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História Um Príncipe em Minha Vida - Royal Birthday


Escrita por: heyitskittykat

Capítulo 32 - Royal Birthday


Palácio Real, Concordia, 2 dias depois

 

Happy birthday to you, happy birthday to you... –Sam cantarolava sedutora no ouvido de Freddie, que estava de olhos fechados com um sorriso malicioso nos lábios- Happy birthday, Prince Gabriel...

–Que jeito de acordar no aniversário... –O moreno bufara, tirando parcialmente o lençol de seda anil do corpo, deixando a mostra seu peito nu- Mas posso me acostumar a isso...

–E eu também, mas tentar ser sedutora cansa... –Sam revirou os olhos, deitando no peito de Freddie.

–Você não precisa tentar ser sedutora. –Freddie balançou a cabeça- Sem tentar você me deixa do jeito que deixa toda vez que estamos juntos...

–Então tô fazendo alguma coisa certa, né? –A loira brincou antes de sentir os lábios de Freddie nos dela.

Os dois tinham passado o final de semana inteiro longe um do outro, se preparando para o aniversário de 18 anos de Freddie. Magnolia cuidava de tudo com um cuidado impecável, garantindo que nada saísse errado. Tentou arrumar alguns trajes para Freddie, Sam e o pessoal da Armada, mas eles insistiram que podiam usar algo mais informal, que era só uma festa de aniversário, nada de mais. E de boa vontade, a rainha concordara, mas insistiu que não dispensassem a orquestra de violinos. O pessoal já estava se acostumando com Concordia, passeando por horas a fio na cidade real ou curtindo a praia, agora que o tempo esquentara. E nesse tempo todo, nem Freddie e nem Sam tiveram um tempo sozinhos, ao não ser à noite, onde seus lábios podiam saciar a vontade um do outro, mas Sam podia perceber que Freddie já não era como antes. Ele andava tenso demais, guardando muitos segredos dela, escondendo muita coisa, e isso deixava a garota mais curiosa do que nunca. Já tentou arrancar a verdade por um de seus métodos –que tinha certeza que daria certo, pois ele estaria tão fora de si mesmo que com certeza diria tudo–, mas Freddie conseguiu se manter firme quanto ao seu segredo –porém, não poderia dizer a mesma coisa de si mesmo. E aquilo estava começando a irritar Sam mais do que ela queria.

–Bom, aproveitando que é seu aniversário, você não podia me contar o que tá tramando, hein? –Sam pediu pidona, com os olhos azuis brilhando- Prometo que não vou contar pra ninguém...

–Nem pensar, Princesa Puckett... –Freddie balançou a cabeça- Mas só posso dizer que vou mostrar o que é na hora da festa. Confie em mim...

–Ah, mas eu odeio ficar às escuras, sabia?

–Fique tranquila. Isso vai envolver nós dois... –Freddie tranquilizou Sam, as mãos dele dançavam pelas costas da namorada- Enquanto isso quero saber o que você vai fazer no meu aniversário...

–Ah, nada disso. Lembra que eu te disse antes? –Sam se levantou apressada- Se você pode ter segredos, eu também posso ter. Isso vai ter que esperar até a festa... –Ela completou dando uma risada, indo em direção ao banheiro e fechando a porta.

–Sam... –Freddie choramingou- Qual é, eu te dei uma dica do que eu vou fazer, por que você não?

–Simplesmente por que eu não quero contar até a hora chegar... –“A hora da vingança...” Sam completou mentalmente, dando uma risada maligna mental.

–Tá bom, mas se quiser contar, eu tô aqui, sou todo ouvidos... –Freddie tinha se levantado e se apoiado no batente da porta do banheiro- Já pode contar?

–Sai da porta, Freddie!!! –Sam gritou, ligando a ducha.

–Olá, Samantha... –Magnolia recebera a garota, que tinha se sentado pra tomar o café.

–Majestade... –Sam se curvou rapidamente antes de pegar uma fatia de melancia da mesa- Cadê o pessoal, já tomaram o café?

