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História Um Príncipe em minha vida! - Tired eyes, tired lies (Temporada 2)


Escrita por: WolfPRD

Notas do Autor


ATENÇÃO:
ESSE CAPÍTULO CONTÉM UM CONTEÚDO SENSÍVEL, UM RELATO SOBRE UM ABUSO SEXUAL QUE O PERSONAGEM IAN STILINSKI, REVELOU QUE SOFREU NO ÚLTIMO CAPÍTULO.
AS CENAS DESCRITAS PODEM CONTER GATILHOS, SE VOCÊ JÁ SOFREU ALGUM TIPO DE ABUSO SEXUAL, RECOMENDO QUE ESPERE APENAS O PRÓXIMO CAPÍTULO E EVITE LER OS ACONTECIMENTOS NA VIDA DE TAL PERSONAGEM.
OU ENTÃO LEIA, APÓS ESSAS PALAVRAS: ( IAN _ OFF )
ATT.
WOLFPRD

PS:Voltei, irei tentar postar duas vezes na semana até novembro ou dezembro.
PS¹: Espero que estejam todos em casa, cuidando da saúde. Juntos vamos vencer o COVID-19.
PS²: Peço a desculpas por não ter dado continuidade, mas agora prometo voltar e colocar pelo menos um capítulo novo por semana.
PS³: Nas fotos abaixo as crianças que aparecem: Ao lado de Malia é o Pedro, abaixo do Pedro é o Tyler, ao lado do Tyler são Claudia, Naya e Dylan e acima dos três é a Aspen.

Capítulo 108 - Tired eyes, tired lies (Temporada 2)


Fanfic / Fanfiction Um Príncipe em minha vida! - Tired eyes, tired lies (Temporada 2)

( IAN_ON )

Naquele verão, pensei que tudo seria a mesma... Meu pai iria trabalhar em alguns casos da Interpol, meu irmão iria sair com seu melhor amigo, eu iria curtir um cinema e uns parques com meu melhor amigo, seria apenas mais um verão na vida de um garoto de oito anos de idade.

Foi em uma noite de quinta-feira, na primeira semana do verão, quando aconteceu. A mãe de Liam, Noora, tinha me deixado em casa depois de ter nos levado ao cinema. A casa estava silenciosa, a luz do quarto de Stiles estava acesa e quando abri a porta, vi meu irmão roncando no enésimo sono. Ao aproximar a mão do interruptor Scott saiu do banheiro, abriu um sorriso enquanto colocava sua mochila em seu ombro.

— Como foi o cinema, pequeno Stilinski?

— O filme foi legal, você já vai?

— Acho que sim, Stiles está dormindo e vou só rebobinar a fita do vídeo-cassete. O filme pertence a coleção da minha mãe e se ela descobrir que tirei o VHS da coleção dela sou capaz de morrer em dois tempos.

— Fica a vontade então, Scott.

Saí de perto da porta, caminhei pelo corredor e entrei no meu quarto. Sentia um certo odor vindo das minhas axilas, e, sorri ao lembrar da manhã agitada onde joguei futebol, brinquei e depois fomos ao cinema. Retirei minha blusa, minha bermuda e minha cueca e adentrei ao banheiro, liguei chuveiro e esperei que a água esquentasse.

The Kids Aren’t Alright – The Offspring

Uma música começou a ecoar por todo segundo andar. O volume foi aumentando cada vez mais, quando abri a porta do meu quarto, Scott me jogou na parede, entrou trancando a porta e começou a passar a mão pelo meu corpo. Tentei me soltar, mas ele era bem mais forte do que eu, segurou em meu pescoço e com o olhar em chamas disse:

— Se você contar a alguém eu mato a todos que você ama.

Senti o ar se limitando em meus pulmões a cada vez que ele apertava meu pescoço e me encarava a espera de uma resposta, quando afirmei quase sem fôlego, foi quando saí da parede e caí na cama sendo amortecido pelos meus travesseiros.

Dois segundos e meio, foi o tempo que respirei e senti algo duro entrando na minha bunda, a dor me fez gritar, mas meus gritos foram abafados pelas música alta naquele andar. Scott metia rápido e eu chorava a cada vez que ele tirava seu membro de mim e botava novamente. Tentei gritar mais uma vez chamando meu irmão, mas era em vão. A música finalizou e Scott saiu de dentro de mim, em flashes vi colocando a calça e a blusa, sua mão veio para meu pescoço.

