no centro a atrás de uma janela grande que dava de frente para a entrada da fazenda, tendo uma visão privilegiada de quem chega e quem sai e a direita um sofá para quando houvessem mais de duas pessoas o visitando no recinto, visto que apenas duas cadeiras de couro se dispunham a frente da mesa grande de carvalho e uma mesinha de centro a frente do sofá cumprido.

O homem apontou a cadeira para que Sasuke se sentasse e ele o fez, desconfiado. O que um homem daqueles queria com um caipira como Sasuke? Se ele queria falar de negócios estava chamando a pessoa errada, Itachi seria o indicado.

 - Olha Sasuke o que vou lhe dizer aqui é um segredo, nem mesmo Sakura sabe o teor da nossa conversa. - o sorriso de minutos atrás sumiu, ele ficou sério e Sasuke imaginou se era assim que ele se portava na frente de um juiz.

 - Tô ouvino - respondeu do jeito chucro dele. Kizashi respirou e começou, se parasse não conseguiria por tudo para fora como precisava.

 - Eu estou doente - falou sério e Sasuke pensou " desculpa, eu não sô médico", mas não seria uma boa ideia soltar uma grosseria dessas. - muito doente na verdade, tenho a mesma doença que minha mulher, estou doente desde antes de Mebuki falecer, mas não achei importante contar a Sakura, não no momento de maior dor da vida dela.

 - Sinto muito - foi a única coisa que Sasuke pensou em dizer após o silêncio incômodo.

 - Pois é, e é aí que você entra - o Uchiha ficou atento, não achou que entraria em lugar algum. Kizashi se próximou mais da mesa, apoiando os braços no tampo - eu vi como você olha para Sakura e acho que você conseguiria cuidar dela na minha ausência.

Sasuke ficou mudo, não havia o que dizer, ou melhor havia, mas não seria apropriado dizer ao pai da moça. Dizer a ele que a filha era uma diaba, que não tinha rédias e que ele preferia enfrentar a onça de ontem e que se ele tivesse a chance roubaria um beijo daquela indomada.

 - Desculpa senhor, mas o que cê quer que eu faça? - ele perguntou, sem ter noção do que ele diria. Ele não ficaria de babá da Haruno

 - Quero que se case com minha filha. - por alguns minutos Sasuke encarou o homem como se tivesse dito um absurdo. De onde ele tinha tirado aquela ideia estapafúrdia. A filha nunca se casaria com Sasuke. Os dois não se gostavam desde criança, ou melhor Sakura nunca gostou de Sasuke.

 - Não quero uma mulher forçada a se casar. - Sasuke foi firme em sua resposta, não era porque o homem tinha dinheiro que ele ditava as regras - e eu não quero casar com sua filha - mentiu na cara dura. Kizashi soltou uma risadinha anasalada de descrença.

 - Seu olhar diz outra coisa garoto - Sasuke já estava irritado de ser tratado como um menino que não sabia o que estava fazendo. O velho estava conseguindo chegar no limite da paciência do Uchiha. - eu sei que você cuidará da minha filha quando eu me for, e não achei ninguém melhor do que você até agora, Sasuke. Eu peço para que tente.

 - Olha, seu Kizashi eu entendo sua preocupação, mas não quero uma mulher infeliz ao meu lado. Ainda mais alguém como Sakura que sempre teve tudo que quis....

 - Ora mas a fazenda ficará para ela, não tem com o que se preocupar...

 - Não é disso que tô falando, ela pelo que diz os boato na cidade, sempre quis morar longe daqui. Eu não serei o carrasco a prender um pássaro na gaiola - kizashi se levanta aproximando-se da janela, respirando fundo - nem tudo se resume a dinheiro.

 - Sakura pode não gostar daqui, ou dizer que não gosta, mas sei que no fundo o que ela mais quer é assumir essa fazenda como a dona, a pessoa que comanda, e eu sei que minha filha é a mais capacitada para isso, mas eu sei também que nenhum homem aceitará isso, uma mulher como a rainha de um império. A não ser - ele faz uma pausa e olha para Sasuke que o encara como se aguardasse um ataque de Kizashi - que ela se case com um homem que a ame e a entenda.

 - E por que eu ia sê esse homem ? - Sasuke fez essa pergunta porque não percebeu que o pai de Sakura sabe sobre seus sentimentos.

 - Sasuke, Sasuke, eu conheço um homem quando ama uma mulher. O olhar muda, até o jeito de respirar é diferente. Eu me vejo em você. Mais de vinte anos atrás, observando uma moça como se ela fosse o cristal mais valioso do mundo. Você pode não admitir, sei o quanto você deve ser orgulhoso, a prova disso é o cavalo que você devolveu agora cedo, não fica com nada que seja de outra pessoa e nem mesmo gosta de depender de nada de outros. Mas eu peço por favor, cuide da minha filha. Com o tempo sei que ela vai te amar.