–Alguns deles sim. Shelby já tomou o café e foi “se divertir” patrulhando o palácio com a Guarda Real. –Magnolia desenhou umas aspas no ar antes de tomar um gole do seu suco- Matthew e Carly também tomaram o café e já foram para a cidade, comprar o presente do Gabriel. Já a sua irmã e o Griffin, não os vi ainda. Provavelmente ainda estão dormindo. Bom, e cadê o meu filho?

–Freddie? Ele foi se arrumar agora. –Sam deu de ombros- Ele ficou meia hora esperando eu sair do banheiro e ficar pronta e não tentou nada. –“Por que ele tem amor à vida dele e prometeu que iria esperar por mim. Bom, a espera vai acabar... Essa noite.”, completou em pensamento- A Srª B o criou bem, se quer saber. Às vezes Freddie me mata com a nerdisse dele, mas no final das contas, ele é um legítimo cavalheiro...

–Me surpreenderia se ele fosse diferente do que ele é hoje. –Magnolia balançou a cabeça- Marissa sempre foi uma pessoa que adorava boas maneiras, embora ela fosse meio obcecada com isso. Eu confiei meu filho a ela por que sabia que ela o criaria pra ser um verdadeiro príncipe em todos os sentidos.

–É, ela fez bem... –Sam deu uma mordida na torrada francesa dela quando se lembrou de algo- Ah, Rainha Magnolia, a senhora sabe de algo sobre a Srª B ou da minha mãe? Eu e Freddie tentamos fazer contato com elas há algum tempo, mas até agora nenhuma delas respondeu. Sabe se elas ainda estão em Concordia?

–Não, na verdade não as vejo a quase um mês depois da visita que elas me fizeram, mas achei que elas estavam em Seattle com vocês... –A rainha mordera o canto do lábio, preocupada.

–Olá, mãe. Sam... –Freddie chegou ao salão de banquete já arrumado, dando um beijo na testa das duas mulheres antes de se sentar ao lado de Sam- Então, sobre o quê estavam conversando?

–Sobre Marissa e Pamella. –Magnolia terminara de beber o suco e estava secando os lábios com o guardanapo- Samantha me perguntou das duas, disse que vocês tentaram manter contato com elas, mas nenhuma das duas respondeu.

–É, eu também estou preocupado com elas. –Freddie franziu a testa antes de pegar alguns waffles da bandeja do centro- Não atendem ao telefone, não nos ligam de volta, não respondem os e-mails...

–Bom, se elas não estavam em Seattle, talvez tenham ficado aqui em Concordia. Vou mandar alguns informantes meus circularem pela cidade pra procurar as duas. Mas enquanto isso, vamos cuidar do seu aniversário... –Magnolia sorriu fracamente antes de prosseguir- Na verdade, tem algo sério que preciso tratar... Sobre alguém que vai estar na festa...

–Como assim, mãe?

–Bom, deve ter sabido que houve uma batalha recente aqui em Concordia, não? –Com a confirmação de Freddie e Sam, a rainha continuara a falar- Bom, eu fiz uma trégua com o lado inimigo até a meia noite de amanhã, em respeito á família.

–Humpf, respeito à família... –Sam bufou, cruzando os braços e encarando Freddie- Na hora de matar seu pai, ele não teve respeito á família...

–Enfim, com a trégua imposta, seu tio, Lorde Henry, pode comparecer aos eventos reais, desde que com supervisão da Guarda Real.

–Ah, eu não gosto disso... –Sam se encolheu na cadeira, dando uma mordida melancólica na torrada.

–Isso quer dizer... –Freddie deixou a frase parando no ar, sabendo exatamente como a mãe iria completá-la.

–Sim, ele virá ao seu aniversário, mas ele ainda não sabe que você chegou ao reino. Seu tio acha que virá a um memorial seu, em comemoração aos seus 18 anos. –Magnolia sussurrou- Por isso, peço que você tome muito cuidado nessa festa. Óbvio que ele não sabe de você ainda, mas mesmo assim, precisa de segurança...

–Não se preocupe com isso, mãe... –Freddie deu de ombros- Shelby e o resto da Armada estarão por perto. Eu vou manter uma espada, um arco e flechas escondidos no salão real, caso eu precise...