— Silêncio, seu pivete gostoso.

Outra música começou a tocar, Scott me jogou no chão e aproximou da porta, destrancou e saiu do meu quarto me deixando ali, machucado, com falta de ar e com uma enorme angustia em meu peito.

Certa vez, meu pai disse a mim e ao meu irmão que caso passássemos mal e ele não tivesse em casa, seria melhor ligar diretamente para Garcia, amiga de longa data da família e minha madrinha. E assim eu fiz, assim que escutei a porta do andar de baixo se fechar.

Garcia apareceu cinco minutos depois da minha ligação, ela verificou se Stiles estava bem e em seguida, me envolveu em uma toalha de banho e me levou do meu quarto. Uma ambulância estava a minha espera, entrei e assim que Garcia fechou a porta, ela assentiu ao paramédico e fomos para longe, para um hospital para agentes e familiares da Interpol.

Ao chegar no hospital, uma médica, doutora Caroline, veio ao encontro com Garcia e me levaram para uma sala de exames. Minha madrinha estava preocupada porque não disse quase nada, apenas disse que eu estava muito mal, pelado e que não sabia se Stiles estava bem. Pela expressão dela ao adentrar meu quarto, percebi que ela tinha ciência do que tinha acontecido.

Fizeram exames de sangue, raio-X, coletaram esperma que ficou em meu anus e após todos os exames, fotos foram tiradas para colocar no arquivo. Garcia tentava ser forte, segurando em minha mão, mas as lágrimas dominavam seu belo rosto redondo. Ela perguntava quem tinha feito aquilo, não respondi por que comecei a perceber a gravidade de tudo o que aconteceu comigo.

Após fazerem os curativos e vestir uma roupa que o hospital separou pra mim, fui encaminhado junto com a doutora Caroline para um psicólogo onde relatei tudo o que aconteceu comigo. Da forma como meu dia foi animado e feliz, e no final foi apenas um filme de terror real e doloroso.

Garcia mandou uma equipe médica para minha casa para poder examinar Stiles. Vinte minutos depois, meu irmão surgiu no hospital e foi levado para fazer exames junto com a equipe. Stiles estava assustado e dizia estar bem, confuso, me encarou sentado no consultório e gritou meu nome. Levantei e corri até meu irmão dando um forte abraço.

— Ian, você está bem? Essa equipe foi me buscar em casa. O que aconteceu com você?

Stiles estava apreensivo.

— Só passei mal — digo, encarando meu irmão. — liguei para a Garcia e ela me trouxe. Acho que foi a água da nossa casa.

— Você já ta melhor, Ian?

— Sim.

Não contar ao meu irmão o que seu melhor amigo me fez foi uma espécie de segurança. Se eu contasse, algo de ruim iria acontecer com todos que eu amo e naquele instante de segundo me calei. Garcia levou Stiles para fazer exames para saber se estava bem. A psicóloga e a doutora Caroline perguntaram sobre a pessoa que fez aquilo comigo e novamente narrei a elas sobre a minha noite de terror.

Comecei a chorar e implorei para que elas não dissessem nada sobre o ocorrido porque eu queria proteger aqueles que eu amavam. Não iria deixar Scott ferir meu pai, minha mãe, meu irmão, meu melhor amigo ou coisa do tipo.

Alguns meses depois, minha mãe faleceu em um acidente de carro e por ironia do destino, Scott desapareceu da vida de todos. O alívio tomou conta do meu corpo e só consegui sentir paz, não temi por nada e finalmente conseguia dormir novamente.

Desde o dia do meu estupro, até o desaparecimento de Scott, tentei ficar o máximo possível fora de casa para não encarar o rosto daquele homem que me machucou por inteiro. Lembro de implorar para Garcia não contar nada para meu pai e muito menos para Stiles. Não queria que minha família me olhassem de uma maneira diferente, a única que soube do que aconteceu comigo foi minha mãe, que me acolheu com muito amor e carinho. Após sua morte, meu mundo ruiu e por milagre eu esqueci daquela noite de terror diante do luto que se apossou de mim.