Sasuke olhou para a janela atrás do homem e negou com a cabeça. O que esse velhote queria? Machucar os sentimentos de Sasuke, ver a filha infeliz só para que ela tivesse um homem ao lado dela?

Quando Sasuke se levantou para dar uma resposta extremamente atravessada para Kizashi a porta foi aberta com tanta força que parecia que iria destruir a casa toda.

🌸

Sakura, ironicamente acordou ótima na manhã seguinte, mesmo sendo acordada por Rin que abria as janelas do seu quarto sem cerimônia nenhuma, a lembrança da noite anterior a fazia sorrir levemente, seu pai não conseguiu chegar na escolha final de um pretendente, todos foram embora e a grande maioria ficou apavorada com a onça.

Fez sua higiene matinal e em seguida se direcionou a mesa do café que já estava posta porém estava sem nenhum ocupante, o que fez Sakura estranhar pois a mesa estava completa, muita comida para apenas ela e o pai. Rumou até a cozinha para descobrir quem seria a visita, quando parou atrás da porta ouviu a conversa das ajudantes de Rin, Tayuya e Samui.

 - Ele continua bonitão né? - Tayuya falava baixo mas empolgada de modo que Sakura ouvia tudo atrás da porta. - aquela camisa aberta é uma tentação

 - Mas o que ele tem de bonito, ele compensa em grosseria, - Samui rebateu - não falou nem um bom dia.

 - Olha se ele continua sendo esse bruto em outros lugares eu não ligaria - Tayuya respondeu se abanando - mas o que ele quer aqui a essa hora?

 - Veio devolver o cavalo que ele levou ontem não é ? - Sakura entendeu de quem elas falavam, era o energúmeno do Uchiha. sentiu algo arder dentro de si imaginando um Sasuke totalmente bruto jogando uma delas na parede, e tomando para si num beijo ardente, por um minuto queria que fosse ela. " Não Sakura! Está ficando louca ?" - mas por que o patrão mandou ele entrar? - Tayuya deu de ombro sem responder, mas Sakura sabia o porquê e iria até o inferno para impedir.

Voltou pelo caminho que fez a minutos atrás e entrou como um furacão no escritório do pai

 - EU NAO VOU ME CASAR COM ESSE TROGLODITA!

Os dois olharam a moça, que estava com os olhos vermelhos de raiva, e Sasuke não soube identificar se era raiva ou choro, ambas as hipóteses confirmavam sua teoria de que não deveria desposar Sakura. Ambos seriam infelizes.

 - Que bom que chegou querida, estávamos falando de você - Sakura aprendeu a ser sarcástica com alguém ... - por que não se senta?

 - Eu não vou sentar - respondeu com a voz carregada de raiva- você não tem o direito de escolher o que será da minha vida!

 - Mantenha a calma querida, quer que eu peça um copo d'água para as meninas da cozinha ? - Sakura se lembrou da conversa que ouviu e imaginou uma delas servindo água ao Uchiha com mais simpatia do que era normal. A ideia lhe apertou o peito e ela não soube explicar a si o porquê.

 - Não quero nada.

 - Sente-se querida - Sasuke descobriu que falar com as pessoas como se elas fossem crianças era uma mania do Haruno. Sakura fechou os olhos e respirou fundo, como se contasse ate dez. Puxou a outra cadeira e sentou sem olhar para o ocupante da cadeira ao lado. - eu sei que não é desejo de nenhum dos dois, mas teríamos um acordo vantajoso não acham? - os dois se mantiveram em silêncio esperando a explicação. O ar na sala estava tão denso que seria possível cortar com uma faca. - ora Sakura você pode entender tudo de negócios e administração, mas tenho certeza que não tem a menor noção de como tudo acontece numa plantação. Estou certo ?

 - Claro que sei. - não sabe não - o café nasce na época dele colhemos, secamos, ensacamos e mandamos para fora do país. Não tem segredo nenhum - ela falou de forma tão genérica que o Uchiha se contorcia. Para o Uchiha a terra era sagrada, havia todo um cuidado antes do plantio, para manter o solo sempre saudável e fértil, depois havia a poda das plantas, a colheita na época correta, até mesmo jeito de secar o café era importante - eu não preciso de ninguém para me ensinar isso, e outra você tem uma quantidade absurda de funcionários para isso...

 - Mas nenhum deles estará com você se não der o devido valor ao trabalho deles - o Uchiha se descontrolou. Falou mais alto do que deveria, pelo menos na frente do pai dela. Mas aquilo incomodava Sasuke até o último fio de cabelo dele. Sakura se calou no mesmo momento, como se levasse uma bofetada - não é só chegar e vender. Nada vem pronto.

Para Sasuke, seus ajudantes na fazenda eram como da família, mesmo ele sendo introspectivo e não falando muito, dava valor a cada um que trabalhava com ele. Afinal graças a eles, Sasuke e Itachi tinham uma vida confortável e consequentemente os funcionários também, desde Suigetsu e Karin que moravam com ele até as moças que auxiliavam a ensacar as frutas, legumes e hortaliças da fazenda.