–E eu trouxe minha meia de manteiga. –Sam interrompeu decidida- Se esse Lorde maluco ousar encostar em um fio do cabelo castanho do meu nerd, vai se ver comigo...

–Meia de manteiga? –Magnolia cochichou pra Freddie.

–Especialidade de luta da Sam. –O garoto deu de ombros- Ela pode derrubar um elefante com aquilo.

–É verdade. Nunca subestime minha meia de manteiga. –Sam balançou a cabeça, dando um fim à conversa- Bom, acho que estou cheia. Vou acordar a Melanie e chamar ela pra dar uma volta pela cidade comigo. Volto bem antes da festa começar, pra me preparar. Majestade... –Sam se levantou e curvou-se rapidamente- Eu volto logo, ok, príncipe nerd?

–Eu espero, demônia loira... –Freddie deu um beijo rápido em Sam antes de ela sair correndo do salão.

–Vocês dois tem uns apelidos... Peculiares um para o outro... –Magnolia riu.

–A gente se odiava antes. Os apelidos são... Uma lembrança de que ainda somos os mesmos... –Freddie respondeu, pensativo- Mas se eu fosse você, não confiava muito nessa da Sam voltar cedo. Ela é conhecida pelos atrasos...

–Tudo bem. Dou uma adiantada de 20 minutos a ela... –A rainha deu de ombros- Além disso, é normal a realeza ou a noiva se atrasar sempre...

–Noiva? –Freddie arregalou os olhos enquanto ouvia a risada da mãe.

–Ora, acha que não vi aquele anel lindo escondido no seu quarto? –Magnolia lançou um olhar significativo- Quando pretende pedir a mão dela?

–Você verá... –Freddie se recostou na cadeira, pegando o copo de suco- Você não dispensou mesmo a orquestra de violinos, não é?

–Óbvio que não. É para a recepção dos membros da realeza ao seu aniversário, por quê?

–Vou precisar deles ainda hoje... –O moreno levantara a sobrancelha, enquanto dava um gole de suco.

 

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–Ok, só me diz de novo por que nos empurrou até aqui? –Melanie perguntou meio envergonhada, enquanto ela e Carly olhavam pra Sam.

–Por que eu preciso de coisas pro presente que vou dar de aniversário pro Freddie essa noite. –Sam deu de ombros- E, vamos confessar, eu não sou tão sexy assim...

–Freddie discorda disso... –Carly riu- Devia ver o jeito como ele te olha toda vez que vocês se isolam de nós na sua bolhinha particular romanticamente roxa. Ele só falta tirar sua roupa com o olhar. E não vem me fazer esse olhar de chocada, por que você também dá cada olhar pra ele que até eu fico meio constrangida de ficar no mesmo lugar que vocês dois...

–É, como se vocês dois estivessem transando com o olhar. O ambiente fica muito estranho quando vocês fazem isso... –Melanie olhou pro chão.

–Ah, Mell, fica quieta e me ajuda a procurar alguma coisa aqui, tá?

Enquanto Sam, Melanie e Carly estavam ocupadas na cidade, Freddie contava com a ajuda de Matthew no castelo para a recepção da realeza.

–E aí, já conversou com a sua mãe sobre a festa de hoje à noite?

–Já, já resolvi tudinho. Ela me deixou usar a orquestra de violinos. Quero que tudo seja perfeito. –Freddie se encarou no espelho. Geralmente ele não se importava de usar terno, mas naquele momento, a roupa parecia apertá-lo- Achou o violão da Sam?

–Achei. Na verdade, a Carly achou... –Matthew dava de ombros enquanto arrumava a gravata- Tava no arsenal, acredite se quiser, perto das armaduras.

–Como sabia onde estava?

–Ahn... Ela me contou... –Matt encarou os pés, meio sem graça.

–Ah, sei. Ainda não te agradeci por ter se oferecido pra ir comigo na recepção. Com a Sam guardando segredos de mim e tentando fazer eu contar sobre o meu plano me esqueci de avisar a ela pra chegar mais cedo para a recepção...