( IAN_OFF )

 

Melissa estava encarando Ian com uma expressão inerte diante da verdade dita pelo filho de Claudia e John. Ian remexeu na cadeira, levantou, abriu o zíper da sua calça e abaixou a cueca virando-se de costas para Melissa e mostrando a cicatriz deixada pelos pontos que levou naquela noite.

— Eu tinha oito anos, quando costuraram meu anus que foi arrombando pelo seu filho. — disse Ian, levantando novamente a calça e fechando o zíper e sentando-se na cadeira e encarando Melissa. — Você é médica, Melissa. Você sabe muito bem que o anus é uma área sensível e qualquer rasgo é necessário de um cuidado básico. Minha mãe cuidou de mim, me ajudou e disse que sempre iria me proteger. Você quer proteger a memória do Scott, mas a qual custo? O que ele fez de memorável para ele ser lembrando? Ah, já sei... Ele estuprou a mim e anos depois o meu irmão.

— Eu não acredito em você, Ian.

A porta da sala foi aberta e Garcia veio entrando com as pastas e um tablet em sua mão. Ela colocou as pastas sobre a mesa e abriu. As fotos de Ian com oito anos de idade no hospital, nu e com marcas pelo corpo estavam ali. Do outro lado do espelho, John e Raphael choravam ao perceber toda a veracidade da história contada por Ian. Talia abraçou John e Raphael ao mesmo tempo tentando consolar os dois. Garcia, apertou o play no tablet e no vídeo mostra Ian contando detalhes de como foi abusado sexualmente por Scott McCall.

Melissa sente a lágrima cair ao ver o vídeo de Ian explicando algo que somente que conhecia Scott iria saber. A marca de nascença que o moreno tinha perto de sua pélvis. O câmera aproximou de Ian mostrando os machucados no pescoço e nas costas dele. Melissa respira fundo.

— PARA! — gritou Melissa jogando as pastas e o tablet no chão. Ela levantou, mas caiu novamente na cadeira e encarou Ian. — Porque não disse nada na época?

— Você acha que eu queria lembrar da pior noite da minha vida? Sabe quando eu comecei a dormir bem novamente? Quando eu arranquei a cabeça do Scott com aquela espada no palácio. Ele tinha ameaçado o Liam, o Stiles, o Pedrinho que era um bebê e meu pai. Jamais iria deixar aquele maldito encostar a mão em qualquer membro da minha família.

— Ian? — chamou Garcia, que suspirou e aponto para o espelho atrás dele. — Melhor parar de falar agora.

Ian olha para o espelho e começa a chorar.

— Meu pai tá ali atrás, não está? — questiona Ian, em soluços. — Desculpa pai, eu amo você e não quero que você e o Raphael terminem pelo que eu fiz. Vocês são felizes e merecem a felicidade na vida de vocês. Sinto muito por eu ser um assassino.

Ian volta a olhar para frente e continuar a chorar bem forte. Jackson entra na sala de interrogatório e retira Melissa. Garcia agacha e recolhe as fotos e documentos que provam o estupro de Ian. Ela pega o tablet e dá um pause e se senta diante do afilhado.

— Você causou uma revolução, Ian.

Ian enxuga as lágrimas, confuso, coloca os braços em cima da mesa e encara sua madrinha.

— Hãm? Como assim?

Garcia fechou a aba do vídeo no tablet e coloca no Twitter onde o nome de IAN STILINSKI está nos trendy topics.

— O que é isso?

— São os usuários do twitter apoiando o que você fez, alguns discordam, mas em sua maioria, noventa e cinco por cento estão ao seu lado.

— Não estou entendendo nada, Garcia. Porque estão do meu lado?

— Você matou um estuprador, a Interpol acabou de divulgar uma nota sobre seu caso. O palácio marcou uma entrevista coletiva para daqui a dez minutos e o mundo só se fala em você.

— E isso é bom? Desde quando?

— Ian, você fez o certo por linhas tortas.

Ian olhou para o espelho e em seguida encarou Garcia.

— Posso ver meu pai?

— Pode.

— Posso ver meu padrasto?

— Sim, ele está aqui também.