Cada um tinha seu papel e sua importância e Sasuke fazia questão de demonstrar isso.

 - Acho que podemos chegar a um acordo. Sakura, você se casando a administração da fazenda é sua. - Kizashi propôs e os dois ouviram mas com irritação em seus semblantes, como se tivessem um prato de jiló pra cada um. - o máximo que irá fazer é colocar Sasuke para te ajudar na plantação.

 - Eu não preciso de um emprego - Sasuke estava começando a se descontrolar, os dois estavam tratando ele como um empregado da fazenda, mas ele não queria ser empregado de ninguém, ele tinha a própria fazenda e não precisava de ajuda. Muito menos do dinheiro do velho. - nem mesmo do dinheiro de vocês. - e na irritação ele se levantou e ia saindo do escritório, a Haruno já abria um sorriso, menos um pretendente. - você não tem o direito de decidir a vida de ninguém.

Saiu irritado sem olhar para trás, mesmo gostando da Haruno, ele não tinha coragem de obriga-la a se casar com ele, ele sabia que ela enfrentaria problemas por ser mulher, mas a Diaba sabia dar seus pulos não precisava dele para isso, mas e depois que o velho morresse, o que seria dela? Olhou as paredes altas enquanto achava a saida e imaginou a garota sozinha ali, teve pena, pois sabia o quanto a vida ficava solitária depois que seus pais partiam, ele teve sorte, tinha o Itachi mas e ela? Seria sozinha até quando ? Se ela queria administrar a fazenda do pai teria que ficar ali, não poderia ir para a Europa como fez no último ano.

A ideia dela se casando com um idiota qualquer, e esse idiota só se importar com o dinheiro e deixar a moça sofrendo quase fez o Uchiha recuar, mas não, ele continuou, isso não era problema dele.

Quando chegou na porta de saída ouviu alguém chamar seu nome e se virou dando de cara com uma Sakura sorridente.

Se ela era bonita emburrada, sorrindo ela parecia um anjo.

 - Obrigada por fazer meu pai enxergar. - ela disse em meio a um sorriso bobo e Sasuke começou a ficar hipnotizado, como no jantar, mas logo se lembrou de onde estava e o que estava fazendo, que era indo embora.

 - Não fiz nada. - disse ríspido, ou melhor do jeito dele. - só não concordo com casamentos forçados e não quero uma mulher infeliz ao meu lado.

 - Ótimo, então temos o mesmo pensamento - ela sorriu mais e Sasuke não conseguiu controlar a atração, ficou encarando a Haruno nos olhos, sem ter o que responder. O que ele diria? Que preferia que ela quisesse se casar com ele ? Que ela era bonita mas uma Diaba Rosa, que só iria pisar no coração dele? Preferiu o silêncio, não deixando de encara-la, ela era um palmo mais baixa mas seus olhos insistiam em olhar para baixo. Os olhos dela o atraiam e seu corpo se sentiu puxado para mais perto.

Sakura encostou as costas no batente, esperando que ele disse algo mas apenas viu ele se aproximar, perigosamente próximo, próximo como as meninas da cozinha gostariam que ele estivesse, próximo como ela queria, mas não admitiria isso, na verdade o que ela queria era o homem bruto a sua frente comendo na sua mão, como um cachorrinho acuado.

Percebendo a atração que o Uchiha tinha, como a boa diaba que era, lançou um olhar sedutor para o mesmo.

Ela não tinha esse costume, na verdade não ligava muito para o que as pessoas pensavam, mas algo nele chamava a atenção dela, talvez o fato deles não se darem bem, ou ele ser um brutamontes e ela achar que um beijo dele deveria ser deveras interessante.

"É isso ! Apenas pesquisa, um estudo para saber se Sasuke Uchiha era um bruto apenas no pomar. Curiosidade"

Ela encarou os olhos dele e em seguida os lábios finos, a distância diminuiu e quando ele estava perto, tão perto que não conseguia nem pensar direito, ela o afastou, a mão no peito dele, um olhar malicioso, um sorrisinho sínico e ela saiu para dentro da casa deixando Sasuke com cara de tonto na porta do casarão. A raiva e a vergonha subindo pelo pescoço, a vontade de beija-la e esgana-la dividindo a mente dele.

- Até mais Sasuke... - e riu, uma gargalhada maldosa

Sasuke saiu pisando duro até seu cavalo e de lá seguiu para a Mangekyo soprando fogo. Boa sorte para quem cruzasse o caminho dele hoje.

Mas a hora que ele pegasse, ela ia aprender que não se provoca Sasuke Uchiha.



Notas Finais


...Com vara curta

Mas é numa Diaba mesmo 😅😅
Até segunda meu povo ...


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