–Não tem problema. Além disso, as garotas precisavam de um tempo pra elas. Só eu sei o quanto a Carly choramingava pra sair com a Melanie e a Sam. –Matt deu de ombros.

–Olá, garotos... –Sam abriu a porta do quarto devagar e abriu um largo sorriso ao ver seu príncipe nerd- Por que estão assim elegantes, posso saber?

–A recepção da realeza, esqueceu? –Freddie arqueou a sobrancelha- Se quiser vir com a gente, ainda dá tempo. Eu espero você ficar pronta...

–Bom... Eu vou descer e avisar a Rainha que você vai demorar um pouquinho, Freddie. –Matthew já caminhava em direção a porta- Bom te ver, Sam...

–Tchau Matthew... –Sam gritou dentro do closet, com a voz abafada.

–Então... –Freddie se sentou na cama- Como foi o passeio com as garotas?

–Foi tudo perfeito. Foi como se tivéssemos feito isso desde que chegamos em Concordia. –Sam saiu do closet com um vestido rosa e um par de sapatos transparentes. Freddie conhecia bem aquele conjunto. Ele já havia sonhado com Sam vestindo aquilo –e quase realizou tirando aquilo do corpo dela- E o lado bom foi que eu achei exatamente o que precisava pro seu presente de aniversário.

–E então vai me contar o que tá aprontando? –Freddie perguntou enquanto via Sam tirar a blusa apressada.

–Depende... –A loira se aproximou do moreno, sedutora. Os lábios um do outro quase se tocavam- Você vai me contar o que você tá aprontando?

–Não... –Freddie demorou um pouco pra responder. Tudo o que ele conseguia pensar naquele momento era em beijar os lábios de Sam. E como os seios dela ficavam maiores ainda no sutiã listrado que vestia.

–Então eu também não te conto. –Sam se afastou rapidamente antes mesmo que Freddie pensasse em ultrapassar aquele centímetro de distância que estavam e correu para o banheiro terminar de se trocar.

Magnolia já estava recebendo os membros da realeza –condes, duques, barões– no salão de banquete. Todos estavam muito curiosos para conhecer o príncipe que recém retornara ao reino. A rainha tentava receber a todos, mas seus olhos corriam para a porta do salão a cada 5 segundos, preocupada.

–Gabriel já deveria ter chegado. Todos os convidados já estão aqui, esperando...

–Se acalme, Majestade. –Matthew falou, tranquilo- Sam acabou de chegar e ela quis vir pra recepção. Gabriel só está esperando ela ficar pronta e logo já estão correndo pra cá...

–Atenção. –O arauto já gritara na porta do salão, chamando a atenção de todos ali- Apresento-lhes Gabriel X, Príncipe de Concordia, e sua acompanhante. Samantha Puckett.

Logo todos viram Freddie e Sam entrar no salão, sorrindo. Claro que Freddie ainda se sentia meio desconfortável com o fato das pessoas se curvarem pra ele, mas dessa vez o desconforto não o incomodava. Não sabia se era por causa da data que comemorava ou pelo fato da sua amada estar ao seu lado. O que importava era que, daquela vez, ele se sentia... Como um príncipe.

–Filho, você está muito elegante. –Magnolia curvou a cabeça rapidamente- E Samantha, você está encantadora.

–Obrigada, Majestade. –Sam se curvou antes se sentar ao lado de Freddie e Matthew- Onde está o pessoal?

–Tá cuidando da festa de verdade no salão real. –Matthew acenou com a cabeça em direção a porta- E dá pra acreditar que Shelby recrutou todos os filhos dos membros da realeza pra ajudar?

–Do jeito que sabemos como a Shelby é, aposto com eles aceitaram na hora... –Freddie riu, segurando a mão de Sam por debaixo da mesa- Já tá todo mundo aqui?

–Quase todos... –Magnolia respondeu tensa- Só falta uma—

–Atenção. –O arauto voltara a gritar na porta do salão- Apresento-lhes Lorde Henry.

À menção daquele nome, todos na grande mesa de banquete começaram a cochichar, desconfortáveis. Sam já estralava os punhos discretamente e Freddie se manteve firme no lugar, mas estava igualmente tenso. Mas foi só o homem chegar ao salão que a calma aparente de Freddie deu lugar a surpresa –e logo depois a raiva.