Garcia se levanta e caminha até a porta, ao abrir dá de cara com John e Raphael. Eles entram enquanto ela saiu da sala de interrogatório e encostou a porta. John estava perplexo e sentou-se diante do filho. Raphael sentou ao lado de John. Eles encaram Ian.

— Ian — disse Raphael com a voz falha. — me perdoa?

Ian, confuso, encara Raphael.

— Porque eu tenho que te perdoar?

— Quando soube o que você fez com o Scott, fiquei com raiva e ódio. Tentei manter as aparências com você pelo amor que eu tenho pelo seu pai. Toda vez que encaro o Liam eu vejo o quão Scott foi um monstro e agora, eu sei que meu filho era o demônio em pessoa.

— Você me odiava?

— No início sim, mas já tem alguns anos que não.

— O que te fez mudar de ideia?

— Seu amor pelo Pedrinho, pelo seu pai, pela sua irmã, Aspen, pelo Stiles, pelos seus sobrinhos, pelo Liam e Garret. E o mais importante, seu amor pela Cora. Seu olhar perto dela é fascinante e é algo que remete ao meu olhar quando estou ao lado do seu pai... Seu amor, por eles, me fez deixar o ódio de lado e, por favor, — Rafael começou a chorar, colocou a mão em cima da mesa. — Me perdoa?

Ian segurou na mão de Rafael. Eles se olhavam triste, ele por saber que foi marcado aos oito anos de idade e o outro por saber que foi responsável pelo monstro que destruiu a inocência e a felicidade de algumas pessoas.

— Só faça meu pai feliz, não deixe nada faltar para a minha esposa e pelo meu menino. Não sei quanto tempo vou passar preso, mas saber que Cora e Dustin vão estar com você e com meu pai já me deixa mais aliviado.

— Você não vai ser preso, Ian — disse John, finalmente entrando na conversa. — Não acredito — ele começou a chorar. — Claudia nunca me contou nada, e você sofrendo e foi amparado pelas mulheres que mais confio na minha vida. Ian, meu filho, eu te amo. Você é meu herói e sempre vai ser, porque não me contou antes?

— Porque eu queria ter a minha família ao meu lado e não ter um pai preso ou um irmão revoltado — Ian limpa as lágrimas que saem de seus olhos. — Os McCall, tirando o Raphael tentaram destruir todos a minha volta. Melissa tem o mesmo sangue ruim do Scott e ela tentou matar o Stiles a sangue frio. Ela é mãe, sofre com a dor da perda e entendo. Eu vivi o luto quando a minha mãe morreu, mas segui em frente e a Melissa jamais seguiria em frente.

A porta da sala de interrogatório foi aberta e Cora entrou rapidamente, correu até Ian e o abraçou dando vários selinhos e em seguida deu vários tapas no ombro de seu amado marido.

— Porque você disse a verdade para o mundo? — questiona Cora, que afasta e anda de um lado para o outro. — Eles vão pesquisar, vão descobrir que foi o Liam a vitima do estupro, vão saber que você foi uma das vitimas. — Cora arregalou os olhos ao perceber Raphael e John sentados, tampou a boca. — Droga, Cora!

— Eles sabem, Co.

Cora abraça Ian pela cintura e deita a cabeça no ombro de seu marido.

— Você sabia, Cora? — questiona John.

— Sim, sogro... Ian e eu, antes de nos casarmos contamos toda a nossa verdade e nossos traumas. Eu não disse nada, porque o Ian é meu marido e guardaria os segredos dele assim como ele guarda os meus até o dia da nossa morte.

— Essa conversa não pode sair dessas paredes — disse Talia adentrando na sala de interrogatório. — A impressa está na sala de impressa e Derek acabou de me ligar e dá o parecer sobre o palácio inglês. Eu vou lá, por favor, levem o Ian daqui.

— Me levar? Por quê?

Talia encara Ian. O fotografo entende, Jackson entra na sala e tira as algemas de Ian. Cora e Ian dão as mãos e andam parando de frente a John e Raphael. Eles levantaram.

— Pai, você vem?


Notas Finais


E aí?
O que acharam?
Comentem aqui em baixo, quero saber.


Bjs

PS: desculpe qualquer erro de português.


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