Lorde Henry era um sujeito alto, careca e de cruéis e frios olhos verde musgo. Debaixo do olho direito tinha uma cicatriz imensa que ia quase até o queixo. As medalhas brilhavam na farda negra dele, mas o que gritava mesmo a atenção de todos era o bordado da coroa ensanguentada no lado direito do uniforme, mas não foi nada disso que chocara Freddie.

Era ele. O homem que, no seu pesadelo, tinha torturado e matado Sam.

–Magnolia, está incrivelmente bela essa tarde... –Henry se curvou exageradamente para a rainha.

–Poupe-me desse teatro, Lorde Henry. –Magnolia cortou a conversa, meio impaciente- Fizemos a trégua, mas isso não quer dizer que serei tolerante com você. Estou tentando manter a calma em razão da data...

–Claro, tudo em nome do le petit prince, não é mesmo? –Henry riu pelo nariz antes de seus olhos focalizarem Freddie e Sam- Ora, olha só. Meu sobrinho desaparecido ressurgiu das cinzas do passado. Seus olhos são idênticos aos de Magnolia, mas você se parece tanto com meu irmão. Vincent, que Deus o tenha...

–Você não tem direito de falar dele, Lorde Henry. –A rainha o interrompera novamente- Depois de tudo o que fez...

–Acalme-se, cara Magnolia. Estou sendo gentil, só isso... –Henry sorriu cruelmente, sem reparar na rainha revirando os olhos de revolta- E olha, arranjou uma namoradinha. A filha do Tenente Puckett, estou certo? –Sam o fuzilou com o olhar, sem nem de dignar a responder a ele- Eu ouvi coisas sobre você. A loirinha marrenta...

–O nome dela é Sam, Lorde Henry. –Freddie se controlou o máximo que pode pra não começar uma briga com o tio ali mesmo- E se eu fosse o senhor, tomaria muito cuidado com ela. E comigo...

–Ora, Gabriel, fique calmo. Vai querer mesmo começar uma briga de família em uma data tão especial como essa? –Henry perguntou sarcasticamente, finalmente sentando-se na mesa.

–Eu não faria isso. Aliás, você entende muito de brigas familiares, não é, querido tio? –Freddie respondeu no mesmo tom sarcástico.

–Freddie, não... –Sam tocou de leve o ombro do moreno, tentando acalmá-lo. Se fosse em outra situação, Freddie até teria rido daquilo. Geralmente, numa hora como aquela, Sam seria a estressada da história e ele tentaria acalmá-la.

–Aproveite a festa, querido sobrinho... –Henry levantou a taça de vinho como se fosse um troféu- Não consigo ver muitos aniversários em seu destino...

–É por que o senhor não vai estar neles... –Freddie encarou o tio, com uma força nunca antes vista nele- É uma pena...

–Aaargh!!! –Freddie entrou no quarto rugindo, batendo a porta com força- Eu não sei como consegui calma pra ficar ali parado enquanto eu via aquele cínico na minha frente. Não sei como não corri até o outro salão e não peguei a espada... –Ele rugira mais uma vez enquanto se jogava na cama.

–Eu é que não sei como você ficou tão agressivo de uma hora pra outra... –Sam murmurou, tirando os sapatos- Parecia que eu estava me vendo ali.

–O lado bom é que ele saiu cedo. Isso é bom, assim não preciso encarar ele por mais um minuto. –Freddie tirou o terno e o jogou em um canto no quarto.

–Qual é, Freddnerd. Fica tranqui... –Sam se sentou na cama- Esquece ele, sim? A presença dele não pode estragar seu aniversário. Lembre que ainda temos a nossa festa hoje à noite e você disse que ia me mostrar uma coisa na festa, lembra?

–Claro que lembro... –Freddie respirou fundo e sorriu- Mas até lá eu quero ficar com você... –O sorriso dele se ampliava enquanto tirava o cabelo da frente do rosto de Sam.

–Eu também...

Os dois se beijaram. Um beijo calmo que logo se tornou intenso e apaixonado. Freddie rolou pra cima de Sam, tirando a camisa e jogando-a no chão do quarto. Logos os dois voltaram a se beijar, mais apaixonadamente do que nunca. Sam arranhava devagar o peitoral e o abdome de Freddie, causando pequenas ondas de eletricidade pelo corpo do moreno, que descia as alças do vestido de Sam e deixava marcas de beijos pelos ombros e pelo pescoço da loira.

–Ah, Sam... –Freddie mordera o lábio, encarando Sam. Os olhos azuis da loira estavam escuros de desejo e ele tinha quase certeza que seus olhos estavam iguais.

–Eu te amo... –Sam murmurou, deslizando seus dedos pelos cabelos castanhos de Freddie.

–Eu te amo mais... –Ele beijou a testa de Sam enquanto deitava na cama. A loira já se aninhava no peito nu de Freddie, um pouco mais tranquila, com os planos da sua “vingança” frescos na mente.

–Ah, olha só quem chega atrasado pra festa do próprio aniversário... –Carly levantou os braços impaciente quando viu Freddie e Sam descerem a escada em direção ao salão real.

–Carly, o aniversário é meu, achei que pudesse fazer o que eu quisesse nesse dia, não é? –Freddie perguntou enquanto Sam ria, indo em direção à mesa de sanduíches.

–Desculpa, mas todo mundo estava esperando... –Carly mostrou o salão cheio de adolescentes da realeza- Sua mãe disse que vai vir logo. Sem o traje formal, óbvio.

–Legal... –Freddie respondeu distraído, procurando Matthew pela multidão. Conseguiu ver Melanie conversando animada com duas gêmeas ruivas, Griffin sentado em um canto sem conversar com ninguém e Shelby na porta do salão, de olho em tudo. Não demorou pra achar o garoto, que estava perto da orquestra de violinos- Ahn, Carly, pode me esperar um pouco? Vou conversar com seu namorado e já volto.

Freddie andou em meio a multidão, recebendo de vez em quando uma curvatura de alguém, e depois de um tempo finalmente chegou perto de Matthew.

–E aí, já colocou o violão aí?

–Claro, acabei de colocar. E o anel, tá com você?

–Óbvio, mas foi difícil esconder a caixinha da Sam. –Freddie olhou para o outro lado do salão, onde Sam conversava com Carly- Eu só vou esperar minha mãe chegar e aí estaremos prontos...

–Já desejo boa sorte, amigo. –Matthew bateu no ombro de Freddie- Tô torcendo pra dar tudo certo...

–Valeu, Matt... –Freddie agradeceu, dando um abraço em Matthew.

A festa ainda seguia tranquila e animada. O ponto alto da festa foi a presença de Magnolia sem seus trajes de rainha. De calça jeans escura, uma camiseta básica com colete e All Star, ela parecia mais uma professora descolada do que uma rainha. Claro que o visual surpreendeu a todos, mas também foi muito elogiado.

10 minutos depois da entrada da Rainha, Freddie foi em direção a orquestra e pediu pra parar a música. Parou diante do microfone –que já estava em um pedestal, esperando por ele- e começou a falar.

–Pessoal, me deem um segundinho da atenção de vocês, obrigado... –Freddie sorriu, esperando os adolescentes ali presentes se acalmarem- Bom, queria agradecer a todos vocês por estarem aqui no meu aniversário. Não é todo dia que um príncipe de Concordia faz 18 anos, não é mesmo? –Depois de alguns segundos de risadas, ele continuou- Enfim. Se alguém me dissesse a 3 meses atrás que eu era o herdeiro da coroa de Concordia, eu não iria acreditar. Mas se me dissessem que um dia eu entregaria meu coração a uma carnívora valentona, acreditaria menos ainda. Sam, minha Princesa Puckett. Eu nunca imaginei que um dia eu pudesse me apaixonar por você, mas aconteceu. E foi a melhor coisa que já me aconteceu na minha existência. Eu te amo tanto, minha loira demoníaca, tanto que acho que o estou prestes a fazer agora é a prova máxima do meu amor por você. Vem aqui pro palco, é rapidinho... –Freddie esticou a mão, apontando para Sam, que abriu caminho na multidão e pegou a mão de Freddie, e a ajudou a subir no palco.

Com o sorriso ainda estampado no rosto, Freddie pegou o violão escondido perto da orquestra de violinos e começou a tocar a música que tinha ensaiado secretamente durante muito tempo. Sam ficara de boca aberta ao ouvir Freddie tocar e cantar aquela canção, era como se ele estivesse contanto quase que a história inteira dos dois. Não demorou muito para que Sam, com a voz meio embargada de emoção, e a orquestra de violinos, se unissem ao violão e voz de Freddie. Todos ali olhavam o casal com lágrimas nos olhos de emoção e felicidade. Carly e Melanie quicavam no lugar de tão animadas que estavam pelos amigos. Alguns ali até gravaram o momento único: o Príncipe de Concordia e sua namorada cantando juntos.

Quando a canção terminou, Freddie deixou o violão no chão, pegou a caixinha do anel e se ajoelhou diante de uma Sam sem palavras.

–Samantha Joy Puckett, você aceitaria ser minha esposa?

Um uníssono “own” ecoou pelo salão enquanto Sam encarava o anel repousando no veludo macio da caixinha. Ela sabia exatamente o que dizer, mas não sabia como dizer. Foi quando encarou o violão no chão.

–Bom, você cantou uma música pra mim antes que perguntasse, agora eu vou cantar pra você a minha resposta... –Sam sorriu pegando o violão. Ela estava sem muitas palavras, mas isso não significava que estava sem voz.

Logo a música começava melódica, puxando as palmas do pessoal enquanto Freddie simplesmente vibrava quando o refrão chegava. Ele sabia bem o que aquele “I Do” queria dizer.

A música terminou diante de um silêncio meio apreensivo. Sam e Freddie se encaravam com um brilho nos olhos. Ninguém esperava pela reação dos dois.

–Eu aceito, patetão, não sacou ainda? –Sam gritou animada enquanto se jogava nos braços de Freddie, beijando-o apaixonada sob a ovação das pessoas presentes no salão. Magnolia chorava de alegria enquanto via seu filho colocar o anel de noivado no dedo anular da futura princesa de Concordia.

Enquanto a festa ainda acontecia no salão do trono, Freddie e Sam subiam as escadas para os aposentos reais sem que ninguém visse.

–Eu nunca ia imaginar que isso fosse acontecer, que isso era o seu segredo... –Sam respirava fundo, tentando assimilar o que acontecera naqueles últimos minutos- Eu acordo de manhã e sou sua namorada, agora vou dormir noiva...

–Não quero apressar tanto assim para a cerimônia. Quero que tudo saia perfeito pra nós dois... –Freddie deu de ombros.

–Bom, já que você me mostrou o seu segredinho, tá na hora de mostrar o meu segredo... –Sam sorriu maliciosa para Freddie. Os dois já estavam no corredor dos quartos. A luz fraca da Luca crescente iluminava o lugar- Vai pro seu quarto e fica bem a vontade que eu já vou pra lá, tá?

–Não demore... –Freddie deu um selinho em Sam enquanto ela entrava em um dos quartos.

Freddie já estava sentado na cama, com quase toda a roupa arrancada, ainda faltando tirar a calça jeans. Ele estava começando a ficar com sono, mas prometera esperar Sam voltar. Alguns minutos depois, a porta do quarto se abrira e o sono de Freddie tinha ido embora de vez.

Sam parecia uma fada sexy ou algo do tipo. A camisola lilás que ela usava tinha mais renda do que seda, mostrando uma boa parte do corpo de Sam. Seus cabelos loiros, que estavam presos na festa, caiam em cachos soltos pelos ombros. Ela se aproximava de Freddie, silenciosa e sedutora como uma naja prestes a dar o bote.

–Freddie, lembra quando eu tinha dito a você que eu tava pronta pro que viria depois, que podíamos dar mais um passo no nosso relacionamento? –Freddie assentiu com a cabeça, ainda hipnotizado pelas curvas de Sam que saltavam naquela camisola- Bom, acontece que a gente nunca deu esse passo. Até agora...

–Tem certeza mesmo? –Freddie fechou os olhos, torcendo para que a voz rouca dele não virasse um gemido- Depois que acontecer, não tem como voltar atrás...

–Absoluta... –Sam se aproximou um pouco mais de Freddie- Freddie, eu quero você... Mais que tudo nessa vida...

–Ah, Sam... –Freddie suspirou fundo enquanto puxava Sam pelos cabelos delicadamente e a beijava.

Dali em diante, tudo acontecia como se estivessem em câmera lenta. Nada mais importava para os dois ao não ser cada segundo daquele momento.

Freddie desceu seus beijos até o pescoço de Sam, suas mãos subiam pelas coxas dela, por baixo da camisola. Com um suspiro de antecipação, ele percebera que ela não estava usando nada por baixo.

–Ah, Freddie... –Sam gemera o nome do moreno, arranhando o peito dele e descendo até a cintura dele, trabalhando pra tirar a calça de Freddie. Em pouco tempo a calça dele já estava no chão, assim como a camisola de Sam. Com uma ponta de orgulho e desejo, admirou o corpo nu de Sam, mal acreditando em sua sorte.

Sam deitou na cama agarrada em Freddie, sentindo a ereção dele saltar pela única peça de roupa que restara, sua cueca. Em um movimento rápido, Freddie se livrara da cueca, ficando completamente nu também. Por um segundo, Sam hesitara diante do tamanho de Freddie. Ela tinha esquecido o quando o nerd era bem dotado.

–Não se preocupe, meu amor. Quero que isso seja especial pra nós dois... –Freddie sussurrou na orelha de Sam. Seus dentes roçavam de leve o lóbulo da orelha dela, causando arrepios involuntários- Eu vou devagar pra não te machucar. Relaxe...

Sam resmungou uma afirmação enquanto sentia Freddie penetrá-la pouco a pouco. Em poucos segundos ele já se movimentava inteiro dentro dela. Os gemidos de Sam só o excitavam ainda mais, fazendo-o estocar com mais rapidez dentro dela. Freddie puxou Sam, deixando ela sentada em cima dele. O ritmo da transa se tornava cada vez mais intenso e não ia demorar para que os dois chegassem ao orgasmo juntos. Alguns segundos depois Sam soltou um grito de prazer antes de morder o ombro de Freddie, que também soltara um gemido quase gritado na hora do orgasmo. Os dois caíram deitados na cama, respirando pesadamente. Seus corações batiam igualmente acelerados.

–Uau... –Sam murmurou, dando um beijo no peito de Freddie- Isso foi... Incrível... Pra uma primeira vez...

–Eu vou dizer, já pensei bastante em como seria a minha primeira vez... –O moreno deu de ombros.

–E foi como você pensou?

–Não... –Freddie encarou Sam, que ficara meio abatida ao ouvir aquele não- Foi melhor ainda...

–Eu te amo, príncipe nerd. Sabe disso, não?

–Sei sim, demônia loira... –Freddie beijou a testa de Sam enquanto fazia carinho nos cachos loiros dela- Eu também te amo.

–Ah, quase me esqueci. –Sam se apoiou no peito de Freddie, para olhá-lo melhor- Feliz aniversário...

–Com certeza é um presente que não vou esquecer tão cedo. –Freddie riu antes de receber um selinho de Sam.

E foi assim, abraçados, falando sobre a festa de aniversário e repetindo a dose do “presente de aniversário” –dessa vez sem nenhuma hesitação de ambos os lados. Eles se encaixavam perfeitamente como peças de um quebra cabeças– que Freddie e Sam passaram aquele final de noite. O sono chegara tarde para os dois, mas chegara. Freddie enlaçara suavemente a cintura de Sam enquanto ela estava com a cabeça no peito dele. “É como se fôssemos um casal...”, Sam pensara, ainda demorando pra pegar no sono, “Ah, eu me esqueci. Agora nós somos um casal...”, completou olhando a ametista do seu anel de noivado brilhar com a luz da lua que entrava pela janela.



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